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Experimento: o arco-íris de licopeno

O arco-íris de licopeno é um experimento que demonstra diversos


aspectos diferentes da Química Geral
(densidade, solubilidade, eletronegatividade e reatividade), Inorgânica
(ácidos, sais e reações de dupla troca) e Orgânica (classificação das cadeias
carbônicas e reações de adição). Antes de explicar o experimento, vamos
conhecer melhor o composto orgânico licopeno.
Licopeno
O licopeno é um composto orgânico pertencente ao grupo dos
hidrocarbonetos que apresenta uma cadeia carbônica aberta repleta de
ligações duplas alternadas e isoladas e ainda radicais metil.

Fórmula estrutural do licopeno

Por apresentar várias ligações duplas em sua cadeia, o licopeno é


denominado de polieno. A conjugação (alternância) das suas ligações
duplas faz com que exista um efeito ressonante muito intenso em sua
estrutura, ou seja, os elétrons percorrem a estrutura com muita
intensidade, o que fornece uma coloração marcante ao material onde a
cadeia está.

No caso do licopeno, ele fornece aos produtos em que está presente


uma cor avermelhada. Assim, alimentos como tomate e pimentão
vermelho são exemplos de produtos que contêm essa substância.

Experimento do arco-íris de licopeno


 Provetas ou béqueres de 250 mL e de 50 mL;

 200 mL de suco de tomate pronto;


 10 gramas de brometo de potássio;

 1 colher pequena (como a utilizada para mexer o café);

 Água sanitária (solução aquosa de hipoclorito de sódio – NaClO);

 Solução aquosa de ácido clorídrico (HCl) a 0,1 mol.L-1;


 Um conta-gotas;

 Um bastão de vidro ou colher plástica.

Procedimento experimental
 Passo 1: Em um béquer, adicionar 50 mL de água sanitária;
 Passo 2: pesar cerca de 10 gramas de KBr na balança de precisão e, em
seguida, adicionar aos 50 mL de água sanitária presentes no béquer;
 Passo 3: Adicionar o ácido clorídrico à mistura anterior, gota a gota, e
mexer bastante até ficar homogêneo. O líquido homogêneo resultante é
denominado de água de bromo;
 Passo 4: Adicionar 200 mL de suco de tomate a um béquer ou proveta de
250 mL;
 Passo 6: Adicionar 50 mL da água de bromo ao mesmo béquer ou proveta
em que está o suco de tomate.
OBS.: A adição da água de bromo ao suco de tomate deve ser gradativa
(aos poucos), ou seja, você não deve adicionar os 50 mL de uma vez,
mas, sim, adicionar uma pequena quantidade, mexer, observar o que
ocorre e só depois adicionar mais um pouco da água de bromo.
Resultado do experimento
O experimento é uma forma prática de demonstrar uma reação de
adição, mais especificamente de halogenação, de átomos de bromo em
um composto insaturado com ligação dupla. Porém, antes e depois da
halogenação do licopeno, outros processos químicos ocorrem, a saber:

a) Mistura do NaClO com KBr


Inicialmente temos uma mistura de soluções aquosas de diferentes sais,
o hipoclorito de sódio e o brometo de potássio. Por essa razão, ocorre
uma reação de dupla troca entre esses sais, que resulta na formação de
dois novos sais (hipoclorito de potássio e o brometo de sódio):
NaClO + KBr → NaBr + KClO
b) Mistura de ácido clorídrico e sais
Quando o ácido clorídrico é adicionado a uma mistura de sais, ocorre
uma nova reação química entre os sais e o ácido que forma dois sais
(NaCl e KClO3), água (H2O) e bromo molecular (Br2).
2 NaBr + 7 KClO + 2 HCl→ 2 NaClO3 + 7 KCl + 1 H2O + Br2
Como o bromo é menos eletronegativo que o cloro, não participa da
formação dos sais e do ácido, sobrando na reação na forma molecular
(Br2).
c) Adição da água de bromo ao suco de tomate
No suco de tomate, temos a presença do licopeno, que possui ligações
pi. Essas ligações pi são rompidas e cada um dos carbonos que
possuíam uma ligação pi recebe um átomo de bromo (proveniente do
Br2).

Equação simplificada da halogenação do licopeno

Por fim, no interior do béquer, temos a presença de diversos compostos


químicos diferentes, os quais, quando dissolvidos em água, promovem
uma diferente coloração (no caso, as cores que aparecem durante o
experimento são verde, azul e amarelo).

Teste de chama
Quando submetemos diferentes sais inorgânicos à chama do bico de
Bunsen observa-se a formação de chamas de cores diferentes. Por que
isso acontece? Que sais podemos utilizar? Como realizar esse
experimento?

Veja cada um desses aspectos a seguir:

Para realizar esse experimento você precisará de:

Materiais e reagentes:
 Fonte de calor que tenha chama azul, de preferência um bico de Bunsen,
mas pode ser também uma lamparina a álcool ou a chama de um fogão;

O teste de chama é feito com a chama azul do bico de Bunsen

 Fósforos;

 Fio de níquel-cromo (pode ser conseguido em lojas de materiais elétricos


ou em arames de resistências de chuveiros. Se não conseguir, no texto será
explicado outras formas em que se pode usar no lugar desse fio palitos de
churrasco e algodão);

 Pregador de roupas ou pinça de madeira (se for possível prender o fio de


níquel-cromo);
 Sais diversos, tais como sais de lítio, de cobre, de cálcio, de estrôncio e de
sódio. Alguns exemplos de sais são: cloreto de lítio (LiCl), cloreto de bário
(BaCl2), cloreto de sódio – sal de cozinha (NaCl), sulfato de cobre (CuSO 4),
cloreto de cálcio (CaCl2), cloreto de potássio (KCl) etc.;

Sais coloridos

 Solução de ácido clorídrico a 1% em um béquer;

 Esponja de aço;

 Água destilada.

Procedimento experimental:
1. Antes de iniciar o experimento, limpe bem o fio de níquel-cromo com a
esponja de aço e em água corrente. Depois de seco, prenda-o num cabo de
madeira ou segure-o com o pregador;

2. Ligue o bico de Bunsen;

3. Faça uma pequena volta na ponta do fio de níquel-cromo e o mergulhe na


solução de ácido clorídrico;

4. Pegue um pouco de um dos sais com a ponta do fio e coloque-a na chama;

5. Observe e anote o que aconteceu com a cor da chama;


6. Limpe o fio de níquel-cromo com a esponja de aço e água corrente;

7. Passe-o pelo ácido e repita o processo para todos os sais.

Outra forma de realizar esse processo é fazendo soluções de cada um


dos sais. Depois se mergulha um palito de churrasco com algodão na
ponta, que é, então, levado para a chama. Nesse caso, é importante
trocar o algodão para cada solução de sal diferente.

Outra possibilidade é colocar cada uma dessas soluções em algum


borrifador. Assim, é só borrifar a solução sobre a chama.

