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INSTITUTO FEDERAL GOIANO - CAMPUS RIO VERDE

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

SARAH MARTINS DE MELO

EXPERIMENTO: MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (MUV)

RIO VERDE, GO
2023
1. INTRODUÇÃO

Afirma-se que um objeto possui movimento quando este, ao longo do tempo, muda
sua posição em relação ao observador. Essa relação de deslocamento e tempo de
deslocamento é nomeada como velocidade.
Se, ao longo do tempo, este corpo continua se movendo com a mesma velocidade,
diz-se que seu movimento é uniforme. No entanto, a velocidade também pode
mudar a cada instante que observada. Se a cada instante sua velocidade aumenta
ou diminui de forma uniforme, eis o que chamamos de movimento uniformemente
variado (MUV), ou seja, que tem aceleração constante e diferente de zero.

Quando um corpo move-se cada vez mais rápido, dizemos que o movimento
é acelerado. Quando um corpo move-se de modo cada vez mais lento, dizemos que
o movimento é retardado.

2. OBJETIVO

- Identificar experimentalmente a função horária do espaço no MUV,


- Caracterizar o MUV.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais Utilizados

- Plano inclinado Kersting (Figura 1)


- Esfera de aço (objeto de estudo)
- Cronômetro digital
- Aplicativo ORIGIN41

Figura 1: Plano inclinado de Kersting


3.2 Método Experimental

Para a execução do experimento, a Esfera é solta no Plano com a inclinação de 5°


(assim como se observa na Figura 2) , para que seja cronometrado o tempo do
percurso até as distâncias de: 0,40m - 0,30m - 0,20m - 0,10m. O tempo é
cronometrado 5 vezes em cada movimento.

Figura 2: Esfera no Plano Inclinado em 5°

Considerando x0= 0,0m, x1= 0,10m, x2= 0,20m, x3= 0,30m, x4=0,40m, o trejeto da
esfera de acordo com a mudança de tempo é expresso na figura a seguir:

Figura 3: Trajeto descrito pelo móvel:

Após a cronometragem, calcula-se a média aritmética do tempo (em segundos) para


cada posição, visando resultados mais precisos na elaboração do gráfico.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Considerando a posição inicial x0 = 0,0m e o instante inicial do experimento como


zero, obtêm-se a tabela a seguir (Tabela 1):

Distância(m) Tempo (s)


0,40 1,94 2,24 2,25 2,51 2,64
0,30 1,72 1,98 1,72 1,78 1,85
0,20 0,94 1,40 1,33 1,32 1,33
0,10 0,81 1,00 0,74 0,67 1,00

Tabela 1: Intervalos de tempo para os deslocamentos do móvel

A partir dos valores obtidos, calcula-se a média aritmética dos intervalos de tempo,
como mostra a tabela a seguir (Tabela 2):

Tempo (s) Média


Aritmética
1,94 2,24 2,25 2,51 2,64 2,31
1,72 1,98 1,72 1,78 1,85 1,81
0,94 1,40 1,33 1,32 1,33 1,26
0,81 1,00 0,74 0,67 1,00 0,84

Tabela 2: Média aritmética dos instantes de tempo

A respeito desses resultados, os instantes em que o móvel se localizou nas posições


x0,x1,x2,x3,x4 são expostos na tabela a seguir (Tabela 3):

Espaço (m) Instante (s)


x0=0,00 t0=0,00
x1=0,10 t1=0,84
x2=0,20 t2=1,26
x3=0,30 t3=1,81
x4=0,20 t4=2,31

Tabela 3: Posição ocupada pelo móvel a cada instante


Em seguida, no aplicativo ORIGIN41 foi construído o seguinte gráfico da velocidade
média do móvel (Figura 4), que demonstra a relação Posição (m) por Tempo (s):

Figura 4: Gráfico da Velocidade (Distância x Tempo)

Por meio do gráfico, foi gerada a função: X(t) = 0,00388 + 0,12348t + 0,02305t2 com
aceleração > 0, que demonstra a concavidade da curva voltada para cima. Os
desvios médios na curva são apresentados na seguinte figura:

Figura 5: Desvios médios do gráfico

5. CONCLUSÃO

Por meio do experimento, foi possível perceber que o movimento da Esfera no Plano
Inclinado é Uniformemente Variado (MUV) do tipo acelerado, visto que possui
aceleração constante e de valor positivo, cuja velocidade do móvel aumenta a cada
segundo e gráfico com concavidade voltada para cima, como expresso na equação:
X(t) = 0,00388 + 0,12348t + 0,02305t2.
Além disso, por meio da prática foi possível perceber que quanto maior a inclinação
no Plano Kersting, maior será a aceleração da esfera (desprezando a Força de
Atrito).

