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Capítulo 2
Método Racional
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Curso de Manejo de águas pluviais 2
Capítulo 2 -Método Racional
Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.com.br 3/8/12
SUMÁRIO
Ordem Assunto
2.1 Introdução
2.2 Considerações sobre o limite da área da bacia
2.3 Período de retorno
2.4 Intensidade da chuva
2.5 Tempo de concentração
2.6 Coeficiente C da fórmula Racional
2.7 Coeficiente de escoamento e vazão máxima em bacias urbanas (Tucci)
2.8 Equação do coeficiente
2.9 Estimativa do coeficiente de escoamento superficial da superfície permeável
2.10 Coeficiente de escoamento superficial de área impermeável
2.11 Coeficiente de escoamento superficial em função da área impermeável
2.12 Área impermeável em função da densidade
2.13 Coeficiente de escoamento superficial em função da densidade habitacional
2.14 Estimativa da área impermeável em macro-bacias urbanas
2.15 Análise de incerteza do método racional
2.16 Recomendações para o método racional
2.17 Relacionamento de C com CN
2.18 Coeficientes C do Método Racional
2.19 Hidrograma do Método Racional conforme Dekalb
2.20 Dimensionamento preliminar de reservatório de detenção pelo método de Aron e
Kibler, 1990
2.21 Dimensionamento de reservatório de detenção pelo Método Racional
27páginas
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Capítulo 2 -Método Racional
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2.1 Introdução
O método racional é um método indireto e foi apresentado pela primeira vez em 1851 por
Mulvaney e usado nos Estados Unidos por Emil Kuichling em 1889 e estabelece uma relação entre a
chuva e o escoamento superficial (deflúvio).
O nome método Racional é para contrapor os métodos antigos que eram empiricos e não eram
racionais.
É usado para calcular a vazão de pico de uma determinada bacia, considerando uma seção de
estudo.
Na Inglaterra Lloyd-Davies fez método semelhante em 1850 e muitas vezes o metodo
Racional é chamado de Metodo de Lloyd-Davies.
A chamada fórmula racional é a seguinte:
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Hietograma
Escoamento
Superficial
(m3/s)
Q
Hidrograma
Tempo
tc tc
Figura 2.2- O método racional tem escoamento triangular sendo tc o tempo para atingir o pico da vazão e 2tc o
tempo total de escoamento (Porto in Drenagem Urbana,1995).
O método racional deve ser aplicado somente em pequenas bacias ou seja com área de
drenagem inferior a 3km2 (300 ha) conforme (Porto, 1993) ou quando o tempo de concentração seja
inferior a uma hora.
Na Austrália é usado o Método Racional Probabilístico para pequenas bacias (25 km2) e
médias bacias (500 km2), onde são aferidos os coeficientes de escoamento superficial “C” ,
comparando-se o calculado e medido. Não possuímos tais estudos no Brasil.
Akan,1993 admite para o método racional área da bacia até 13 km2.
Adotamos 3km2 (três quilômetros quadrados) como limite máximo do Método Racional
conforme recomendação das “Diretrizes básicas para projetos de drenagem urbana no município de
São Paulo” elaborado em 1998 pela Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH).
O conceito de pequena, média e grande bacia é um conceito variável entre os hidrólogos. A
mesma bacia ser considerada pequena por um e considerada média por outro. Não existe portanto,
uma definição correta do que seja pequena, média e grande bacia.
Quando se aplicar o método racional, isto é, fazendo-se a síntese, não devemos nos esquecer
da análise de como o mesmo é baseado. As hipóteses do método racional são as seguintes:
a) toda a bacia contribui com o escoamento superficial e é porisso que o tempo de duração da
tormenta deve ser igual ou exceder ao tempo de concentração da bacia;
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Exemplo 2.1
Dada área da bacia A= 5ha, coeficiente de escoamento superficial C= 0,70 e intensidade da chuva
I= 50mm/h. Calcular a vazão de pico Q.
Q= C . I . A /360 = 0,70 x 50mm/h x 5ha/360= 0,49m3/s
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Sendo:
I= intensidade da chuva (mm/min);
t= tempo (min);
ln= logaritmo neperiano
T= período de retorno (anos), sendo T≤ 200 anos
Nota: observar que a Equação (2.2) não se aplica a T=1ano.
Conforme DAEE, 2005 as equações de Martinez e Magni estão definidas até período de
retorno de 200 anos mas, às vezes, pela ausência de outra equação, a extrapolação é feita para período
de retorno até 1.000 anos conforme Tabelas (2.2) e (2.3).
Dica: a Equação de Martinez e Magni de 1999 é a mais nova a ser usada na Região
Metropolitana de São Paulo.
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C1 . A1+C2 . A2 + C3 . A3 +...+ Ci . Ai
C= -------------------------------------------------------- (Equação 2.4)
A1+A2+ A3 +...+ Ai
Sendo:
C1 ,C2 ,C3 ,...Ci = coeficientes de escoamento superficial para as áreas A1+A2+ A3 +...+ Ai,
respectivamente;
A1,A2, A3,...Ai = áreas que possuem coeficientes C1 ,C2 ,C3 ,....Ci.
