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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL I

PROFESSOR: IGOR TORRES

EXPERIMENTO I: Instrumento de Medidas

Alunos

Mateus Guilherme Bento Lopes

Matheus de Jesus Silva Veiga

Turma 04

SÃO LUÍS - MA

2023.1
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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO 03

2 OBJETIVO 04

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 04

4 METODOLOGIA 05

5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 05

6 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 06

7 CONCLUSÃO 10

8 RESOLUÇÃO DO QUESTIONÁRIO 10

REFERÊNCIAS 10
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1. INTRODUÇÃO

Para que possamos fazer uma medida de uma grandeza física de maneira
certa, temos que selecionar o instrumento apropriado para a medida, entender o modo
de aplicação, e aprender a ler a escala de medida desse instrumento e analisar o
resultado criticamente.
Um dos procedimentos essenciais da física é a medição de dados para a
verificação de erros e incertezas. O presente relatório inclui experiências realizadas em
sala de aula com dois instrumentos de medidas: a trena e o paquímetro.
A obtenção de medidas é uma parte fundamental da física, porém nenhuma
medida conseguida é totalmente precisa, sempre existirá uma incerteza relacionada a
cada medida. Essa incerteza advém, dentre outros motivos, da limitada precisão de todo
instrumento de medida e a incapacidade de leitura de valores fracionários menores que a
menor divisão da escala do instrumento (PENTEADO e TORRES, 2005).
De acordo com Crespo (2002), um recurso utilizado pela Estatística para
qualificar os valores de uma variável, ressaltando a maior ou menor dispersão ou
variabilidade entre esses valores a sua medida de posição, são as medidas de dispersão,
entre elas estão o desvio padrão e a variância. Além da compreensão de desvio padrão,
para conseguirmos o objetivo do experimento foi necessária à aplicação da fórmula do
desvio padrão e de outras, são elas:

● Média:

● Desvio padrão:

● Desvio padrão da média:

● Incerteza padrão
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2. OBJETIVO

O experimento teve como objetivo mostrar e analisar a diferença de


instrumentos de medição: trena e paquímetro, isso foi feito por intermédio de cálculos, o
que exigiu a noção dos números significativos. além de calcular a incerteza padrão para
assim, obter o melhor resultado das medidas feitas.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os resultados experimentais podem ser alcançados a partir da medição


direta e indireta. A primeira pode ser obtida a partir da leitura de um instrumento,
utilizando como exemplo, o comprimento lido com um paquímetro. Já na medição
indireta, é viável atingir o resultado pelo meio de cálculos matemáticos.
Ao medir definida grandeza x repetidas vezes (n), os n resultados
conseguem ser diferentes. O conjunto de dados pode ser caracterizado da seguinte
maneira:
x1, x2, x3, … , xn-1, x
Portanto, é aceitável calcular o valor médio dos n resultados das medições,
pelo meio da definição:

O valor médio é distinto do valor verdadeiro, no entanto a incerteza


relacionada ao valor médio é menor que a incerteza em cada um dos valores xi. Ao
efetuar os experimentos, é normal acabar mostrando alguns erros. Estes podem ser
conhecidos como erros sistemáticos e erros estatísticos. O erro sistemático é sempre o
mesmo nos n resultados. Ou seja, no qual existe apenas erro sistemático, os n resultados
xi são parecidos e a diferença para o valor verdadeiro é sempre a mesma.
Já o erro estatístico é um erro tal que os n resultados xi, se separam de forma
aleatória em volta do valor verdadeiro. Procedem das variações aleatórias no resultado
da medição, por causa de fatores que não controláveis. Normalmente, estas variações se
devem apenas ao procedimento de medida, contudo em certos casos, as variações
aleatórias são referentes do mensurando. Mas, com cautela, tem como fazer algumas
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melhorias durante o tempo em que faz suas medições, a fim de conseguir diminuir os
erros.
No momento que não é aceitável fazer essa diminuição, é correto fazer
várias medições, visto que o valor médio de um grande número de resultados tem erro
estatístico menor. Portanto, em uma medição, as duas espécies de erro acontecem ao
mesmo tempo. À medida que n aumenta, o valor médio dos resultados se aproxima de
um valor determinado que é valor médio verdadeiro.
A adição de erro é uma maneira de analisar a certeza de uma determinada
medida. O erro pode ser estabelecido como a distinção entre o valor de uma estipulada
medida e o seu valor verdadeiro. A incerteza padrão pode ser marcada como o desvio
padrão da distribuição de erros. Essa é a forma mais utilizada atualmente, para apontar a
incerteza em trabalhos de física experimental.

