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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA BAHIA


IFBA - CAMPUS PAULO AFONSO

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA ELÉTRICA

DISCIPLINA FÍSICA EXPERIMENTAL I

MEDIDAS FÍSICAS DO VOLUME DE UM SÓLIDO

Erick Ryan dos Santos

João Pedro Lima Dantas

Victor Fernandes da Silva

João Victor Rangel de Albuquerque

Ilka Vitória Oliveira dos Santos

PAULO AFONSO - BA

Março/2022
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Erick Ryan Dos Santos

João Pedro Lima Dantas

Victor Fernandes da Silva

João Victor Rangel de Albuquerque

Ilka Vitória Oliveira dos Santos

MEDIDAS FÍSICAS DO VOLUME DE UM SÓLIDO

Relatório apresentado como requisito parcial de avaliação à


disciplina Física Experimental I, do Curso Engenharia Elétrica, do
Instituto Federal da Bahia - IFBA Campus Paulo Afonso.

Prof. Dr. Welber Miranda

PAULO AFONSO - BA

Março/2022
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RESUMO

As aulas de laboratório ministradas pelo professor Welber Leal de Araújo


Miranda que foram realizadas no dia 11/03/2020 tiveram por finalidade o cálculo para
determinar o volume de um sólido (paralelepípedo) de dois métodos distintos com o
auxílio de três instrumentos de medição. Cada instrumento de medição apresenta uma
precisão de medida específica, por esse motivo, torna-se necessário realizar os
cálculos analisando a propagação de desvios. Neste experimento, foram realizadas
diversas medições iguais para que o resultado mais seguro possível pôr fim fosse
alcançado.

Palavras-chave: volume; medidas; precisão; desvio.


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 5
1.1 Volume ........................................................................................... 5
1.2 Erro de medição ............................................................................. 5
1.3 Medidas Diretas e Indiretas ............................................................ 5
1.4 Valor médio e valor mais provável (V.M.P) .................................... 5
1.5 Desvio padrão (𝝈) e dispersão das medidas .................................. 6
1.6 Propagação de desvio.................................................................... 6
2. OBJETIVOS ....................................................................................... 6
2.1 Objetivo Geral ................................................................................ 6
2.2 Objetivos Específicos ..................................................................... 6
3. MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................. 7
4. PROCEDIMENTOS ............................................................................ 7
4.2 Paralelepípedo ............................................................................... 7
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................... 7
5.2 Paralelepípedo ............................................................................... 7
5.3 Discussão ...................................................................................... 9
6. CONCLUSÃO .................................................................................... 9
7. REFERÊNCIAS ................................................................................ 11
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1. INTRODUÇÃO

1.1 Volume

Volume é uma palavra que vem do latim e refere-se à grandeza física de


um corpo que ocupa o lugar no espaço em três dimensões (comprimento, largura e
altura).

1.2 Erro de medição

O erro de medição é algo inevitável entre o valor medido e o valor real da


grandeza medida, seja por causa de métodos e equipamentos impróprios ou
defeituosos, a variações nas condições de medição, entre outros motivos. Nessa
medida temos o erro absoluto, que é a diferença entre o valor medido e valor real do
objeto medido, e o erro relativo, que é a razão entre o valor medido e o valor real.

1.3 Medidas Diretas e Indiretas

As medidas diretas são aquelas cujo resultado da leitura é obtido


diretamente por um instrumento de medida graduado específico para cada medição.
Podemos usar como exemplo de medidas diretas, a régua graduada e o paquímetro,
pois através delas podemos descobrir as dimensões de um objeto. Outro exemplo de
medida direta é o termômetro, pois através dele podemos descobrir a temperatura.

As medidas indiretas são aquelas em que cujo resultado é obtido através


de medições diretas. Por exemplo, para encontrar a área de um quadrado medem-se
os comprimentos de seus lados. Outro exemplo de uma medida indireta é a medida
da velocidade média de um carro. Através de um cálculo numérico é possível
descobrir o resultado de ambos.

1.4 Valor médio e valor mais provável (V.M.P)

É a média aritmética entre os valores medidos em uma determinada


grandeza física. Para calcularmos, usamos a seguinte fórmula:

∑𝑛𝑖=1 𝑋𝑖
𝑥̅ =
𝑛
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1.5 Desvio padrão (𝝈) e dispersão das medidas

O desvio padrão é uma medida que expressa a dispersão dos dados


obtidos em relação à média alcançada entre os mesmos. Quanto menor for o desvio
padrão, ou seja, quanto mais próximo de zero, mais preciso foram as medições.
Para calcularmos, utilizamos a seguinte fórmula:

∑𝑁
𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )
𝜎= √
𝑁−1

1.6 Propagação de desvio

A partir do resultado de cálculos podemos calcular e determinar outras


grandezas físicas, configurando de tal forma uma medição indireta. Entretanto, esses
cálculos sofrem com um determinado desvio, com isso, usamos a seguinte fórmula
para calcular o desvio da medida indireta:

𝜕𝑓 𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝛿𝑓 = | | . 𝛿𝑥 + | | . 𝛿𝑦 + | | . 𝛿𝑧
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Onde: δ𝑓, δ𝑥, δ𝑦 𝑒 δ𝑧 são respectivamente os desvios da função, de x, de y


e de z;

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Determinar o volume dos sólidos citados acima utilizando dois métodos


de medição: por submersão e pelas medidas tridimensionais.

