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Dimensionamento Hidráulico do Córrego DALV-08 no

Município de São Bernardo do Campo, São Paulo


Vitor Rossi Viana - RA: 159.101
Pós Graduação em Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Energia
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo/UNICAMP

Resumo

Abstract

Introdução As Figuras 1 e 2 a seguir apresentam, respectivamente, a


delimitação da bacia hidrográfica e a localização em planta
Os conhecimentos relativos às técnicas de do final do trecho aberto a montante a canalização.
dimensionamento de canais permitiram ao homem domínio
As Figuras 3 e 4 são fotos da margem do córrego onde
do escoamento do deflúvio superficial natural e artificial, e
estão evidenciados os problemas de solapamento das
sua aplicação possibilitou expansão sua forma de ocupação
margens.
do espaço terrestre. O dimensionamento hidráulico de
canais se propõe a definir uma estrutura capaz de
transportar o escoamento, por meio de uma seção
geométrica a partir de suas características principais, a fim
de que não se tenha qualquer extravasamento de sua calha
para uma vazão de projeto de um período de retorno pré-
estabelecido.

Objetivo
Este estudo tem como objetivo aplicar os conceitos teóricos
da hidráulica de canais em escoamento uniforme para o
dimensionamento da canalização do Córrego DALV-08,
localizado em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Ao final, pretende-se comparar os resultados alcançados
com os obtidos por simulação computacional executada
pelo Software HEC-RAS.

Descrição da área de estudo


Canal
O Córrego DALV-08, objeto de análise deste estudo, está
Fechado
inserido na bacia hidrográfica do Ribeirão dos Alvarenga.
Possui aproximadamente 1.450 m de extensão total, área de
drenagem com cerca de 1,004 km², dos quais, 1.267 m são
percorridos em leito natural drenando uma área de 0,94km². Figura 1 - Área de drenagem do Córrego DALV-08
Área esta que representa a maior parcela da bacia,
caracterizada pela vegetação abundante com porções de
ocupação urbana.
Em seus últimos 170m com seção aberta, observa-se a
construção de um muro de gabião para a contenção de suas
margens, lançamentos de microdrenagem e esgoto
doméstico in natura.
No início do trecho urbanizado o Córrego DALV-08 é
canalizado por meio de três tubulações com diâmetro de
1500mm. Segue paralelo à Rua Cachoeiro do Itapemirim,
cruza as duas faixas da Estrada dos Alvarenga até
desembocar no Ribeirão dos Alvarenga. Neste percurso a
área de drenagem adicional é de aproximadamente
0,03km².
O Córrego DALV-08 apresenta pontos de solapamento de
sua margem direita, próximo ao emboque da canalização,
além de ter sido constatado por estudos anteriores, que as
tubulações que veiculam a vazão até o Ribeirão dos
Alvarenga estão subdimensionadas para vazões com
períodos de recorrência maiores ou iguais a 100 anos.

1
O Córrego DALV-08 é responsável por coletar os
MURO DE
GABIÃO lançamento de microdrenagem local e destina-los até o
Ribeirão dos Alvarenga, que é curso principal da bacia e
destina suas águas à Represa Billings.
Tratando-se de um córrego, evidencia-se assim um sistema
de macrodrenagem o que requer projetos para vazões com
período de retorno de 25 a 100 anos.
O estudo possui como partida a definição dos principais
parâmetros hidrológicos.
Inicialmente calculou-se o Tempo de Concentração da
bacia até o ponto de emboque das três GAPs de 1,50m.
MARGEM Segundo Resolução do DAEE (INSTRUÇÃO DPO Nº 002,
DIREITA COM de 30/07/2007), o tempo de concentração (tc) deverá ser
EROSÃO
determinado a partir da seguinte fórmula:
0,385
L3
tc=0,95∙ ( ) [𝑚𝑖𝑛] (1)
∆h