4. METODOLOGIA

Foram utilizados os seguintes equipamentos : trena, paquímetro, bloco de


madeira, cilindro maciço, esfera e cilindro vazado. Inicialmente, com uma trena, foram
medidas as dimensões pedidas de cada objeto (bloco de madeira, cilindro, esfera e
cilindro vazado). Em seguida, tomava-se nota das mesmas no caderno de anotações,
repetindo-se cinco vezes as medições para cada dimensão de cada objeto. Por último, o
mesmo foi feito com a utilização do paquímetro e novamente foi tomada nota das
medidas encontradas.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Primeiramente, mediram-se as três dimensões (comprimento, largura e


altura) de um bloco de madeira com uma trena. Esse processo foi feito cinco vezes.
Calcularam-se o desvio padrão, a média e o volume do cubo. Registraram-se os
resultados.
Da mesma forma realizou-se com o paquímetro. Mediram-se cinco vezes as
dimensões do bloco de madeira. Calcularam-se o desvio padrão, a média e o volume do
cubo. Anotaram-se os valores. Em seguida, mediram-se cinco vezes o diâmetro a altura
de um cilindro, também com a trena e o paquímetro. Logo após, calcularam-se o desvio
padrão, a média e o volume do cubo e apontaram-se os resultados.
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Novamente com os mesmos instrumentos mediram-se cinco vezes o


diâmetro de uma esfera, calcularam-se a média, o volume e o desvio padrão da esfera.
escreveram-se os resultados alcançados.
Mediram-se também cinco vezes o diâmetro externo e interno de um
cilindro vazado com a trena e o paquímetro, calcularam-se a média, o desvio padrão e a
área. anotaram-se os resultados.

6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Ao efetuarmos as medidas dos objetos, tanto com a trena quanto com o


paquímetro, conseguimos os seguintes valores por meio da utilização das fórmulas
matemática anteriormente citadas na introdução deste relatório, sendo capaz assim
calcular a média, o desvio padrão destes materiais.

Tabela 1 – Medidas do bloco de madeira com a trena.


MEDIDA COMPRIMENTO (mm) LARGURA (mm) ALTURA (mm)
MEDIDA 1 120,00 60,00 30,00
MEDIDA 2 120,00 60,50 30,50
MEDIDA 3 120,00 60,00 30,00
MEDIDA 4 120,00 59,50 30,00
MEDIDA 5 120,50 60,00 30,00
MÉDIA 120,10 60,00 30,10
DESVIO PADRÃO 0,2 0,32 0,2

Na tabela acima conseguimos notar as medições de um bloco de madeira


com uma trena. Notamos através desse experimento que os resultados das medições do
comprimento, largura e altura com esse instrumento é aproximadamente o mesmo nas
cinco medições, onde somente na largura mostrou um desvio padrão de 0,32 mm. Como
nenhuma medida é completamente precisa, sempre existirá uma incerteza relacionada a
ela e um erro. É possível ter ocorrido algum erro no manejo do instrumento.

Tabela 2 – Medidas do bloco de madeira com o paquímetro.


MEDIDA COMPRIMENTO (mm) LARGURA (mm) ALTURA (mm)
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MEDIDA 1 120,20 60,60 30,15


MEDIDA 2 120,20 60,25 30,30
MEDIDA 3 120,20 60,30 30,35
MEDIDA 4 120,30 60,70 30,45
MEDIDA 5 120,25 60,20 30,20
MÉDIA 120.23 60.41 30.29
DESVIO PADRÃO 0.06 0.20 0.11
Como prova a Tabela 2, o paquímetro apontou-se mais preciso quanto à
trena, porque em cada dimensão medida adquiriu um desvio padrão diferente, isto é,
aconteceu um erro em volta da média. No comprimento, atingiu-se um desvio padrão de
0,06 mm, tal como na largura obteve-se 0,20 e na altura 0,11 mm.

Tabela 3 – Medidas do cilindro com a trena.


MEDIDA DIÂMETRO (mm) ALTURA (mm)
MEDIDA 1 31 30
MEDIDA 2 31 31
MEDIDA 3 31 30
MEDIDA 4 31 31
MEDIDA 5 30 31
MÉDIA 30.8 30.6
DESVIO PADRÃO 0.40 0.49

De acordo com a tabela acima, verificamos que houve desvio padrão ao


medirmos o cilindro com a trena. Observamos através desse experimento que os valores
das medições do diâmetro e altura com esse instrumento é aproximadamente o mesmo
nas cinco medições, porém o desvio padrão do diâmetro é 0,40 mm e a altura 0,49 mm,
com diferença de 0,09 mm.

