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APOSTILA – PROJETO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO

MODULO HIDRANTE

INSTRUTORA: ENG. BRUNA PEREIRA

2018
PRESSÃO (p)............................................................................................................................4

PRESSÃO DA ÁGUA .......................................................................................................... 4


VAZÃO ..................................................................................................................................... 5
VELOCIDADE ............................................................................................................................ 6
PERDAS DE CARGA (hf) ............................................................................................................ 8
Perda de carga unitária (J)............................................................................................... 9
Perda de carga ao longo das canalizações ...................................................................... 9
Perdas localizadas, locais ou acidentais .......................................................................... 9
FÓRMULAS MAIS USADAS PARA DETERMINAR A PERDA DE CARGA AO LONGO DAS
CANALIZAÇÕES .................................................................................................................................. 10
Fórmula de Hazen–Williams (mais usada no Brasil) ..................................................... 10
Fórmulas de Fair-Whipple-Hsião (Recomendada para ϕ≤ 50mm) ............................... 11
Fórmula de Darcy–Neisbach – Apresentação americana ou fórmula Universal........... 11
FÓRMULAS PARA A DETERMINAÇÃO D COEFICIENTE “F ” ........................................... 11
1.5.4.1 Fórmulas específicas para condutos lisos (regime turbulento) ................................ 11
1.5.4.2 Fórmulas específicas para condutos rugosos no regime de turbulência plena ........ 12
PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS EM CANALIZAÇÕES ......................................................... 13
SISTEMAS ELEVATÓRIOS - ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO.................................................. 16
DIMENSIONAMENTO DAS ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO .................................................. 17
Principais Tipos de Bombas ........................................................................................... 17
Bombas Centrifugas ...................................................................................................... 17
Potência dos Conjuntos Elevatórios ...................................................................................... 18
Potência da bomba ............................................................................................................... 19
Diâmetro de recalque............................................................................................................ 19
Diâmetro de sucção............................................................................................................... 20
Velocidades Máximas nas Tubulações .................................................................................. 21
2. DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE HIDRANTES ................................................................. 22
Tipos de Sistemas .................................................................................................................. 22
Escolha do sistema ................................................................................................................ 23
Reserva técnica de incêndio .................................................................................................. 23
Características Importantes .................................................................................................. 24
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Posicionamento dos hidrantes ...................................................................................... 24
Esguichos ....................................................................................................................... 24
Mangueira de Incêndio ................................................................................................. 24
Bomba de incêndio........................................................................................................ 25
Cálculo hidráulico .................................................................................................................. 25
Retorno.......................................................................................................................... 29

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PRESSÃO (p)
Pressão de um líquido sobre uma superfície é a força que este liquido exerce sobre
a unidade de área dessa superfície.

PRESSÃO DA ÁGUA
Veja os exemplos abaixo. Vamos calcular a pressão exercida pela água sobre o
fundo dos reservatórios. Lembre-se de que a massa específica da água é de 1.000 kgf/m³.

1m 2m
1m
2m
1m 1m 1m 1m
1m
Volume = 1 x 1 x 1 = 1m³ Volume = 1 x 2 x 1 = 2 m³ Volume = 1 x 1 x 2 = 2 m³
Força = 1 x 1000 = 1000 Kgf Força = 2 x 1000 = 2000 Kgf Força = 2 x 1000 = 2000 Kgf
Área = 1 x 1 = 1 /m² Área = 1 x 2 = 2 /m² Área = 1 x 1 = 1 /m²
Pressão = 1000 = 1000 Kgf/m² Pressão = 2000 = 2000 Kgf/m² Pressão = 2000 = 2000 Kgf/m²
1 1 1

4m
4m

1m 1m 0,01 m 0,01 m

Volume = 1 x 1 x 4 = 4 m³ Volume = 0,01 x 0,01 x 4 = 0,0004 m³


Força = 4 x 1000 = 4000 Kgf Força = 0,0004 x 1000 = 0,4 Kgf
Área = 1 x 1 = 1 /m² Área = 0,01 x 0,01 = 0,0001 /m²
Pressão = 4000 = 4000 Kgf/m² Pressão = 0,4 = 4000 Kgf/m²
1 0,0001