tc: tempo de concentração em minutos, L: comprimento do


Figura 2 - Localização em planta talvegue em km e ∆h: desnível máximo em m.
Observa-se inclusive que a erosão se apresenta Para a determinação da intensidade de precipitação será
aparentemente estabilizada, porém não há cobertura utilizada a equação intensidade-duração-frequência
vegetal, o que pode agravar a situação com as próximas proposta por Martinez e Magni (1999) para a cidade de São
incidências pluviais. Outro fator agravante é a proximidade Paulo:
do curso d’água com a rua. 𝑖𝑡,𝑇 = 39,3015 ∙ (𝑡𝑐 + 20)−0,9228 + 10,1767 ∙
𝑇𝑟
(𝑡𝑐 + 20)−0,8764 ∙ [−0,4653 − 0,8407 ∙ ln ln ( )] (2)
𝑇𝑟−1

i: intensidade da precipitação em mm/min, t: tempo de


duração da chuva em minutos e Tr: período de retorno em
anos.
A vazão de projeto foi calculada, sendo considerado o
coeficiente de deflúvio (runoff) ponderado pela área e tipo
de cobertura.
1
C = (C1 ∙ A1 + C2 ∙ A2 + ⋯ + Cn ∙ An ) (3)
A

A Tabela 1 abaixo apresenta os valores a serem adotados de


coeficiente de runoff.
Tabela 1 - Coeficiente de runoff
ZONAS C
Edificação muito densa:
0,70 a
Figura 3 - Erosão próximo a via Partes centrais densamente construídas de uma
0,95
cidade com ruas e calçadas pavimentadas
Edificação não muito densa:
0,60 a
Partes adjacentes ao centro de menor densidade de
0,70
habitações, mas com ruas e calçadas pavimentadas
Edificação com poucas superfícies livres:
0,50 a
Partes residenciais com construções cerradas ruas
0,60
pavimentadas
Edificação com muitas superfícies livres:
0,25 a
Partes residenciais tipo Cidade Jardim, ruas
0,50
macadamizadas ou pavimentadas.
Subúrbios com alguma edificação:
0,10 a
Partes de arrabaldes e subúrbios com pequena
0,25
densidade de construções
Matas, parques e campos de esporte:
Partes rurais, áreas verdes, superfícies arborizadas, 0,05 a
parques ajardinados, campos de esporte sem 0,20
pavimentação

Definidos os principais parâmetros, aplica-se o método


Figura 4 - Margem com erosão e sem cobertura vegetal
Racional, apresentado na equação a baixo para a definição
da vazão de projeto.
C∙i∙A
Qp = [m3 /s] (4)
Metodologia 6

Qp: vazão de projeto, em m³/s, C: coeficiente de runoff, i:


Estudos Hidrológicos intensidade da precipitação, em mm/min e A: área de
drenagem em ha.

2
b Z
Estudos Hidráulicos
ψ= τ=Q∙Z∙√ 5 (6)
Z∙yc g∙b
O dimensionamento hidráulico será proposto objetivando a b: largura inferior do canal em m, Z: inclinação do taludo,
conservação do Escoamento Permanente Uniforme. yc: altura crítica em m, Q: vazão em m³/s e g: aceleração da
O desenvolvimento do estudo em serão definidos e gravidade em m/s².
parâmetros e dimensionamentos será dividido em três
etapas. A primeira corresponderá ao trecho de canal aberto,
o segundo ao trecho de canal fechado e o último à transição
entre eles.

Etapa I – Canal Aberto


Para este trecho busca-se o dimensionamento de uma seção
com geometria trapezoidal, entendendo-se que resultará em
menor escavação e aterramento, tendo em vista a atual
formação do canal natural existente.
Tendo-se definida a vazão de projeto (Qp), declividade do
trecho (Io), largura de fundo (b), inclinação do talude (Z) e
o material que será composta suas paredes, obtém o valor
da altura d’água normal a fim de compará-la com a altura
Figura 5 – Altura crítica em canais trapezoidais (Porto 1998)
crítica.
Obtém-se a altura normal partindo da seguinte equação:
Etapa II – Canal Fechado
n∙Q
K2= (5) Para este trecho busca-se o dimensionamento de uma seção
b 8⁄3 ∙√I0
com geometria retangular, entendendo-se que resultará em
Q: vazão em m³/s, n: coeficiente de Manning, b: largura da menor escavação e aterramento, tendo em vista a atual que
base e I0: declividade do fundo do canal. será respeitado o traçado original, onde estão assentadas as
tubulações com diâmetro de 1,50m e seu recobrimento.
Consultando-se a seguinte tabela, obtém-se o valor de y0/b.
Tendo-se definida a vazão de projeto (Qp), declividade do
Tabela 2 - Relação para altura d'água normal (Porto 1998) trecho (Io), largura (B) e o material que será composta suas
paredes, obtém o valor da altura d’água normal a fim de
compará-la com a altura crítica.
Obtém-se a altura normal a partir da Fórmula de Manning:
Rh2 3 ∙A∙√I0