Resultados e Discussão:
A cor observada em cada chama é característica do elemento presente
na substância aquecida. Por exemplo, ao se colocar o cloreto de sódio,
sal de cozinha, na chama, a luz emitida é de um amarelo bem intenso,
quando colocamos o sulfato de cobre, a luz emitida é de cor verde e o
cloreto de cálcio emite uma luz vermelha.

Isso acontece porque cada elemento é formado por um átomo diferente, pois
as suas camadas eletrônicas possuem valores de energia bem definidos,
segundo o modelo atômico estabelecido por Böhr. Quanto mais distante
do núcleo, maior é a energia do nível eletrônico.
Quando aquecemos o sal, ocorre o seguinte: o elétron absorve energia e
salta para um nível mais externo, de maior energia. Dizemos que o
elétron realizou um salto quântico e que está em um estado excitado.
Porém, esse estado é instável e logo ele retorna para a sua órbita
anterior, mas quando o elétron salta de um nível até outro que seja mais
próximo do núcleo, ele libera energia. Essa liberação ocorre na forma de luz
visível.
As cores são ondas eletromagnéticas, cada uma com um comprimento
de onda diferente e que ficam na região do visível. Isso é demonstrado
também quando o gás de algum elemento químico passa por um prisma
e gera um espectro descontínuo, com raias ou bandas luminosas
coloridas. Cada elemento apresenta um espectro diferente e constante.
Como os átomos de cada elemento possuem órbitas com níveis de energia
diferentes, a luz liberada em cada caso será em um comprimento de onda
também diferente, o que corresponde a cada cor.
Esse fenômeno foi empregado pelos chineses no século X para a criação
dos fogos de artifício. Quando explodem, eles emitem uma luz de
coloração branca, mas ao se acrescentar diferentes sais na sua
composição, são obtidas as diversas cores que pintam os céus e
fornecem um espetáculo maravilhoso.

Experimento: Produção de “geleca”


“Geleca”, “amoeba” ou “geleinha” designam um brinquedo
industrializado que apresenta características elásticas. Foi inventado
durante a Segunda Guerra por cientistas norte-americanos que
buscavam a criação de uma borracha sintética.
A produção de “geleca” pode ser feita facilmente em casa. Para isso, são
necessários os seguintes materiais:

Materiais para Produção da “Geleca”


 Bicarbonato de sódio (encontrado em farmácias e supermercados);

 Água boricada (encontrada em farmácias);

 Corante (pode ser alimentício e é encontrado em lojas de artigos para


festas);

 Cola de isopor;

 2 béqueres de 100 mL de capacidade;

 Baqueta

Procedimento Experimental
1º Passo) Adicionar em um dos béqueres 50 mL de água boricada;
2º Passo) Adicionar uma pequena medida (uma colher de chá) de
bicarbonato de sódio diretamente na água boricada e mexer com a
baqueta. Imediatamente serão formadas bolhas na mistura;
OBS.: Esse passo deve ser repetido de forma gradativa até que não seja
formada nenhuma bolha mais.
3º Passo) No outro béquer, adicionar todo o conteúdo do tubo de cola de
isopor;
4º Passo) Adicionar seis gotas do corante sobre a cola de isopor;
5º Passo) Adicionar a mistura formada por água boricada e bicarbonato
de sódio, aos poucos, sobre a cola de isopor e mexer com o auxílio da
baqueta.
O que acontece?
Quando misturamos o bicarbonato de sódio (NaHCO3) com o ácido
bórico (H3BO3), ocorre uma reação de dupla troca entre um sal e
um ácido, o que resulta em um novo sal (Borato de sódio - Na3BO3) e
em um novo ácido (Ácido carbônico - H2CO3). A equação abaixo
representa esse processo:
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NaHCO3 + H3BO3 → Na3BO3 + H2CO3


O ácido carbônico (H2CO3) formado é extremamente instável, ou
seja, sofre decomposição, o que origina água e gás carbônico. Em virtude
da formação desse gás, ocorre a formação de bolhas no experimento. A
equação que representa o processo é a seguinte:
H2CO3 → CO2 + H2O
A cola de isopor é um polímero com propriedades elásticas denominado
de poliacetato de vinila (PVA). O monômero desse polímero apresenta a
seguinte fórmula estrutural:

Fórmula estrutural do poliacetato de vinila


Os monômeros do poliacetato de vinila interagem entre si por meio de
ligações simples contendo o X azul da estrutura acima.

Quando esses monômeros são colocados em um meio onde existem


cátions sódio, provenientes do sal borato de sódio, ocorre a interação
entre alguns monômeros do polímero com os cátions. Dessa forma, os
cátions fazem com que vários monômeros interajam de forma indireta,
formando uma rede tridimensional.

Fórmula estrutural tridimensional da geleca

A estrutura tridimensional formada por cátions sódio e o poliacetato de


vinila apresenta elevada viscosidade e uma grande característica
elástica.

Experimento: Garrafa Azul


O experimento “a garrafa azul” explora reações de oxidação e redução envolvendo as substâncias

glicose e azul de metileno.

O experimento que propomos aqui consiste no preparo de uma solução por meio


de algumas substâncias no interior de uma garrafa PET. Esse processo é
interessantíssimo para que o estudante possa compreender alguns assuntos
importantes da Química, como:
 Deslocamento de equilíbrio químico;
 Solubilidade de substâncias em água;
 Fenômenos exotérmicos (liberação de energia na forma de calor);

 Catalisadores (substâncias que favorecem o aumento da velocidade de


uma reação);
 Redução e oxidação em compostos orgânicos.

Materiais necessários
 600 mL de água;

 5 mL de azul de metileno (indicador encontrado em lojas de reagentes


químicos e produtos para laboratório ou em farmácias);

 18 gramas de dextrose ou glicose (encontrada em loja de suplementos para


atletas);

 10 gramas de hidróxido de sódio puro (encontrado em lojas de reagentes


químicos e produtos para laboratório) ou soda cáustica (encontrada em
supermercados);

 1 garrafa PET de 1,5 L a 2 L de capacidade;

 Luvas descartáveis;

 Jaleco de manga comprida;

 Óculos de proteção;

 Máscara de proteção.

Procedimento
 1º Passo: Adicionar toda a água ao interior da garrafa;
 2º Passo: Adicionar todo o hidróxido de sódio à garrafa com água. Fechar
muito bem a garrafa. Em seguida, agitar bem para que todo o hidróxido seja
dissolvido (esse passo requer muita atenção, pois a mistura terá elevação de
temperatura);
 3º Passo: Adicionar toda a glicose ao interior da garrafa e fechá-la bem.
Em seguida, agitar para que toda a glicose seja dissolvida;
 4º Passo: Adicionar todo o azul de metileno no interior na garrafa, fechar
bem e agitar vigorosamente por cinco segundos (Nesse passo, toda a solução
ficará azul);
 5º Passo: Deixar a garrafa em repouso (Nesse passo, toda a solução ficará
incolor).
 