C=coeficiente de escoamento superficial obtido pela média ponderada efetuada.
Quando se tratar de área impermeável e área permeável é necessário muito cuidado na
aplicação da média ponderada, podendo a mesma nos levar a erros, pois muitas vezes somente a área
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impermeável fornece um valor bem superior a área permeável e a média irá enganar os resultados.
Isto é mostrado nas p. 108 e 109 de Akan, 1993.
O Exemplo (2.2) esclarecerá melhor.
Exemplo 2.2- O objetivo deste exercício é esclarecer como funciona o método racional.
Calcular a vazão máxima para período de retorno Tr=10anos, usando o método racional para
uma bacia com 12ha. A bacia superior é permeável e tem área de 5ha e C=0,2.
A bacia inferior é mais desenvolvida e tem área de 7ha e C=0,6. O tempo de concentração até
o ponto de controle considerando as duas bacias é de 30min. Considerando a existência de somente a
bacia inferior com 7ha, C=0,6 e tempo de concentração de 10min.
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2.7 Coeficiente de escoamento e vazão máxima em bacias urbanas (Tucci, RBRH 2000)
O prof. dr. Carlos E. M. Tucci apresentou um trabalho bastante interessante na Revista
Brasileira de Recursos Hídricos de janeiro/março de 2000, o qual iremos resumir.
(P- 0,2 . S) 2
Q = -------------------------- (Equação 2.6)
(P+0,8 . S)
Sendo:
Q= escoamento superficial (mm);
CN= número da curva de runoff que depende do tipo de solo e da característica da superfície;
S= potencial máximo de retenção após começar o runoff (mm).
P= altura pluviométrica total do evento (mm).
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Exemplo 2.3
Seja uma bacia com área de 0,36km2 (36ha) com tempo de concentração tc=16min obtido pelo
método cinemático. A área permeável é 30% do total. O número da curva CN para terrenos baldios é
CN=74. Calcular a vazão máxima de escoamento superficial considerando período de retorno de 50
anos.
Cálculo do armazenamento S
25400 25400
S= ------------- - 254 = ------------ - 254 = 89, 24mm
CN 74
Da Tabela (2.9) sendo a superfície impermeável de asfalto consideramos então que Ci= 0,95.
O valor de C é obtido pela média ponderada do valor de Cp para a superfície permeável e Ci
para a superfície impermeável, sendo Ai=0,70 e Ap=0,3 e At=1,0.
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C p . Ap + C i . Ai
C= -----------------------------
At
Então:
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0,1 0,14
0,2 0,23
0,3 0,32
0,4 0,41
0,5 0,50
0,6 0,59
0,7 0,68
0,8 0,77
Exemplo 2.4
Calcular o coeficiente de escoamento superficial para área impermeável de 70%. Usando a
equação de Schueler, 1987:
C=0,05 + 0,009 x70 = 0,68
Q = Q / Q
Então, o desvio padrão será:
Q = Q . Q
Supondo que a média . Q seja de 13m3/s teremos:
Q = 0,38 . 13 =5m3/s
Portanto, a vazão estará entre 8m3/s a 18m3/s
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5) De modo geral o método racional conduz a resultados de picos de vazão maiores que outros
métodos
6) Quando se precisar da hidrógrafa, isto é, da vazão de escoamento superficial variando com o
tempo, usar outro método, como o Método Santa Bárbara, Método do SCN ou Método de Denver
Tabela 2.14- Valores dos coeficientes C e os correspondentes CN conforme a cidade de Columbus, Ohio,
USA.
Coeficiente Número da curva CN Desvios
de runoff C %
y x
0,29 68 7
0,29 68 7
0,35 72 -1
0,44 77 -4
0,48 79 -4
0,48 79 -4
0,52 81 -4
0,56 83 -4
0,63 86 -2
0,63 86 -2
0,67 88 -2
0,70 89 -1
0,70 89 -1
0,70 89 -1
0,75 91 0
0,77 92 0
0,83 94 2
0,85 95 2
0,94 98 5
Fonte: adaptado de Stormwater Drainage Manual da cidade de Columbus, março 2006.
Seria importante para o Brasil que se fizessem pesquisas a respeito da relação entre o
coeficiente de runoff C e o número da curva CN, pois o que fizemos foi somente mostrar que já estão
sendo pesquisadas tais relações.
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Exemplo 2.9
Aplicação do hidrograma de Dekalb
Tabela 2.1- Aplicação do hidrograma de Dekalb
t Q
3
t/tc Q/Qp Q/Qp tc=21,4 min Qp=25,1m /s
tc<20min tc>=20min
21,4 25,1
0 0,00 0,00 0,0 0,0
1 0,16 0,04 21,4 1,0
2 0,19 0,08 42,8 2,0
3 0,27 0,16 64,2 4,0
4 0,34 0,32 85,6 8,0
5 1,00 1,00 107,0 25,1
6 0,45 0,30 128,4 7,5
7 0,27 0,11 149,8 2,8
8 0,19 0,05 171,2 1,3
9 0,12 0,03 192,6 0,8
10 0,00 0,00 214,0 0,0
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DekalbRacional Hydrograph
30,0
Vazao (m3/s)
20,0
10,0
0,0
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0
tempo (min)
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Vazão
Ip
Qp
Tempo
td Tc
Teremos então
Sendo:
td =duração da chuva (min);
Tc= tempo de concentração (min) da bacia no ponto em questão;
Vs= volume de detenção (m3). Queremos o máximo de Vs;
Qp= pico da vazão de saída (m3/s).
