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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS- UFAM

RELATÓRIO EXPERIMENTO 1: MEDIDAS FÍSICAS


JAMILLY CASTRO

SAFIRA MARINHO

WILLIAN MOURA

MANAUS- AM
2023
RELATÓRIO: MEDIDAS FÍSICAS 2

RESUMO

Baseado no experimento realizado no dia 21 de agosto de 2023, trata-se de um relatório

sobre medidas físicas e margem de erro e como elas têm influência quando se busca exatidão na

hora de medir qualquer objeto, seja por sua massa, diâmetro ou volume.

OBJETIVO

Compreender como funciona a margem de erro presente durante a medição de objetos através

dos equipamento qualificados para esta função, além do manuseio dos mesmos, os cálculos

necessários e como funciona a coleta de dados para se obter uma exatidão nos resultados.

INTRODUÇÃO

Assimilar a grandeza das proporções e medidas presentes dentro do mundo sempre foi algo

importante para o homem. Saber medir é entender a importância de quantificar adequadamente

os valores presentes no cotidiano, como a temperatura, tempo, volume, peso, entre outros. Trata-

se do modo a qual se pode fazer observações através de valores numéricos para compreender os

fenômenos da natureza e de ação humana, bem como sua razão e proporções, sendo um meio de

não só conhecer e quantificar objetos, mas também o universo.


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BASE TEÓRICA

Medidas diretas são as obtidas por simples comparação utilizando-se instrumentos de

medida já calibrados para tal fim. Neste tipo de medida devemos distinguir dois casos:

(i) a medida é feita através de uma única determinação onde o valor numérico ou é lido

numa escala (régua, paquímetro, cronômetro, balança, etc.) ou é fornecido diretamente como no

caso de massas aferidas.

(ii) a medida é obtida através de várias determinações onde o valor numérico é dado pelo

valor mais provável.

Medidas indiretas são todas aquelas relacionadas com as medidas diretas por meio de

definições, leis e suas consequências. Neste tipo de medidas o valor numérico assim

como a dimensão e a unidade correspondentes, são encontradas através de expressões

matemáticas que as ligam às medidas diretas envolvidas. Exemplo é a determinação do volume

de um cilindro a partir das medidas de suas dimensões.

Tabela Dimensões e unidades nos sistemas CGS e SI (MKS) das principais

grandezas de Mecânicas
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As medidas experimentais são ordinariamente acompanhadas de alguma incerteza e esta

incerteza limita o objetivo de se conhecer o valor verdadeiro da grandeza. Têm-se, assim, os

erros, os quais podem ser classificados nos seguintes tipos:

Erros grosseiros são aqueles cometidos devido à falta de atenção ou de prática do

operador. Deste tipo são os erros cometidos em operações matemáticas, enganos na leitura ou

escrita de dados, ou engano na leitura de uma escala. A possibilidade de ocorrência desses erros

pode ser bastante reduzida pela atenção do operador e pela repetição das medidas e dos cálculos.

Erros sistemáticos são aqueles decorrentes de causas constantes e se caracterizam por

ocorrerem sempre com os mesmos valores e sinal. São deste tipo os erros devidos a aparelhos

descalibrados, a métodos falhos, ao uso de equações incompletas, a condições ambientais

inadequadas aos instrumentos de medida e a hábitos errados do operador. O modo de eliminar

esses erros, ou reduzi-los a um mínimo, é trabalhar com instrumentos calibrados, os instrumentos

devem estar "zerados" e, quando for o caso, com a calibração corrigida para as condições

ambientais — com métodos corretos e equações adequadas. No caso de se ter medidas afetadas

por um erro sistemático e se conhecer seu valor e sinal, é possível eliminá-lo, já que ele entra

com valor e sinal iguais em todas as medidas.

