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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

IFBA – CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA


DIRETORIA ACADÊMICA – DAC
TURMA 2023.1V

EXPERIMENTO 2: QUEDA LIVRE

MARIANA DOS SANTOS BISPO


KEVIN NEVES CORREIA
TÁCIO MARTINS DE ARAÚJO
JACKSON SANTOS SOUZA DOS ANJOS
NATAN GUILHERME

Vitória da Conquista - BA
22 de março de 2023
SUMÁRIO (Opcional)
1. INTRODUÇÃO

O estudo da queda livre é fundamental para as mais diversas descobertas na


comunidade científica. O movimento de queda livre foi estudado pelo físico Galileu Galilei
que de acordo com os seus estudos, os corpos em queda livre, independente da massa,
chegariam ao chão ao mesmo tempo, pois estariam sujeitos à mesma aceleração. Assim sendo,
Queda Livre é um movimento descrito pelos corpos, abandonados a uma certa altura, que
acontece exclusivamente pelo efeito da gravidade local. Em sala de aula foi demonstrado um
exemplo desse experimento com o objetivo de possibilitar a análise e a verificação de fatores
relacionados e presentes nesse movimento de corpos.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Para a realização deste experimento caracterizado pela queda livre, nos baseamos em
estudos da Física 1.

A queda livre consiste em um movimento vertical que não possui interferência de atrito ou
de outra força horizontal. Este movimento ocorre pois os corpos são livremente
abandonados à uma determinada altura e irão sofrer ação da gravidade, é caracterizado por
ser um movimento uniformemente variado, já que possui uma velocidade variando de
maneira constante. [1]

Algumas das equações que embasam os cálculos de queda livre são [1][2][3]:

V= g.t

(Cálculo da velocidade do corpo) (1)

H= gt²/2

(Cálculo da altura da queda livre ou do tempo de queda) (2)

V² = 2gH

(Equação de Torricelli - relação entre velocidade e altura) (3)

S = So ± (gt²) /2

(Relação de deslocamento e tempo) (4)

A aceleração da queda livre é a gravidade.


Para Galileu Galilei[1][2], os corpos de diferentes massas levariam um mesmo tempo para
vencer uma mesma altura de queda, porém isso não ocorre, já que a força gravitacional que
estará sendo exercida sobre os corpos para que eles se movimentem é dada por uma
relação de gravidade e massa.

Fg = m.g

(Módulo da força gravitacional) (5)

Logo, corpos mais pesados tendem a cair mais rapidamente já que uma força de módulo
maior está sendo aplicada sobre eles.

Outros conceitos que estão sendo utilizados para a confecção deste relatório experimental
são termos da Física experimental, como:

 Erro relativo[4]: este tipo de erro é dado pela comparação de uma medição por um
valor de referência pré-medido, ou pré-determinado. Pode ser denominado absoluto
quando essa diferença é dada na unidade de medida comum às medições realizadas,
já quando é apresentado de maneira percentual é denominado erro percentual ou
relativo, sua relação é dada pelo erro absoluto dividido pela grandeza de referência
e multiplicado por 100, a fim de que o erro absoluto seja então apresentado em
percentual.
Erro relativo = ((valor medido – valor referencial) /valor referencial) *100 (6)
(Dado em porcentagem)
 Desvio padrão[4]: esta medida é muito usada em diversos experimentos e consiste
na distância de um valor medido em relação à média adquirida por meio de diversas
leituras. As diferenças para cada leitura serão realizadas, depois elevadas ao
quadrado, somadas, divididas pelo número de medições feitas e por fim aplica-se a
raiz quadrada para a obtenção do valor.
Desvio padrão = √∑ (medida-média) ²/n (7)

Por fim, vale ressaltar que agentes gráficos serão utilizados para responder aos
questionamentos abordados no final do roteiro experimental para isso um conceito será
necessário para a interpretação do mesmo:
 Coeficiente angular da reta[5]: O coeficiente angular da reta é a tangente do
ângulo de inclinação, dada pela relação da tangente ou ainda por meio da derivada,
já que se trata de reta tangente e de variação.

Coeficiente angular da reta = tg α =( yB – yA)/( xB – xA) (8)

Ou coeficiente angular da reta = Δy/Δx (9)

3. OBJETIVOS

O objetivo principal desse experimento é compreender como funciona o movimento


de um corpo em queda livre.

2.1 Objetivos Específicos

 Identificar os tempos médios e seus erros totais;

 Encontrar o valor da aceleração da gravidade local;

 Construção de gráficos a partir dos dados experimentais;

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Neste tópico serão descritos os materiais e métodos utilizados para a realização


deste experimento.

