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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CINCAIS E TECNOLOGIA

CURSO DE QUÍMICA

AGNALDO EUSÉBIO RUFAI


CARMELINO ESTEVÃO DAVID
HÉLIO REMÍGIO CAETANO

Resumo

Quelimane
2021
AGNALDO EUSÉBIO RUFAI
CARMELINO ESTEVÃO DAVID
HÉLIO REMÍGIO CAETANO

Resumo

Trabalho de carácter avaliativo, a ser


entregue na cadeira de MMEL
O docente: dr. Pedro Geraldo

Quelimane
2021
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Medições em química
Nesta unidade temática foram abordados quatro (4) aspectos fundamentais, nomeadamente:

➢ Princípios de medição;
➢ Grandezas dimensionais e adimencionais;
➢ Escalas de medição;
➢ Precisão e exatidão.

a) Princípios de medição

Medição é processo de obtenção experimental de um ou mais valores que podem ser,


razoavelmente, atribuídos a uma grandeza. As medições, sobretudo aquelas em que se pretende
garantir níveis de exatidão médios e elevados, devem ser efetuadas num local (laboratório) com
ambiente controlado, para os valores de referência das seguintes grandezas de influência.

Na literatura tradicional, o resultado de medição era definido como um valor atribuído a uma
mensuranda obtida por medição, que podia referir-se a uma indicação, a um resultado não
corrigido, ou a um resultado corrigido (resultado da medição depois da correção do erro
sistemático) de acordo com o contexto.

b) Grandezas dimensionais e adimencionais


O método da analise dimensional é utilizado não apenas em conversão de unidades, mas
também nas situações onde há um excesso de cálculos sequenciais (como em estequiometria).
Infelizmente esse método ainda é pouco utilizado. Pois é conhecido por poucos, a grande
maioria dos alunos opta por realizar a “regra de três”, apesar de sua popularidade ser maior,
pode acabar por atrapalhar a resolução ao invés de ajudar.
Um dos princípios básicos da análise dimensional é a homogeneidade, segundo o qual os dois
membros de uma equação que exprima uma lei física ou descreva um processo físico devem
ser homogêneos em relação a cada grandeza de base.
As grandezas dimensionais são e extrema importância para a aérea científica pois elas permitem
identificar as dimensões dos termos ou grandezas das equações. Também permite identificar
erros de escrita das equações por incoerência dimensional dos seus termos. Alem disso, através
da análise dimensional e da criação de grupos adimensionais é possível estabelecer relações
empíricas entre grandezas envolvidas num dado fenómeno físico. O objectivo destas relações
consiste em estabelecer uma equação entre o menor número de variáveis possível para facilitar
a determinação dos parâmetros da equação.
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Diferentemente da grandeza dimensional, a grandeza adimensional é aquela desprovida de


unidades, ou seja, o resultado final da dimensao é unitaria, ou seja, uma grandeza adimensional
ou número adimensional é um número desprovido de qualquer unidade física que o defina -
portanto é um número puro.

c) Escala de medição
A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas lineares do
objeto representado.
Medição é o ato ou efeito de medir.

Tipos de medições
Nos tipos de medições podemos encontrar descritas de duas formas distintas: medições diretas
e indiretas.
A medição direta consiste em comparar directamente o valor da grandeza com a Unidade-
padrão. Compara-se a grandeza a medir com uma unidade da mesma espécie.
Diferentemente da medição direta, a medição indirecta usa-se quando se pretende medir uma
grandeza que é obtida por derivação matemática de outras grandezas medidas directamente.
É de frisar que nas unidades de medição podemos encontrar as que velam pela medida de massa,
de volume.
Nas medidas de massa, a que destacar o uso de alguns instrumentos fundamentais tais como:
balança analítica, balança de uso geral, ao passo que nas medidas de volume, é indispensável o
uso de instrumentos tais como: pipetas, buretas, balão volumétrica, copo de Becker, balão de
fundo.

