Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Engenharia Civil

DEC – 2604
Obras Hidráulicas

Aula 05 – Hidrologia aplicada ao projeto

de obras hidráulicas

Profª Me. Bruna Forestieri Bolonhez

Bloco C67 – Sala 202

E-mail: bfbolonhez2@uem.br
Maringá
1
2023
Bacias Hidrográficas
Áreas de captação natural das precipitação, que faz convergir os
escoamentos para um único ponto de saída: o exutório.
Bacias Hidrográficas
Bacias Hidrográficas
Os divisores de água (linha de cumeada) de uma bacia hidrográfica
são o divisor superficial (topográfico) e o divisor freático
(subterrâneo)

A medida que o lençol freático sobe, tende ao divisor superficial;

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Tempo de concentração
O tempo de concentração é o tempo de viagem da gota de água ao
longo de todo o sistema de drenagem.
• Depende da distância total a ser percorrida e da velocidade
de escoamento
• Varia conforme as características das bacias (ex: cobertura e
tipo do solo, declividade, forma, comprimentos, etc. )

Usualmente é estimado com a análise das características

geomorfológicas da bacia, aplicando equações empíricas.

ATENÇÃO: A escolha pela equação deve considerar a

características das bacias utilizadas durante sua formulação!!!
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Tempo de concentração

Artigo “Desempenho de Fórmulas de

Tempo de Concentração em Bacias
Urbanas e Rurais” – Silveira, 2015.

ATENÇÃO: A escolha também é

influenciada pelos dados disponíveis e
as recomendações das legislações /
normas !!
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Equação de Kirpich
É uma estimativa do tempo de concentração de pequenas bacias.
(menores que 0,45 km²)
3 0,385 2 0,385
𝐿 𝐿
𝑡𝑐 = 57 OU 𝑡𝑐 = 57
Δh 𝑆
tc Tempo de concentração [min]
L Comprimento do curso de água principal
[km]
Δh Diferença de altitude ao longo do curso
principal [m]
S1 Declividade do canal principal [km/m]
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Equação de Watt & Chow

É uma estimativa do tempo de concentração de médias bacias.
(maiores que 0,45 km² e até 5840km²)
0,79
𝐿
𝑡𝑐 = 7,68 ∙ 0,5
𝑆
tc Tempo de concentração [min]
L Comprimento do curso de água principal
[km]
𝑆 Declividade do canal principal [m/m]
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Equação de Corps Engineers

É uma estimativa do tempo de concentração para grandes bacias
rurais (<12.000km²)
0,76
𝐿
𝑡𝑐 = 11,46 0,19
𝑆
tc Tempo de concentração [min]
L Comprimento do curso de água principal
[km]
𝑆 Declividade do canal principal [m/m]
Precipitação
Toda água proveniente do vapor de água da atmosfera depositada na
superfície terrestre na forma de chuva, granizo, neve, neblina,
orvalho ou geada.
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Curva IDF
As grandezas que caracterizam as
precipitações máximas:
• Intensidade (I)
• Duração (D)
• Frequência (F)
São relacionadas com o
traçado de curvas intensidade-
duração-frequência (IDF).

ATENÇÃO: Podem ser

representadas na forma gráfica
ou equações.
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Curva IDF
As grandezas que caracterizam as
precipitações máximas:
• Intensidade (I)
• Duração (D)
• Frequência (F)
São relacionadas com o
traçado de curvas intensidade-
duração-frequência (IDF).
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Curva IDF
𝑘∙𝑇 𝑎
i=
𝑡+𝑏 𝑐
i Intensidade da precipitação [mm/hora]
K,a,b,c Parâmetros físicos da curva IDF para o local
T Tempo de retorno [anos]
t Duração [min]

Maringá Rio de Janeiro Fortaleza

2085 ∙ T 0,213 99,154∙𝑇 0,217 506,99∙𝑇 0,18
i= i= i=
t + 10 1,09 𝑡+26 1,15 𝑡+8 0,61
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Curva IDF
Software Pluvio 2.1

http://www.gprh.ufv.br/?
area=softwares
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Como baixar o pluvio

1º) Colar o caminho na barra de endereço do seus arquivos de programas
ftp://ftp.ufv.br/dea/GPRH/Pluvio/

2º) Copiar o arquivo de instalação para a sua área de trabalho ou outra pasta

3º) Instalar o programa

Precipitação média na bacia
Métodos de determinação da precipitação média sobre uma bacia:
• Método aritmético
• Método dos polígonos de Thiessen ou do vizinho mais próximo
• Método das Isoietas.
Precipitação de Projetos
Em projetos hidráulicos, frequentemente é necessário calcular a vazão máxima
em um determinado rio a partir de informações de chuvas intensas.
• Para isto são gerados cenários com eventos de chuva idealizados,
denominadas chuvas de projeto.
• As curvas IDF podem ser usadas para gerar chuvas de projeto, a
partir da obtenção de valores de precipitação em intervalos de tempo
menores do que a duração total da chuva.
Vazões de Enchente
Dada a maior facilidade de obtenção de dados de precipitação,
procurou-se desenvolver métodos para obtenção de valores de
vazão a partir de informações pluviométricas
• Geralmente, busca-se a determinação da vazão que é
resultado de uma chuva intensa capaz de produzir enchente
no curso d’água;
• Dessa forma, as vazões de projeto são normalmente
definidas a partir de modelos chuva-vazão, com base em uma
tormenta de projeto;