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Comparando-se a altura dos reservatórios com a pressão, pode-se observar que a
pressão não depende da área, mas somente da altura do reservatório, ou seja, a pressão é
proporcional aos METROS DE COLUNA DE ÁGUA (mca). Nos exemplos anteriores temos:

ALTURA DO PRESSÃO
OBSERVATÓRIO
1m
2m 2000 Kgf/m² ou 2 mca
4m 4000 Kgf/m² ou 4 mca

Uma vez que as pressões dependem somente da altura da coluna de líquido, pode-
se concluir facilmente que as pressões em qualquer ponto no interior do líquido não
dependem do formato ou do volume do reservatório. Por exemplo:

Por isso, as unidades usuais de medida de pressão indicam ou FORÇA POR


UNIDADE DE ÁREA ou ALTURA DE COLUNA DE LÍQUIDO:

 kgf/cm2 (quilogramas por centímetro quadrado)


 kgf/m2 (quilogramas por metro quadrado)
 lb/sq.in ou PSI ou lb/pol2 (libras por polegada quadrada)
 mca (metros de coluna de água)
 feet head of water (pés de coluna de água)
 mm Hg (milímetros de coluna de mercúrio)

VAZÃO
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Vazão é a quantidade de líquido que passa através de uma seção por unidade de
tempo. A quantidade de líquido pode ser medida em unidades de massa, de peso ou de
volume, sendo estas últimas as mais utilizadas. Por isso, as unidades mais usuais indicam
VOLUME POR UNIDADE DE TEMPO:

 m3/h (metros cúbicos por hora)


 l/h (litros por hora)
 l/min (litros por minuto)
 l/s (litros por segundo)
 gpm (galões por minuto)
 gph (galões por hora)

VELOCIDADE
O termo velocidade normalmente refere-se à velocidade média de escoamento
através de uma seção. Ela pode ser determinada dividindo-se a vazão pela área da seção
considerada.

V
e
l
oci
dad
eV
=a
z
ão
Á
r
ea

As unidades usuais de medida indicam DISTÂNCIA POR UNIDADE DE TEMPO:

 m/min (metros por minuto)


 m/s (metros por segundo)
 ft/s (pés por segundo)

Por isso, deve-se sempre calcular a velocidade utilizando-se unidades coerentes


para os valores da vazão e da área.
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Exemplo: Vazão 200 l/min

Tubulação PVC marrom de 50 mm. Transformaremos a unidade de vazão para m³/s


e calcularemos a velocidade em m/s.

VAZÃO: Lembre-se de que 1 m³ = 1000 l, ou seja:

1
1 l = 1000 m³ e de que 1 min = 60s

200 x 1 m³
1000
= = =
1 x 60 s

ÁREA: Diâmetro interno do tubo de 50 mm = 42 mm

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x 42 ²
Área = = 1385 mm² 0,001385m²
4
0,00333 m³
Velocidade = = = 2,4 m/s
0,001385 m²

Obviamente, para calcular a vazão através de uma seção, com uma dada
velocidade de escoamento, basta multiplicar a área da seção pela velocidade, desde que
medidas em unidades coerentes:

VAZÃO = ÁREA X VELOCIDADE

PERDAS DE CARGA (hf)

a) No regime laminar a perda de carga é devida inteiramente à viscosidade do fluído.


Aqui a velocidade do fluído junto à parede é zero.

b) Quando o regime é turbulento a perda de carga se dá devido à viscosidade e a


rugosidade das paredes da tubulação que causa maior turbulência ao fluído.

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Onde:

σ é a tensão de cisalhamento.

D é o diâmetro

Perda de carga unitária (J)


Por definição, perda de carga unitária é a razão entre a perda de carga contínua
ou total (hp) e o comprimento do conduto (L).

onde: hp é a perda de carga entre os pontos (1) e (2)

L é o comprimento do conduto entre (1) e (2)

Perda de carga ao longo das canalizações


São as ocasionadas pelo movimento da água na própria tubulação. Admite-se
que esta seja uniforme em qualquer trecho de uma canalização de dimensões
constantes, independente da posição da canalização.