Discussão dos resultados


→ 1ª Discussão:
Inicialmente, antes da adição do azul de metileno, temos na solução a presença
de ácidos carboxílicos e sais de ácidos carboxílicos. Eles são produzidos porque:

 Quando a glicose está em meio básico, seu grupo carbonila é convertido


em um grupo carboxila. Isso ocorre por intermédio do oxigênio presente no ar.

Equação da oxidação da molécula de glicose em meio ácido

 O ácido carboxílico formado tem a tendência de interagir com o hidróxido


de sódio e formar um sal de ácido carboxílico.
Equação de formação do sal de ácido carboxílico

→ 2ª Discussão:

Resultado final do experimento da garrafa azul


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Após a adição do azul de metileno (4 o passo), agitação e repouso (5o passo),


observa-se que, com a agitação, a solução fica azul, mas, em repouso, volta a ser
incolor.
Essa mudança de cor acontece porque, na ausência de gás oxigênio, o azul de
metileno é reduzido a leucometileno. Quando agitamos a garrafa, fazemos com
que o oxigênio seja dissolvido na água, formando ácidos e sais de ácidos
carboxílicos.
Na presença de oxigênio, o leucometileno converte-se em azul de metileno.
Quando a concentração de O2 zera porque o azul de metileno forneceu todo o
oxigênio à glicose, temos a transformação do azul de metileno novamente em
leucometileno.

Equilíbrio químico presente no experimento “a garrafa azul”

Relação do experimento com conteúdos químicos


Durante a realização do experimento, podemos visualizar na prática vários
conceitos químicos:

a) Solubilidade em água:
A solubilidade de uma substância em água depende de diversos fatores, como
composição química e o tipo de força intermolecular que a molécula realiza.

 O hidróxido de sódio é solúvel em água porque é uma base inorgânica


(formada por um metal e uma hidroxila);
 A glicose é bastante solúvel em água por apresentar hidroxilas, que
interagem com as moléculas de água por meio de ligações de hidrogênio.

Fórmula estrutural da glicose

b) Processo exotérmico
Quando o hidróxido de sódio dissolve-se em água, ele libera uma certa
quantidade de calor.

c) Catalisadores
Os catalisados diminuem a energia de ativação de um processo químico,
aumentando a velocidade da reação. No experimento foram utilizados dois
catalisadores:
 Hidróxido de sódio

 Azul de metileno

Se não utilizarmos essas substâncias, não haverá alteração de cor no


experimento.

d) Deslocamento de equilíbrio químico


Quando um sistema em equilíbrio é perturbado (recebe uma quantidade maior de
uma substância ou sofre ação da pressão e temperatura), ele busca, logo em
seguida, voltar a situação de equilíbrio.

No experimento, perturbamos o equilíbrio quando realizamos a agitação da


garrafa, favorecendo um aumento da concentração de oxigênio dissolvido na
água.

e) Redução e oxidação de compostos orgânicos


Durante o experimento, a molécula de glicose recebeu oxigênio, o que resultou
na transformação do grupo carbonila em um grupo carboxila, caracterizando uma
reação de oxidação. Já a reação de redução ocorreu entre o azul de metileno e o
leucometileno.

Experimento sangue do diabo


O sangue do diabo é uma solução que contém fenolftaleína e amoníaco. Nesse meio básico, a

fenolftaleína fica vermelha, mas quando o amoníaco evapora, ela fica incolor.

Apesar desse experimento ser conhecido por um nome bem assustador – sangue
do diabo –, na verdade, ele não se trata de nada sobrenatural. Ele é chamado
assim porque antigamente era muito comum, principalmente no carnaval, que
algumas pessoas jogassem nas roupas de outras um líquido avermelhado. No
momento, geralmente as pessoas ficavam com muita raiva ou assustadas, pois
achavam que a mancha feita em sua roupa não teria concerto.

Porém, depois de um tempo, essa mancha desaparecia completamente, dando um


ar misterioso a essa brincadeira um pouquinho malvada.

Para preparar o “sangue do diabo” e divertir-se, você precisará de:

* 20 mL de fenolftaleína (indicador encontrado em lojas de Química ou


farmácias de manipulação);

* 20 mL de hidróxido de amônio (NH4OH) – conhecido comercialmente como


amoníaco;
* 50 mL de álcool;

* 150 mL de água;

* Copo (ou béquer);

* Colher ou bastão de vidro.

Procedimento Experimental:
1- Misture bem a fenolftaleína no álcool até ela ficar completamente dissolvida;

2- Adicione a água, misturando novamente;

3- Por fim, acrescente o amoníaco e observe o que acontece.

E pronto! O famoso “sangue do diabo” está preparado.


Solução formada no experimento sangue do diabo
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Você pode jogá-lo nas roupas, no sofá, na cama e em outros lugares. A sua mãe
ou seus amigos levarão o maior susto! Porém, depois que secar, a mancha
desaparecerá completamente. Se você colocar essa solução em um recipiente
com borrifador, a mancha sumirá ainda mais rápido. Só tome cuidado com quem
você faz essa brincadeira para não apanhar, heim?!

Mas por que isso acontece?


Bem, a fenolftaleína é um indicador ácido-base que muda de cor de acordo com o
pH do meio. Em meios neutros e ácidos, a fenolftaleína fica incolor, mas, em
meios básicos, fica com um tom rosa bem intenso, quase vermelho.
A solução preparada fica dessa cor porque o amoníaco é uma base formada por
uma mistura de amônia na água. São os íons OH- que tornam o meio básico:
NH3 + H2O ↔ NH4+ (aq) + OH- (aq)
A mancha some porque o amoníaco evapora facilmente, e a fenolftaleína volta a
ficar incolor.

Experimento de química sobre complexos de


cobre
Este experimento de química sobre complexos de cobre aborda as condições para a construção de

macromoléculas a partir da interação de átomo de cobre com outros grupos.

O experimento de química sobre complexos de cobre é uma alternativa de


aprendizado, a qual pode ser utilizada para facilitar a compreensão da construção
de compostos denominados complexos de cobre.
Os complexos de cobre são macromoléculas (moléculas grandes) nas quais um
átomo de cobre interage com vários átomos, íons ou moléculas. Neste
experimento de química sobre formação de complexos de cobre, o átomo de
cobre formará complexos com os seguintes materiais:
 Amônia

 Glutamato

 Cloro

 Uréia

Além da formação de complexos químicos, o experimento de química sobre


complexos de cobre é interessante para realizarmos o estudo, além dos
complexos químicos, dos seguintes aspectos dentro da química:
 Materiais de laboratório,
 Preparo de soluções,

 Dissociação de sais,

 Identificação de ocorrência de reação química

 Solubilidade de sais,
 Fenômenos exotérmicos.