Ip= pico da vazão de entrada (m3/s).
O cálculo é feito por tentativas, pois, a cada tempo, teremos um valor da intensidade de chuva
“I “ , sendo constante o valor de C e da área da bacia em hectares.
Para o cálculo de Ip= CIA adotamos a fórmula de (Paulo S. Wilken,1972), com resultado em
L/s x ha, dividindo por 1000 para se obter o m3.
O resultado será aquele que resulte no maior volume de detenção Vs.
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Capítulo 2 -Método Racional
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Exemplo 2.10
Seja o piscinão do Pacaembu com os seguintes dados:
Fórmula de intensidade de chuva adotada: Paulo S. Wilken (1972)
Local do reservatório: praça Charles Muller, São Paulo, capital
Área de drenagem: 2,22km2 = 222ha
Período de retorno adotado T=25anos
Fração impermeável total : 0,55 (55% da área total)
Vazão efluente máxima (vazão saída do reservatório) : 13m3/s é a vazão máxima, de 3km de
galerias na av. Pacaembu. É uma imposição do problema.
Tempo de concentração: 15min (fornecido)
Solução:
Escolha do coeficiente de runoff ou coeficiente de escoamento “C”
O valor admitido de C=0,7.
Aplicação do método de Aron e Kibler, 1990.
A vazão de saída Qp=13m3/s devido ao máximo que as galerias da av. Pacaembu suportam.
Usando a fórmula de (Paulo Sampaio Wilken,1972).
4855,3 . Tr0,181
I =------------------------ (L/s.ha)
( t + 15)0,89
Sendo:
I= intensidade média da chuva (L /s. ha);
Tr = período de retorno (anos);
t= duração da chuva (min).
Para período de retorno Tr = 25 anos teremos:
Para t=30min
8.694,47 8.694,47
I = ------------------ = ------------------------= 293,19 L/s.ha
( t + 15)0,89 ( 30+ 15)0,89
e assim por diante conforme mostra a Tabela (2.22).
Aplicando a fórmula racional Q=C. I . A
Teremos:
Para t=15min, A=222 ha e C=0,7
Q= CIA = 0,7 x 421,31 x 222 = 65.472L/s = 65,47m3/s
Para t=30min
Q=CIA = 0,7 x 293,69 x 222 = 45.639L/s = 45,64m3/s
Vamos calcular a duração da chuva que produz o maior volume de reservatório de detenção
usando a Equação (12.12):
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Capítulo 2 -Método Racional
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Vs= Ip x td – Qp x ( td + Tc)/2
Para t=td = 15min, sendo tempo de concentração Tc fixo igual a 15min
Vs= (vazão afluente em m3/s) x 60s x (tempo de duração da chuva) – (vazão efluente em m3/s) x 60s
x (tempo de duração da chuva + tempo de concentração)/2
Vs=65,47m3/s x 60s x 15min – 13m3/s x 60 s x (15min + 15min)/2 =
Vs= 47.225m3
Para t=30min
Vs= 45,64m3/s x 60s x 30min – 13 m3/s x 60 s x (30min + 15min)/2 =
Vs= 64.600m3
E assim por diante, conforme se pode ver na Tabela (2.20).
Portanto, o volume do piscinão do Pacaembu calculado pelo método aproximado de (Aron e
Kibler,1990) para período de retorno de 25anos é de 75.723m3.
Nota: o método fornece o volume do reservatório que deve ser adotado para detenção, mas
que não quer dizer que é correto. Somente o routing do reservatório com os dispositivos de orifícios
e vertedor é que determinarão se o mesmo é correto ou não.
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Capítulo 2 -Método Racional
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Exemplo 2.11
Calcular o volume de detenção para periodo de retorno de 25 anos dados Qpré=13m3/s e
Qpós=65,47m3/s. O tempo de concentração de pós-desenvolvimento é 15min.
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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Capítulo 3
Período de retorno
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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SUMÁRIO
Ordem Assunto
3.1 Introdução
3.2 Risco e freqüência
3.3 Freqüência
3.4 Risco e incerteza segundo USACE
3.5 Seleção do melhor projeto
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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Linsley, Franzini et al. (1992) aconselha o uso de período de retorno de 100 anos,
conforme lei dos Estados Unidos (Flood Disaster and Protection Act of 1973) e exigências de
seguro para as inundações.
O professor dr. Kokei Uehara, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
recomenda o uso de período de retorno de 100 anos em piscinões e obras públicas
importantes.