A obtenção da vazão de projeto passa pela análise criteriosa do

escoamento superficial, que inclui a determinação da vazão de
pico, o volume, e a forma do hidrograma bem como o período
de retorno associado a estes valores.
9. Vazões de Enchente
Diferentes modelos buscam relacionar a precipitação de projeto e as
vazões superficiais produzidas.
• Fórmulas Empíricas
• Método Racional
• Método I PAI WU
• Método do Hidrograma Unitário
• Métodos Estatísticos
• Simulação hidrológica por modelos conceituais de precipitações
máximas obtidas por métodos hidrometeorológicos.

Em muitos dos modelos chuva-vazão, a distribuição espacial-temporal da chuva

não é considerada e, nos estudos de drenagem urbana usualmente admite-se que a
precipitação seja homogênea em toda a bacia.
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Método Racional
Considera a duração da precipitação em uma bacia de drenagem
com área recebendo uma precipitação de intensidade com duração
igual ao tempo de concentração da bacia

𝑄 =𝐶∙𝑖∙𝐴
O coeficiente de escoamento C é
a razão entre o volume escoado
e o volume precipitado sobre
determinada superfície.
Valores de são empiricamente
determinados e correspondem a várias
condições de superfície na bacia de
drenagem
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Método Racional
Coeficiente de escoamento superficial
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Método Racional
Coeficiente de escoamento superficial
Hidrogramas
Representação gráfica da evolução da vazão ao longo do tempo
Hidrogramas
Representação gráfica da evolução da vazão ao longo do tempo
Hidrograma Unitário
É um hidrograma com um volume unitário de escoamento
superficial direto (ESD) resultante de uma chuva de duração
unitária, de intensidade constante, uniformemente distribuída sobre
uma bacia contribuinte.
Convolução
A convolução é o processo em que hidrograma de escoamento
direto resultante de um hietograma completo é calculado ao aplicar
um hidrograma unitário para cada intervalo de tempo discreto
dentro do hietograma.
30
20
P2
10 P1
P3
0
30 60 90 min

HU
Hidrograma unitário sintético
Os hidrogramas unitários sintéticos são usados quando não existem
dados que permitam estabelecer o hidrograma unitário.

• Área
• Declividade Parâmetros como:
• Forma da bacia • Tempo de pico
• Densidade de drenagem • Tempo de base
• Parâmetros hidráulicos
e redes de drenagem • Vazão de pico.

Os métodos de determinação do hidrograma unitário sintético se baseiam

na determinação do valor de algumas características do hidrograma
• Hidrograma Unitário Sintético de Snyder
• Hidrograma Unitário Sintético do NRCS (SCS)
Hidrograma unitário sintético
Os hidrogramas unitários sintéticos são usados quando não existem
dados que permitam estabelecer o hidrograma unitário.

• Área
• Declividade Parâmetros como:
• Forma da bacia • Tempo de pico
• Densidade de drenagem • Tempo de base
• Parâmetros hidráulicos
e redes de drenagem • Vazão de pico.

Os métodos de determinação do hidrograma unitário sintético se baseiam

na determinação do valor de algumas características do hidrograma
• Hidrograma Unitário Sintético de Snyder
• Hidrograma Unitário Sintético do NRCS (SCS)
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Método Racional
Hidrograma aproximado

𝑸𝒑𝒊𝒄𝒐 ∙ 𝟐 ∙ 𝒕𝒄 𝑸𝒑𝒊𝒄𝒐 ∙ 𝟑 ∙ 𝒕𝒄
𝑽𝒆 = 𝑽𝒆 =
𝟐 𝟐
Original Comum na literatura
Hidrograma unitário sintético
HIDROGRAMA NRCS (SCS)

𝑡𝑙𝑎𝑔 = 0,6 ∙ 𝑡𝑐
t e = 0,1333 ∙ 𝑡𝑐
𝑡𝑒
𝑡𝑎 = + 𝑡𝑙𝑎𝑔
2
𝑡𝑏 = 2,67 ∙ 𝑡𝑎
ta – é o tempo de ascensão (h) ta 1,67 x ta

tR - é tempo de retardo (h)

tc – é o tempo de concentração (h)
tB – é o tempo de base (h)
Hidrograma unitário sintético
HIDROGRAMA NRCS (SCS)

2 ∙ 𝑉𝑒𝑠𝑑
𝑄𝑝 =
2,67 ∙ 𝑡𝑎
𝑉𝑒𝑠𝑑 = 𝐴 ∙ 𝑃𝑒𝑓

ta 1,67 x ta