Tabela 04 – Medidas do cilindro com o paquímetro.


MEDIDA DIÂMETRO (mm) ALTURA (mm)
MEDIDA 1 31,60 30,60
MEDIDA 2 31,50 31,50
MEDIDA 3 31,50 30,50
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MEDIDA 4 32,00 31,10


MEDIDA 5 31.60 31,50
MÉDIA 31.64 31.04
DESVIO PADRÃO 0.19 0.43

Contudo, na tabela 4 podemos analisar que o mesmo objeto medido com um


instrumento com uma maior precisão também apresentou um desvio padrão, visto que
citado antes cada medição mostrou um valor, levando a um erro em volta da média.

Tabela 05 – Medidas da esfera com a trena


MEDIDA DIÂMETRO (mm)
MEDIDA 1 26.00
MEDIDA 2 24.00
MEDIDA 3 24.00
MEDIDA 4 24.00
MEDIDA 5 25.00
MÉDIA 24.60
DESVIO PADRÃO 0.80

A Tabela 5 mostra que aconteceu um desvio padrão de 0,80 mm em volta da


média.
Tabela 06 – Medidas da esfera com o paquímetro
MEDIDA DIÂMETRO (mm)
MEDIDA 1 25.00
MEDIDA 2 25.00
MEDIDA 3 25.00
MEDIDA 4 25.00
MEDIDA 5 25.00
MÉDIA 25.00
DESVIO PADRÃO 0,00
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Notamos que não houver desvio padrão ao medirmos o cilindro com o


paquímetro, pois todos os resultados obtidos nas 5 medições foram iguais,
possivelmente por um erro de manuseio do instrumento pelos operados

Tabela 7 – Medidas do cilindro vazado com a trena.


MEDIDA DIÂMETRO EXTERNO (mm) DIÂMETRO INTERNO (mm)
MEDIDA 1 50,00 10,00
MEDIDA 2 50,00 10,00
MEDIDA 3 49,00 9,00
MEDIDA 4 48,00 9,00
MEDIDA 5 49,00 10,00
MÉDIA 49,20 9,60
DESVIO PADRÃO 0,75 0,49

Podemos notar, conforme mostra a Tabela 7, que aconteceu um desvio


padrão maior, sendo 0,75 mm no diâmetro externo e 0,49 mm no interno, ao medirmos
o diâmetro interno do cilindro vazado com a trena, em relação a tabela 8, percebemos
que ao medirmos o mesmo objeto com o paquímetro o desvio padrão passa a ser de 0,14
mm no diâmetro externo e 0,05 mm no interno.

Tabela 08 – Medidas do cilindro vazado com o paquímetro.

MEDIDA DIÂMETRO EXTERNO (mm) DIÂMETRO INTERNO (mm)


MEDIDA 1 50,00 8,20
MEDIDA 2 49,80 8,20
MEDIDA 3 50,25 8,15
MEDIDA 4 50,00 8,15
MEDIDA 5 50,00 8,05
MÉDIA 50.01 8.15
DESVIO PADRÃO 0.14 0.05
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7. CONCLUSÃO

É permitido através do experimento elaborado analisar que na metrologia


por mais que um instrumento de medida seja preciso, geralmente existirá um grau de
incerteza relacionado a cada medida resumindo a sua precisão, além da incapacidade de
leitura de resultados fracionários menores que a menor divisão da escala do
instrumento.
Conseguimos também ver que existem instrumentos de medidas mais
precisos que outros, assim como o caso da trena e o paquímetro, sendo este menos
preciso que aquele. No qual no experimento, na maior parte das vezes o desvio padrão
da trena era maior que o do paquímetro.

8. RESOLUÇÃO DO QUESTIONÁRIO

QUESTÕES - 5.1, 5.2 e 5.3

BLOCO DE MADEIRA - TRENA


MEDIDA COMPRIMENTO LARGURA ALTURA VOLUME
(mm) (mm) (mm) (mm)
MEDIDA 1 120,00 60,00 30,00 216.000,00
MEDIDA 2 120,00 60,50 30,50 221.430,00
MEDIDA 3 120,00 60,00 30,00 216.000,00
MEDIDA 4 120,00 59,50 30,00 214.200,00
MEDIDA 5 120,50 60,00 30,00 216.900,00
MEDIA 120,10 60,00 30,10 216.900,60
DESVIO 0,2 0,32 0,2 1.523,16
PADRÃO

