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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Engenharia de Controle e Automação

Física Experimental 1 - Prof. Hélio Saito


Disciplina:FI31B Turma:A12

Atividade 5 – Aceleração da Gravidade

Nome: - Marcus Vinicius Marques de Oliveira

- Matheus Gil Bovolenta

- Matheus Gomes Camargo

- Nikolas Catib Boranelli

- Nathalia Manzatto Peres

- Thiago Januario De Morais

Cornélio Procópio
2019
1. Título

Aceleração da Gravidade

2. Objetivos

Neste experimento teve-se como objetivo adquirir novos conhecimentos acerca do movimento
sob influência da gravidade terrestre. Com corpo de prova, livre de atrito, percorrendo uma
trajetória retilínea e inclinada, e com a resultante de forças positiva e constante (aceleração
uniforme), analisou-se o comportamento desse através de dados captados por sensores
fotoelétricos posicionados em determinadas posições do trajeto. Ou seja, o objetive foi
determinar experimentalmente a aceleração da gravidade através da Lei de Newton, mais
precisamente a segunda lei.

3. Fundamentação teórica

A gravidade mantém a Terra, os demais planetas e os satélites em suas respectivas órbitas,


além de ser responsável pela formação das marés, pelo aquecimento do interior de estrelas e
planetas em formação e outros fenômenos não só no planeta Terra, mas em todo o Universo.
Esta força existe de diferentes formas em todos os planetas do sistema solar. Na Lua, por
exemplo, a gravidade é menor que na Terra.

A aceleração da gravidade (g) é um tipo de aceleração, que é produzida pela atração


gravitacional entre dois corpos. Trata-se da aceleração de um corpo quando está em
movimento de queda livre. Seu valor independe da massa dos corpos. A aceleração é uma
grandeza vetorial que indica a variação da velocidade do movimento de um corpo ao longo do
tempo.

A Lei da Gravitação Universal, teorizada por Isaac Newton, diz que todos os corpos com
massa diferente de 0 atraem-se mutuamente. E, essa força de atração é proporcional às massas
dos corpos envolvidos e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa.
Onde F = força de atração entre os corpos; m1 = massa do primeiro corpo; m2 = massa do
segundo corpo; r = vetor posição que representa a distância entre os dois corpos; G =
constante universal da gravitação.

A aceleração da gravidade é também o resultado da força de atração que a Terra exerce sobre
todos os corpos.

Assim, o valor da aceleração da gravidade é calculado pela fórmula:

● Fórmula da aceleração da gravidade

Onde g= aceleração da gravidade; G = constante universal de gravitação; m = massa do


planeta; r = distância do objeto ao centro do planeta.
4. Materiais e Métodos

Para a realização deste experimento, foram utilizados os seguintes equipamentos: carrinho


deslizante, cronômetro digital, gerador de fluxo de ar, eletroímã, pedaço de madeira maciça,
trilho de ar inclinado, régua, sensores fotoelétricos e o software Microsoft Office Excel.

 Carrinho deslizante utilizado no experimento.

 Cronômetro digital utilizado no experimento.

 Gerador de fluxo de ar utilizado no experimento.


 Eletroímã utilizado no experimento.

 Pedaço de madeira maciça utilizada para suspender o trilho de ar.

 Trilho de ar inclinado utilizado no experimento

 Régua utilizada no experimento.


 Sensores fotoelétricos utilizados no experimento.

 Software Microsoft Office Excel utilizado no experimento.

Primeiramente ligou-se o gerador de fluxo de ar para que o carrinho deslizante pudesse


percorrer com o menor atrito possível o percurso sobre o trilho de ar .Após isso, foi ajustado
os sensores, posicionado um primeiro sensor fotoelétrico a 15cm da posição inicial do
carrinho (𝑋1 = 0,1500𝑚), sendo os quatro próximos sensores posicionados a 10cm em
relação ao seu antecessor.

Também o cronômetro digital foi ligado e configurado na posição inicial (𝑃0 =


0,0000𝑚) e tempo inicial (𝑡0 = 0,0000𝑠). E o eletroímã, ligado a uma tensão de 8,5V. Após
essas configurações, o carrinho deslizante foi posicionado de forma que ficasse em contato
com o eletroímã, ou seja, em sua posição inicial. Com o eletroímã conectado, ele atrai
eletromagneticamente o carrinho deslizante. Vale-se ressaltar que foi desconectado a massa
de 50g do carrinho deslizante, porém foi posicionado um material abaixo do trilho de ar
(abaixo dos pés de apoio
correspondente ao início do experimento), com isso o trilho de ar obteve uma
inclinação.