d) Precisão e Exatidão
Precisão é a proximidade entre os resultados que foram obtidos exatamente da mesma forma.
Geralmente, a precisão de uma medida é prontamente determinada simplesmente pela repetição
da medida em réplicas da amostra. Diferentemente da precisão, a exatidão indica a proximidade
da medida do valor verdadeiro, ou aceito, e é expressa pelo erro, como mostra a imagem abaixo.
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Leitura de grandezas
Nesta unidade foram abordados três aspectos nomeadamente:
➢ Erros e tipos de erros;
➢ Calibração de instrumentos de medição;
➢ Leituras de massa, volume, temperatura e tempo.

a) Erros e tipos de erros


Um dos primeiros aspectos a ser tratado nesta unidade foi sobre erro, onde foi evidenciado,
erros de medidas são incertezas que faz uma medida procurar manter esta incerteza em níveis
baixos e toleráveis de modo que o resultado possua confiabilidade aceitável, sem a qual a
informação obtida não terá valor. O erro absoluto de uma medida e definido como a diferença
entre o valor medido e o valor verdadeiro de uma dada grandeza.
No que concerne aos tipos de erros é imperioso que saibamos que podemos classificar e duas
categorias:
➢ Erros determinados;
➢ Erro indeterminados.
Erros determinados ou sistemáticos, este tipo de erro possuem um valor definido e pelo menos
em principio podem ser medidos e computados no resultado final.
Erro indeterminados , este tipo de erro não possuem valor definido, não são mensuráveis e
flutuam de um modo aleatório.
Fora dessas categorias de erros acima supracitados, podemos encontrar outras categorias tais
como: erros operacionais, erros pessoais, erros de métodos e erros devido a instrumentos,
materiais e reagentes.
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b) Calibração de instrumentos de medição


No que diz respeito a calibração é importante que conheça ou saiba que a calibração é uma
forma de realizar a comparação dos valores de medição de um instrumento que possui erros
conhecidos (chamado de instrumento padrão) com um instrumento que está em teste. De realçar
qualquer outro instrumento de uso laboratorial é imperioso que se faça um ajuste, isto que dizer
que a calibração de instrumentos é realizada com o auxílio de ferramentas específicas, que
variam de acordo com o instrumento de medição e em que local o procedimento será realizado.
É importante que faça a calibração pós, ela é essencial para que o processo conte com a maior
precisão no momento da detecção de diversas grandezas, como o nível, o volume, a vazão
mássica, a umidade, a densidade e outros.

c) Leituras de grandeza: massa, volume, temperatura e tempo


Para medir a massa usa-se um aparelho chamado balança. No que diz respeito a leituras de
massa, a que destacar uma subdivisão entre elas:
➢ Leitura na Pesagem por Diferença: é um método simples para se determinar a massa
de uma série de amostras.
➢ Leitura na Pesagem de Sólidos Higroscópicos: nessa as substâncias higroscópicas
absorvem humidade da atmosfera rapidamente e, portanto, necessitam manuseio
especial.
➢ Leitura na Pesagem de Líquidos: A massa de um líquido é sempre obtida por diferença.

Para as medidas de volume pode ser medido de maneira confiável com uma pipeta, uma

bureta, ou um frasco volumétrico.

Nas medições de temperatura os dispositivos importantes mais usados são os termómetros, os


termopares, os termistores, os RTDs (Resistance Temperature Detector), os pirómetros ópticos
e os pirómetros electrónicos com CCDs (Charged Coupled Device).

Na leitura de tempo, os dispositivos usados são: relógios e cronómetros.


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Técnicas de Manuseamento

Nesta unidade é abordado os aspectos nomeadamente:

➢ Balança;
➢ Pipetagem;
➢ A destilação;
➢ A extração;
➢ A centrifugação;
➢ A espectroscopia;
➢ Espectrofotometria.

