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MEMORIAL DE CÁLCULO
PROJETO DE MICRODRENAGEM DO CAMPUS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
SÃO CRISTÓVÃO – SE
2023
CLARA MARTINS FERREIRA
FELIPE ALMEIDA MARQUES
MAYSA STHEFANY RABELO OLIVEIRA
MEMORIAL DE CÁLCULO
PROJETO DE MICRODRENAGEM DO CAMPUS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
SÃO CRISTÓVÃO – SE
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
2 CONCEPÇÃO DO PROJETO ........................................................................................... 4
3 ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO .......................................................................................... 5
4 DIMENSIONAMENTO DA DRENAGEM URBANA NO CAMPUS ........................... 5
4.1 INTENSIDADE ............................................................................................................. 5
4.2 VAZÃO DE PROJETO ................................................................................................ 6
4.3 COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL DIRETO ............................ 7
5 SARJETAS ........................................................................................................................... 8
5.1 CAPACIDADE HIDRAÚLICA ................................................................................... 8
6 BOCAS DE LOBO............................................................................................................. 10
7 GALERIAS......................................................................................................................... 11
7.1 TEMPO DE PERCURSO NO TRECHO.................................................................. 12
7.2 DIÂMETRO NO TRECHO ....................................................................................... 12
7.3 VELOCIDADE EM SEÇÃO PLENA ....................................................................... 13
8 POÇOS DE VISITA .......................................................................................................... 15
8.1 DIMENSÕES DO POÇO DE VISITA ...................................................................... 15
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 17
ANEXO A ................................................................................................................................ 18
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1 INTRODUÇÃO
Este memorial tem como objetivo dimensionar o sistema de microdrenagem de águas
pluviais de uma bacia hidrográfica, localizada em uma região do Campus São Cristóvão –
Universidade Federal de Sergipe (UFS), apresentando todas as justificativas e considerações
realizadas durante o dimensionamento, garantindo a segurança e o bem estar da população nos
períodos de chuva.
2 CONCEPÇÃO DO PROJETO
Inicialmente, delimitou-se uma bacia hidrográfica com uma área de aproximadamente
90.000m². A Figura 01, destaca a região descrita, com isso, é possível notar que a área de estudo
possui regiões com áreas verdes, como também outras áreas asfaltadas e algumas edificações,
fazendo com que a necessidade de drenagem aumente, visto que a bacia irá possuir um baixo
teor de infiltração. Além disso, grande parte das vias do Campus é composta de paralelepípedos
graníticos rejuntados com argamassa e não apresentam um alto fluxo de veículos.
Vale ressaltar, que a partir da observação de alguns trechos de vias da bacia, notou-se que
apresentavam declividades muito baixas, o que resulta em velocidades de escoamento
pequenas, menor possibilidade de inundação e um menor custo de manutenção.
Figura 01 – Área de estudo.
Fonte: Cliente.
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3 ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO
4 DIMENSIONAMENTO DA MICRODRENAGEM
4.1 INTENSIDADE
𝟏𝟎𝟗𝟐, 𝟐𝟐 ∙ 𝑻𝟎,𝟏𝟗𝟔
𝒊=
(𝒕 + 𝟗, 𝟑𝟐)𝟎,𝟕𝟑𝟔
Onde:
𝑨𝑪 ∙ 𝑪𝒄 + 𝑨𝒗 ∙ 𝑪𝒗
𝑪=
𝑨𝑻
Onde:
A bacia em questão, trata-se de uma bacia com aproximadamente 90 km², e para calcular
a vazão de projeto, utilizou-se o Método Racional, que é válido para bacias com áreas menores
que 2 km² ou com tempos de concentração menores que 1 hora, seguindo alguns requisitos,
como: a intensidade da chuva é constante e sua duração é igual ao tempo de concentração (tc =
td) e que as condições de permeabilidade são constantes durante todo processo chuvoso.
