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ANÁLISE

FLUVIOMÉTRICA
DA BACIA DO
RIBEIRÃO DOS
MANGUES

NOVA ROSALÂNDIA - TO
2021

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS


CAMPUS DE PALMAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
HIDROLOGIA APLICADA
EQUIPE RESPONSÁVEL:

CAIO VIEIRA VALADARES

JEIEL CORREIA DO NASCIMENTO

LUCAS EDUARDO MARQUES OLIVEIRA

PAULO HENRIQUE CONCEIÇÃO SOUSA

PEDRO GUILHERME ALVES SILVA


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA BACIA HIDROGRÁFICA ............................................ 6
3. ESTAÇÃO DE APOIO ........................................................................................................... 8
4. CÁLCULO DAS VAZÕES................................................................................................... 11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 13
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi proposto pela disciplina de Hidrologia Aplicada à


Engenharia Civil e tem como objetivo a delimitar a secção, que é a foz da bacia,
delimitação e a caracterização da bacia que banha o município de Nova Rosalândia,
localizado a uma latitude 10º34’00’’ sul, a uma longitude 48º54’51’’ oeste e está a uma
altitude de 255 m. A cidade possui uma área de 516,31 km² e encontra-se a 108 km da
capital Palmas. Limita-se ao norte com os municípios de Pugmil e Paraíso do Tocantins; ao
sul com Oliveira de Fátima a leste com Porto Nacional e a oeste com Cristalândia e Pium.
A região apresenta clima quente, semiúmido, com temperatura média anual
variando entre 12 e 42 graus. Os meses mais quentes são os de setembro e outubro e os
mais frios os de junho e julho. Seus principais cursos d’água são: o Perdizes e o Mangues.
De acordo com o Censo Demográfico de 2010, a população do município era igual a 3.770
habitantes. Com 65,46% das pessoas residentes em área urbana e 34,54% em área rural. A
secção de interesse é a foz da bacia. O Mapa 1 mostra o estado do Tocantins, bem como a
localização de Palmas e do município de Nova Rosalândia.

Mapa 1: Estado do Tocantins.

Fonte: Acervo pessoal.

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A Imagem 1 mostra a imagem de satélite de Nova Rosalândia, obtida através do
GoogleEarth.

Imagem 1: Imagem do satélite Fonte: Google Earth.

De posse disso, o Mapa 2 apresenta a bacia do Ribeirão dos Mangues localizada no


Estado do Tocantins e que envolve o município de Nova Rosalândia – TO.

Mapa 2: Localização da Bacia do Ribeirão dos Mangues no estado do Tocantins.

Fonte: Acervo Pessoal.

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2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA BACIA HIDROGRÁFICA

Para a inicialização desta etapa, foi feito o mapa de dados da declividade da área da
região através do comando SLOPE e posteriormente, o recorte para a área da Bacia.
A partir disso foi aberta a tabela de atributos da hidrografia e adicionado campos
para a coleta dos seguintes dados físicos da bacia: área, perímetro, comprimento total dos
rios, densidade de drenagem, coeficiente de compacidade, declividade média e altitudes
máxima, média e mínima. Em seguida foram feitos os cálculos geométricos de forma
automática através da tabela de atributos de cada campo desejável, exceto o coeficiente de
compacidade, que precisou ser calculado de forma não automática através da calculadora
de campo, o mesmo fica disponível no ArcGis, na tabela de atributos. O Mapa 3 apresenta
a declividade da bacia.

Mapa 3: Declividade da bacia.

Fonte: Acervo pessoal.

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Com isso, foi possível coletar os dados físicos da bacia, conforme exposto na Tabela 1
a seguir.

Tabela 1: Características físicas da bacia.

Área Perímetro Comp. Densidade de Drenagem Coeficiente de Declividade


(Km²) (Km) Total (Km/Km²) Compacidade Média (%)
(Km)

2819,41 346,29 394,95 0,14 1,82 6,88

Fonte: Acervo Pessoal.

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3. ESTAÇÃO DE APOIO

Durante o processo de escolha da estação de apoio, foram selecionadas estações para


utilização (Mapa 4). E com isso foi escolhida a estação que obteve os dados necessários para
a análise. Foram seguidos os critérios de verificação de cursos d’água dentro da bacia e
nenhuma obteve dados necessários para a análise. Os dados foram trazidos da estação de
apoio para a secção de interesse comparando a área de drenagem.
Com isso foi visto se havia estação dentro dos cursos d’água da Bacia do Ribeirão dos
Mangues (com resultado negativo) e posteriormente foi procurado na bacia estudada e na
bacias vizinhas. O melhor resultado de dados de vazão foi na Bacia do Rio Formoso, a
sudoeste de Palmas. A mesma está inserida na Tabela 2.

Tabela 2: Caracterização da Estação.


Código Nome Latitude Longitude Altitude Area
(m) (km²)
26730000 PROJETO RIO FORMOSO -11,8392 -49,7711 192 9040

Fonte: HidroWeb.

Mapa 4: Bacia do Rio Formoso.

Fonte: Acervo pessoal.