1- Materiais e reagentes
Os materiais e reagentes que devemos ter para realizar o experimento de
química sobre complexos de cobre são:
 1 béquer de 150 mL

 5 béqueres de 50 mL

 1 pipeta

 1 pera de sucção
 1 conta gotas

 6 baquetas

 Água

 30 mL de vinagre

 50 mL de ácido clorídrico

 2 g de bicarbonato de amônio

 2 g de uréia

 2 g de hidróxido de sódio

2- Procedimentos
Para a realização do experimento sobre complexos de cobre, são necessárias as
realizações dos seguintes passos:
a) Para o preparo da solução de cobre
Passo 1: Pesar cerca de 10 gramas de sulfato de cobre na balança

Passo 2: Medir 100 mL de água em um béquer

Passo 3: Adicionar todo o sulfato de cobre no béquer contendo água. Agitar


bastante para dissolver bem o sal. Esta solução será chamada de solução de
cobre.

Representação do resultado final do preparo de uma solução aquosa de sulfato de cobre

b) Para a complexação de cobre com amônia (NH3)


Passo 1: Pesar 1 g de bicarbonato de amônio (NH4HCO3) na balança,
Passo 2: Medir 30 mL de água em um béquer,

Passo 3: Adicionar todo o bicarbonato de amônio na água. Em seguida agitar


bem até dissolvê-lo.

Passo 4: Acrescentar 2,5 mL da solução de cobre no béquer contendo a mistura


bicarbonato e água.
Passo 5: Gotejar ácido clorídrico até que haja uma mudança de coloração.

Representação do resultado final do preparo de uma solução de cobre e bicarbonato

c) Para a complexação do cobre com o glutamato


Passo 1: Pesar 1 g de Aji-no-moto na balança,

Passo 2: Medir 20 mL de água em um béquer,

Passo 3: adicionar todo o Aji-no-moto na água. Em seguida agitar bem até


dissolvê-lo.

Passo 4: Acrescentar 2,5 mL da solução de cobre no béquer contendo a mistura


Aji-no-moto e água.

Representação do resultado final do preparo de uma solução de ácido e Aji-no-moto

d) Para a formação do complexo cobre e cloro


Passo 1: Medir 2,5 mL da solução de sulfato de cobre em um béquer,

Passo 2: Medir 10 mL de água em um béquer, e em seguida transferi-lo

Passo 3: Gotejar ácido clorídrico até que haja uma mudança de cor permanente
da solução.

Representação do resultado final do preparo de uma solução de cobre e cloro


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e) Preparação da solução de hidróxido de sódio


Passo 1: Medir 30 mL de água em um béquer,

Passo 2: Pesar 2 gramas de hidróxido de sódio (NaOH),


Passo 3: Adicionar o hidróxido de sódio no béquer com água, e agitar até
dissolvê-lo.

Representação do resultado final do preparo de uma solução aquosa de hidróxido

f) Para a preparação do complexo de cobre e uréia


Passo 1: Pesar 2 gramas de uréia,

Passo 2: Medir 20 mL de água em um béquer,

Passo 3: Adicionar toda a uréia no béquer com água, e agitar até dissolvê-lo,

Passo 4: Adicionar 3 gotas da solução de cobre no béquer.

Representação do resultado final do preparo de uma solução de cobre e uréia

3- Explicação dos resultados alcançados em cada procedimento


De uma forma geral, a verificação e comprovação da formação dos complexos de
cobre, neste experimento sobre complexos, é feita através da modificação da
coloração das soluções preparadas, em comparação com a solução de cobre
preparada inicialmente.

a) Na letra a do procedimento temos a ocorrência da dissociação do sulfato de


cobre ao dissociar em água.

CuSO4 → Cu+2 + SO4-2


b) Na letra b, quando o bicarbonato de amônio é dissolvido em água, sofre
decomposição, formando o gás amônia (NH3), grupo este que irá interagir com o
cobre formando o complexo.
Representação da estrutura do complexo de cobre e amônia

c) Na letra c do procedimento, o glutamato monossódico (Aji-no-moto) ao ser


dissolvido em água, dissocia, liberando o cátion sódio e o ânion glutamato. Este
ânion glutamato é quem vai interagir com o átomo de cobre apara a formação do
complexo de cobre e glutamato.

Representação da estrutura do complexo de cobre e glutamato

d) Na letra d, quando o ácido clorídrico é misturado com a água, ele ioniza,


formando cátions hidrônio ânions cloreto (Cl-). Os ânions cloreto interagem com
o átomo de cobre, formando o complexo de cobre e cloro.

Representação da estrutura do complexo de cobre e cloro

e) Na letra e temos a dissociação do hidróxido de sódio em água, fenômeno este


que libera calor.

NaOH + H2O → Na+ + OH-


f) Na letra f, quando o sulfato de cobre é misturado com a solução catalisada de
uréia, temos a interação de moléculas da uréia com o átomo de cobre, formando o
complexo de cobre e uréia.
Representação da estrutura do complexo de cobre e uréia

Durante a realização do experimento de química sobre complexos de cobre, a


formação dos complexos é identificada apenas través da modificação da
coloração da solução final, em comparação com a solução de cobre realizada no
procedimento a.

Experimento para determinar o teor de álcool na


gasolina

Neste texto propomos um experimento prático para determinar a


quantidade de álcool (etanol) presente em qualquer tipo de gasolina.
Acompanhe o passo a passo e algumas informações relevantes:
a) Aspecto legal (Legislação)
De acordo com a resolução do Conselho Interministerial do Açúcar e do
Álcool (Cima), o teor de álcool permitido na gasolina é de 27%. Caso a
quantidade de álcool não esteja dentro desse patamar, temos um
combustível adulterado, o que pode trazer danos mecânicos ao veículo
com o tempo.
 
b) Materiais necessários para o experimento
 1 Béquer de 100 mL
 Proveta de 100 mL

 Água (50 mL)

 1 colher de chá de cloreto de sódio (sal de cozinha)

 Gasolina (50 mL)


 
c) Passo a passo para determinar o teor de álcool na gasolina
1o Passo:
Adicionar todo o cloreto de sódio no béquer.

2o Passo:
Adicionar a água aos poucos ao béquer que está com o cloreto de sódio
e misturar até que o volume final de água adicionado seja de 50 mL.
Béquer com a mistura de água e cloreto de sódio

3o Passo:
Adicionar toda a gasolina (50 mL) no interior da proveta.

Representação da gasolina na proveta

4  Passo:
o

Adicionar toda a mistura de água com cloreto de sódio no interior da


proveta.
Adição da mistura (água e cloreto de sódio) na gasolina

5o Passo:
Tampar a proveta e agitar a mistura.

6o Passo:
Aguardar cerca de 15 minutos.