Perdas localizadas, locais ou acidentais


São as perdas ocasionadas pelas peças especiais e demais singularidades de
uma instalação.

Ex: curvas, registros, válvulas, cotovelos, etc.

Estas perdas são importantes nas canalizações curtas com peças especiais. Nas
canalizações longas, o seu valor é frequentemente desprezível, comparada com as
perdas ao longo da tubulação.

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FÓRMULAS MAIS USADAS PARA DETERMINAR A PERDA DE CARGA AO LONGO
DAS CANALIZAÇÕES

Fórmula de Hazen–Williams (mais usada no Brasil)


A fórmula de Hazen-Williams é recomendada para diâmetro maior a 50 mm
(2”). A seguir ela é apresentada em três versões:

onde: V é a velocidade média (m/s)

D é o diâmetro (m)

J é o coeficiente de carga unitária(m/m)

Q é a vazão que passa pela tubulação, m3/s

C é o coeficiente que depende da natureza das paredes do tubo (Tabela)

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Fórmulas de Fair-Whipple-Hsião (Recomendada para ϕ≤ 50mm)

a) Canos de aço galvanizado conduzindo água fria

b) Canos de cobre, PVC ou latão conduzindo água fria

c) Canos de cobre, PVC ou latão conduzindo água quente

Fórmula de Darcy–Neisbach – Apresentação americana ou fórmula Universal.

onde : f é o coeficiente de atrito (fórmulas ou ábacos),

hp é a perda de carga (m),

L é o comprimento da canalização (m),

V é a velocidade média (m/s),

D é o diâmetro da canalização (m),

g é a aceleração da gravidade (9,81 m/s2).

FÓRMULAS PARA A DETERMINAÇÃO D COEFICIENTE “F ”


1.5.4.1 Fórmulas específicas para condutos lisos (regime turbulento)

a) Fórmula de Von Karman e Prandtl ( para tubos lisos)

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b) Fórmula de Nikuradse

1.5.4.2 Fórmulas específicas para condutos rugosos no regime de turbulência plena

a) Fórmula de Von Karman e Prandtl - ( para tubos rugosos)

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PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS EM CANALIZAÇÕES
Nas canalizações, qualquer causa perturbadora qualquer elemento ou
dispositivo que venha estabelecer ou elevar a turbulência, mudar a direção ou alterar a
velocidade, é responsável por uma perda de energia. Em conseqüência da inércia e de
turbilhonamentos, parte da energia mecânica disponível converte-se em calor e dissipa-
se sob essa forma, resultando uma perda de carga. São exemplos causadores de perdas
localizadas, peças especiais, conexões, válvulas, registros, medidores, etc.

O método de calculo das perdas localizadas é pelo dos comprimentos virtuais


ou equivalentes. Este método consiste em adicionar a extensão da canalização, para
simples efeito de cálculo, comprimentos tais que correspondam à mesma perda de
carga que causaria as peças especiais existentes nas canalizações. A cada peça especial
corresponde um certo comprimento fictício e adicional. Levando-se em consideração
todas as peças especiais e demais causas de perda, chega-se a um comprimento virtual
de canalização.

Estes comprimentos virtuais ou equivalentes se acham tabelados. Muitas


empresas fabricantes de peças especiais suas próprias tabelas.

Neste caso o comprimento utilizado para determinar as perdas totais (perdas


ao longo da canalização mais as perdas localizadas) é a soma do comprimento real da
tubulação mais o comprimento equivalente correspondente a cada peça especial,
podemos resumir isto na seguinte equação:
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SISTEMAS ELEVATÓRIOS - ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO
Um sistema de recalque ou elevatório é o conjunto de tubulações, acessórios,
bombas e motores necessário para transportar uma certa vazão de água ou qualquer
outro líquido de um reservatório (ou ponto) inferior para outro reservatório (ou ponto)
superior. Nos casos mais comuns de sistema de abastecimento de água, ambos os
reservatórios estão abertos para a atmosfera e com níveis constantes, o que permite
tratar o escoamento como permanente.