Q= (7)
n
Q: vazão em m³/s, Rh: raio hidráulico e m, A: área molhada
em m², I0: declividade do fundo do canal e n: coeficiente
de Manning
A fim de se obter a altura crítica aplica-se a equação que
segue.
3 q2
yc =√ (8)
g

yc: altura crítica em m, q: vazão específica (Q/B) m³/s/m e


g: aceleração da gravidade em m/s².

Etapa III – Transição: Canal Aberto → Canal Fechado


A definição do dimensionamento da transição foi realizada
seguindo as orientações definidas por Henderson (1966),
que afirma que transições com a relação das larguras b2/b1
> 1,50, não produz perdas de carga consideráveis.
Recomenda-se ainda a transição tenha o comprimento 4
vezes maior que a diferença do aumento da largura da
Segundo Porto (1998) todas as conclusões relativas a
seção. Afirma ainda que a forma exata das paredes laterais
ocorrência de escoamento crítico em canais retangulares
não é uma questão de grande importância, desde que sejam
são igualmente válidas em canais de qualquer forma,
razoavelmente suaves e curvas sem cantos vivos.
contanto que não haja extravasamento de sua calha.
Porto apresenta uma série de gráficos definidos a partir de
expressões adimensionais em seu trabalho publicado junto
a Arcaro (40), que permite a análise do escoamento crítico
em canais trapezoidais.
Em função das informações pré-definidas, serão utilizadas
as seguintes expressões em conjunto do seu respectivo
gráfico formado, apresentado no Figura 5.

3
n∙Q 0,025∙23,88
K2= = = 0,216
b 8⁄3 ∙√I0 48⁄3 ∙√0,0047
E com o auxílio da Tabela 2, chega-se a uma altura d’água
esperada y0 = 1,44m.
Pelas relações adimensionais das Eq. 6 e pelo gráfico que
as correlaciona, chega-se ao seguinte:

Z 1
τ=Q∙Z∙√ 5 = 23,88∙1∙√ = 0,24
g∙b 9,81∙45

Pelo gráfico da Figura 5, ψ =2,80, logo,


Figura 6 - Transilção Canal Trapezoidal → Canal Retangular
b 4
ψ= → 2,80 = → yc = 1,43m
Z∙yc 1 ∙ yc
Simulação Computacional
Sendo y0 > yc →Caracteriza o escoamento como subcrítico
Para a simulação da capacidade hidráulica dos canais, (v0 < vc)
utilizou-se o programa computacional de simulações
hidráulicas HEC-RAS (Hydrologic Engineering Center –
River Analysis Center) desenvolvidos pelo U.S Army Etapa II – Canal Fechado
Corps Engineers. O dimensionamento do canal fechado requer uma pré-
definição da declividade do fundo, largura e altura da seção
e material que irá compor suas paredes e fundo (n de
Resultados Manning). Buscando uma velocidade compatível para o
escoamento em canal de concreto (V entre 3,5m/s e 6m/s) ,
Dados Utilizados
que não incida em um numero de Froude igual a 1.
A micro-bacia estudada possui área de drenagem Ad = • I0 = 0,0030 m/m – definido em função da velocidade e
1,004km², sendo 28% de ocupação urbana e 72% vegetada recobrimento.
e esta relação refletem em um coeficiente de runoff de 0,51.
• H = 1,2*y0 – altura do canal.
A extensão do talvegue principal é de 1.373m e a diferença
de cotas extremas iguais a 51m, com isso, o tempo de • B = 4,5m – largura do canal.
concentração da bacia é de 18,10 min. • n = 0,015 – revestimento de concreto.
A tabela apresentada a seguir traz os resultados finais da Obtendo-se a altura normal a partir da Fórmula de
obtenção das vazões de projeto. Manning:
Rh2⁄3 ∙A∙√I0
Q= → 23,88
Tabela 3 - Vazão de Projeto n
TR (anos i (mm/min) Qp (m³/s) ((4 ∙ y0 )⁄(4 + 2y0 ))2⁄3 ∙4∙𝑦0 ∙√0,0030
= → y0 = 1,54m
10 1.96 16,80 0,015
25 2.30 19,65
Pela Eq. 8, chega-se ao yc:
50 2.55 21,77
100 2.79 23,88 3 q2 3 (23,88⁄4,5)2
yc = √ = √ = 1,42m
g 9,81
Por ser tratar de abordagem à macrodrenagem, os
dimensionamentos hidráulicos serão apresentados para Sendo y0 > yc →Caracteriza o escoamento como subcrítico
vazão com TR100, logo, Qp=23,88m³/s. (v0 < vc)