Representação do conteúdo da proveta após o tempo de espera


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d) Discussão e explicação do experimento


A água é uma substância polar, assim como o sal de cozinha (cloreto de
sódio). Por isso, quando misturamos os dois, o sal dissolve-se na água e
forma uma mistura homogênea e bastante polarizada.
A gasolina, por sua vez, é uma substância apolar, e o etanol apresenta
uma parte de sua molécula apolar e outra polar. Por esse motivo, o
álcool dissolve-se na gasolina. Assim, a mistura gasolina e etanol
também é homogênea.
Quando colocamos no mesmo recipiente as duas misturas homogêneas,
o etanol, que apresenta uma região polar em sua molécula,
automaticamente passa a interagir com a mistura de água e cloreto de
sódio, dissolvendo-se nela. Com isso, a gasolina é separada do etanol.

Com o tempo, a gasolina desloca-se para cima da mistura de água,


cloreto de sódio e etanol por ser menos densa.
 
e) Determinação do teor de álcool na gasolina
As quantidades utilizadas no experimento foram:

 Gasolina (com etanol) = 50 mL

 Mistura água e cloreto de sódio = 50 mL

Quantidade ao final do experimento:

 Gasolina= 35 mL (já que sua medida começa na marca de 65 mL e vai até


100 mL)

 Mistura água, etanol e cloreto de sódio = 65 mL

Como tínhamos no início 50 mL de gasolina e, ao final, apenas 35 mL,


concluímos que havia 15 mL de etanol dissolvidos na gasolina.

Para calcularmos a porcentagem de etanol que estava presente na


gasolina, basta montar a seguinte regra de três:

50 mL de gasolina inicial ---------- 100%

15 mL de etanol presentes -------- x

50.x = 15.100

50x = 1500

x = 1500
      50
x = 30%

Como o limite de etanol permitido é de 27%, o combustível desse


experimento estaria adulterado.

Vidrarias de laboratório

Um grande recurso que facilita a construção dos conceitos de Química,


além da compreensão e correlação entre os diversos conteúdos das
ciências, é a experimentação, em que é possível vivenciar e observar
na prática esses conhecimentos. Mas antes de realizar experimentos no
laboratório de Química, é preciso primeiro saber qual é a finalidade de
cada uma das vidrarias de laboratório e como utilizá-las.
Primeiramente, esses equipamentos são chamados assim porque eles
são feitos de um vidro cristal ou temperado que contém graduações
em sua superfície externa. Esse tipo de vidro não reage com a maioria
das substâncias usadas em laboratório e pode ser submetido ao
aquecimento direto ou indireto sem quebrar. A fim de adquirir essa
resitência mecânica ao calor, ao choque térmico e aos produtos
químicos, costuma-se agregar um tipo de vidro especial que é o vidro
borossilicato, em que é adicionado boro aos constituintes do vidro
comum. O vidro borossilicato possui coeficiente de dilatação menor que o
do vidro comum e menor densidade, sendo, portanto, mais leve. Além
disso, seu ponto de fusão é maior. Visto que esse vidro é mais
trabalhado, ele é também mais caro e, por isso, essas vidrarias devem
ser manuseadas com muito cuidado.
Existem algumas dessas vidrarias que são escurecidas a fim de
armazenar compostos que reagem com a luz. Na realidade, existem
milhares de vidrarias usadas na Química, mas, a seguir, iremos explicar
mais detalhes sobre as mais usadas em um laboratório não só de
Química, mas de Ciências no geral.
* Béquer: É de uso geral e pode ser utilizado em líquidos e misturas com
ou sem ocorrência de reação, para dissolver sólidos em líquidos e
aquecer as substâncias (colocando-o sobre uma tela de amianto). Assim,
como as demais vidrarias, existem béqueres que podem comportar
diversos volumes, sendo que isso está escrito na sua graduação. No
entanto, o béquer não é uma vidraria de laboratório que possui a
graduação com muita exatidão.

Béquer com solução líquida

* Erlenmeyer: Assim como o béquer, o erlenmeyer também pode ser


usado para preparar soluções e aquecer líquidos, mas também serve
para armazená-las. Visto que tem a boca mais estreita, possui mais fácil
manuseio, por isso, é muito utilizado em titulações. Além do mais, esse
afunilamento ajuda a diminuir as chances de perda de material.

Reação química ocorrendo dentro de um erlenmeyer

* Tubo de ensaio: É usado para testar reações e aquecer substâncias em


pequena escala.
Tubos de ensaio com soluções em estante

* Balão de fundo chato: Os balões de fundo chato, de fundo redondo e


volumétrico são todos utilizados no preparo de soluções, pois podem
dissolver substâncias por meio de agitação, para aquecer soluções e
líquidos e também para realizar reações em que há desprendimento de
gases. O balão de fundo chato tem a vantagem de poder ser colocado
sobre a superfície sem o risco de cair e poder ser aquecido sobre tela de
amianto em um tripé.

Reação em balão de fundo chato

* Balão de fundo redondo: Conforme dito no item anterior, apresenta as


mesmas finalidades que o balão de fundo chato, porém, visto que seu
fundo é arredondado, ele pode ser usado em uma manta aquecedora, o
que permite um aquecimento da solução por igual em toda a sua
extensão. Ele é mais apropriado e é muito utilizado em processos de
destilação, sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a um
rotaevaporador.
O balão de fundo redondo não fica em pé sozinho como mostrado na figura

* Balão volumétrico: A vantagem desse balão sobre os anteriores é que


ele possui uma graduação volumétria com maior precisão. Mas o volume
é único e fixo, sendo descrito na parte externa do balão.

Esse balão volumétrico possui o volume fixo de 25 mL indicado pelo traço de aferição

* Pipeta graduada: Serve para medir e transferir pequenos volumes de


líquidos. Sua vantagem sobre a pipeta volumétrica (veja a seguir) é que
ela possui várias graduações ao longo do seu tubo, podendo medir
volumes variáveis, enquanto a pipeta volumétrica possui somente um
volume único e fixo.
A pipeta graduada mede e transfere volumes variáveis de líquidos

* Pipeta volumétrica: Tem a mesma finalidade que a pipeta graduada,


mas tem a grande vantagem de ter uma precisão bem maior. Todos os
tipos de pipeta não podem ser aquecidos, e o líquido é puxado para
dentro delas por meio de sucção provocada por um equipameno
acoplado a elas denominado de “Pera”, pois tem um formato muito
parecido com essa fruta.
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Pipetas volumétricas

* Proveta: Também é utilizada para medir o volume de líquidos e


soluções líquidas, além de realizar transferências com mais fácil
manuseio que as pipetas. Porém, a sua graduação volumétrica é menos
precisa que a das pipetas.
Proveta ou cilindro graduado

* Bureta: Assim como as pipetas, a bureta mede e transfere volumes de


líquidos e soluções, mas eles são colocados nela pela sua parte superior,
que é aberta e maior. Além disso, ela possui uma torneira embaixo que
pode ser aberta para fazer escoar o líquido de forma rápida e gota a
gota, de modo que o volume transferido seja extamente o desejado. Ela
é muito utilizada em titulações, colocando-se nela o titulante e fazendo o
seu gotejamento sobre a solução titulada que se deseja descobrir a
concentração e que está adicionada com um indicador ácido-base. Seu
uso é importante nessa técnica, pois uma única gota pode chegar ao
ponto de valência ou ponto de viragem do pH que é indicado pela
mudança na cor do titulado.