Um sistema de recalque é composto, em geral, por três partes:

A) Tubulação de Sucção: Que é constituída pela canalização que liga o reservatório


inferior à bomba, incluindo os acessórios necessários, como válvula de pé com crivo,
registro, curvas, redução excêntrica etc.
B) Conjunto Elevatório: Que é constituído por uma ou mais bombas e respectivos
motores elétricos ou a combustão interna.
C) Tubulação de Recalque: Que é constituída pela canalização que liga a bomba ao
reservatório superior, incluindo registros, válvula de retenção, manômetros, curvas e,
eventualmente, equipamentos para o controle dos efeitos do golpe de aríete.

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DIMENSIONAMENTO DAS ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO

Principais Tipos de Bombas

As normas estabelecem quatro classes de bombas:

• Centrifugas

• Rotativas

• De êmbolo (ou de pistão)

• Poço profundo (tipo turbina)

As instaladas para água e esgoto geralmente são equipadas com bombas


centrifugas acionadas por motores elétricos.

Bombas Centrifugas

Para atender ao seu grande campo de aplicação, as bombas centrifugas são


fabricadas nos mais variados modelos, podendo a sua classificação ser feitas segundo
‘vários critérios.
a. Movimento do liquido
a) sucção simples (rotor simples);
b) dupla sucção (rotor de dupla admissão).

b. Admissão do liquido

a) radial (tipos voluta e turbina);

b) diagonal (tipo Francis);

c) helicoidal.

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c. Número de rotores (ou de estágios)

a) um estágio (um rotor);

b) estágios múltiplos (dois ou mais rotores).

d. Tipo de rotor

a) rotor fechado;

b) rotor semifechado;

c) rotor aberto;

d) rotor a prova de entupimento.

e. Posição do eixo

a) eixo vertical;

b) eixo horizontal;

c) eixo inclinado.

f. Pressão

a) baixa pressão (Hman ≤15m);

b) média pressão (Hman de 15 a 50 m);

c) alta pressão (Hman ≥50m).

Potência dos Conjuntos Elevatórios


O conjunto elevatório (bomba-motor) deverá vencer a diferença de nível entre os dois
pontos mais as perdas de carga em todo o percurso.

Denomina-se

Hg = a altura geométrica, isto é, a diferença de nível;

Hs = a altura de sucção, isto é, a altura do eixo da bomba sobre o nível inferior;

Hr = a altura de recalque, ou seja, a altura do nível superior em relação ao eixo da


bomba;

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Hg = Hs+ Hr;

H man= altura manométrica

Hp = Perda de carga total (correspondente a parte de sucção mais a de recalque)

H man= Hs+ Hr+ hp

Potência da bomba
A potência recebida pela bomba, potência esta fornecida pelo motor que aciona
a bomba, é dada pela expressão:

𝐻𝑚 × 𝑄 × 𝛾
𝑃=
75𝜂

onde

P = potência do motor, (1CV = 0,986HP),


Q = vazão (m³/s)
γ= peso específico do liquido a ser elevado (H2O=1000 kgf/m3),
Hman = altura manométrica, em m,
n = é o coeficiente de rendimento global da bomba, que depende basicamente do porte
e características do equipamento.

Rendimento de bombas centrífugas (na prática ver tabela de cada fabricante)

Q(l/s) 5 7,5 10 15 20 25 30 40 50 100 200

nb% 52 61 66 68 71 75 80 84 85 87 88

Diâmetro de recalque

Para determinar o diâmetro de recalque tem que definir anteriormente o tipo de


operação do sistema moto-bomba, isto é, se o mesmo é continuo ou não.

a) Sistema operado continuamente


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O diâmetro de recalque é calculado pela Formula de Bresse a seguir apresentada;

𝐷 = 𝐾 × √𝑄

onde

D é o diâmetro, dado em metros,


Q é a vazão, em m3/s,
K é uma constante que depende da velocidade do recalque,
K=1,2 (Rendimento Econômico).

Valores de K Valores de V (m/s)

0,9 1,60

1,1 1,06

1,3 0,75

1,5 0,57

b) Sistema não operado continuamente (menos que 24 horas ao dia)

Para o dimensionamento das linhas de recalque de bombas que funcionam apenas


algumas horas por dia, Forchheimer propôs a seguinte formula:
4 𝑥
𝐷 = 1,3 × √ × √𝑄
24

sendo:
X = a relação entre o número de horas de funcionamento diário do conjunto
elevatório e 24 horas.
Q = a vazão em m3/s.

