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Resumo
Abstract
Objetivo
Este estudo tem como objetivo aplicar os conceitos teóricos
da hidráulica de canais em escoamento uniforme para o
dimensionamento da canalização do Córrego DALV-08,
localizado em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Ao final, pretende-se comparar os resultados alcançados
com os obtidos por simulação computacional executada
pelo Software HEC-RAS.
1
O Córrego DALV-08 é responsável por coletar os
MURO DE
GABIÃO lançamento de microdrenagem local e destina-los até o
Ribeirão dos Alvarenga, que é curso principal da bacia e
destina suas águas à Represa Billings.
Tratando-se de um córrego, evidencia-se assim um sistema
de macrodrenagem o que requer projetos para vazões com
período de retorno de 25 a 100 anos.
O estudo possui como partida a definição dos principais
parâmetros hidrológicos.
Inicialmente calculou-se o Tempo de Concentração da
bacia até o ponto de emboque das três GAPs de 1,50m.
MARGEM Segundo Resolução do DAEE (INSTRUÇÃO DPO Nº 002,
DIREITA COM de 30/07/2007), o tempo de concentração (tc) deverá ser
EROSÃO
determinado a partir da seguinte fórmula:
0,385
L3
tc=0,95∙ ( ) [𝑚𝑖𝑛] (1)
∆h
2
b Z
Estudos Hidráulicos
ψ= τ=Q∙Z∙√ 5 (6)
Z∙yc g∙b
O dimensionamento hidráulico será proposto objetivando a b: largura inferior do canal em m, Z: inclinação do taludo,
conservação do Escoamento Permanente Uniforme. yc: altura crítica em m, Q: vazão em m³/s e g: aceleração da
O desenvolvimento do estudo em serão definidos e gravidade em m/s².
parâmetros e dimensionamentos será dividido em três
etapas. A primeira corresponderá ao trecho de canal aberto,
o segundo ao trecho de canal fechado e o último à transição
entre eles.
3
n∙Q 0,025∙23,88
K2= = = 0,216
b 8⁄3 ∙√I0 48⁄3 ∙√0,0047
E com o auxílio da Tabela 2, chega-se a uma altura d’água
esperada y0 = 1,44m.
Pelas relações adimensionais das Eq. 6 e pelo gráfico que
as correlaciona, chega-se ao seguinte:
Z 1
τ=Q∙Z∙√ 5 = 23,88∙1∙√ = 0,24
g∙b 9,81∙45
4
Tabela 4 – Resultado da Simulação do Canal Aberto Simulação do Canal Completo com Transição
Cota
Fund.
NA y0 Cota Cr.. Cota E. If Vel Fr A Figura 7 apresentada abaixo apresenta a seção localizada
Seção
no ponto médio entre o início e o fim de cada canalização.
(m) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s)
311.00 760.94 762.49 1.55 762.30 762.88 0.0048 2.81 0.82
306.25 760.92 762.47 1.55 762.86 0.0048 2.82 0.82
301.50 760.90 762.45 1.55 762.83 0.0049 2.82 0.82
296.75 760.88 762.42 1.54 762.81 0.0049 2.82 0.82 Q
292.00 760.85 762.4 1.55 762.79 0.0049 2.83 0.82
287.25 760.83 762.38 1.55 762.77 0.0049 2.83 0.83
282.50 760.81 762.36 1.55 762.74 0.0049 2.84 0.83
277.75 760.79 762.33 1.54 762.72 0.0050 2.84 0.83
273.00 760.77 762.31 1.54 762.70 0.0050 2.85 0.83
268.25 760.74 762.29 1.55 762.67 0.0050 2.85 0.83
263.50 760.72 762.27 1.55 762.65 0.0051 2.86 0.84
258.75 760.70 762.24 1.54 762.63 0.0051 2.87 0.84
254.00 760.68 762.22 1.54 762.60 0.0051 2.88 0.84
249.25 760.65 762.2 1.55 762.58 0.0052 2.89 0.85
244.50 760.63 762.18 1.55 762.56 0.0053 2.9 0.85
Figura 7 - Seção de Transição (230)
239.75 760.61 762.15 1.54 761.97 762.53 0.0054 2.92 0.86
235.00 760.59 762.13 1.54 761.94 762.49 0.0074 3.28 1.01 Ao realizar uma análise no perfil longitudinal do trecho de
transição, poderá ser observado que a alteração de seção
Observa-se para os pontos onde foram calculados, os yc são resultou em uma mudança no nível normal d’água.