Depois de todos os ajustes necessários no cronometro (posição inicial, sensores, início e fim
do percurso), é pressionado o botão Start do cronômetro, a cronometragem do tempo se
inicia e o eletroímã “solta” o carrinho para que sofra ação da gravidade (visto que o trilho de
ar está em declive). Está ação da gravidade imposta sobre o carrinho, faz com que o mesmo,
possuir uma aceleração.

Por fim, o carrinho deslizante movimenta-se pelo trilho de ar, pois teoricamente ele não
sofre atrito com a superfície, sendo esse trajeto monitorado e analisado pelos sensores
fotoelétricos juntamente ao cronômetro digital.

O mesmo procedimento foi realizado por dez vezes, a fim de obter dez coletas de dados, para
uma maior precisão dos resultados.
Foram inseridos numa tabela, construída no software Microsoft Office Excel, os dez
valores de tempo, medidos por cada um dos cinco sensores. Esses dados foram fornecidos
pelo cronômetro digital. Após a inserção dos dados, foi calculado o valor da média
aritmética, das dez medidas obtidas por cada um dos sensores. Esse cálculo da média
aritmética repetiu-se, porém, elevando ao quadrado a média.

Com as cinco médias aritméticas ao quadrado já calculadas foram aproximadas para que
possuíssem 10 casas decimais.
Depois, foi montada outra tabela com os valores das médias elevado ao quadrado, para a
análise do gráfico X versus T², com as médias aritméticas dos tempos elevadas ao quadrado
no eixo X e a posição dos sensores no eixo Y.
5. Resultados

Os valores dos tempos obtidos no experimento foram analisados e aproximados, de acordo


com as normas de aproximação, e inseridas na tabela abaixo. Nela também foi inserido o
valor do tempo médio para cada posição do sensor.

 Tabela 1 com os dados obtidos, contendo os valores das médias do tempo e


as médias dos tempos ao quadrado.

Também foi realizada a medição do tamanho do comprimento diagonal (D) do trilho entre
seus dois apoios e seu desnível vertical (h).

D = ( 104,5 ± 0,5 ) cm

h = ( 4,85 ± 0,05 ) cm

Vale ressaltar que os dados obtidos foram analisados a partir dos instantes iniciais abaixo
registrado:

𝒕𝟎 = ( 0,0000 ± 0,0001 ) s
𝑿𝟎 = ( 0,0000 ± 0,0005 ) m
𝑽𝟎 = ( 0,0000 ± 0,0000 ) m/s
Em seguida, foi construída a tabela abaixo, a qual contém somente os valores dos tempos
médios, obtidos anteriormente, elevados ao quadrado e a posição de cada sensor, para que
assim, pudesse ser construído um gráfico que fornecesse a linha de tendência linear e sua
equação.

t²( s²) X (m)


0,0000 0,0000
0,7286 0,1500
1,1636 0,2500
1,6005 0,3500
2,0493 0,4500
2,4948 0,5500
 Tabela 2 com valores dos tempos médios ao quadrado e das posições

Utilizando a ferramenta computacional Microsoft Excel foi construído o gráfico, referente a


tabela com os valores dos tempos médios elevados ao quadrado e das posições. Vale ressaltar
que esta ferramenta realizou todos os cálculos de forma automática. O gráfico construído se
encontra abaixo:

POSIÇÃO VERSUS TEMPO²


0,6000
X = 0,2218.t² - 0,0055
0,5000
POSIÇÃO (M)

0,4000

0,3000

0,2000

0,1000

0,0000
0,0000
0,5000 1,0000 1,5000 2,0000 2,5000 3,0000
-0,1000

TEMPO (S²)

 Gráfico da posição versus tempos médios ao quadrado.

Foi utilizado a fórmula: 𝑿 = 𝑿𝟎 + 𝑽𝒐𝒕 + 𝒂𝒕²


para comparar as equações e
𝟐
encontrar o valor da aceleração do corpo. Onde 𝑋 é a posição do corpo em um determinado
instante, valor em metros, 𝑋0 é a posição inicial do corpo e tem seu valor também dado em
metros, 𝑉0 é a velocidade no instante inicial dada em metros/segundos, 𝑡 é o tempo em

segundos ao quadrado e 𝑎 é a aceleração do corpo dada em metros por segundo ao quadrado.