Diâmetro de sucção

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A canalização de sucção é executada com um diâmetro imediatamente superior
ao do recalque. A canalização de sucção deve ser a mais curta possível, evitando-se ao
máximo as peças especiais. A altura máxima de sucção acrescida das perdas de cargas
deve satisfazer as especificações estabelecidas pelo fabricante das bombas. Na prática,
é muito raro atingir 7,00 m. Para a maioria das bombas centrifugas, a sucção deve ser
inferior a 5 m.

Tabela Altura máxima de sucção.

Altura máxima de sucção

Altitude (m) Pressão atmosférica Limite prático de sucção (m)


(mca)

0 10,33 7,60

300 10,00 7,40


600 9,64 7,10
900 6,80
9,30
1200 6,50
8,96
1500 6,25
8,62
1800 6,00
8,27
2100 5,70
8,00

Velocidades Máximas nas Tubulações


A velocidade da água na boca de entrada das bombas, geralmente, está
compreendida entre 1,5 a 5 m/s., podendo-se tomar 3 m/s como um termo médio
representativo. Na seção de saída das bombas, as velocidades são mais elevadas,
podendo atingir o dobro destes valores.

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2. DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE HIDRANTES

Tipos de Sistemas
Existem 5 tipos de sistemas de hidrantes conforme a NPT 022.

O sistema tipo 1 é o sistema de mangotinhos e os demais são hidrantes,


variando apenas o tipo de mangueira. A vantagem do sistema de mangotinhos sobre
os hidrantes é que sua mangueira já fica acoplada, não necessitando nenhum tipo de
engate rápido, porém esse sistema não suporta grandes vazões, sendo recomendado
em poucos casos.

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Exemplo de Instalação de Mangotinho e Hidrante

Escolha do sistema
A seleção do sistema de hidrante necessário à edificação é feita através da
tabela 2 da NPT 022, após a mesma ser classificada conforme NPT 014.

Reserva técnica de incêndio

O volume mínimo da reserva de incêndio é baseado no tipo de sistema e na


área da edificação, e é determinado pela tabela 4 da NPT 022. O menor volume de
reserva técnica possível para qualquer edificação é de 5m³.
O reservatório pode ser subdividido desde que todas unidades estejam ligadas
diretamente à tubulação de sucção da bomba de incêndio e tenha subdivisões em

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unidades mínimas de 3 m³. Não é permitida a utilização da reserva de incêndio pelo
emprego conjugado de reservatórios subterrâneos e elevados.

Características Importantes
Posicionamento dos hidrantes
Os pontos de tomada de água devem ser posicionados:
a) Nas proximidades das portas externas, escadas e/ou acesso principal a ser
protegido, a não mais de 5,0 m;
b) Em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender ao item “a”
obrigatoriamente;
c) Fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;
d) De 1,0 m a 1,5 m do piso.
Esguichos
Devem ser reguláveis, possibilitando a emissão de jato compacto ou neblina,
devendo seu alcance atender o valor mínimo de 10m, medido da saída do esguicho
ao ponto de queda do jato.
As curvas de rendimento de esguicho podem ser obtidas através de manuais
de fabricante.
Mangueira de Incêndio
O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de
hidrante ou mangotinho deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos
que existem, considerando também toda a influência que a ocupação final é capaz de