iguais a 1,35m.
225 760.55 762.09 1.54 761.98 1.43 762.7 0.0030 3.44 0.88
210 760.5 762.05 1.55 761.93 1.43 762.65 0.0030 3.44 0.88
195 760.46 762 1.54 761.89 1.43 762.61 0.0030 3.44 0.88
180 760.42 761.96 1.54 761.84 1.42 762.56 0.0030 3.44 0.88
165 760.37 761.91 1.54 761.8 1.43 762.52 0.0030 3.44 0.88
Q
150 760.33 761.87 1.54 761.75 1.42 762.47 0.0030 3.44 0.88
135 760.28 761.82 1.54 761.71 1.43 762.43 0.0030 3.44 0.88
120 760.23 761.78 1.55 761.66 1.43 762.38 0.0030 3.44 0.88
105 760.19 761.73 1.54 761.62 1.43 762.34 0.0030 3.44 0.88
30 759.96 761.51 1.55 761.39 1.43 762.11 0.0030 3.44 0.88 Cota
Fund.
NA y0 Cota Cr.. yc Cota E. If Vel Fr
15 759.92 761.46 1.54 761.35 1.43 762.07 0.0030 3.44 0.88 Seção
0 759.87 761.42 1.55 761.3 1.43 762.02 0.0030 3.44 0.88
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s)
Pelos resultados apresentado acima, observa-se que os 249 760.65 762.56 1.91 762.79 0.0022 2.13 0.57
resultados são muito próximos aos apresentados 245 760.63 762.55 1.92 762.77 0.0022 2.1 0.56
anteriormente.
240 760.61 762.54 1.93 762.76 0.0021 2.08 0.55
5
235 760.59 762.54 1.95 762.75 0.0020 2.06 0.54
230 760.57 762.34 1.77 762.73 0.0015 2.77 0.72
225 760.55 762.09 1.54 761.98 1.43 762.7 0.0030 3.44 0.88
220 760.53 762.08 1.55 761.95 1.42 762.68 0.0030 3.44 0.88
215 760.52 762.06 1.54 761.95 1.43 762.67 0.0030 3.44 0.88
210 760.5 762.05 1.55 761.93 1.43 762.65 0.0030 3.44 0.88
Conclusões
Pode-se concluir que tanto nos valores equacionados
quanto nos simulados, há convergência dos resultados
quando cada canal é avaliado distintamente.
A simples conexão dos trechos aberto e fechado, não
garante a manutenção do regime permanente uniforme,
visto que uma seção de controle, que neste caso é a
transição entre seções, influenciou o regime fluvial a
montante. Porém, devido à alteração de seção ter sido
projetada de forma suave, não há incidência de escoamento
turbulento caracterizado no regime torrencial.
Salienta-se a importância da ferramenta computacional nos
resultados obtidos, devido à complexidade embutida no
equacionamento da transição entre os canais com diferentes
declividades, rugosidades e geometria.
Referência Bibliográfica
DAEE (2006) Guia Prático para Projetos de Pequenas
Obras Hidráulicas;
HEC-RAS (2010) – River Análise Sistem – User’s Manual
HENDERSON, F.M. (1966). Open Channel Flow.
PORTO, R.M. (1998).Hidráulica Básica.
TUCCI, C.A. (1993). Hidrologia - Ciência e Aplicação.
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