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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

REGIONAL CATALÃO
Unidade Acadêmica Especial de Física e Química
Departamento de Física

Laboratório de Física I
Prof. Marcionilio T. O. Silva

Relatório III – Queda Livre

Catalão, 2016.
Laboratório de Física I
Data: 29/01/2016

Relatório III – Queda Livre

Turma C – Grupo 01 Engenharia De Minas

Alex Rodrigues de Sousa …......................Matrícula: 201305639


Pablo Henrique Vieira Diniz….................Matrícula: 201508678
Paulo Henrique de Melo Mattos …...........Matrícula: 201305672
Thaynara Marques de Moura Santos …..Matrícula: 201515490

Catalão, 2016.
Introdução

Queda livre é o movimento de subida ou descida que os corpos realizam quando estão
nas proximidades da Terra. Desprezando a resistência que o ar exerce sobre o
movimento dos corpos, quando estes estão subindo ou descendo, todos os corpos soltos
num mesmo local caem com uma mesma aceleração, quaisquer que sejam suas massas.
Podemos também considerá-los em queda livre onde o corpo tem uma taxa de
aceleração constante para baixo, conhecida como aceleração em queda livre ou
aceleração gravitacional.
De acordo com o Halliday (2008, v.1, p. 27) seu módulo é representado pela letra g e
seu valor varia ligeiramente com a altitude e latitude. No nível do mar em latitudes
médias o valor é 9,8 m/s², lembrando que em movimentos reais de queda os objetos
normalmente sofrem ação de forças externas como, por exemplo, o ar e podem se
afastar do caso ideal.
Determinou-se o valor de g a partir da equação de movimento com aceleração
constante:
1
y  y0  v0t  at 2 (1)
2
Reescrevendo a Eq. (1) e isolando a (aceleração gravitacional) que é igual a g
teremos:
v0  0 ; y  y 0  h

(2)

Então:

(3)

Portanto, medindo-se o tempo de queda e altura h, pode-se determinar o valor da


aceleração gravitacional local por:
2h
g (4)
t2
Para calcular o erro indeterminado, fez se necessário utilizar a equação abaixo
que representa o Desvio padrão da média σ:

1 n
  
N  1 i1
( xi  x) 2 (5)
Este experimento teve como objetivo determinar, experimentalmente e pelo
método gráfico, o valor da aceleração gravitacional local a partir de medidas do tempo t
e da altura h da queda livre de um corpo de massa m.

Considerações Experimentais

Material Utilizado

Os materiais e/ou instrumentos de medida utilizados para a realização desse


experimento foram os seguintes:
 Um corpo de massa m;

 Uma trena – Starret T34-5, incerteza de 0,5 mm;

 Timer 4x4 – Phywe, incerteza de 0,001 s;


 Garra Móvel;
 Sensor Superior– Phywe;
 Sensor Inferior de Prato – Phywe;
 Suporte metálico.

Diagrama do Experimento

O experimento foi realizado de acordo com a montagem experimental abaixo:

Figura 1- Representação do experimento


Procedimento experimental e apresentação dos resultados

Para o experimento de queda livre primeiramente fez-se a medição da altura que


seria colocado o sensor superior, após a medição prendeu-se a esfera no sensor superior.
Ligou-se o cronômetro digital que é interligado aos sensores, o tempo foi medido a
partir do momento que a esfera é solta do sensor superior até o momento em que a
esfera atinge o sensor inferior, neste instante o tempo é computado.
Esse processo foi feito cinco vezes para cada altura, variou-se a altura de em 10
em 10 cm por cinco vezes, o tempo obtido foi anotado para cálculos de gravidade e as
incertezas de medidas.
Os valores de tempo obtidos para cada altura são apresentados na Tabela 1:

Tabela 1: Altura e respectivos tempos.

Altura (m) Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5

(s) (s) (s) (s) (s)

(75 ± 0,5)x (0,392±0,001) (0,389±0,001) (0,390±0,001) (0,392±0,001) (0,395±0,001)

(65 ± 0,5)x (0,366±0,001) (0,364±0,001) (0,366±0,001) (0,366±0,001) (0,364±0,001)

(55 ± 0,5)x (0,334±0,001) (0,334±0,001) (0,336±0,001) (0,333±0,001) (0,338±0,001)

(45 ± 0,5)x (0,305±0,001) (0,303±0,001) (0,304±0,001) (0,304±0,001) (0,303±0,001)

(35 ± 0,5)x (0,267±0,001) (0,267±0,001) (0,271±0,001) (0,270±0,001) (0,262±0,001)

Tabela 2: Tempo médio e desvio padrão para cada altura.