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exercer, não excedendo os comprimentos máximos estabelecidos na tabela 1 (30m e
60m). Para sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente utilizar lances de
mangueiras de 15,0 m.
Bomba de incêndio
Quando o abastecimento é feito por bomba de incêndio, deve possuir pelo
menos uma bomba elétrica ou de combustão interna, devendo ser utilizada para este
fim. A bomba de incêndio deve ser do tipo centrífuga acionada por motor elétrico ou
combustão. No caso de ocupações mistas com uma bomba de incêndio principal, deve
ser feito o dimensionamento da vazão da bomba e do reservatório para o risco
predominante, sendo que os esguichos e mangueiras podem ser previstos de acordo
com os riscos específicos. A altura manométrica total da bomba deve ser calculada
para o hidrante mais desfavorável do sistema.
As casas de bombas quando estiverem em compartimento enterrado ou em
barriletes, devem possuir acesso, no mínimo, por meio de escadas do tipo marinheiro,
sendo que o barrilete deve possuir no mínimo 1,5m de pé direito.
Na tubulação de recalque, deverá ser instalado retorno para o reservatório de
alimentação para testes periódicos da moto-bomba, contendo um registro para
fechamento.
Cálculo hidráulico
O cálculo do sistema de hidrantes é muito semelhante ao cálculo de um
sistema de reacalque, a diferença está que o sistema de recalque apenas eleva a água
de um ponto ao outro, e o sistema de hidrante leva a vários pontos, obedecendo a
uma pressão mínima de funcionamento. É importante saber determinar quais
hidrantes seriam considerados favoráveis e desfavoráveis. O dimensionamento da
bomba deve ser realizado pensando nos pontos mais desfavoráveis do sistema, que
certamente irão necessitar de um fornecimento maior de pressão.
Após ser determinado o tipo de sistema de hidrante adotar, é verificada qual
a vazão para cada esguicho nesse sistema e a necessidade de se implantar hidrantes
duplos ou simples.

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Escolhida a vazão, é necessário saber qual a pressão mínima para
funcionamento do esguicho. Esse valor pode ser obtido através das curvas de
rendimento que os fabricantes de esguicho fornecem.

Após saber a pressão mínima para funcionamento do esguicho, é necessário


saber qual a perda de carga que este modelo de esguicho fornece.

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Esse valor é importante para saber a perda de carga total que o sistema
apresenta e também garantir o funcionamento adequado do esguicho, atingindo o
alcance mínimo de 10m.

Em posse de todos esses dados, procede-se com o preenchimento da planilha


de dimensionamento. Observe que o dimensionamento se baseia na pressão mínima
de funcionamento do esguicho!

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PLANILHA DE CÁLCULO - HD 01 - DESFAVORÁVEL - PRESSURIZAÇÃO POR MOTO-BOMBA
TUBULAÇÃO VAZÃO VAZÃO PERDAS ALTURAS VELOC.
DESCRIÇÃO BITOLA COMPRIMENTO EQUIVALENTE COMPRIM. COMPRIM. UNITÁRIAS NO TRECHO ACUMULADA ESTÁTICA DINÂMICA
PAV. OU Litros / Litros /
HIDRANTE QUANT. TIPOS E BITOLAS DAS C. E. POR COMP. EQUIV. REAL TOTAL
Omm PEÇAS PEÇAS PEÇAS TOTAL (m) (m) (m) Segundo Minuto m /m m.c.a m.c.a. m.c.a m.c.a. Kgf/cm2 m /s
SUCÇÃO
65,00 1,00 VALVULA DE PÉ E CRIVO 20,00 20,00
65,00 1,00 REGISTRO GAVETA 0,40 0,40
65,00 1,00 CURVA 90º 0,80 0,80
65,00 1,00 UNIÃO FG 2.1/2" 0,10 0,10
21,30 1,90 23,20 6,67 400,00 0,092 2,14 2,11
RECALQUE
Hidrante 01
FG
65,00 1,00 UNIÃO FG 2.1/2" 0,10 0,10
65,00 1,00 CURVA 90º 0,80 0,80
65,00 2,00 TÊ PASSAGEM LATERAL 4,30 8,60
9,50 25,87 35,37 6,67 400,00 0,092 3,27 2,11

65,00 1,00 TÊ SAÍDA LATERAL 4,30 4,30


65,00 1,00 REG. ANGULAR 10,00 10,00
CJ 01 = CJ 02 14,30 0,10 14,40 3,33 200,00 0,026 0,37
0,00 Mangueira 40mm 30,00 30,00 3,33 200,00 0,191 5,73
0,00 Esguicho Ângulo Ajustável 3,33 200,00 16,000 16,00
Mec. Reunidas 27,51 1,50
PERDA CARGA FINAL DO SISTEMA 26,01
PRESSÃO FORNECIDA PELA MOTO- BOMBA - ADOTADA 61,00
PRESSÃO RESIDUAL NO ESGUICHO - * PARA JATO DE 10,0m - PRESSÃO MÍNIMA DE 30,00m.c.a. 34,99 34,99 3,50