Erros aleatórios são aqueles devidos a causas fortuitas. Também chamados de erros

aleatórios ou estatísticos, eles resultam do somatório de pequenos erros independentes e

incontroláveis afetando o observador, o instrumento de medida, o objeto a ser medido e as

condições ambientais. São causas desses erros, por exemplo, a variação do "milímetro" ao longo

de uma reta milimetrada; a flutuação dos instrumentos de medida ligados na rede elétrica; a
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estimativa que o observador faz na leitura de dados, as pequenas variações da grandeza medida

quando comparadas à sensibilidade do arranjo experimental (no caso de a variação da grandeza

ser bem maior que a sensibilidade do arranjo experimental, a diferença entre as medidas deve ser

atribuída à própria variação da grandeza). Sendo esses erros originados por um grande número

de causas, todas elas provocando variações, para mais e para menos, de intensidade dentro da

sensibilidade do arranjo experimental, eles obedecem a leis matemáticas bem definidas e podem

ser tratados pela teoria estatística.

Desvio padrão amostral e populacional

Define-se desvio padrão amostral ou desvio médio quadrático, a raiz quadrada da variância

amostral, descrita pela relação:

O valor de s fornece uma idéia sobre a incerteza padrão (incerteza típica) de qualquer

medida, tendo como base o conjunto das N medidas. O parâmetro s pode ser interpretado como

sendo a incerteza que se pode esperar, dentro de certa probabilidade, se uma (N+1)-ésima

medição viesse a ser realizada, quando já se conhece o que ocorreu nas N medições anteriores. O

desvio padrão amostral indica uma boa avaliação sobre a distribuição das medidas, em torno do

valor médio.
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

● Usando a régua milimetrada. medir o diâmetro D da esfera;

● Repetir o procedimento anterior, utilizando o paquimetro;

● Repetir mais uma vez a medida, utilizando agora o micrometro;

● Comparar os resultados e observar a margem de erro dos equipamentos utilizados.

RESULTADOS

No que diz respeito ao tamanho da esfera, obtido através da repetição e averiguação com

os três instrumentos, e considerando o erro da medida de cada um deles, obtiveram-se as

seguintes medidas:

● Medida do diâmetro obtido pela régua: 22,0mm ± 0,5 mm

● Medida do diâmetro obtido pelo paquímetro: 22,20 mm ± 0,05mm

● Medida do diâmetro obtido pelo micrômetro: 22,200 mm ± 0,005mm

Desse modo, considerando que o tamanho do diâmetro da esfera é o dobro do tamanho do

raio, sabe-se que:

● Medida do raio obtido pela régua: 11,0 mm ± 0,5 mm

● Medida do raio obtido pelo paquímetro: 11,10 mm ± 0,05mm

● Medida do raio obtido pelo micrômetro: 11,110 mm ± 0,005mm


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Utilizando a relação dada que o volume da esfera corresponde a 4/3 x πr³, e com o uso da

equação geral da incerteza do volume esférico, chegou-se na seguinte conclusão:

● Volume da esfera obtido pela régua: 5572,45mm³ ± 759,88mm³

● Volume da esfera obtido pelo paquímetro: 5725,51 ± 77,42mm³

● Volume da esfera obtido pelo micrômetro: 5741,304 ± 8,28mm³

CONCLUSÃO

Ao finalizar o experimento, foi possível concluir que conforme a precisão de cada ferramenta

utilizada menor é à margem de erro que obteremos ao retirar as medidas. Um exemplo de tal

afirmação é a margem de erro que foi obtida ao retirar as medidas da esfera com a régua e o

micrômetro, onde alcançamos uma margem de 0,5 com o primeiro instrumento, e a margem de

0,005 com o segundo. Assim, chegou- se a conclusão de que uso do micrômetros ofereceu maior

precisão nas medidas retiradas durante o experimento, comprovando os resultados e uma

exatidão nos dados.


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REFERÊNCIAS

http://www2.fis.ufba.br/dftma/TeoriaDeErros2013v3.pdf

http://www.leb.esalq.usp.br/leb/aulas/lce5702/medicao.pdf

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