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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

ENGENHARIA FÍSICA – TURMA E

GABRIEL FACENDA BUENO – R.A.: 802264


GREGÓRIO SANT’ANNA – R.A.: 800350
IVAN AUGUSTO VICENTIN – R.A.: 791383

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA 1


Medições e Avaliações de Incertezas

SÃO CARLOS - SP
26 de agosto de 2021
Gabriel Facenda Bueno – R.A.: 802264
Gregório Sant’Anna – R.A.: 800350
Ivan Augusto Vicentin – R.A: 791383

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA 1:


Medições e Avaliações de Incertezas

Trabalho de relatório de aula prática,


apresentado à disciplina de Física
Experimental A – turma E – do curso de
Engenharia Física da Universidade Federal
de São Carlos, como requisito parcial à
demonstração dos processos e resultados
utilizados e obtidos durante as medições e
avaliações de incertezas.

Orientador: Prof. Waldir Avansi Junior

SÃO CARLOS - SP
26 de agosto de 2021
SUMÁRIO

1. RESUMO ....................................................................................................................... 4
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 4
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS .................................................................................... 4
4. MATERIAIS UTILIZADOS .......................................................................................... 6
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................ 7
6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................. 8
7. CONCLUSÕES ............................................................................................................. 8
8. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 9
9. APÊNDICES.................................................................................................................. 9
1. RESUMO
Na aula “Prática 1” foram apresentados conceitos fundamentais de medições e
avaliações de incertezas, bem como alguns instrumentos de medição 1. Usou-se,
ainda, o paquímetro para aferir as dimensões de um cilindro metálico2 e, também, o
micrômetro para o mesmo objeto. Após a obtenção das medidas e a observação de
suas respectivas incertezas, foram realizados os cálculos para determinar o volume
dos objetos3 para, posteriormente, definir com precisão matemática a densidade dos
materiais.
Ademais, ao comparar a densidade encontrada com um banco de dados 4, foi
possível esclarecer probabilisticamente de que material a peça é feita.

2. OBJETIVOS
No experimento realizado, o objetivo fundamental era a aprendizagem dos
fundamentos de medições e análise de incertezas utilizando a balança, o paquímetro
e o micrômetro. Também, objetivava-se aprender e aplicar fundamentos matemáticos
para encontrar a propagação das incertezas, bem como para encontrar o desvio
padrão experimental das amostras5 e, por fim, aprender na prática como encontrar a
densidade média para o corpo estudado. Além disso, o propósito da aula “Prática 1”
superou as expectativas, visto que contribuiu também para o aprimoramento das
técnicas e experiências na elaboração de relatório.

3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O resultado de um procedimento de medição deve conter o valor da grandeza,
a incerteza da medição e a unidade de medida, podendo ser apresentada no seguinte
formato:
(𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 ± 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖çã𝑜) [𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒] (1)
Neste formato, interpreta-se que o valor da grandeza é uma medição direta ou
indireta.6
Para entender a incerteza da medição deve-se compreender alguns tópicos
relativamente importantes:
• O erro está presente sempre que o comportamento real de um sistema
se afasta do ideal;
• O erro médio, ou a parcela previsível do erro são chamados,
comumente, de erro sistemático;
• Segundo Armando e André [1], erro de medição é a diferença entre o
valor mostrado pelo sistema de medição e o valor verdadeiro do
mensurando;
• Segundo os autores Sousa e Albertazzi [1], o erro aleatório é a parcela
imprevisível do erro de medição (Avaliação Tipo A);
• O erro sistemático é o valor médio do erro de medição (Avaliação Tipo
B);
• O desvio-padrão de uma distribuição é uma medida do seu grau de
dispersão.
Visto esses tópicos, espera-se clarificar o entendimento da incerteza-padrão,
que é obtida a partir de uma série de medições repetidas do mesmo mensurando,
medindo a intensidade do erro aleatório do sistema de medição. Resumidamente, a
incerteza-padrão corresponde ao desvio-padrão dos erros de medição.
Contudo, deve ser salientada a diferença entre erro de medição e incerteza de
medição. Para Armando e André [1], erro de medição é o número que resulta da
diferença entre o valor indicado por um sistema de medição e o valor verdadeiro do
mensurando e a incerteza de medição é o parâmetro, associado ao resultado de uma
medição, que caracteriza a dispersão de valores que podem fundamentadamente ser
atribuídos ao mensurando.
Um sistema de medição que opera através do método de indicação, segundo
Albertazzi e Sousa [1], pode ser representado da seguinte forma:

Figura 1 - Nesta figura, o "Transdutor e/ou sensor" avalia o "Mensurando" e emite sinais, que são interpretados pela
"Unidade de tratamento do sinal". Na sequência, a interpretação é organizada e mostrada no "Dispositivo mostrador ou
registrador".

Na aula “Prática 1” foram realizadas medidas indiretas. Desta forma, as


incertezas deveriam ser combinadas.
Para Armando Albertazzi e André de Sousa [1], denomina-se incerteza
combinada o desvio-padrão resultante da ação combinada das componentes
aleatórias de todas as fontes de incerteza que afetam um processo de medição. Desta
forma, para estimar a incerteza combinada de “n” fontes de incerteza, todas não-
correlacionadas, deve ser usada a seguinte equação:
𝑢𝑐2 = 𝑢12 + 𝑢22 + 𝑢32 + ⋯ + 𝑢𝑛2 (2)
Onde 𝑢𝑐 representa a incerteza combinada e 𝑢𝑖 representa a incerteza-padrão
da i-ésima fonte de incerteza.
Logo, a incerteza-padrão de uma fonte de incerteza pode ser calculada por:
∑𝑛
𝑖=1(𝐼𝑖 −Ῑ)²
𝑢=√ (3)
𝑛−1

Para uma análise mais profunda, pode ser utilizada a incerteza relativa, que,
segundo Sonia Vieira [2], mostra o quão grande é a incerteza absoluta7, em relação
ao tamanho que foi medido. A equação, conforme a autora, é a seguinte:
𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎
𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 (𝑢(𝑅) ) = 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖çã𝑜 (4)

4. MATERIAIS UTILIZADOS
Foram utilizados, para a epigrafada aula prática, os seguintes materiais:

4.1. PAQUÍMETRO
Marca Kingtools, com precisão de dois centésimos de milímetro.

Figura 2 - Paquímetro Kingtools, com o qual foram realizadas as medições na peça metálica.
4.2. MICRÔMETRO
Marca Kingtools, com precisão de um centésimo de milímetro.

Figura 3 - Micrômetro Kingtools, com o qual foram realizadas as medições na peça metálica.

4.3 CILINDRO METÁLICO


Representado a seguinte figura:

Figura 4 - Cilindro metálico utilizado como mensurando durante a aula em epígrafe.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Durante a aula “Prática 1” cada uma das dez equipes foi submetida a testar
seus conhecimentos com as ferramentas de medição através de um simulador digital8,
informando seus resultados para o professor orientador deste trabalho.
Após o docente ter confirmado que os resultados estavam corretos, o mesmo
enviou para o grupo novos dados para a interpretação dos novos resultados.
Com os dados da balança, foi possível obter a massa do corpo; do paquímetro
e do micrômetro, foi possível obter as dimensões de altura e diâmetro de um cilindro
metálico com relativa precisão.
De posse da interpretação, elaborou-se uma tabela em que constava cinco
linhas para os dados obtidos para cada instrumento, tanto para o paquímetro quanto
para o micrômetro, onde foi informado a indicação de cada medição junto de sua
respectiva incerteza padrão (baseado na equação (1)).
Com essas informações integralmente preenchidas na tabela, para o
paquímetro e micrômetro, altura e diâmetro, foi possível obter os resultados das
demais colunas. Isto é, a subtração do valor médio – para o instrumento e sua
respectiva dimensão – da medição direta, elevado ao quadrado (fundamentado na
equação (3)).
Após a construção dessa tabela, criou-se outra para amostrar os valores
médios da altura e do diâmetro do cilindro, suas incertezas padrões combinadas
(conforme a equação (2)) e as incertezas relativas associadas a cada uma das
dimensões médias da peça (de acordo com a equação (4)).
Utilizando das informações coletadas e interpretadas, realizou-se o cálculo de
volume9 para o corpo, não ignorando suas incertezas padrões. Conhecidos a massa
e volume (para cada um dos instrumentos), determinou-se, então, a densidade do
objeto10. Desta forma, foi criada uma terceira tabela na qual apontou-se a massa, o
volume e a densidade do cilindro para cada instrumento de medição.
Por fim, a densidade foi comparada com um banco de dados4, fato que permitiu
a identificação probabilística do material de que é feito o corpo cilíndrico.