6. REFERÊNCIAS

BEZERRA, Ana Carolina. Movimento Uniformemente Variado (MUV). Disponível


em: https://www.infoescola.com/fisica/movimento-uniformemente-variado-muv/.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: Mecânica. Rio de Janeiro: Edgard


Blücher, 2002. Disponível em: Curso de Física Básica - Vol. 1 - Mecânica - Moysés
Nussenzveig.pdf - Google Drive

Aceleração Escalar Média - Movimento Uniformemente Variado (MUV).


Disponível em:
https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/fisica/mecanica_cinematica/.
aulas/aceleracao_escalar_media_m
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SARAH MARTINS DE MELO

EXPERIMENTO: COEFICIENTE DE ATRITO ESTÁTICO

RIO VERDE, GO
2023
1. INTRODUÇÃO

O atrito é um fenômeno físico presente nas diversas atividades do cotidiano. Este é


percebido como sendo uma dificuldade ao movimento relativo de duas superfícies
em contato, cujas rugosidades produzem pontos de encaixe entre ambas. Essa
dificuldade ao movimento significa que, devido ao atrito, pode ocorrer desgastes
entre as superfícies de contato e, assim, liberando energia sob as formas de som,
luz e calor.
A experiência mostra que quando duas superfícies sólidas estão em contatos o
módulo da força de atrito é dado pelas seguintes leis:
fe = μe N ( força de atrito estático )
fc = μc N ( força de atrito cinético )
onde fe e fc são as forças de atrito estática e cinética, respectivamente, N é o módulo
da força perpendicular com a qual uma superfície pressiona a outra (força normal) e
μe e μc são os coeficientes de atrito estático e cinético, respectivamente.
Na primeira equação percebe-se que a força de atrito estática pode variar do valor
zero até μe N, ou seja, esta força de atrito variável surge quando alguém tenta
colocar em movimento um bloco sobre uma mesa, mas este continua em repouso
sobre a mesa. Assim, se mudar a intensidade da força externa aplicada no bloco
muda também o módulo da força de atrito. Portanto, na eminência do bloco entrar
em movimento tem-se a relação:
fa ≡ fe(máx) = μe N
Suponha que temos um bloco, em cima de um plano inclinado, com uma força peso
P para baixo, suas duas componentes Px e Py, e Força normal N perpendicular à
superfície, temos um ângulo entre P e Py conhecido como ângulo de atrito estático,
por semelhança de triângulos sabemos que o ângulo formado pelo plano inclinado e
o chão é o mesmo do ângulo de atrito estático, como observa-se na Figura 1:

Figura 1:Forças atuantes em um bloco sobre plano inclinado


Supondo que o ângulo de inclinação do plano é pequeno, o corpo manter-se-á em
equilíbrio pois a componente útil do peso (paralela ao plano) não será suficiente para
compensar a força de atrito estático. À medida que se aumenta o ângulo θ, a
componente útil do peso aumenta também, atingindo-se, em determinado ponto, a
igualdade entre a referida componente do peso e a força de atrito estático FA. Nesse
instante o coeficiente de atrito pode ser determinado pela relação:
µe = tg θ
É esta equação que será usada no presente experimento. Não havendo o
movimento do bloco em relação à superfície de contato, a força de atrito é obtida da
condição de repouso.