Bureta sendo usada em titulação


* Funil de vidro: É usado para realizar filtrações simples com o auxílio de
um filtro de papel e também para transferir soluções sem perda de
material. Abaixo temos um funil de haste longa:

Funil de haste longa

* Funil de bromo ou funil de separação: É usado para realizar a separação


de misturas heterogêneas do tipo líquido-líquido. Depois de uma forte
agitação da mistura dentro desse funil, ela é deixada em repouso e, com
o tempo, o líquido mais denso fica totalmente separado na parte inferior e
o menos denso fica na parte superior. O funil de separação possui uma
espécie de torneira na parte de baixo, que, ao ser aberta, escoa
lentamente o líquido mais denso para um béquer ou erlenmeyer que está
posicionado na abertura embaixo. A torneira é aberta com o funil
destampado e controla-se a abertura da torneira, fechando-a antes que o
líquido menos denso também escoe. O líquido menos denso que ficou no
funil deve, então, ser retirado pela parte superior para evitar
contaminação.

Decantação de líquidos com funil de bromo ou funil de separação


* Vareta de vidro (bastão de vidro): é usada para misturar ou agitar
soluções.

Vareta de vidro usada para misturar soluções

* Condensador: é usado para condensar ou liquefazer vapores. É muito


utilizado em destilações para separar misturas homogêneas dos tipos
sólido-líquido ou líquido-líquido. Essa mistura é aquecida e o líquido com
menor ponto de ebulição passa para o estado de vapor, subindo para o
condensador, que possui uma mangueira acoplada, sendo que a água
passa pelas suas paredes e resfria o condensador. Assim, quando esse
vapor atinge o condensador reafriado, ele volta para o estado líquido e é
coletado pela outra extremidade. Os condensadores mais comuns são os
de Liebig (retos), os de bolas e os de serpentina.

Condensador de serpentina

* Placas de Petri: São mais usadas em laboratórios de Biologia para


desenvolver meios de cultura bacteriológicos, para observar a
germinação das plantas e de grãos de pólen ou o comportamento de
pequenos animais. Na Química, são utilizadas para reações em escala
reduzida e também para deixar repousar cristais e filtrados.
Placa de Petri usada para meio de cultura

* Vidro de relógio: é usado para pesar pequenas quantidades de


substâncias, evaporar soluções e cobrir béqueres ou outros recipientes
para não deixar o líquido ou a solução evaporar ou ser contaminada. A
Placa de Petri também pode ser usada para essas finalidades. Ambas as
vidrarias não podem ser aquecidas diretamente.

Cristais em vidro de relógio

* Dessecador: é um recipiente fechado que contém um agente de


secagem (desecante, geralmente sílica-gel) e que possui a tampa
lubrificada com graxa de silicone para que seja hermeticamente fechada.
É usado para guardar substâncias em ambientes com baixo teor de
umidade.

Ilustração de dessecador

* Kitassato: É usado em filtrações a vácuo, sendo acoplado por uma


mangueira a uma trompa de água, que arrasta parte do ar da parte
inferior do kitassato, criando uma região de baixa pressão dentro dele
que provoca um processo de sucção e acelera a filtração.

O kitassato está atrás do erlenmeyer nessa figura

Experimento “A serpente de faraó”

O experimento “A serpente de faraó” é uma forma interessante de


estudar a ocorrência de fenômenos químicos (reações químicas), isto é,
a transformação de um ou mais materiais (reagentes) em outros
(produtos). Uma reação química pode ser representada da seguinte
forma:
A+B→C+D
Na equação acima, os reagentes são A e B, e os produtos são C e D.
Essa equação evidencia que, em todo fenômeno químico, temos a
transformação dos materiais contidos nos reagentes.

→ Os fatores que indicam a ocorrência de um fenômeno químico são:


 Mudança de cor

 Presença de fumaça

 Produção de gás

 Aquecimento espontâneo
 Turvação (perde a transparência ou a limpidez)

 Formação de um sólido

Veja agora o passo a passo para a realização do experimento “A


serpente de faraó” e os fatores que comprovam a ocorrência de um
fenômeno químico no experimento:
→ Materiais necessários para a realização do experimento
 Açúcar comum (etanol)

 Bicarbonato de sódio

 Álcool comum

 Êmbolo de seringa de 20 mL

 1 garrafa PET de 250 mL

 1 tesoura

 Bacia grande com areia

 1 palito de dente

 Caixa de fósforos

 1 cadinho ou cápsula de porcelana

 1 pistilo

 1 colher de chá

 1 conta gotas

→ Procedimento
1o) Colocar no interior do cadinho uma colher de chá de bicarbonato de
sódio e duas colheres de açúcar. Em seguida, misturar e macerar,
utilizando o pistilo, até que a mistura torne-se o mais fina e homogênea
possível;
2o) Cortar a garrafa PET, com o auxílio da tesoura, cerca de dois dedos
abaixo da tampa;
A seta indica o local em que devemos cortar a garrafa PET

3o) Adicionar, com o auxílio da colher de chá, a mistura do cadinho


(1o procedimento) no interior da parte recortada da garrafa até a altura da
tampa;

A seta indica até que ponto devemos adicionar a mistura contida no cadinho

4o) Adicionar de 10 a 15 gotas de álcool à mistura presente na tampa da


garrafa pet. Logo após, misturar bem utilizando o palito de dente;
5o) Pressionar, utilizando o embolo da seringa, a mistura presente na
tampa da garrafa para que ela fique bem compactada. O objetivo é
formar uma pastilha com a mistura;
6o) Retirar a tampa da garrafa. Nela estará a mistura compactada;
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7o) Retirar a pastilha da tampa com muito cuidado sobre a areia na bacia.


O ideal é que ela seja retirada inteira.
8o) Adicionar álcool em volta e sobre a pastilha. Em seguida, riscar o
fósforo.
9o) Observar os acontecimentos:
→ Precauções
 Não deixar o frasco com álcool próximo ao experimento;

 Não adicionar álcool diretamente na chama;

 Não posicionar a pastilha próximo da borda da bacia.

→ Explicação do experimento
Quando colocamos fogo na pastilha, várias reações químicas diferentes
ocorrem, formando assim uma massa preta cilíndrica que lembra uma
serpente, que é constituída por substâncias oriundas da reação.

As reações químicas que ocorrem durante o experimento são:


 Combustão do álcool comum (etanol):
C2H6O + 3 O2→ 2 CO2 + 3 H2O
Essa reação é importante porque é utilizada para a produção da chama,
que, por sua vez, produzirá calor para a ocorrência das outras
combustões e decomposições.