O importante no período de retorno de 100 anos, são os benefícios intangíveis, isto é,
os que não podem ser transformados em dinheiro.
Zahed e Marcellin,1995, analisando gráficos da variação da vazão de projeto com o
período de retorno e gráficos do período de retorno com o gradiente da vazão, observaram
também com muita propriedade, que nem sempre a escolha de um período de retorno maior,
ocasiona uma elevação no custo da obra, como se poderia supor.
Zahed e Marcellini em Drenagem Urbana (1995), afirmam que a escolha da tormenta
para os projetos de obras de drenagem urbana deve ser considerada de acordo com a natureza
das obras a projetar. Deve-se levar em conta os riscos envolvidos quanto à segurança da
população e as perdas materiais.
Para o piscinão do Pacaembu foi adotado período de retorno de 25 anos, porém foi
estudado também o período de retorno de 50 anos.
Antigamente se escolhia um período de retorno e se calculava uma obra de macro-
drenagem. Atualmente costuma-se verificar outros períodos de retorno.
Porto, 1995, salienta os critérios políticos, sociais e econômicos para a definição do
período de retorno. Os fatores sócio-econômico característicos das inundações são: número de
perdas humanas (fatalidades e número de evacuações) e danos materiais. Nos países ricos
praticamente não há perdas de vida com as enchentes enquanto que nos países em
desenvolvimento, as fatalidades e evacuações são enormes. Em abril de 1991 em Bangladesh
morreram nas enchentes 140.000 pessoas (Kundzewicz e Kaczmarek,2000).
A China perdeu em 1996 cerca de 30 bilhões de dólares e em 1998 26,5 bilhões de
dólares com as enchentes. No rio Reno na Europa houve duas enchentes no intervalo de 13
meses com chuva de período de retorno de 100 anos.
A famosa enchente dos rios Mississipi e Missouri em 1993 nos Estados Unidos deu-se
em período de retorno de 100 anos a 500 anos, atingindo prejuízos de 16 bilhões de dólares.
Os prejuízos anuais médios das enchentes no mundo são da ordem de 16 bilhões de
dólares e nos Estados Unidos de 2 bilhões de dólares. O Brasil não possui dados.
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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P = 1/T
Como exemplo, para período de retorno de 100 anos a probabilidade é P= 1/100 = 0,01
A probabilidade de ocorrer em um ano, uma chuva de período de retorno de 100anos
é de 1% (0,01). A probabilidade de não ocorrer é 1- 0,01, ou seja, 0,99 (99%).
Matematicamente teremos:
P= 1 - 1/T
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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P = ( 1 - 1/ T ) n
P = 1 - ( 1 - 1/ T ) n
R = 1 - ( 1 - 1/ T ) n
Sendo:
T= período de retorno (anos);
n= número de anos de utilização das instalações ou vida útil;
R= risco (entre zero e 1).
Exemplo 3.1 de aplicação da Tabela (3.5) do risco em função da vida útil e do período de
retorno
Uma obra com duração de 50 anos e período de retorno de 100 anos. Qual o risco de a
mesma vir a falhar pelo uma vez, durante sua vida útil? Verificando-se a Tabela (3.2)
entrando com o período de retorno de 100 anos e vida útil da obra de 50 anos, há 63% de risco
da obra vir a falhar durante os 50 anos de vida útil.
Qual é o risco de ocorrer chuva superior à crítica, nos próximos 5 anos sendo que foi
considerado o período de retorno de 2 anos?
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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R= 1 – ( 1- 1/T) n = 1 – ( 1- 1/ 2) 5 = 0,97
ou seja, há um risco de 0,97, ou seja, 97% de ocorrer uma chuva superior à crítica nos
próximos 5 anos.
ou seja, há um risco de 0,04, ou seja, 4% de ocorrer uma chuva superior á crítica em um ano.
Melhor estimativa
O United States Army Corps of Engineer (USACE) há tempos usa para os projetos e
planificação dos recursos hídricos, da best estimate, ou seja, a melhor estimativa para a
avaliação da chuva de enchente.
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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Análise de sensibilidade
Depois começaram a usar a sensivity analysis, ou seja, a análise de sensibilidade que
investigava as incertezas dos parâmetros. Mas esta tentativa falhou devido ao número muito
grande de incerteza e como elas se interagem. Depois de 1994 a USACE passou a quantificar
dos riscos e das incertezas como a melhor alternativa. Foi então estabelecida nova
metodologia pela USACE baseada no risco e incerteza.
Riscos e Incertezas
Segundo a USACE,1992 in Flood Risk Management and the American River Basin,1995
as definições de risco e incerteza são:
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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Incerteza: situações incertas são aquelas em que os resultados não podem ser previstos
por probabilidade de distribuição conhecida e os resultados são indeterminados.
1. perigo
2. de perdas esperadas ou risco relativo ao projeto
3. que a probabilidade de que um dique será ultrapassado pelas águas
A incerteza tem tido muitos significados. Na literatura a incerteza é usada muitas vezes
quando não possuímos a probabilidade. Por outro lado, incerteza é usada para definir
situações de que não temos certeza. A informação de incerteza que significa simplesmente a
falta de certeza, não é adequada. Quando não temos informações ou elas são imprecisas, isto é
incerteza.
