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Introdução
Existem algumas reações químicas em que produtos e reagentes podem ser formados ou consumidos quando alteradas
algumas condições. Mas quais podem ser estas condições?
Materiais necessários
2 provetas de 5 mL
1 tubo de ensaio
banho de água quente
banho de gelo
cloreto de cobalto hexahidratado
ácido clorídrico concentrado
água destilada
Passo 1
Mãos à obra
Adicione 0,3 g de cloreto de cobalto hexahidratado ao tubo de ensaio e, em seguida, 3 mL de água destilada.
Adicione 4,5 mL de ácido clorídrico concentrado. Observe bem a mudança de cor.
CUIDADO! O ácido clorídrico concentrado é altamente corrosivo e libera vapores que, quando inalados, são tóxicos. Evite o
solução aquosa de cloreto de cobalto hexahidratado após a adição do ácido clorídrico concentrado
Passo 2
Mãos à obra
Passo 3
Mãos à obra
Passo 4
O que acontece?
A solução de cloreto de cobalto hexahidratado que preparamos é cor de rosa, bem como sal em seu estado sólido. Quando
adicionamos o ácido clorídrico concentrado, a solução rapidamente se tornou azul. Esta mudança ocorreu devido a uma
substituição de ligantes do átomo de cobalto presentes na solução. Na solução cor de rosa, havia um excesso de moléculas de
água e isto favorecia a formação do íon hexaaquacobalto (II), de fórmula [Co(H2O)6]2+, em que o cobalto está ligado a 6
moléculas de água. Esta é a espécie responsável pela cor da solução. Ao adicionarmos o ácido clorídrico concentrado,
adicionamos o íon cloreto em excesso à solução. Ele substitui as moléculas de água como ligantes do átomo de cobalto,
formando o íon tetraclorocobaltato (II), de fórmula [CoCl4]2-, em que o cobalto está ligado a 4 íons cloreto. Este íon é azul e,
portanto, é o responsável pela cor da solução. Adicionando mais água, pudemos perceber que parte da solução voltou a se
tornar rosa, pois havia localmente um excesso de moléculas de água.
Em todos os casos, os dois íons estão em equilíbrio, ou seja, os dois coexistem na solução e estão constantemente reagindo e
se transformando um no outro. As condições, porém, podem favorecer a formação de uma das espécies, que se mantém em
maior concentração. A solução violeta obtida após a agitação é uma mistura das duas espécies formadas em concentrações
aproximadas.
Ao aquecermos a solução violeta, percebemos que a cor azul surgiu novamente. Da mesma forma, quando resfriamos, a
solução se tornou rosa. As reações ocorridas e as espécies formadas foram as mesmas. Mas desta vez, foi a alteração da
temperatura que promoveu esta mudança. A reação de formação do [CoCl4]2- ocorre com absorção de energia. Dizemos que
ela é uma reação endotérmica. Quando aquecemos a solução, fornecemos energia ao sistema, que a absorveu, promovendo a
reação endotérmica de formação do íon. Um efeito semelhante é o que ocorre ao resfriarmos a solução. A formação do
[Co(H2O)6]2+ ocorre com a liberação de energia. Dizemos que esta é uma reação exotérmica. O resfriamento do sistema
favorece a liberação desta energia, e por isso o íon se forma.
Estas duas alterações de condições do sistema, quanto às concentrações das espécies e quanto à temperatura, são dois
exemplos previstos na lei de Le Chatelier. Esta lei considera que qualquer perturbação causada em um sistema em equilíbrio
promove o consumo de algumas das espécies de forma a anular esta perturbação. Ao aumentarmos a concentração de um
reagente, favorecemos o seu consumo. Da mesma forma, aumentando ou diminuindo a temperatura, favorecemos
respectivamente as reações endotérmicas e exotérmicas.