 Combustão completa do açúcar


C12H22O11 + 12 O2→ 12 CO2 + 11 H2O
A combustão completa do açúcar produz gás carbônico e água.

 Combustão incompleta do açúcar


C12H22O11 + O2→ 12 C + 11 H2O
A combustão incompleta do açúcar produz carvão (C) e água na forma
de vapor. O carvão é um material sólido de coloração preta.

 Decomposição do bicarbonato de sódio


NaHCO3 → Na2CO3 + CO2 + H2O
Nessa reação, o bicarbonato dá origem a três novos compostos: o
carbonato de sódio, o gás carbônico e a água (na forma de vapor).

 Decomposição do carbonato de sódio


Na2CO3 → Na2O + CO2
A decomposição térmica do carbonato de sódio (Na2CO3) produz óxido
de sódio e gás carbônico.
Assim, analisando as equações, concluímos que os principais produtos
formados durante as reações são carvão (C), óxido de sódio (Na2O) e
gás carbônico (CO2).
O carvão forma com o óxido de sódio uma mistura (de cor negra)
capaz de aprisionar o gás carbônico formado, em razão das forças
intermoleculares entre o carvão e o óxido. Por conta disso, temos o
aumento do tamanho da mistura negra cilíndrica (que lembra a serpente).
→ Por que podemos afirmar que ocorreu uma reação química?
As evidências da ocorrência de reação química são:
 Coloração preta do material formado (indica mudança de cor, já que os
reagentes utilizados não tinham essa coloração);

 Crescimento desordenado do material formado;

 Paredes cheias de aerações (indica a passagem de gás);

 Presença de fumaça (indica a queima).

Experimento: o camaleão químico


O experimento denominado de camaleão químico envolve a alteração do número de oxidação

(NOX) das substâncias envolvidas.

O experimento denominado de camaleão químico aborda um assunto muito


importante dentro da Química, que é a alteração do número de oxidação (NOX)
em decorrência de uma oxidação ou redução. Nesses fenômenos, temos espécies
que recebem elétrons e outras que perdem elétrons.
No experimento, a ocorrência das reações pode ser verificada visualmente em
virtude das mudanças de coloração (por isso o experimento é conhecido como
camaleão químico) que ocorrem durante sua execução. Essas mudanças
acontecem de forma rápida, o que exige muita atenção ao longo do
procedimento.
Os materiais necessários para o experimento são:
 Luvas descartáveis

 Jaleco

 1 Béquer de 1000 mL ou outro recipiente transparente de igual volume

 2 Béqueres de 250 mL ou outros recipientes transparentes de igual volume

 2 Baquetas ou colheres grandes convencionais

 Colheres descartáveis

 Água

 Cartela de comprimidos ou de flaconetes (cartelas que já vêm com o


material em pó) contendo permanganato de potássio.

OBS.: Caso opte por utilizar o permanganato em comprimido, é necessário


pulverizá-lo ou transformá-lo em pó utilizando um cadinho e um pistilo.
 Hidróxido de sódio ou soda cáustica (cerca de 80 gramas)

 Açúcar (cerca de 40 gramas)

 Pincel atômico

OBS: A execução do experimento deve ser feita com cautela para evitar que a
soda cáustica entre em contato com alguma região do corpo.
Procedimento experimental
a) Preparo da solução 1
Escrever solução 1 na lateral de um dos béqueres de 250 mL e logo após:
1º) Adicionar um flaconete ou um comprimido pulverizado;
2º) Adicionar 150 mL de água;
3º) Misturar bem com o auxílio de uma baqueta até que a mistura fique
homogênea.
A solução preparada terá uma coloração violeta.

b) Preparo da solução 2
Escrever solução 2 na lateral do outro béquer de 250 mL e logo após:
1º) Adicionar 150 mL de água;
2º) Adicionar em seguida uma colher (a descartável) de hidróxido de sódio;
3º) Mexer muito bem com o auxílio da baqueta até que a mistura se torne
homogênea;
4º) Após homogeneizar, adicionar duas colheres (também descartáveis) de açúcar
à mistura de água e hidróxido de sódio;
5º) Mexer, novamente, muito bem com o auxílio da baqueta até que mistura se
torne homogênea.
A solução preparada será incolor.
c) Preparo da solução 3
A solução 3 é simplesmente a mistura das duas soluções anteriores no interior do
béquer de 1000 mL. Assim, escreva solução 3 na lateral do béquer e proceda da
seguinte forma:
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1º) Adicione toda a solução 1 no interior do béquer 3;


2º) Com o auxílio da baqueta, mexa o líquido no interior do béquer, fazendo
círculos de forma bem rápida;
3º) Imediatamente após o procedimento anterior, adicione toda a solução 2 no
interior do béquer 3;
4º) Agora é só observar as mudanças de cor.
 Compreendendo o experimento
Quando colocamos a solução 1 em contato com a solução 2, a
cor violeta mudará para uma coloração esverdeada, que, com o tempo, tornar-
se-á marrom (ou castanho). Pode acontecer ainda de aparecer uma coloração
avermelhada, mas isso depende muito das quantidades de líquidos e sólidos
utilizados.
Resumindo: teremos ao longo do experimento a presença de até quatro
cores diferentes. Agora, por que isso acontece?
Quando adicionamos o permanganato de potássio (KMnO4) na água (aq), há
a dissolução e, consequentemente, dissociação do sal em água, liberando íons
permanganato (MnO4-) no meio:
KMnO4(aq) → K+ + MnO4-
OBS.: O permanganato (MnO4-) apresenta o Manganês (Mn) com um NOX igual
a +7.
Com o hidróxido de sódio (NaOH), também ocorre uma dissociação e
consequente liberação de íons sódio (Na+) e hidróxido (OH-):
NaOH(aq) → Na+ + OH-
Como o açúcar (C12H22O11) é molecular, ao se dissolver, não sofre dissociação.
Porém, a presença dos íons provenientes do hidróxido de sódio faz com que ele
libere elétrons para o meio.
C12H22O11(aq) → elétrons
Ao misturarmos a solução 1 com a 2, os íons permanganato encontram um
ambiente cheio de elétrons. Assim, cada um recebe um elétron e transforma-se
em íons manganato (MnO4-2), que possui coloração esverdeada.
MnO4- + elétron → MnO4-2
OBS.: O manganato (MnO4-2) apresenta o Manganês (Mn) com um NOX igual a
+6.
O íon manganato em meio diluído transforma-se em dióxido de manganês
(MnO2), que apresenta coloração marrom:
MnO4-2(aq) → MnO2
OBS.: No dióxido de Manganês, o manganês apresenta um NOX igual a 4.
Alguns cátions Manganês podem interagir com o açúcar restante no meio
reacional, formando um cátion manganês com NOX +3, o que favorece o
aparecimento da cor avermelhada.