Para cada alternativa escolhida deve ser sempre seguida a seguinte ordem:
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Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 3 Período de retorno
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Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 12 Chuva excedente método do número CN do SCS
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Capítulo 12
Chuva excedente- método do número CN do SCS
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Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 12 Chuva excedente método do número CN do SCS
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SUMÁRIO
Ordem Assunto
12.1 Introdução
12.1.1 Característica do solo
12.1.2 Pesquisas feitas no pais, nos estados ou em regiões ou cidades
12.1.3 Capacidade mínima de infiltração no solo
12.2. Tabelas do número CN da curva de runoff
12.3 Condições antecedentes do solo
12.4 Estimativa do número CN para área urbana
12.5 Área impermeável conectada e área impermeável não conectada
12.6 Estimativa de runoff ou escoamento superficial ou chuva excedente pelo método SCS
12.7 Limitações da equação conforme SCS
12.8 Hietograma da chuva excedente
12.9 Estimativa de área impermeável de macro-bacias urbanas
12.10 Aplicações e validade do método no número CN da curva de runoff (SCS)
12.11 Comparação dos métodos de infiltração
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Solos menos permeáveis do que o anterior, solos arenosos menos profundo do que o tipo A e com
permeabilidade superior à média (Tucci et al, 1993).
solos barrentos com teor total de argila de 20% a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis
ou contendo pedras até profundidade de 1,2m. No caso de terras roxas, esses dois limites máximos
podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se a cerca de 60cm de profundidade, camada mais densificada
C que no Grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade (Porto, 1979 e 1995).
Solos que geram escoamento superficial acima da média e com capacidade de infiltração abaixo
da média, contendo percentagem considerável de argila e pouco profundo (Tucci et al, 1993).
solos argilosos (30% a 40% de argila total) e ainda com camada densificada a uns 50cm de
profundidade. Ou solos arenosos como do grupo B, mas com camada argilosa quase impermeável
ou horizonte de seixos rolados (Porto, 1979 e 1995).
D
Solos contendo argilas expansivas e pouco profundos com muito baixa capacidade de infiltração,
gerando a maior proporção de escoamento superficial (Tucci et al, 1993).
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Vamos usar as Tabelas (12.3) e Tabela (12.4) traduzidas do inglês por (Tucci, 1993).
Tabela 12.3- Valores dos números CN da curva de runoff para bacias rurais
Uso do solo Superfície do solo Grupo do Solo
A B C D
Solo lavrado Com sulcos retilíneos 77 86 91 94
Em fileiras retas 70 80 87 90
Em curvas de nível 60 72 81 84
Plantações de Terraceado em nível 57 70 78 89
legumes ou Pobres 68 79 86 89
cultivados Normais 49 69 79 94
Boas 39 61 74 80
Normais 30 58 71 78
Campos Esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83
permanentes Normais 36 60 73 79
Densas, de alta transpiração 25 55 70 77
Chácaras Normais 56 75 86 91
Estradas de terra Más 72 82 87 89
De superfície dura 74 84 90 92
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Zonas industriais 81 88 91 93
Zonas residenciais
Lotes de (m2) % média impermeável
<500 65 77 85 90 92
1000 38 61 75 83 87
1300 30 57 72 81 86
2000 25 54 70 80 85
4000 20 51 68 79 84
Arruamentos e estradas
Asfaltadas e com drenagem de águas pluviais 98 98 98 98
Paralelepípedos 76 85 89 91
Terra 72 82 87 89
Exemplo 12.1:
Achar o número CN para área urbana com cerca de 65% de impermeabilização sendo
o restante da área permeável recoberta com grama, sendo o solo tipo C
Conforme Tabela (12.4) achamos CN=90
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Exemplo 12.2
Para o dimensionamento do piscinão do Pacaembu, Canholi considerou a fração
impermeabilizada de 0,55.
Como já foi mostrado anteriormente o tipo de solo da região é o tipo B conforme
classificação do SCS. Considerando a Tabela (12.4) em espaços abertos com relva com
impermeabilização de 50% a 75% o valor de CN=69.
Vamos achar o número CNw composto.
Sendo:
CNp =69
f= 0,55
CNw = CNp . ( 1 - f ) + f . (98)
CNw = 69. ( 1-0,55 ) + 0,55 . ( 98 )= 84,95=85
Portanto, o número CN que se poderia usar para o cálculo da chuva excedente na bacia
do Pacaembu é CNw =CN=85.
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( P – Ia ) 2
Q = ------------------ (Equação 12.3)
( P- Ia ) + S
Sendo:
Q= runoff ou chuva excedente (mm);
P= precipitação (mm);
Ia = abstração inicial (mm) e
S= potencial máximo de retenção após começar o runoff (mm).
A abstração inicial Ia representa todas as perdas antes que comece o runoff. Inclui a
água retida nas depressões da superfície e interceptada pela vegetação, bem como, a água
evaporada e infiltrada.