6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

7. CONCLUSÕES
8. BIBLIOGRAFIA
[1] Albertazzi, Armando; Roberto de Sousa, André. Título: Fundamentos de Metrologia
Científica e Industrial. Edição 2. Local de publicação: Manole, 2017.
[2] Vieira, Sonia. Blogspot, 2016. Incerteza absoluta e incerteza relativa. Disponível
em: <http://soniavieira.blogspot.com/2016/05/incerteza-absoluta-e-incerteza-relativa.html>.
Acesso em: 29 de agosto de 2021.
[3] Teoria dos Erros. Faculdade de Ciência (UNESP), 2008. Disponível em:
<http://wwwp.fc.unesp.br/~malvezzi/downloads/Ensino/Disciplinas/LabFisI_Eng/ApostilaTeor
iaDosErros.pdf>. Acesso em: 29 de agosto de 2021.
[4] Vernier Calipers. OLABS, 2014. Disponível em:
<http://amrita.olabs.edu.in/?sub=1&brch=5&sim=16&cnt=4>. Acesso em: 24 de agosto de
2021.
[5] Screw Gauge. OLABS, 2014. Disponível em:
<http://amrita.olabs.edu.in/?sub=1&brch=5&sim=156&cnt=4>. Acesso em: 24 de agosto de
2021.

9. APÊNDICES
1 Especificamente, o paquímetro, o micrometro e a balança.
2 Para o cilindro metálico, foram mensurados o diâmetro e o comprimento.
3 Combinando as incertezas respectivas.
4 CITAR O BANCO DE DADOS
5 Referente aos documentos “Pratica_1- Paquimetro-cilindro-CORPO1-OK” e
“Pratica_1- Micrometro-cilindro-CORPO1-OK”, fornecidos pelo docente através de e-
mail.
6 Segundo Armando Albertazzi e André Roberto de Sousa [1], são ditas
medições indiretas quando o valor do mensurando é calculado a partir de operações
matemáticas efetuadas envolvendo duas ou mais medidas associadas a diferentes
características do mensurando. Já na medição direta, o sistema de medição indica
naturalmente o valor do mensurando.
7 Conforme informado em uma apostila disponibilizada por André Luiz Malvezzi,
Professor Assistente Doutor do Departamento de Física da Faculdade de Ciência da
Universidade Estadual Paulista (UNESP) [3], define-se como incerteza absoluta de
uma medida, a amplitude de incertezas fixada pelo experimentador, com o sinal ±.
8 Paquímetro [4] e micrômetro [5].
9 Para tal, utilizou-se a seguinte fórmula: 𝑉 = 𝜋 ∗ 𝑟 2 ∗ ℎ, onde 𝑉 significa
volume, 𝑟 significa raio e ℎ significa diâmetro.
10 𝑚
A fórmula usada para encontrar a densidade, foi: 𝜌 = 𝑣 , onde 𝜌 é a

densidade, 𝑚 é a massa e 𝑣 é o volume.

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