Dimensionamento Etapa II – Transição


Etapa I – Canal Aberto Atendendo a critérios recomendados por Henderson (1966),
para cada 1m de expandido na transição, distancia-se a
O dimensionamento do canal aberto requer uma pré-
transição em 4m.
definição da declividade do fundo, largura do fundo,
inclinação do talude e material que irá compor suas paredes Pela relação indicada, a transição ocorreria em 2m, porém,
e fundo (n de Manning). a fim de se minimizar as perdas localizadas optou-se por
transicionar os canais distanciando-os em 10m.
• I0 = 0,0047 m/m – definido por levantamento
topográfico.
• Z = 1 – inclinação possível que permite o Simulação Computacional
encaixamento da seção.
Seguindo o mesmo procedimento aplicado no
• b = 4m – largura possível que permite o encaixamento dimensionamento teórico, executou-se as simulações
da seção. computacionais dividindo toda a canalização em 3 etapas e
• n = 0,025 – pedra com revestimento de argamassa. repetiu-se exatamente os mesmos dados pré-definidos
anteriormente.
Aplicando-se a Eq. 5, obten-se:

Simulação do Canal Aberto de Seção Trapezoidal

4
Tabela 4 – Resultado da Simulação do Canal Aberto Simulação do Canal Completo com Transição
Cota
Fund.
NA y0 Cota Cr.. Cota E. If Vel Fr A Figura 7 apresentada abaixo apresenta a seção localizada
Seção
no ponto médio entre o início e o fim de cada canalização.
(m) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s)
311.00 760.94 762.49 1.55 762.30 762.88 0.0048 2.81 0.82
306.25 760.92 762.47 1.55 762.86 0.0048 2.82 0.82
301.50 760.90 762.45 1.55 762.83 0.0049 2.82 0.82
296.75 760.88 762.42 1.54 762.81 0.0049 2.82 0.82 Q
292.00 760.85 762.4 1.55 762.79 0.0049 2.83 0.82
287.25 760.83 762.38 1.55 762.77 0.0049 2.83 0.83
282.50 760.81 762.36 1.55 762.74 0.0049 2.84 0.83
277.75 760.79 762.33 1.54 762.72 0.0050 2.84 0.83
273.00 760.77 762.31 1.54 762.70 0.0050 2.85 0.83
268.25 760.74 762.29 1.55 762.67 0.0050 2.85 0.83
263.50 760.72 762.27 1.55 762.65 0.0051 2.86 0.84
258.75 760.70 762.24 1.54 762.63 0.0051 2.87 0.84
254.00 760.68 762.22 1.54 762.60 0.0051 2.88 0.84
249.25 760.65 762.2 1.55 762.58 0.0052 2.89 0.85
244.50 760.63 762.18 1.55 762.56 0.0053 2.9 0.85
Figura 7 - Seção de Transição (230)
239.75 760.61 762.15 1.54 761.97 762.53 0.0054 2.92 0.86
235.00 760.59 762.13 1.54 761.94 762.49 0.0074 3.28 1.01 Ao realizar uma análise no perfil longitudinal do trecho de
transição, poderá ser observado que a alteração de seção
Observa-se para os pontos onde foram calculados, os yc são resultou em uma mudança no nível normal d’água.
iguais a 1,35m.