Empiricamente foi determinado nos Estados Unidos pela SCS que Ia é
aproximadamente igual a :
Ia =0,2 S (Equação 12.4)
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Coluna 1:
Na coluna 1 da Tabela (12.8) temos o tempo em horas em 48 intervalos de 2,5minutos. A
duração da chuva é de 2h.
Coluna 2:
Temos o tempo em minutos.
Coluna 3:
Temos o tempo em horas.
Coluna 4:
Na coluna 4 temos os valores em números adimensionais de Huff para o 1º quartil com 50%
de probabilidade. A soma de toda a coluna 4 deverá ser sempre igual a 1 (um). Supomos que
este hietograma é aquele de fevereiro de 1983.
Coluna 5:
Consideramos que para período de retorno de 25anos, foi adotado a precipitação total de
85,1mm para chuva de 2h segundo a Equação de Martinez e Magni,1999.
Os valores da coluna 5 são obtidos multiplicando a coluna 4 pelo valor da precipitação
total de 85,1mm. O valor total da coluna 5 deverá ser de 85,1mm totalizando as 48 faixas de
2,5min.
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Coluna 6:
Na coluna 6 temos as precipitações da coluna 5 acumuladas até atingir o valor global de
85,1mm. A chuva acumulada é necessária para o uso da equação do SCN conforme veremos.
Coluna 7:
Para a coluna 7 recordemos que a chuva excedente Q é:
.
(P- 0,2S) 2
Q= -------------------------- válida quando P> 0,2 S
(P+0,8S)
25400
sendo S= ------------- - 254
CN
A Equação (12.8) do valor de Q é válida quando a precipitação P>0,2S.
Quando P < 0,2 S o valor de Q=0.
Como CN=87 o valor de
S= 25400/87 - 254 = 37,95
0,2 . S = 0,2 . 37,95 = 7,59mm
(P- 0,2S) 2 (P- 0,2 . 37,95 ) 2 (P- 7,59) 2
Q= -------------------------- = ----------------------- = -----------------
(P+0,8S) (P+0,8. 37,95) (P + 30,36)
Obteremos também o Q acumulado.
Mas a equação achada só vale quando P>0,2 S ou seja P> 7,59mm
Portanto, para a primeira linha o valor de P acumulado é 2,6mm e portanto Q=0.
Para a segunda linha o P acumulado é 5,1mm que é menor que 7,59mm e portanto
Q=0.
Na terceira linha P acumulado é 7,7376mm que é menor que 8,964mm e portanto
Q=0.
Na quarta linha o valor de P=11,2 é maior que 7,59mm e portanto aplica-se a fórmula
do SCS.
(P- 8,964) 2 (11,2- 7,59) 2
Q= -------------------------- = ----------------------- = 0,3mm
(P + 35,856) (11,2+30,36)
e assim por diante achamos todos os valores da coluna 7.
Uma maneira pratica de se obter a coluna 7 é usando a planilha Excel usando a função
SE da seguinte maneira:
= SE (Coluna 6 > 7,59; [( coluna 6 – 7,59) 2 / (coluna 6 + 30,36)] ; 0)
O total da chuva excedente é de 51,9mm. Esta parte da chuva é que irá produzir o
escoamento superficial, isto é, o runoff.
Coluna 8:
Os valores são da chuva excedente acumulada em milímetros e para achar por faixa é só fazer
a diferença entre a linha com a linha anterior da coluna 7 obtendo assim a coluna 8.
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Coluna 9:
Caso se queira saber como está a infiltração da mesma basta achar a diferença entre a
chuva da coluna 5 com a chuva excedente por faixa da coluna 8. A infiltração total é de
33,2mm e não contribuirá para o escoamento superficial.
A somatória da infiltração de 33,2mm com o runoff de 51,09mm fornecerá a
precipitação total de 85,1mm. Frizamos que desprezamos a evaporação.
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Capítulo 22
Chuvas intensas
Quando ficar confuso em problema matemático, não continue. Comece tudo novamente.
Prof. Cid Gueli, cursinho Anglo-Latino, São Paulo, 1961
22-1
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
SUMÁRIO
Ordem Assunto
22.1 Introdução
22.1.1 Pluviógrafos
22.2 Valores médios das precipitações intensas de Guarulhos baseados nas relações entre as
chuvas
22.3 Postos pluviométricos de Guarulhos
22.4 Método das relações de durações usando a distribuição de Gumbel
22.5 Relações das durações
22.6 Equação das chuvas intensas de Guarulhos usando o posto pluviométrico de Bonsucesso
22.7 Intensidade média de chuva na cidade de São Paulo no ponto
22.71 Conclusão a respeito das equações da chuva da cidade de São Paulo
22.8 Aplicação da equação das chuvas intensas na região
22.9 Hietograma
22.10 Hietograma baseado na chuva de duração de 2horas de fevereiro de 1983
22.11 Distribuição das chuvas nos Estados Unidos: Tipo I, Tipo IA, Tipo II e Tipo III
22.12 Chuvas intensas (estimativa usando o programa PLUVIO 2.1)
22.13 Huff
22.14 Bibliografia e livros consultados
48 páginas
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22.1 Introdução
Para o dimensionamento de galerias de águas pluviais, travessias de estradas de
rodagens (bueiros), canais abertos ou fechados, são necessários modelos matemáticos usados
em hidrologia. Não havendo um modelo matemático na cidade, adota-se o mais próximo.