2.2 Objetivos Específicos

Mostrar e analisar os valores dos volumes calculados por diferentes tipos


de instrumentos de medição com precisões distintas, para calcular os desvios de cada
um.
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3. MATERIAIS UTILIZADOS

 Água
 Régua graduada
 Paquímetro
 Proveta
 Paralelepípedo

4. PROCEDIMENTOS

4.1 Paralelepípedo

Inicialmente foram retiradas as medidas de comprimento e largura


com o paquímetro e a altura com a régua, esse procedimento foi efetuado dez
vezes para obter a média dessas medidas e fazer o cálculo do volume, assim
como obter o desvio da medida. Na medição direta, foi utilizado uma proveta
com água, na qual foi analisado o volume deslocado pelo objeto e esse
procedimento foi feito cinco vezes para ser feito a média do volume do sólido.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Paralelepípedo

Tabela 1

Medição indireta

Altura(cm) δ±0,05 Largura(cm) Comprimento(cm)


δ±0,005 δ±0,005

4,95 1,905 1,905

4,91 1,91 1,905

4,90 1,905 1,91

4,90 1,91 1,91

4,91 1,92 1,905

4,90 1,91 1,92


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4,93 1,905 1,91

4,94 1,91 1,90

4,92 1,905 1,91

4,90 1,905 1,905

Média da altura: z = 4,916 cm


Média da largura: x = 1,9085 cm
Média do comprimento: y = 1,908 cm
Utilizando a formula do volume do paralelepípedo temos:

𝑉𝑝 = 𝑥. 𝑦. 𝑧

No qual x, y e z representam as medidas da largura, comprimento e altura,


respectivamente, portanto:

𝑉𝑝 = 1,9085.1,908.4,916

𝑉𝑝 = 17,9012𝑐𝑚3

Utilizando a fórmula de desvio para a seguinte função:

𝑓 = 𝑥. 𝑦. 𝑧

Temos que o desvio pode ser calculado por essa seguinte fórmula:

𝜕𝑓 𝜕𝑓 𝜕𝑓
𝛿𝑓 = | | . 𝛿𝑥 + | | . 𝛿𝑦 + | | . 𝛿𝑧
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

Logo:

𝛿𝑓 = |𝑦. 𝑧|. 𝛿𝑥 + |𝑥. 𝑧|. 𝛿𝑦 + |𝑥. 𝑦|. 𝛿𝑧

Onde 𝛿𝑥, 𝛿𝑦, 𝛿𝑧 representam os desvios da medida de cada um dos


equipamentos usados na posição x, y e z, que nesse caso foram a régua na altura e
o paquímetro na largura e comprimento. Substituindo os valores da média da altura,
da largura e do comprimento, temos:

𝛿𝑓 = |1,908.4,916|. 𝛿𝑥 + |1,9085.4,916|. 𝛿𝑦 + |1,9085.1,908|. 𝛿𝑧

𝛿𝑓 = |9,379728|. 0,005 + |9,382186|. 0,005 + |3,641418|. 0,05

𝛿𝑓 = 0,04689864 + 0,04691093 + 0,1820709


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𝛿𝑓 = 0,27588047

Portanto o volume final do paralelepípedo junto com o desvio da medida

é:

𝑉𝑝 = 17,9012 ± 0,2759𝑐𝑚3

Tabela 2

Medição Direta δ±2,5ml

Volume inicial(mL) Volume final(mL)

150 173

115 134,5

110 128,5

100 118

80 99

Volume médio: Vm= 19,6±2,5mL ou Vm = 19,6 ± 2,5 𝑐𝑚3

5.2 Discussão

Com a realização da prática, foi muito perceptível a real finalidade e


aplicação de conceitos básicos da física experimental, como a medição e os desvios
que sempre ocorrem na aferição das medições, a existência de equipamentos que
podem reduzir, mas nunca acabar com o erro de precisão, como por exemplo, a
diferença grande entre o paquímetro e régua no qual o paquímetro é muito mais
preciso que a régua, além é claro dos possíveis erros humanos como erro de paralaxe
na aferição da diferença de volume da proveta utilizando a técnica de Arquimedes e a
própria imprecisão da proveta de plástico, pois ela é muito menos precisa do que a de
vidro, por isso foram feitas várias medições de diferentes volumes e regiões, para que
quando acha-se a média dessas medidas, esse valor se torne o mais próximo possível
do real.

6. CONCLUSÃO

Assim, a partir dos dados obtidos na prática, concluímos que o objetivo foi
alcançado com êxito pois, agora sabemos a importância de realizar diversas medições
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para se obter um valor mais provável da medida e que existe uma diferença entre os
equipamentos que pode ser utilizados na aferição das medidas, no qual é preciso
realizar o cálculo do desvio da média para que este seja acrescentado no valor final
afim de obter um caráter mais preciso da grandeza em questão que no caso foi o
volume de um objeto, o paralelepípedo.
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7. REFERÊNCIAS

- MIRANDA, Welber - Medidas físicas do volume de um sólido -


https://meuprofessordefisica.com/arquivos_ensino/experimental/FE1/E1_roteiro_exp
erimental_medidas_fisicas.pdf - Acesso em 20/03/2022;

- PINHEIRO, P.C.C - NOÇÕES GERAIS SOBRE METROLOGIA -


https://ufpemecanica.files.wordpress.com/2011/07/nocoesmetrologia.pdf - Acesso
em: 20/03/2022;

- TOGINHO FILHO, D. O., ANDRELLO, A.C. - Conceitos de medidas e teoria de erros


- http://www.uel.br/pessoal/inocente/pages/arquivos/03-
Conceitos%20de%20medidas%20e%20teoria%20de%20erros.pdf - Acesso em:
20/03/2022;

- BRITO CRUZ, C. H., FRAGNITO, H.L. - Guia para Física Experimental Caderno de
Laboratório, Gráficos e Erros - https://www.ifi.unicamp.br/~brito/graferr.pdf - Acesso
em: 20/03/2022;

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