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Os dados da Estação de Apoio, foram inseridos com o apoio do HidroWeb e o período
base de dados analisados da estação foi de aproximadamente 16 anos. Utilizando o ArcMap, a
área de drenagem foi distante dos dados fornecidos pelo HidroWeb, mas a área de drenagem,
utilizada nos cálculos foi de 5334,95 km² como mostra a Tabela 3.

Tabela 3: Caracterização da Estação.


26730000
Qmld 96,7 mᶟ/s
Qmax 10 1087,35 mᶟ/s
Qmax 50 1176,26 mᶟ/s
Qmax 100 1176,26 mᶟ/s
Qmax 1000 1443,85 mᶟ/s
Q95 1,399 mᶟ/s
Q90 1,573 mᶟ/s
Área 5334,95 km²

Fonte: Acervo Pessoal.

Onde:
Qmld – Vazão média de longa duração
Qmax10 – Vazão máxima em 10 anos
Qmax50 – Vazão máxima em 50 anos
Qmax100 – Vazão máxima em 100 anos
Qmax1000 – Vazão máxima em 100 anos
Q90 – 90% da vazão mínima
Q95 – 95% da vazão mínima

Nesta etapa a partir da divisão das vazões características pela área da estação foi
realizado o cálculo das vazões específicas que ficaram de acordo com a Tabela 4.

Tabela 4: Vazões Específicas.


Vazões Específicas
qmld 0,018126 mᶟ/s.km²
qmax 10 0,203816 mᶟ/s.km²
qmax 50 0,220482 mᶟ/s.km²
qmax 100 0,220482 mᶟ/s.km²
qmax 1000 0,270640 mᶟ/s.km²
q95 0,000262 mᶟ/s.km²
q90 0,000295 mᶟ/s.km²
Fonte: Acervo Pessoal.

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O Gráfico 1, mostra a estimativa dos eventos da vazão máxima da estação de opoio,
contendo o período de retorno de 0 até 1000 anos.

Gráfico 1: Estimativa de Eventos da Vazão Máxima

Vazão máxima X Período de Retorno


2500

2000

1500

1000

500

0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Período (Anos)
evento

Fonte: Acervo Pessoal.

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4. CÁLCULO DAS VAZÕES

Em seguida foi multiplicado o valor de cada vazão específica pela área da seção de
interesse, dessa forma fazendo a regionalização das vazões, conforme Tabela 5.

Tabela 5: Vazões na Seção De Interesse.


Seção de Interesse
Qmld 51,10 mᶟ/s
Qmax 10 574,64 mᶟ/s
Qmax 50 621,63 mᶟ/s
Qmax 100 621,63 mᶟ/s
Qmax 1000 763,04 mᶟ/s
Q95 0,74 mᶟ/s
Q90 0,83 mᶟ/s
Área 2819,41 km²

Fonte: Acervo Pessoal.

Onde:
Qmld – Vazão média de longa duração
Qmax10 – Vazão máxima em 10 anos
Qmax50 – Vazão máxima em 50 anos
Qmax100 – Vazão máxima em 100 anos
Qmax1000 – Vazão máxima em 100 anos
Q90 – 90% da vazão mínima
Q95 – 95% da vazão mínima

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos dados analisados, é possível concluir que a bacia pode ser utilizada para
a captação de água, apresenta uma condição aceitável para a outorga do direito de uso de
recursos hídricos com base no Decreto Estadual 2432/2005, segundo o mesmo, a utilização
fica sujeita a 75% do Q90 (90% da vazão mínima) da Bacia. Na Bacia do Ribeirão dos
Mangues, a outorga só será aceita se o consumo for menos ou igual a 0,20m³/s.
Outro ponto que podemos trazer em questão é que a variação da vazão do Ribeirão
dos Mangues é totalmente relacionada à variação do índice pluviométrico na região da Bacia,
uma vez que, nos meses em que ocorre uma maior incidência de chuvas a vazão do rio
aumenta proporcionalmente, tal relação também ocorre nos períodos de menor incidência de
chuvas.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HIDROLOGIA Aplicada. Intérprete: Felipe de Azevedo Marques. Gravação de Felipe


Marques. Brasil: [s. n.], 2021. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=P7
dZqbaojaU&list=PL_a- zysfZt 9z_ qB2bTnAW4TtdgtJzvvdq. Acesso em: 3 ago. 2021.

PREFEITURA DE NOVA ROSALÂNDIA (Tocantins). Sobre a cidade: História. In: Nova


Rosalândia. [S. l.], 17 jul. 2021. Disponível em: https://novarosalandia.to.gov.br/cidade/.
Acesso em: 1 ago. 2021.

BRASIL. Decreto nº 2432, de 6 de junho de 2005. Regulamenta a outorga do direito de uso de


recursos hídricos de que dispõe os artigos 8o , 9o e 10 da Lei 1.307, de 22 de março de 2002.
DECRETO No 2432, de 6 de junho de 2005. Palmas, 2005.

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ANÁLISE
FLUVIOMÉTRICA
DA BACIA DO
RIBEIRÃO DOS
MANGUES

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2021

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS


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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
HIDROLOGIA APLICADA

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