Sendo possível, faz-se uma equação das chuvas intensas para ser usada nos dimensionamentos
hidrológicos. Para Guarulhos usamos o método da relação para elaborar tabela de chuvas
médias baseado na distribuição de Gumbel. Elaboramos ainda para Guarulhos uma equação
baseada em estudos da região metropolitana de São Paulo.
Na seção 22.6 deste capítulo estão todas as fórmulas usadas na cidade de São Paulo,
incluindo a última de 1999 de Martinez e Magni.
O pluviômetro mede a altura de água líquida precipitada sobre uma superfície
horizontal durante um período de 24 horas. Consiste de duas peças cilíndricas que se
encaixam. A peça superior define a área de captação de água na parte superior e possui um
funil na parte inferior. A peça inferior contém uma proveta graduada para receber e medir o
volume de água coletada, sendo esta graduada em mm de precipitação (Righeto,1998). A
medição é feita diariamente, por exemplo, as 7 horas da manhã e o dado que teremos é a
denominada chuva de 1 dia. O pluviômetro fica localizado a 1,5 m do chão. Não confundir
chuva de 1 dia com chuva de 24horas.
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22.1.1 Pluviógrafos
Apesar de haver um grande número de tipos de pluviógrafos, somente três têm sido
mais largamente empregados:
Pluviógrafo de caçambas basculantes: Esse aparelho consiste em uma caçamba
dividida em dois compartimentos, arranjados de tal maneira que, quando um deles se enche, a
caçamba bascula, esvazia-o e coloca o outro em posição. Quando este último é esvaziado, por
sua vez, a caçamba bascula em sentido contrário, voltando à posição primitiva, e assim por
diante. A caçamba é conectada eletricamente a um registrador, de modo que, quando cai 0,25
mm de chuva na boca do receptor, um dos compartimentos da caçamba se enche, e cada
oscilação corresponde ao registro de 0,25 mm de chuva.
Pluviógrafo de peso: neste instrumento o receptor repousa sobre uma escala de
pesagem que aciona a pena e esta traça um gráfico de precipitação sob a forma de um diagrama
de massas (altura de precipitação acumulada x tempo). Acredita-se que este método de medir
tanto a intensidade quanto a precipitação total de resultados são mais exatos do que os obtidos
com os pluviógrafos de caçambas basculantes.
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22.2 Valores médios das precipitações intensas de Guarulhos baseados nas relações entre
as chuvas
Aplicando os conceitos de hidrologia, vamos elaborar tabelas dos valores médios das
precipitações intensas de Guarulhos considerando o Posto pluviométrico do Bonsucesso
localizado na bacia do rio Baquirivu Guaçu, com informações pluviométricas desde o ano de
1940 até 1997 (58 anos).
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
latitude 23 º 25’
longitude 46 º 24’
dados de 1940 até 1997.
Em funcionamento
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
= 6 0,5 . S /
= ( – 0,577 . )
= 18
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
=64,69
P( 1 dia; T) -
--------------------- = - ln ( ln ( 1 / F (P(dia; T))))
sendo:
F ( P(dia ;T)) = 1 – (1 / T )
T= período de retorno e
ln= logaritmo neperiano.
Como exemplo, para período de retorno T= 25 anos
P( 1 dia; 25) -
--------------------- = - ln ( ln ( 1 / 0,96)) =3,1985
Para isto façamos a Tabela 22.3 onde acharemos os valores de P (dia; T) para um período
de retorno de 2, 5 , 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos.
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Daí o termo chuva diária ou seja a chuva de 1(um) dia, não importando a duração real
da chuva. Por isto que se chama chuva de 1 (um) dia, pois o termo 24 horas significa uma
chuva cuja duração é de 24 horas.
Para se obter a chuva de 24 horas é necessário multiplicar a chuva de 1 (um) dia por
1,14 ou por 1,10 segundo Taborda (1974) ou 1,13 segundo USWB ou 0,961 segundo Magni
(1984).
Existem relações de qualquer chuva com a chuva de 1 (um) dia, e este será o enfoque
deste trabalho.
Em relação a chuva de 1 (um) dia com a chuva de 24 horas, Magni,1984 p.117 encontrou
o valor 0,961 para a cidade de São Paulo.
Entretanto pesquisas realizadas pelo U. S. Weather Bureau obteve a relação 1,13 que é
aplicada mundialmente.
Pesquisas realizadas em São Paulo usando o método de Chow-Gumbel foi obtido a
média de 1,14 usando dados do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São
Paulo com base em séries anuais abrangendo o período de 1928 a 1965 (Drenagem Urbana,
1980, p.20).