𝑸𝒑 = 𝟎, 𝟐𝟕𝟖 ∙ 𝑪 ∙ 𝒊 ∙ 𝑨
Onde:
5 SARJETAS
𝟎, 𝟑𝟕𝟔
𝑸= ∙ 𝒁 ∙ 𝒚𝟐,𝟔𝟕
𝟎 ∙ 𝑺𝟎,𝟓
𝟎
𝒏
Onde:
Z = 1/𝑆𝑥 (m/m);
𝑪𝑴𝑶𝑵𝑻𝑨𝑵𝑻𝑬 − 𝑪𝑱𝑼𝑺𝑨𝑵𝑻𝑬
𝑺𝟎 =
𝑳𝑻𝑹𝑬𝑪𝑯𝑶
As bocas de lobo ou bocas coletoras, são dispositivos que tem a função de interceptar as
águas pluviais que escoam pela sarjeta e direcioná-las para as galerias, elas podem ser
localizadas sob o passeio ou sob a sarjeta.
I. Serão locadas nos pontos baixos das quadras e em ambos os lados da rua;
II. Recomenda-se adotar um espaçamento máximo de 40 metros entre as bocas de
lobo;
III. Nas esquinas, não se deve alocar as bocas de lobo nos vértices e sim em pontos
um pouco a montante da faixa de pedestre;
𝑸 = 𝟏, 𝟕𝟎𝟏 ∙ 𝑳 ∙ 𝒚𝟏,𝟓
Onde:
7 GALERIAS
• Nas mudanças de diâmetro, os tubos devem ser alinhados pela geratriz superior,
tal ligação é efetuada com caixa de ligação ou poço de visita;
• Nunca diminuir as seções de jusante;
• y/D máximo de 0,75;
• Recobrimento mínimo de 1,0 m e máximo de 4,00 m, sendo que para
recobrimentos menores ou maiores, as canalizações necessitam ser projetadas
com armadura. No projeto, adotou-se inicialmente 1,0 metro de recobrimento;
• Diâmetro mínimo de 400 mm.
Vale ressaltar, que as galerias foram locadas na via, com recobrimento de 1 metro,
verificando trecho por trecho, seguindo as cotas do projeto, mas em alguns trechos, devido a
possíveis declividades negativas, foi necessário fazer o rebaixamento da jusante do coletor na
maioria dos poços de visita. Adotou-se as declividades de acordo com a dimensão do tubo,
seguindo a Tabela 05.
Para calcular o diâmetro que água necessita para escoar a água, utiliza-se a equação de
Manning, e adota o valor do diâmetro comercial mais adequado.
1 𝑛 ∙ 𝑄 3/8
𝐷 = ∙( )
𝐾 √𝐼
Sendo que:
D = Diâmetro calculado (m);
Q = Vazão gerada pela área de contribuição (m³/s);
I = Declividade da galeria (m/m);
n = Coeficiente de rugosidade de Manning;
K = Coeficiente para canais circulares, obtido através da Tabela 06;
Para evitar que o escoamento da água em regime forçado e escoamento mais lento, adotou-se
um y/D igual a 0,75, resultando em um K = 0,624.
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𝟐 √𝑰
𝑽𝒑 = 𝟎, 𝟑𝟗𝟕 ∙ 𝑫𝟑 ∙
𝒏
Onde:
Ao encontrar um novo valor para y/D associando com o índice V/Vp, em que V se trata
da velocidade real de escoamento e Vp a velocidade de escoamento da seção plena.
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8 POÇOS DE VISITA
Por fim, o último elemento utilizado na microdrenagem, são os poços de visita, que são
caixas de alvenaria ou concreto (aduelas pré-moldadas), que une dois trechos consecutivos de
uma galeria e que podem receber condutos de conexões das bocas de lobo. São instaladas em
início, junção (cruzamento de ruas), mudanças de direção, mudança de declividade e seção,
mudança de material e em trechos muito longos da galeria, tendo uma distância máxima de
100m entre poços de visita consecutivos. Os poços de visitas foram locados onde há mudanças
de direção ou declividades entre as galerias.
REFERÊNCIAS
ABRITTA, L. M.., NOTAS DE AULA DE DRENAGEM URBANA. UFS, São Cristóvão,
2023.