4.1 Materiais utilizados

 Esfera metálica;
 Sensor fotoelétrico;
 Eletroímã;
 Plano vertical;
 Multicronômetro;
 Cesto;
 Trena.
Figura I: Plano vertical, eletroímã,
cesto e sensores fotoelétricos; Figura II: Multicronômetro

Fonte: Autoral Fonte: Autoral


Procedimentos Procedimentos

Figura III: Trena Figura IV: Esfera Metálica

Fonte: Autoral Fonte: Autoral


Procedimentos Procedimentos
4.2 Procedimentos experimentais

Para a realização do experimento, foi primeiramente realizada a medida do Ho do


Plano Vertical em relação a esfera. Em seguida, o multicronômetro foi conectado ao
Sensor fotoelétrico. Posteriormente foi posicionada a esfera metálica no eletroímã, já
ativado, que em sequência era desligado por um botão no multicronômetro, fazendo assim
com que a esfera fosse liberada em queda livre, dessa forma passava pelo sensor e era
obtido o tempo de duração de queda. Foi então realizadas 5 medidas em 10 alturas
distintas.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O experimento de queda livre consistiu no levantamento de informações com uma


esfera de metal, sendo tal processo realizado por meio de sensores que mediam o tempo de
queda livre em diferentes alturas, as medidas coletadas e a média simples dos tempos para
cada altura.

Tabela 1: dados coletados do experimento.

h(m) t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) t media(s)


Altura 1 1,053 0,5152 0,6207 0,5352 0,5408 0,5758 0,5575
Altura 2 0,953 0,4751 0,4817 0,4928 0,5146 0,4772 0,4883
Altura 3 0,853 0,478 0,4745 0,4675 0,4886 0,4713 0,4760
Altura 4 0,753 0,4627 0,5009 0,4586 0,4245 0,4576 0,4609
Altura 5 0,653 0,4257 0,4135 0,4592 0,443 0,4298 0,4342
Altura 6 0,553 0,3909 0,3993 0,3954 0,4046 0,3599 0,3900
Altura 7 0,453 0,3742 0,3693 0,3671 0,3542 0,3613 0,3652
Altura 8 0,353 0,3492 0,3189 0,3278 0,3364 0,3054 0,3275
Altura 9 0,253 0,2898 0,2901 0,2857 0,2817 0,2723 0,2839
Altura 10 0,153 0,2291 0,2521 0,2425 0,2029 0,2437 0,2341
Com os dados coletados foram feitos os cálculos de desvio padrão, utilizando a
fórmula (7), e depois somado com o erro do aparelho, que nesse experimento tanto de
medição da altura quanto do utilizado para medir tempo são 𝝈𝑩=0,00005, para
encontrar o erro combinado.

Tabela 2: desvio e erro combinado

Desvio padrão Erro do aparelho Erro combinado


0,0371 0,00005 0,0372
0,0145 0,00005 0,0146
0,0072 0,00005 0,0073
0,0243 0,00005 0,0243
0,0156 0,00005 0,0156
0,0157 0,00005 0,0157
0,0069 0,00005 0,0069
0,0149 0,00005 0,0149
0,0066 0,00005 0,0066
0,0172 0,00005 0,0172

Elevando a média de tempo e seu respectivo erro combinado de cada altura ao


quadrado e organizando esse resultado junto com a média das medidas anteriores
juntamente com seus erros combinados temos a seguinte tabela.

Tabela 3: organizando os dados

Altura (m) Tempo (s) Tempo² (s²)

1,053 ± 0,00005 0,5575 ± 0,0372 0,3109 ± 0,0014


0,953 ± 0,00005 0,4883 ± 0,0146 0,2384 ± 0,0002
0,853 ± 0,00005 0,4760 ± 0,0073 0,2266 ± 0,0001
0,753 ± 0,00005 0,4609 ± 0,0243 0,2124 ± 0,0006
0,653 ± 0,00005 0,4342 ± 0,0156 0,1886 ± 0,0002
0,553 ± 0,00005 0,3900 ± 0,0157 0,1521 ± 0,0002
0,453 ± 0,00005 0,3652 ± 0,0069 0,1334 ± 0,0000
0,353 ± 0,00005 0,3275 ± 0,0149 0,1073 ± 0,0002
0,253 ± 0,00005 0,2839 ± 0,0066 0,0806 ± 0,0000
0,153 ± 0,00005 0,2341 ± 0,0172 0,0548 ± 0,0003

Com os resultados obtidos, reparamos em como as 5 medidas de tempo para


cada altura variam entre elas, o que indica que para maior precisão assertiva da
própria variável, experimentalmente, é necessário coletar da maior quantidade de
medidas possíveis envolvendo a mesma situação.

Com as tabelas finalizadas, iniciamos o questionário sobre o experimento.

6. CONCLUSÕES

Com a realização do experimento detalhado acima, foi possível estudar o conceito


teórico sobre queda livre e verificar na prática. Em primeiro plano, é necessário evidenciar
a importância da estatística de dados na apresentação das informações de valores mais
precisos, sendo possível verificar ao longo do desenvolvimento dos cálculos e resultados
presentes neste relatório.

Através dos resultados obtidos, foi possível encontrar a aceleração da gravidade


média, como também verificar a discrepância do valor experimental encontrado da
aceleração da gravidade sendo bem menor em comparação ao de referência. Além disso,
relatou-se as causas de erros que causaram no experimento, sendo ele do tipo sistemático.
Sendo assim, conclui-se que a prática de experimentos com fundamentos teóricos
existentes auxilia para uma melhor fixação acerca dos conteúdos abordados.