TUBULAÇÃO MUNICÍPIO DATA


RESPONSÁVEL TÉCNICO OBSERVAÇÕES
MATERIAL RESISTÊNCIA
jan/17
(kgf/cm²) F.G. 18,00

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Retorno
A tubulação de retorno é importante para o teste hidráulico da bomba (tanto
pelo Corpo de Bombeiros para uma vistoria ou para manutenção do sistema). Ela
apresenta diâmetro inferior ao da tubulação de incêndio (38mm), para promover uma
perda de carga equivalente a rede de hidrantes, porém uma extensão menor (quanto
menor o diâmetro, maior a perda de carga). Sua instalação é feita na tubulação de
recalque.

Conforme a NPT 022, o dimensionamento do retorno deve ser realizado


considerando as seguintes situações:
 Vazão igual a dos hidrantes, 10% superior e 20% superior
 O Ramal de retorno deverá ser dimensionado de forma que a curva de
funcionamento do retorno atenda à curva de funcionamento da bomba
 Desvio padrão em 25% da vazão nominal do projeto.

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Da mesma forma que o dimensionamento do sistema de hidrantes, o cálculo
do retorno é realizado em planilha.

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PLANILHA DE CÁLCULO - RETORNO PARA TESTES - PRESSURIZAÇÃO POR MOTO-BOMBA
TUBULAÇÃO VAZÃO VAZÃO PERDAS ALTURAS VELOC.
DESCRIMINAÇ
BITOLA COMPRIMENTO EQUIVALENTE COMPRIM. COMPRIM. UNITÁRIAS NO TRECHO ACUMULADA ESTÁTICA DINÂMICA
ÃO PAV. OU Litros / Litros /
HIDRANTE QUANT. TIPOS E BITOLAS DAS C. E. POR COMP. EQUIV. REAL TOTAL
Omm PEÇAS PEÇAS PEÇAS TOTAL (m) (m) (m) Segundo Minuto m /m m.c.a m.c.a. m.c.a m.c.a. Kgf/cm2 m /s
SUCÇÃO
65,00 1,00 VALVULA DE PÉ E CRIVO 20,00 20,00
65,00 1,00 REGISTRO GAVETA 0,40 0,40
65,00 1,00 CURVA 90º 0,80 0,80
65,00 1,00 UNIÃO FG 2.1/2" 0,10 0,10
21,30 1,90 23,20 8,00 480,00 0,129 3,00 2,11

RECALQUE
Retorno
FG
65,00 1,00 UNIÃO FG 2.1/2" 0,10 0,10
65,00 1,00 TÊ SAÍDA LATERAL 4,30 4,30
65,00 1,00 B.C. RED. 2.1/2"x1.1/2" 0,64 0,64
5,04 0,50 5,54 8,00 480,00 0,129 0,72 2,01

38,00 2,00 REGISTRO DE GAVETA 0,20 0,40


38,00 4,00 JOELHO 90º 2,00 8,00
38,00 1,00 SAÍDA DE BORDA 0,90 0,90
9,30 8,00 17,30 8,00 480,00 1,517 26,246
29,96 -8,00

PERDA DE CARGA FINAL DO SISTEMA 37,96

PRESSÃO MÁXIMA FORNECIDA PELA MOTO-BOMBA 61,00 23,04

PRESSÃO DE FUNCIONAMENTO 61,00


PORCENTAGEM DE UTILIZAÇÃO DE POTÊNCIA ATRAVÉS DO -RETORNO / MOTO BOMBA 62,24%
DESVIO PADRÃO VAZÃO NOMINAL DEVE SER < 25% - 37,76%
TUBULAÇÃO MUNICÍPIO DATA
RESPONSÁVEL TÉCNICO OBSERVAÇÕES
MATERIAL RESISTÊNCIA DIZIELY CAROLINA ROCHA DE RE
CASCAVEL - PR jan/17 PARADA DO JEANS
(kgf/cm²) F.G. 18,00 ARQUITETA CAU-PR A53772-1

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