Observa-se, então, ao final, que houve redução do NOX do Manganês ao longo


de todo o experimento.

Experimento: o espelho de prata


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Com este experimento, você criará uma substância prata na superfície de um recipiente, simulando

um espelho.

O experimento que propomos hoje resulta na deposição de uma substância prata


e sólida na superfície de um recipiente. Essa substância é o que chamamos
de espelho de prata. Veja o passo a passo e a explicação química para o
processo:
Materiais necessários para o experimento
 6 g de nitrato de amônio (NH 4NO3) – pode ser adquirido em lojas
especializadas em reagentes químicos;
 4 g de Nitrato de prata (AgNO3) – pode ser adquirido em lojas
especializadas em reagentes químicos;
 300 mL de água destilada;

 5mL de ácido nítrico (HNO3);


 Dextrose (Glicose) – pode ser adquirida em lojas de suplementos para
atletas.

 2 seringas de 3 mL;

 3 béqueres de 100mL;

 Luvas;

 Jaleco;

 Máscara de proteção;

 Óculos de proteção;

Pessoa portando luva, jaleco, máscara e óculos de proteção

 Balão de vidro, tubo de ensaio grande ou o bulbo de uma lâmpada;

 Pinça de madeira;

 Lamparina.
Lamparina utilizada para aquecimento no experimento

Procedimentos
 Preparo da solução de nitrato de prata
Em um béquer de 50mL, adicione 50 mL de água destilada e 4 g de nitrato de
prata (AgNO3). A solução formada é incolor.
OBS.: Durante esse procedimento, é interessante utilizar luvas e jaleco, pois,
quando o nitrato de prata entra em contato com a pele, provoca manchas.

 Preparo da solução de amônia


Em um béquer de 100 mL, adicione 6,0 g de nitrato de amônio [NH 4NO3] e, em
seguida, adicione 50 mL de água destilada para dissolvê-lo.
OBS.: Nesse procedimento, é interessante utilizar máscara e óculos porque a
solução preparada é volátil e pode provocar irritação nos olhos e nas vias
respiratórias.

 Mistura das soluções


Em um béquer de 100 mL, adicione toda a solução de nitrato de prata preparada
no 1º procedimento. Em seguida, adicione 3 mL da solução de amônia preparada
no 2º procedimento utilizando uma seringa de 3 mL. Mexa bem e observe que
será formado um sólido marrom no fundo do recipiente.
Mistura sendo feita para preparar o reagente de Tollens

É obrigatório que a mistura das soluções seja incolor. Para eliminar o sólido
marrom formado, devemos continuar adicionando, de 3 mL em 3 mL, a solução
de amônia até que a solução de prata descolora. Essa mistura recebe o nome de
reagente de Tollens.

 Preparo da solução de dextrose


Em um béquer de 100 mL, adicione 50 mL de água destilada e, em seguida, 20 g
de dextrose. Mexa bem. A solução formada será incolor.

 Limpeza do recipiente de vidro


Nessa etapa devemos realizar a limpeza do recipiente de vidro utilizando a
solução de ácido nítrico. A limpeza com o ácido é capaz de eliminar toda
impureza que estiver presente no recipiente.
Procedimento de lavagem do tubo de ensaio com ácido

Logo em seguida, lave novamente o recipiente com água destilada para retirar
todo resquício do ácido utilizado.

OBS.: Como o ácido nítrico é forte (corrosivo) e volátil (evapora muito fácil em
temperatura ambiente), devemos utilizar luvas, jaleco e óculos de proteção, além
de estar em um local bem arejado.
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 Formação do espelho de prata


Adicione todo o reagente de Tollens preparado no 3º procedimento no interior do
balão ou do bulbo da lâmpada. Em seguida, adicione 3 mL da solução de
dextrose preparada no 4º procedimento.

Segure o tubo de ensaio com a pinça de madeira e coloque no fogo da lamparina,


agitando até que o espelho de prata seja formado.
Aquecimento do tubo de ensaio para a formação do espelho de prata

Explicação do experimento
Foram preparadas três soluções:

 Solução de nitrato de prata (1º procedimento);

 Solução de amônia (2º procedimento);

 Solução de dextrose (4º procedimento).

No 3º procedimento, houve a formação do reagente de Tollens, fundamental para


o resultado do experimento. Quando o nitrato de prata reage com a amônia,
forma-se óxido de prata (Ag2O), que é o sólido marrom descrito no 3º
procedimento.
AgNO3(aq) + NH4NO3(aq) → Ag2O(s) + H2O(l) + NH3(aq)
Como o meio está básico em virtude da presença de amônia, o óxido de prata
interage com a amônia e forma um cátion complexo chamado de diaminprata
(Ag(NH3)2+), que é o reagente de Tollens (descrito pela primeira vez pelo químico
alemão Justos von Liebig), o qual é solúvel na água e, por isso, a solução volta a
ser incolor como descrito no 3º procedimento.
Ag2O(s) + 4NH3(aq) + H2O(l) → 2Ag(NH3)2+(aq) + 2OH-(aq) (Reagente de Tollens)
Por fim, quando adicionamos a dextrose, que apresenta o grupo aldeído na sua
estrutura, o reagente de Tollens oxida o grupo aldeído a um ácido carboxílico e,
ao mesmo tempo, ocorre a redução da prata presente no reagente de Tollens,
formando prata sólida (metálica).
RCHO + 2[Ag(NH3)2]+ + 3OH-(aq) → 2 Ag(s) + RCOO-(aq) + 4NH3 + 2 H2O
A prata metálica formada a partir da redução do cátion prata presente no
diaminprata deposita-se na parede do vidro utilizado no experimento, formando o
espelho de prata.

OBS.: Essa reação ocorre apenas na presença de aldeídos, e não em cetonas, pois
os aldeídos apresentam hidrogênio ligado ao carbono da carbonila, o que facilita
a oxidação.

a) Aspectos químicos
Esse experimento ilustra vários aspectos importantes da Química, a saber:

 Oxidação: é a perda de elétrons por uma espécie química (pode ser um


átomo isolado ou um grupo), formando um cátion. Podemos representar uma
oxidação por meio da seguinte equação:
X → e + X+
 Redução: é o ganho de elétrons por uma espécie química, que pode ser
um átomo isolado (deficiente em elétrons) ou um grupo (também deficiente em
elétrons), formando um átomo ou substância neutra. Podemos representar uma
redução por meio da seguinte equação:
X+ + e → X
 Aldeídos: são substâncias orgânicas que apresentam uma carbonila (C=O)
na extremidade da cadeia e um átomo de hidrogênio ligado a ela.

Estrutura geral de um aldeído

 Cetonas: são substâncias orgânicas que apresentam em sua estrutura uma


carbonila (C=O) localizada entre dois carbonos de uma cadeia carbônica.
Estrutura geral de uma cetona

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