A aceleração, se isolada, como a posição inicial e a velocidade inicial são 0, pode ser obtida
através da fórmula:

𝒂𝒕²
X=
𝟐 eX = 0,2218.t²
𝐦
E, portanto: 𝒂 = 𝟐𝒙. Chegando à aceleração 𝒂 = 𝟎, 𝟒𝟒𝟑𝟔 .
𝐬𝟐

Depois, foram analisadas as equações e características do plano inclinado.

 Representação de um plano inclinado.

Como observado na figura acima e considerando o experimento, nota-se que a força peso foi
representada pelas suas componentes ortogonais ao plano inclinado e que não há força de
atrito, uma vez que o ar do trilho estava ligado, além disso, a força normal é anulada com a
componente da força peso descrita por mg.cosϴ.
Como a força resultante é o produto entre a massa (m) e a aceleração (𝑎):

⃑𝑭⃑
⃑𝒓` = 𝒎. 𝒂

E como no plano inclinado a componente peso analisada é Px e Px = P.senϴ:

⃑𝑷𝒙
⃑ ⃑` = 𝒎. 𝒂

⃑𝑷.⃑⃑𝐬⃑𝐢⃑𝐧⃑𝜽⃑` = 𝒎. 𝒂

Como o seno é a razão entre o cateto oposto (co) e a hipotenusa (hip) e 𝑃 = 𝑚. 𝑔:


𝒄𝒐
𝒎. 𝒈. = 𝒎. 𝒂
𝒉𝒊𝒑
Dividindo a massa (m) dos dois lados da equação:
𝒎 𝒄𝒐 𝒎
. 𝒈. = .𝒂
𝒎 𝒉𝒊𝒑 𝒎
Isolando a incógnita gravidade (g):

𝒉𝒊𝒑
𝒈=𝒂.
𝒄𝒐
E, por fim, como: 𝐷 = ℎ𝑖𝑝 e ℎ = 𝑐𝑜:

𝑫
𝒈𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍 = 𝒂 .
𝒉
Já que foi obtido a aceleração 𝒂 = 𝟎, 𝟒𝟒𝟑𝟔 m/s² e medidos o diâmetro do comprimento
(D) e altura (h), pode-se aplicar os dados na fórmula encontrada para obter o valor da gravidade
experimental (g).

𝟏𝟎𝟒, 𝟓
𝒈𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍 = 𝟎, 𝟒𝟒𝟑𝟔 . ( )
𝟒, 𝟖𝟓
𝒎
𝒈𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍 = 𝟗, 𝟓𝟓𝟕𝟗𝟕𝟗𝟑𝟖𝟏 𝟐.
𝒔
6. Discussão e conclusão

A aceleração da gravidade na Terra por grandes nomes da física na literatura é considerada


aproximadamente 9,80665 m/s² e a obtida no experimento foi de aproximadamente 9,55798
m/s². Para obter-se o valor do erro em porcentagem, usa-
|𝒈𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐− 𝒈𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍|
se a fórmula 𝑬 = ∗ 100, fazendo a diferença entre os dois valores
𝒈𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐

é de cerca de 0,24867, realizando a razão entre essa diferença e o valor teórico da gravidade,
0,24867 / 9,80665, obtém-se um erro de aproximadamente 2,54%.

Através dos dados coletados e analisados no experimento realizado por dez sequências, foi
possível obter o gráfico dos tempos médios elevados ao quadrado e as posições de cada
sensor, o qual forneceu a equação da reta e, portanto o valor de
X. Através desses dados, pode-se obter a aceleração e comparar as equações para chegar no
valor da gravidade experimental.
Por fim, o valor obtido foi comparado ao da gravidade teórica e o erro calculado foi de 2,54%,
ou seja, houve uma pequena diferença, mas o valor foi próximo ao esperado e não se
distanciou do valor teórico da gravidade.

7. Bibliografia

https://www.estudofacil.com.br/gravidade-descoberta-lei-e-sua-aceleracao/

https://www.todamateria.com.br/aceleracao-da-gravidade/

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