2. OBJETIVO

Determinar o coeficiente de atrito estático entre duas superfícies em contato.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais Utilizados


- Plano Inclinado Kersting (Figura 2)
- Objeto de estudo: Bloco de madeira (Figura 3)
- Calculadora Científica Casio FX-82MS (Figura 4)

Figura 2: Plano Inclinado Kersting

Figura 3: Bloco de madeira (objeto de estudo)


Figura 4: Calculadora Científica Casio FX-82MS

3.2 Método Experimental

Para a realização do experimento, o objeto de estudo (Bloco de madeira) é


posicionado no Plano Inclinado e muda-se a inclinação até o angulo crítico (θmáx)
sem o bloco derrapar, ou seja, sem o objeto sair do seu estado de repouso, como se
pode observar na Figura 5:

Figura 5: Bloco de madeira no Plano inclinado

Basicamente, eleva-se o plano aos poucos, até começar o deslizamento do corpo de


madeira. Posteriormente, é anotado o ângulo no qual ocorreu o deslizamento
(ângulo crítico). Esse processo se repete 5 vezes e calcula-se a tangente de cada
um dos 5 ângulos observados. Visto que o coeficiente de atrito estático será
calculado na seguinte fórmula:
µe = tg θ
Posteriormente, calcula-se a média artimética das tangentes, objetivando resultados
mais precisos, e os desvios positivo e negativo da média.
Por fim, basta substituir os valores obtidos na seguinte equação:

Sendo Δµe expresso pela fórmula:

Sendo assim, o cálculo do coeficiente de atrito levará em consideração o a média


aritmética somando-a ou subtraindo do desvio médio.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

 Ao elevar o Plano inclinado, os ângulos críticos observados foram de,


respectivamente:
28°,30°,31°,31° e 30°
 Cálculo das tangentes:
tg 28°= 0,53
tg 30°= 0,57
tg 31°= 0,60

 Cálculo da média aritmética das tangentes:

0,53+0,57+0,60+0,60+0,57
e =
5

e = 0,574
 Cálculos dos desvios da média:
|0,53 - 0,574| = 0,044
|0,57 - 0,574| = 0,004
|0,60 - 0,574| = 0,026
|0,60 - 0,574| = 0,026
|0,57 - 0,574| = 0,004
Substituindo na equação do desvio da média:

0,044 + 0,004 + 0,026 + 0,026 + 0,004


Δµe =
5
Δµe = 0,0208

 Por fim, o coeficiente de atrito é calculado da seguinte forma:

µe = 0,574 ± 0,0208

5. CONCLUSÃO

Por meio do experimento e dos cálculos recém mencionados, pode-se observar que
o coeficiente de atrito estático (µe) do objeto de estudo (Bloco de madeira) com o
Plano inclinado está descrito no intervalo - considerando os desvios da média - está
descrito no intervalo a seguir:
0,5532 ≤ µe ≤ 0,5948

Ou seja, o valor do coeficiente de atrito estático é um valor maior ou igual a 0,5532


ou menor ou igual a 0,5948.

6. REFERÊNCIAS

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. Rio de Janeiro:


LTC, 2008. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/vmalves/files/2019/03/Halliday

MELO, Pâmella Raphaella. Força de atrito; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/forca-atrito.htm. Acesso em 12 de junho de 2023.

Departamento de Física/UFPB - Força de atrito.


Disponível em: http://www.fisica.ufpb.br/~romero/pdf/06_forca_de_atrito.pdf
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SARAH MARTINS DE MELO

EXPERIMENTO: DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE MOLAS


HELICOIDAIS

RIO VERDE, GO
2023
1. INTRODUÇÃO

Sob a ação de uma força de tração ou de compressão, todo objeto se deforma. Se,
ao cessar a atuação dessa força, o corpo recupera sua forma primitiva, diz-se que a
deformação é elástica. Em geral, existe um limite para o valor da força a partir do
qual acontece uma deformação permanente no corpo. Dentro do limite elástico, há
uma relação linear entre a força aplicada e a deformação, linearidade esta que
expressa uma relação geral conhecida como Lei de Hooke. O sistema clássico
utilizado para ilustração dessa lei é o sistema massa-mola que é apresentado a
seguir em situações de equilíbrio estático.
A Figura 1 representa uma mola helicoidal, de massa desprezível, pendurada por
uma de suas extremidades (a); ao se colocar um objeto de massa m na outra
extremidade, aparece um alongamento x na mola (b).