A) Balança

É de conhecimento de todos nos que balança serve para a definição de pesos (valores de
pesagem) do material pesado. É destinada para uso como “balança não-autónoma”, isto é, o

material pesado deve ser colocado manual e prudentemente no centro do prato de pesagem. O
valor de pesagem poderá ser lido quando estiver estável. A balança apresenta duas principais
características a destacar:

➢ capacidade de pesagem: é o limite máximo que o equipamento pode pesar.


➢ Resolução: indica o intervalo de leitura de uma balança, ou seja, que fracção de grama.

No laboratório são utilizados dois tipos de balanças:

➢ Semianalítica;
➢ Analítica.

b) Pipeta

É de fundamental importância sempre que o estudante queira falar de algum contexto, tenha
conhecimento do mesmo, com isso quero dizer que pipetas são instrumentos ou equipamentos
utilizados para medir ou transferir líquidos. Problemas de pipetagem são fontes comuns de erro
em diagnósticos laboratoriais. Esses problemas podem ser causados por técnica pipetagem, erro
na escolha da pipeta, problemas de ajuste do equipamento ou falta de cuidados de conservação.
Existem vários tipos de pipetas e denominadas mais usadas que são:
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➢ Sorologicas graduadas,
➢ Pipetas de volume fixo ou ajustável e também pipetas multicanais.

São usadas ainda as pipetas de Pasteur, somente para transferir líquidos. Possui um “balão” que,
quando pressionado, expele o ar para o exterior da pipeta e posteriormente o líquido é sugado
para o interior. Só para recordar existência de outros meios alternativos em caso de falta de
pipetas designados micropipeta.

c) Destilação
Geralmente recorremos a destilação em laboratório para uso de manuseamentos de líquidos
altamente voláteis, exige a tomada das precauções necessárias para minimizar o risco de
incêndio. Mantenha um extintor próximo de si e recolha o destilado cuidadosamente para não
o derramar. De referir que existem vários tipos de destilação, isto é de acordo com o tipo de

substancia a se tratar:
destilação simples Usa-se para separar os componentes da mistura quando a mistura é
composta de dois líquidos miscíveis que apresentam pontos de ebulição inferiores a 150ºC e
distantes mais de 25ºC, ou quando as impurezas são não voláteis.
destilação fraccionada serve para separar líquidos miscíveis com temperaturas de ebulição
próximas menos de 25ºC, à pressão de 1 atmosfera.

d) Extracção
Extracção é a transferência de um soluto de um solvente para outro, com Finalidade de Isolar
determinados compostos orgânicos de soluções ou suspensões aquosas onde se encontram. De
referir que tal como outros contextos a extração vem acompanhada de seus tipos que são;
➢ Descontínua – Contínua – Sólido-Líquido – Líquido-Líquido
➢ Extracção Simples
➢ Extracção Múltipla
➢ Extracção Quimicamente Activa

e) Centrifugação
É uma técnica de separação de misturas que se baseia no uso da força centrífuga no lugar da
força gravitacional. A centrifugação é amplamente usada no laboratório químico e no segmento
industrial.
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A centrifugação também se acha presente no cotidiano, como na remoção da água de roupas