Altura (m) Tempo médio (s) Desvio padrão

(75 ± 0,5)x (0,392±0,001) 0,00230

(65 ± 0,5)x (0,365±0,001) 0,00110

(55 ± 0,5)x (0,335±0,001) 0,00200

(45 ± 0,5)x (0,304±0,001) 0,00084

(35 ± 0,5)x (0,267±0,001) 0,00351


Com os valores encontrados nas tabelas 1 e 2, determinou-se a aceleração média
da gravidade por meio da equação (4), a incerteza e o seu desvio padrão. Os dados
encontrados estão dispostos na tabela a seguir:

Tabela 3: Gravidade e desvio padrão obtido a partir da altura média e tempo médio.

Altura (m) Tempo médio (s) Gravidade (m/s²) g(m/s²)

(75 ± 0,5) x (0,392±0,001) 9,76 0,058


(65 ± 0,5) x (0,365±0,001) 9,76 0,027

(55 ± 0,5) x (0,335±0,001) 9,80 0,060

(45 ± 0,5) x (0,304±0,001) 9,73 0,071

(35 ± 0,5) x (0,267±0,001) 9,82 0,152

̅ 1 (m/s²) (9,77 ± 0,036055)

Os valores das incertezas obtidas foram calculadas a partir da equação do erro


indeterminado:

( ) ( ) (6)

O desvio padrão da gravidade média 1 foi obtido através da equação 5.

Construiu-se um gráfico com os valores da altura em função do tempo ao


quadrado. Tal gráfico é disponibilizado como anexo.
Após a construção dos gráficos determinou-se os coeficientes A e B da reta e
encontrou-se a equação do movimento que é a equação da reta:

h=A+B ̅ (7)

Y= 4,8644x + 0,0024 (8)

O coeficiente angular da reta é obtido pela equação 9 e o coeficiente linear é


dado pela equação 10:

̅̅̅̅ ̅ ̅
̅̅̅ (9)
̅

̅ ̅ (10)
Sendo assim, a partir do valor de B, determinou-se o valor da aceleração da
gravidade, após comparar as equações (4) e (7), tendo:

Portanto:

g = 2B (11)

Sendo assim, o valor da gravidade obtida por meio do gráfico é 9,76


denominada de 2 e as demais informações complementares estão disponibilizadas na
Tabela 5.
Com os valores obtidos na tabela 3 e os valores obtidos no gráfico em anexo, ̅ 1
e 2 respectivamente, foi possível comparar as gravidades calculadas no experimento
com a gravidade proposta na literatura da região onde foi realizado o experimento,
Catalão-GO com gravidade de 9,784 m/s². A comparação destes valores está disposta
nas tabelas abaixo:

Tabela 4: Comparação da gravidade ( ̅ 1) com a gravidade da literatura.

Gravidade (m/s²)
Er%
G. Literatura (m/s²) ̅ 1 (m/s²)

9,784 9,77 - 0,14%

Tabela 5: Comparação da gravidade (g2) com a gravidade da literatura.

Gravidade (m/s²)
Er%
G. Literatura (m/s²) 2(m/s²)

9,784 9,76 - 0,25 %

Calculou-se o erro relativo percentual, o que permitiu comparar uma estimativa


com um valor exato, através da diferença entre os valores como uma porcentagem do
valor exato, descobrindo o quão perto a estimativa estava do valor real. Tal cálculo foi
realizado por meio da equação do erro percentual:

(12)

Observando o comportamento do gráfico nota-se que à medida que a altura (h)


aumentava, o tempo de queda (t) também aumentava, a altura varia em relação ao
quadrado do tempo conforme a equação 4.
De acordo com os resultados, o procedimento que fornece o melhor resultado para
o valor da gravidade foi o método do experimento.

Considerações finais

Discussão e conclusão
Através do experimento de queda livre pôde-se observar que o valor da
aceleração da gravidade não depende da massa ou forma do objeto se desconsiderarmos
a resistência do ar. A expressão queda livre significa cair no vazio, sem a resistência que
o ar oferece ao movimento dos corpos. Em algumas situações, (bolinha solta de pequena
altura), a resistência do ar é tão diminuta em relação ao peso da bolinha que pode ser
desprezada. De acordo com os dados, observamos que a velocidade aumenta de modo
uniforme a cada segundo de queda, verticalmente e para baixo, o que implica dizer que
a aceleração durante a queda é constante.
Como Catalão está acima do nível do mar, já se esperava que a gravidade
encontrada fosse menor que 9,80665 m/ que é o valor adotado a uma latitude de 45º.
A latitude é outro fator que influencia na determinação de e Catalão está na latitude
de 17º. A resistência do ar também afeta o valor de já que interfere no tempo de queda
do objeto.
O experimento adotado retorna valores aceitáveis para objetos puntiformes e
alturas relativamente baixas, já que a grandes altitudes outras variáveis deveriam ser
consideradas.

Referências Bibliográficas
1. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física: Volume 1.
(Tradução). 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
Apêndices

Anexo dos rascunhos e cálculos realizados.

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