Figura 1: Sistema massa-mola

- Em (a) a mola está alongada;


- Em (b) a mola está alongada de x, em relação à posição inicial, devido ao peso do
um objeto de massa m; o peso do objeto é equilibrado pela força -kx , que a mola
exerce nele. A força F aplicada na mola é o peso do corpo e, dentro do limite
elástico, tem-se;
F = m × g = kx,
Em que F é o módulo de F e k uma constante que depende do material de que é
feita a mola, bem como de sua espessura, tamanho e outros fatores, e é
denominada constante elástica da mola.
Associando-se duas molas, a constante elástica do conjunto passa a ter outro valor
que depende da maneira como foi feita a associação. A Figura 2 mostra um objeto
suspenso por duas molas associadas em série (a) e em paralelo (b). Alongar as
molas associadas em série é “mais fácil” do que alongar as molas associadas em
paralelo.

Figura 2: Sistemas massa-mola em série (a) × paralelo (b)

A associação de duas molas pode ser feita com uma na extremidade da outra, em
série - como em (a) ou com uma ao lado da outra, em paralelo - como em (b).

2. OBJETIVO

- Investigar o comportamento elástico de uma mola;


- Determinar a constante elástica de uma mola;
- Determinar a constante elástica de uma combinação de molas.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais Utilizados

- Duas molas helicoidais (Figura 3)


- Tripé universal delta (Figura 4)
- Régua
- Quatro massas cilíndricas acopláveis (Figura 5)
- Calculadora Científica Casio FX-82MS (Figura 6)

Figura 3: Mola helicoidal

Figura 5: Massas cilíndricas acopláveis

Figura 4:Tripé universal delta


Figura 4: Calculadora Científica Casio FX-82MS
3.2 Método Experimental

Para a execução do experimento, posicionam-se as molas helicoidais no Tripé


verticalmente e adicionam-se as massas cilíndricas a fim de gerar uma Força que
alongue as molas (o processo se repete 4 vezes em cada tipo de associação, sendo
uma para cada massa cilíndrica). Esse alongamento é analisado para o cálculo da
constante elástica.
Primeiramente, posiciona-se uma das molas no suporte e é adicionada uma garra na
extremidade inferior, onde os pesos (massas cilíndricas) serão pendurados. Esta
será a posição inicial, com alongamento zero.
Ao adicionar as massas cilíndricas na mola, serão aplicadas diferentes forças F,
gerando um conjunto de alongamentos x, em seguida os valores obtidos de F e x
são anotados em uma tabela.
Em seguida, retira-se a garra da mola e é adicionada uma segunda mola, em série,
e o processo anterior é repetido.
O mesmo se repete com as molas em paralelos, e é refeita a análise.
Posteriormente, constrói-se um gráfico dos alongamentos x e suas respectivas
forças F para cada um dos casos. Este será linear, visto que a equação
F = A + Bx
é de primeiro grau, em que A e B são coeficientes que definem a reta para cada
valor de x e devem ser determinados por regressão linear.A partir dos conceitos
físicos estabelecidos, o valor da constante A deve ser igual a zero, o valor de
A econtrado no experimento deve ser justificado.
Após isso, determina-se a inclinação de cada gráfico e qual o seu significado na
deformação elástica da mola.
Por fim, deve ser possível afirmar o valor da constante elástica da mola e das molas
posicionadas em série e paralelo e seus possíveis desvios, além de diferenciar o
alongamento em cada tipo de associação e diferenciar cada etapa do experimento e
o significado da unidade 1 N/m.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Deformação elástica em uma mola helicoidal


Para a realização dos cálculos do experimento, foi levado em consideração a
posição inicial da mola com deformação inicial igual a zero e a massa dos pesos
adicionados de 0,050Kg cada.
Sendo assim, a Força na mola pode ser descrita pela própria Força peso das
massas cilíndricas (pesos) adicionados à mola, e a Força para cada peso não se
altera durante o experimento. Dessa forma, a Força peso (F) para cada massa
cilíndrica pode ser expressa pela equação a seguir:

Força = peso da massa cilíndrica


F=m×g
F = 0,050 × 9,8 = 0,49N

A adição dos pesos (massas cilíndricas) na primeira etapa do experimento, foi


registrada na figura a seguir:
Figura 5: Comportamento de uma mola helicoidal

Em seguida, os valores das variações no comprimento das molas (x), em metros -


com x0 = 0 foram descritos na seguinte tabela (Tabela 1), relacionando cada
deformação a uma Força peso, em Newton:

Tabela 1: Gráfico F em função de x em uma mola helicoidal


x (m) F (N)
0 0
0,03 0,49
0,06 0,98
0,093 1,47
0,126 1,96
Fonte: Autor

Em seguida, foi construído um gráfico (Figura 6) da Força, em Newtons, em função


da deformação da mola, em metros:
Figura 6: Gráfico da deformação em uma mola helicoidal

Cuja função é descrita por: F(x) = 0,01928 + 15,54569x

Já os desvios presentes no gráfico e a constante elástica da mola (B1), foram


registrados na figura a seguir:

Figura 7: Desvios e constante elástica do gráfico de uma mola helicoidal

Sendo assim, B1 é aproximadamente 15,54 com desvio de 0,226.


4.2 Deformação elástica de molas em série

Na segunda etapa do experimento, com duas molas penduradas em série, a adição


dos pesos (Figura 8) e suas respectivas Forças peso (F), foram registradas.
Figura 8: Comportamento de molas helicoidais em série

Os valores da variação do comprimento das molas (x), em metros, e as Forças peso,


em Newton, foram expressos na tabela a seguir:

Tabela 2: Gráfico F em função de x em molas em série


x (m) F (N)
0 0
0,06 0,49
0,124 0,98
0,184 1,47
0,246 1,96
Fonte: Autor

A partir dos dados mencionados, construiu-se um gráfico (Figura 10) da Força, em


Newtons, em função da deformação da mola, em metros:
Figura 10: Gráfico da deformação de molas em série

Cuja função é descrita por: F(x) = 00,00326 + 7,95387x

Já os desvios presentes no gráfico e a constante elástica da mola (B1), foram


registrados na figura a seguir:

Figura 11: Desvios e constante elástica do gráfico de molas em série

Sendo assim, B1 é aproximadamente 7,95 com desvio de 0,042.

4.3 Deformação elástica de molas em paralelo

Para a última etapa do experiemento, as duas molas helicoidais foram penduradas


em paralelo, e foi possível observar uma divergência do comportamento das molas
em relação à posição em série.
Penduradas em paralelo, as molas tiveram uma variação de comprimento menor do
que em série, ou seja, na associação em série o conjunto ficou “mais macio” do que
a mola única e “mais duro” em paralelo.
Esse comportamento pode ser observado na imagem a seguir (Figura 12):
Figura 12: Comportamento de molas helicoidais em paralelo

Em seguida, os valores da variação do comprimento das molas (x), em metros, e as


Forças peso, em Newton, foram registrados na tabela a seguir:

Tabela 3: Gráfico F em função de x em molas em paralelo


x (m) F (N)
0 0
0,015 0,49
0,028 0,98
0,045 1,47
0,063 1,96
Fonte: Autor

Com os dados mencionados, construiu-se um gráfico (Figura 13) da Força, em


Newtons, em função da deformação da mola, em metros:
Figura 13: Gráfico da deformação de molas em paralelo

Cuja função é descrita por: F(x) = 0,03498 +31,29196x

Em seguida, os desvios presentes no gráfico e a constante elástica da mola (B1),


foram são expostos na figura a seguir:

Figura 14: : Desvios e constante elástica do gráfico de molas em paralelo

Sendo assim, a constante elástica B1 é aproximadamente 31,29 com desvio de 1,11.

5. CONCLUSÃO

Com base no experimento e nos dados mencionados anteriormente, pode-se


observar que a mola helicoidal possui comportamento elástico, visto que retirados os
pesos da mola ela retorna ao seu alongamento inicial.
Na associação em série o conjunto ficou “mais macio” do que a mola única, visto
que as molas em série possuem constante elástica (B1série) → 7,908 ≤ B1≤ 7,992,
menor que a constante elástica na mola única (B1única) → 15,314 ≤ B1≤ 15,766.
Já na associação em paralelo o conjunto ficou “mais duro” do que a mola única, visto
que as molas em paralelo possuem constante elástica (B1série) → 30,18 ≤ B1≤ 32,4
maior que a constante elástica na mola única (B1única) → 15,314 ≤ B1≤ 15,766.

6. REFERÊNCIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS. Constante Elástica de Molas. Disponível


em: Microsoft Word - 04 Constante Elástica de Molas.doc (ufmg.br)

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. Rio de Janeiro:


LTC, 2008. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/vmalves/files/2019/03/Halliday

Só Física, Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2023. Força elástica.


Disponível em: em http://www.sofisi
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SARAH MARTINS DE MELO

EXPERIMENTO: CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

RIO VERDE, GO
2023
1. INTRODUÇÃO

Quando dizemos que a energia mecânica é conservada, isso significa que a soma
da energia cinética com a energia potencial é igual em todos os instantes e em
qualquer posição. Em outras palavras, nenhuma porção da energia mecânica de um
sistema é transformada em outras formas de energia, como a energia térmica.
Diante do exposto, de acordo com a lei da conservação da energia mecânica, em
um sistema não dissipativo, podemos afirmar que as energias mecânicas em duas
posições distintas são iguais.
Um sistema mecânico, no qual atuam somente forças conservativas, tem sua
energia mecânica (E) conservada. Associa-se uma energia potencial (Ep) a cada
força conservativa, de modo que a soma de suas variações seja igual a uma
variação oposta de energia cinética (Ec).
Havendo forças dissipativas, o trabalho (W) realizado por elas é igual à variação da
energia mecânica. Têm-se então, o princípio físico da conservação da energia,
expresso pelas equações:
ΔE = ΔEC + ΔEP
ΔE = W
Para um sistema conservativo tem-se:
ΔE = 0
ΔEC = -∑ΔEP
ou seja,qualquer aumento daa enregia cinética corresponde a uma igual diminuição
da energia potencial e vice-versa.

2. OBJETIVO

Verificar o princípio da conservação de energia

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais Utilizados


- Tripé universal delta: Suporte com canaleta (Figura 1)
- Esfera de aço: Objeto de estudo (Figura 2)
- Cronômetro digital
- Caneta hifrográfica
- Régua milimetrada
- Trena milimetrada
- Balança
- Calculadora Científica Casio FX-82MS (Figura 3)

Figura 1: Tripé universal delta: Suporte com rampa

Figura 2: Esfera de aço (Objeto de estudo)

Figura 3: Calculadora Científica Casio FX-82


3.2 Método Experimental

Para a realização do experimento, o suporte é colocado em uma mesa ou superfície


plana. Já a esfera, é posicionada no topo da canaleta (ponto mais alto) onde a
Energia potencial é máxima.
Em seguida, a esfera é dispensada e percorre um trajeto até se encontrar com a
superfície abaixo do suporte (mesa). A distância dessa posição é marcada, a fim de
medir a distância que a esfera atingiu ao sair da rampa.
O trajeto da esfera é descrito pela imagem a seguir:

Figura 4: Trajeto da esfera

A partir da figura, têm-se:


→ na direção x: Vix = Vx = constante e x = Vxt
��2
→ na direção y: Viy = 0, Vy = gt, Vy = 2�� e H =
2

Decompondo o movimento nas direções x e y, têm-se que o módulo da velocidade


num instante qualquer é expressa por:

V= �2� + �2�

E sua direção expressa por:


��
θ = tg �

Para a execução do experimento, é necessário:


- Determinar a massa da esfera;
- Determinar as alturas H e h;
- Soltar a esfera e cronometrar o tempo que esta leva para percorrer a canaleta;
- Repetir o provedimento determinando o percurso total da esfera, até atingir a mesa
no ponto x;
- Calcular a velocidade V1;
- Calcular a velocidade com que a esfera atinge o solo (V2).