Simulação do Canal Fechado de Seção Retangular


Tabela 5 – Resultados da Simulação do Canal Fechado
Cota
NA y0 Cota Cr.. yc Cota E. If Vel Fr
Seção Fund.
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s)

225 760.55 762.09 1.54 761.98 1.43 762.7 0.0030 3.44 0.88

210 760.5 762.05 1.55 761.93 1.43 762.65 0.0030 3.44 0.88

195 760.46 762 1.54 761.89 1.43 762.61 0.0030 3.44 0.88

180 760.42 761.96 1.54 761.84 1.42 762.56 0.0030 3.44 0.88

165 760.37 761.91 1.54 761.8 1.43 762.52 0.0030 3.44 0.88
Q
150 760.33 761.87 1.54 761.75 1.42 762.47 0.0030 3.44 0.88

135 760.28 761.82 1.54 761.71 1.43 762.43 0.0030 3.44 0.88

120 760.23 761.78 1.55 761.66 1.43 762.38 0.0030 3.44 0.88

105 760.19 761.73 1.54 761.62 1.43 762.34 0.0030 3.44 0.88

90 760.15 761.69 1.54 761.57 1.42 762.29 0.0030 3.44 0.88


Figura 8 - Perfil Longitudinal - Região da Transição
75 760.1 761.64 1.54 761.53 1.43 762.25 0.0030 3.44 0.88

60 760.06 761.6 1.54 761.48 1.42 762.2 0.0030 3.44 0.88


Tabela 6 - Resultado da Simulação na Região da Transição
45 760.01 761.55 1.54 761.44 1.43 762.16 0.0030 3.44 0.88

30 759.96 761.51 1.55 761.39 1.43 762.11 0.0030 3.44 0.88 Cota
Fund.
NA y0 Cota Cr.. yc Cota E. If Vel Fr
15 759.92 761.46 1.54 761.35 1.43 762.07 0.0030 3.44 0.88 Seção
0 759.87 761.42 1.55 761.3 1.43 762.02 0.0030 3.44 0.88
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s)

Pelos resultados apresentado acima, observa-se que os 249 760.65 762.56 1.91 762.79 0.0022 2.13 0.57
resultados são muito próximos aos apresentados 245 760.63 762.55 1.92 762.77 0.0022 2.1 0.56
anteriormente.
240 760.61 762.54 1.93 762.76 0.0021 2.08 0.55

5
235 760.59 762.54 1.95 762.75 0.0020 2.06 0.54
230 760.57 762.34 1.77 762.73 0.0015 2.77 0.72
225 760.55 762.09 1.54 761.98 1.43 762.7 0.0030 3.44 0.88
220 760.53 762.08 1.55 761.95 1.42 762.68 0.0030 3.44 0.88
215 760.52 762.06 1.54 761.95 1.43 762.67 0.0030 3.44 0.88
210 760.5 762.05 1.55 761.93 1.43 762.65 0.0030 3.44 0.88

Conclusões
Pode-se concluir que tanto nos valores equacionados
quanto nos simulados, há convergência dos resultados
quando cada canal é avaliado distintamente.
A simples conexão dos trechos aberto e fechado, não
garante a manutenção do regime permanente uniforme,
visto que uma seção de controle, que neste caso é a
transição entre seções, influenciou o regime fluvial a
montante. Porém, devido à alteração de seção ter sido
projetada de forma suave, não há incidência de escoamento
turbulento caracterizado no regime torrencial.
Salienta-se a importância da ferramenta computacional nos
resultados obtidos, devido à complexidade embutida no
equacionamento da transição entre os canais com diferentes
declividades, rugosidades e geometria.

Referência Bibliográfica
DAEE (2006) Guia Prático para Projetos de Pequenas
Obras Hidráulicas;
HEC-RAS (2010) – River Análise Sistem – User’s Manual
HENDERSON, F.M. (1966). Open Channel Flow.
PORTO, R.M. (1998).Hidráulica Básica.
TUCCI, C.A. (1993). Hidrologia - Ciência e Aplicação.

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