numa máquina de lavar, que funciona como uma centrífuga do tipo cesta durante a etapa de
centrifugação. Alguns processadores de alimentos utilizam esse método para separar o suco da
fruta do sumo.
A centrifugação especifica a magnitude da aceleração aplicada à amostra, expressa em rotações
por minuto, que é convertida em múltiplos de g. A principal característica dessa definição é a
fácil reprodução das condições de teste que a centrífuga pode submeter as amostras. Para fins
de padronização, a unidade de força centrífuga é um fator relativo numericamente proporcional
à multiplicação da força gravitacional aplicada ao sistema em estudo.
❖ A centrífuga
A centrífuga é o equipamento que submete uma amostra a uma trajetória circular em torno de
um eixo fixo. O princípio de funcionamento é simples: um rotor, no qual ficam conectados os
tubos contendo as amostras, é acoplado ao eixo central. Existem diferentes tipos de centrífugas,
sendo algumas para propósitos muito específicos, como as de separação de isótopos. As
centrífugas variam em tamanho e velocidade, e o uso de cada uma depende da quantidade e dos
tipos de substâncias a serem separadas. Podem ser divididas em centrífugas industriais e
laboratoriais.
Alguns tipos especiais de centrífugas de laboratório são: manuais, usadas em testes de
sedimentação e na separação de sólidos que decantam facilmente, como sementes, massas
celulares e folhas (são comuns em laboratórios de biologia, botânica e agronomia);
minicentrífugas, usadas nos processos de isolamento de células e biomoléculas como DNA e
proteínas (empregam amostras em pequenas quantidades); ultracentrífugas, usadas na
separação de componentes como lipoproteínas, proteínas, ácidos nucleicos e polímeros,
compostos por partículas de diferentes massas.

f) Espectroscopia
Espectroscopia é o estudo da luz através de suas componentes, que aparecem quando a luz passa
através de um prisma ou de uma rede de difração. À intensidade da luz em diferentes
comprimentos de onda, chamamos de espectro.
O estudo de espectro é de extrema importância porque quase todas as informações sobre as
propriedades físicas de um objeto podem ser obtidas a partir de seu espectro. Podemos ter três
tios de espetro fundamentais, nomeadamente: espetro continuo, espetro de emissão e espetro de
absorção.
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1) Um corpo opaco quente, sólido, líquido ou gasoso, emite um espectro contínuo. Ex.
Filamento de uma lâmpada incandescente; Lava de um vulcão; Estrela.
2) Um gás transparente produz um espectro de linhas de emissão brilhantes. O número e a
posição destas linhas dependem dos elementos químicos presentes no gás. Ex. Filamento de
uma lâmpada fluorescente.
3) Se um espectro contínuo passar por um gás à temperatura mais baixa, o gás frio causa a
presença de linhas escuras (absorção). O número e a posição destas linhas dependem dos
elementos químicos presentes no gás. Ex. Sol e sua atmosfera.

g) Espectrofotometria
É um método de análise quantitativa instrumental mais usado nas investigações biológicas e
físico-químicas. Método de análise óptico baseado em medidas de absorção de radiação
eletromagnética.
✓ Espectrofotometria Óptica
Comprimento de onda corresponde à luz visível ou ultra-violeta: faixa entre aproximadamente
180 a 800 nm. Quando a luz atravessa uma substância, parte da energia é absorvida
absorvância. Absorvância é a fração da energia luminosa que é absorvida por um determinado
material. A absorvância é proporcional à concentração da espécie química absorvente, sendo
constantes o comprimento de onda, a espessura atravessada pelo feixe luminoso e demais
fatores.
A cor das substâncias se deve a absorção de certos comprimentos de ondas da luz branca que
incide sobre elas, deixando transmitir aos nossos olhos apenas aqueles comprimentos de ondas
não absorvidos transmitância. Transmitância é a fração da luz incidente em um comprimento
de onda específico, que atravessa uma amostra de matéria.

O espectrofotômetro é um instrumento que permite comparar a radiação absorvida ou


transmitida por uma solução que contém uma quantidade desconhecida.
A base da espectrofotometria, portanto é passar um feixe de luz através da amostra e fazer a
medição da intensidade da luz que atinge o detector. O espectrofotômetro compara
quantitativamente a fração de luz que passa através de uma solução de referência e uma solução
de teste.
Tipos de espetrofotometria
➢ Espectrofotometria de Luz Visível – Cubeta de Vidro ou Plástico
➢ Espectrofotometria de Luz Ultra- Violeta – Cubeta de Quartzo

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