E, por fim, verifica-se o princípio da conservação da energia, expresso pela equação:


EM1 = EM2
Sendo: E1 = EP + EC e E2 = EP + EC

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após pesar a esfera na balança, e medir as alturas tanto da canaleta quanto do chão
até o final da rampa, os seguintes valores foram encontrados:
- Massa da Esfera (m): 0,067Kg
- h: 0,10m
- H: 0,493m

Considerando apenas os dados coletados a partir do final da canaleta (Ponto 1) ao


instante em que a esfera toca a mesa (Ponto 2), foi elaborada a tabela a seguir:

Tabela 1: Dados do experimento


∆x (m) t(s) ∆x vyf = -g×t (m/s)
vx= (m/s)

0,29m 0,30s 0,9666m/s -2,94m/s
0,30m 0,29s 1,0344m/s -2,842m/s
0,305m 0,31s 0,9838m/s -3,038m/s
0,305m 0,30s 1,0166m/s -2,94m/s
0,298m 0,35s 0,8154m/s -3,43m/s
Fonte: Autor

Percebe-se que os valores da valocidade do eixo y são menores do que zero, isso
ocorre devido ao trajeto de “descida” expresso pela esfera até a superfície da mesa,
ou seja, a velocidade do objeto se torna cada vez mais negativa com a descida. No
entanto, o sinal negativo se refere apenas à direção do movimento, sem alterar o
cálculo do módulo da velocidade durante o experimento.
Posteriormente, verificou-se o Princípio da Conservação da Energia, já mencionado
anteriormente, e expresso a seguir:
EM1 = EM2
EP1 + EC1 = EC2
m × v2x � (�2� +�2� )
EM1 = +m×g×H EM2 =
2 2

É importante ressaltar que a Energia mecânica 2 (EM2) leva em consideração apenas


a energia cinética, já que a esfera se encontra na mesma altura que a superfície
(não há energia potencial).

Sendo assim, os valores de EM1 e EM2 são compreendidos na seguinte tabela:

Tabela 2: Valores de EM1 e EM2

m × v2x � (�2� +�2� )


EM1 = +m×g×H EM2 =
2 2
0,3550 0,3208
0,3595 0,3064
0,3561 0,3416
0,3583 0,3241
0,3479 0,4184
Fonte: Autor

A partir dos dados coletados, realiza-se a média aritmética dos valores obtidos,
objetivando melhor compreensão dos resultados:
∆x = 0,2996
� = 0,31
Sendo assim:
Vx = 0,2996 ÷ 0,31
Vx = 0,966451 m/s

Vy = 2 × 9,8 × 0,493
Vy = 3,108504 m/s
Em seguida, calculou-se a Energia mecânica inicial e final:

0,067 × 0,966452
EM1 = + 0,067 × 9,8 × 0,493
2
EM1 = 0,354994 J

0,067 (0,966452 +3,10852 )


EM2 =
2
EM2 = 0,354993 J

Observação: percebe-se que ocorreu uma ínfima variação entre os valores de EM1 e
EM2. Isso pode ocorrer devido a incerteza na coleta de dados no experimento, seja
pela dificuldade de cronometrar o tempo de descida da esfera, ou medir o local
exato onde esta tocou a mesa em seu trajeto final.

Cálculo do módulo velocidade:

V= 0,966452 + 3,1085042

Cálculo da direção:
3,108504
θ = tg 0,966451

θ = 72,73°

5. CONCLUSÃO

Com base no experimento e nos dados supracitados, pode-se observar a


comprovação do Princípio da Conservação da Energia da prática realizada - que
afirma que a Energia permanece constante durante o experimento, levando em
consideração que as energias envolvidas nesse sistema não são criadas ou
destruídas, apenas transformadas.
Os cálculos mencionados da Energia Mecânica final e inicial - sendo a inicial
composta pela soma da Energia Potencial Gravitacional com a Energia Cinética e a
final composta apenas pela Energia cinética, ambas de aproximadamente 0,355 J,
confirmam com êxito a conservação da energia durante o trajeto da esfera, visto que
a variação foi mínima.

6. REFERÊNCIAS

Conservação da energia mecânica. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br


/fisica/principio-conservacao-energia-mecanica.htm

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. Rio de Janeiro:


LTC, 2008. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/vmalves/files/2019/03/Halliday

Bezerra da Silva, Ana Carolina . Lei da conservação de energia. Disponível em:


https://www.infoescola.com/fisica/lei-da-conservacao-de-energia/

Gouveia, Rosimaar. Energia: o que é, origem, conservação e tipos. Disponível


em: https://www.todamateria.com.br/energia/

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