BLOCO DE MADEIRA - PAQUÍMETRO

MEDIDA COMPRIMENTO LARGURA ALTURA VOLUME


(mm) (mm) (mm) (mm³)
MEDIDA 1 120,20 60,60 30,15 219.616,22
MEDIDA 2 120,20 60,25 30,30 219.434,12
MEDIDA 3 120,20 60,30 30,35 219.978,62
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MEDIDA 4 120,30 60,70 30,45 222.352,29


MEDIDA 5 120,25 60,20 30,20 218.619,31
MEDIA 120.23 60.41 30.29 219.999,13
DESVIO 0.06 0.20 0.11 1.257,58
PADRÃO

CILINDRO - TRENA

MEDIDA DIÂMETRO (mm) ALTURA (mm) VOLUME (mm³)


MEDIDA1 31,00 30,00 90.572,12
MEDIDA2 31,00 31,00 92.591,19
MEDIDA3 31,00 30,00 90.572,12
MEDIDA4 31,00 31,00 92.591,19
MEDIDA5 30,00 31,00 87.650,44
MEDIA 30,80 30,60 91.195,36
DESVIO 0.40 0.49 1.842,06
PADRÃO

CILINDRO - PAQUÍMETRO

MEDIDA DIÂMETRO (mm) ALTURA (mm) VOLUME (mm³)


MEDIDA1 31,60 30,60 95.994,30
MEDIDA2 31,50 31,50 98.193,23
MEDIDA3 31,50 30,50 95.075,98
MEDIDA4 32,00 31,10 100.048,42
MEDIDA5 31.60 31,50 98.817,67
MEDIA 31.64 31.04 97.621,29
DESVIO 0.19 0.43 1831.67
PADRÃO

ESFERA - TRENA

MEDIDA DIÂMETRO VOLUME


MEDIDA1 26,00 73.622,18
MEDIDA2 24,00 57.905.84
12

MEDIDA3 24,00 57.905.84


MEDIDA4 24,00 57.905.84
MEDIDA5 25,00 65.449,85
MEDIA 24,60 62.358,25
DESVIO PADRÃO 0.80 6259.49

ESFERA - PAQUÍMETRO

MEDIDA DIÂMETRO VOLUME


MEDIDA1 25,00 57.905.84
MEDIDA2 25,00 57.905.84
MEDIDA3 25,00 57.905.84
MEDIDA4 25,00 57.905.84
MEDIDA5 25,00 57.905.84
MEDIA 25,00 57.905.84
DESVIO PADRÃO 0,00 0,00

CILINDRO VAZADO - TRENA

MEDIDA DIÂMETRO DIÂMETRO ÁREA DA BASE


(mm²)
EXTERNO (mm) INTERNO (mm)
MEDIDA 1 50,00 10,00 7.539,82
MEDIDA 2 50,00 10,00 7.539,82
MEDIDA 3 49,00 9,00 7.288,49
MEDIDA 4 48,00 9,00 6.983,76
MEDIDA 5 49,00 10,00 7.228,80
MÉDIA 49,20 9,60 7.315,14
DESVIO 0,75 0,49 209,26
PADRÃO

CILINDRO VAZADO - PAQUÍMETRO


13

MEDIDA DIÂMETRO DIÂMETRO ÁREA DA BASE


(mm²)
EXTERNO (mm) INTERNO (mm)
MEDIDA 1 50,00 8,20 7.642,74
MEDIDA 2 49,80 8,20 7.580,03
MEDIDA 3 50,25 8,15 7.724,05
MEDIDA 4 50,00 8,15 7.645,31
MEDIDA 5 50,00 8,05 7.650,40
MÉDIA 50.01 8.15 7.648,45
DESVIO 0.14 0.05 45,70
PADRÃO

9. REFERÊNCIAS

Vuolo, José H. , 1992 . Fundamentos da Teoria de Erros. Editora Edgard Blücher


Ltda.

PENTEADO, Paulo Cesar M.; TORRES, Carlos Magno A. Física – ciência e


tecnologia. São Paulo - Moderna, p. 13-32, 2005.

CRESPO, Antônio Arnot. Estatística fácil. São Paulo – Saraiva, 17 ed., 2002.

USP – Universidade de São Paulo. Instrumentos de medida. Disponível em:


<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2493501/mod_resource/content/6/Ap
%C3%AAndice%201%20-%20Instrumentos%20de%20medidas>. Acesso em: 18 de
abril de 2023

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