7. PERGUNTAS E RESPOSTAS

Utilizando a Tabela (3) e organizando o tempo ao quadrado em função da altura


temos o seguinte gráfico (3), encontrado nos anexos.
Aplicando a fórmula (2) obtemos as seguintes medidas de gravidade para cada um
dos pontos.

Tabela 4: gravidades do experimento

t²(s²) g(m/s²)
0,3109 6,7739

0,2384 7,995
0,2266 7,5287
0,2124 7,0904

0,1886 6,9247
0,1521 7,2715

0,1334 6,7916
P 0,1073 6,5797
r
0,0806 6,2779

0,0548 5,5839

Utilizando as medidas da tabela anterior (4), podemos concluir que a média das
gravidades (g̅ ) encontradas é de 6,8815 m/s² com um erro combinado de ± 0,00163.
Utilizando da fórmula (4) para encontrar os erros absoluto e percentual em relação à
gravidade real, temos os seguintes valores:

Δ𝑿 = 2,8985 m/s²

𝜺% = 29,637%

O valor encontrado da aceleração média da gravidade (4,72 m/s²) não coincide com
o valor real de gravidade (9,78m/s²) e apresenta uma diferença em porcentagem de
29,637% entre os valores estudados. Diante disso, a abordagem passa a possuir uma taxa
de incerteza relativamente elevada, o que se justifica ao observar o gráfico (3) e a tabela
(4). A diferença coincide com o que já era esperado dentro do experimento, valores
menores do que o real valor da gravidade, pois existem inúmeros fatores como
aerodinâmica, resistência do ar, tempo de leitura e imprecisão dos equipamentos que
acarretaram nessa diferença entra as medidas teóricas, o que já estávamos cientes.
Com o gráfico (5), presente nos anexos, podemos concluir que não obtivemos
resultados completamente satisfatórios em relação a altura teórica esperada, calculada
através de g=9.78m/s². Nosso experimento representou um gráfico com altura
abaixo do esperado. Tendo sua maior proximidade no tempo 0.235s e, sua maior
disparidade no tempo 0.557s.

Os componentes que causam erros nas medições foram os erros das ferramentas
usadas, e o desvio padrão, encontrado pela proximidade das medições para com suas
respectivas médias. Em relação à possibilidade de redução de erros por meio das
ferramentas, a sugestão seria buscar utilizar equipamentos com uma precisão maior, ou
seja, objetos que possuam medições com maiores quantidades de casa decimais, dessa
forma o erro seria tão pequeno a ponto de tender ao zero.

Porém, a maior fonte de erro nas medições encontradas foram os valores de desvio
padrão, como é possível ver nas tabelas 1 e 2, localizadas nos anexos. Esses erros são
gerados por falhas humanas e de aspectos naturais, portanto, para que esses números se
reduzissem a aplicação de técnicas e padrões de medição deveriam ser adotadas, ou ainda o
emprego de tecnologias afim de mecanizar as ações de medida, ou reduzir as variações
naturais, como, por exemplo, neste experimento, a ação variável da gravidade.

A principal dificuldade encontrada neste experimento foi a precisão das medidas de


altura na escala que estava no suporte. Por ser uma medida a olho nu na escola, tornava-se
uma análise um pouco subjetiva. Desta forma realizamos as medidas com discentes
diferentes, com o intuito de atingir uma média com maior assertividade e, sem que haja
grandes alterações nos dados.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HELERBROCK, Rafael. Queda Livre. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/queda-livre.htm#:~:text=Queda%20livre
%20%C3%A9%20um%20movimento,objeto%20%C3%A9%20solto%20no%20v
%C3%A1cuo.&text=Queda%20livre%20%C3%A9%20um%20movimento%20vertical
%20que%20consiste%20na%20queda,efeito%20da%20for%C3%A7a%20de%20atrito.>.
Acesso em: 09 de março de 2023 [1]
HELERBROCK, Rafael. Queda Livre. Disponível em:
<https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/queda-livre.htm> Acesso em: 09 de março de
2023[2]

Queda Livre: o que é, fórmulas e exercícios 10 de maio de 2021. Disponível em:


<https://www.stoodi.com.br/blog/fisica/queda-livre-o-que-e/> Acesso em: 09 de março de
2023[3]

ROCHA, Rafael. Física Experimental. Erro. Vitória da Conquista. 15 de fevereiro de


2023. Apresentação em Slide. 32 slides. Aula teórica de física experimental – Aula 1.
Disponível
em:<https://classroom.google.com/u/2/c/NTM5MjQ2NzU1MzM0/m/NTkzNDEyNzgwNz
Ay/details > Acesso em: 09 de março de 2023 [4]

DE MIRANDA, Danielle. Cálculo do coeficiente angular. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/calculo-coeficiente-
angular.htm#:~:text=O%20coeficiente%20angular%20de%20uma,tangente%20do
%20%C3%A2ngulo%20de%20inclina%C3%A7%C3%A3o.&text=A%20fun
%C3%A7%C3%A3o%20tangente%20%C3%A9%20calculada,cateto%20oposto%20pelo
%20cateto%20adjacente.> Acesso em: 09 de março de 2023 [5]

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