Para obtermos, por exemplo, no período de retorno de 25anos, o valor da precipitação
de 1 hora. Fazemos o seguinte:
Na Tabela (22.4) usamos o coeficiente 1,14 para passarmos da chuva de 1 dia para a
chuva de 24h. Ainda na mesma Tabela (22.4), para passarmos da chuva de 24h para a chuva
22-11
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
de 1h ou seja de 60min, multiplicamos por 0,573. Como para T=25 já foi calculado o valor de
122,26mm, isto é, a precipitação máxima de 1 dia para aquele período de retorno, teremos
então:
h= 1,14 . 0,573 . 122,26 = 0,65 . 122,26 = 79,87mm
Portanto, a precipitação máxima em Guarulhos de chuva de 1h com período de retorno
de 25anos é de 79,87mm.
Como conseguimos as precipitações de 1(um) dia para os vários períodos de retorno
usando a distribuição de Gumbel, podemos usar as relações entre as alturas pluviométricas da
Tabela (22.4) obtendo a Tabela (22.5) e Tabela (22.6).
5 minutos 0,34 11,72 15,07 17,29 18,54 19,42 20,10 22,18 24,242
10 minutos 0,532 18,33 23,58 27,05 29,01 30,39 31,44 34,70 37,932
15 minutos 0,693 23,88 30,72 35,24 37,80 39,58 40,96 45,20 3222,848
20 minutos 0,817 28,16 36,21 41,55 44,56 46,67 48,29 53,29 58,252
25 minutos 0,918 31,64 40,69 46,68 50,07 52,43 54,26 59,88 65,454
30 minutos 0,74 34,46 44,33 50,86 54,54 57,12 59,10 65,23 71,300
1 hora 0,573 46,57 59,90 68,72 73,70 77,19 79,87 88,14 96,352
2 horas 1,119 52,11 67,03 76,90 82,47 86,37 89,38 98,63 107,818
6 horas 0,78 63,40 81,54 93,55 100,33 105,07 108,73 119,98 131,159
8 horas 0,821 66,73 85,82 98,47 105,60 110,59 114,44 126,29 138,054
10 horas 0,855 69,49 89,38 102,54 109,97 115,17 119,18 131,52 143,771
12 horas 0,883 71,77 92,31 105,90 113,57 118,95 123,08 135,83 148,479
24 horas 1,14 81,28 104,54 119,94 128,62 134,71 139,39 153,83 168,153
1 dia* 1 71,30 91,70 105,21 112,83 118,16 122,27 134,93 147,50
* Chuva de 1 dia obtida da Distribuição de Gumbel
e pela distribuição t- Student z /2 = 2,228. Com estes valores, tem-se o intervalo que se situa
para o nível de confiança de 95%, ou seja, a média populacional é igual a:
= 75,08 6,98mm
22-12
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Pode-se observar que o valor de depende da média das precipitações que pode assumir os
seguintes valores: máximo, mínimo e médio.
= 75,08 6,98 mm
P( 1 dia; T) -
--------------------- = - ln ln ( ln ( 1 / F (P(dia; T)))
sendo:
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Para isto façamos as Tabela 22.6 onde acharemos os valores de P (dia; T) para um
período de retorno de 2, 5 , 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos.
sendo
h = altura pluviométrica (mm);
t= tempo de duração da chuva (h);
ln= logaritmo neperiano
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Exemplo 22.1
Achar a altura pluviométrica em milímetros para chuva de duração de 2horas com
período de retorno de 25anos. Usando a equação temos:
h=39,79. ( t - 0,10 ) 0,242 . { 1- 0,31. [ln (ln (T/(T-1)))+0,50764]}
h=39,79. ( 2 - 0,10 ) 0,242 . { 1- 0,31. ln [ln (25/(25-1))]+0,50764}
h= 85,25mm
A equação está calculada na Tabela 22.7 para chuvas de 10minutos a 24horas.
Observar na Tabela 22.8 que fizemos uma comparação com a fórmula de Martinez e Magni
elaborada em 1999, com dados do posto pluviométrico e pluviográfico do IAG no período de
1931 a 1994.
Observar que as maiores diferenças são para chuvas de pouca duração e de grande
duração que apresentam erros de até 24,5% enquanto para durações intermediarias os erros
são pequenos, isto é, da ordem de 5% aproximadamente.
Estas diferenças encontradas mostra a necessidade de mais estudos na região
metropolitana de São Paulo para melhor definição das equações regionais, como é o caso de
Guarulhos.
22-15
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-16
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Tabela 22.8- Erros médios em porcentagem comparando a fórmula de Guarulhos com a de Magni de
1999 da cidade de São Paulo
Erros médios da fórmula de Guarulhos
Duração da chuva Duração da chuva em comparando com a da cidade de São Paulo feita
por Magni,1999
(h)
10 min 0,17 24,5
15 min 0,25 16,2
20 min 0,33 9,5
25 min 0,42 4,9
30 min. 0,5 1,8
1h 1 -5,1
2h 2 -5,5
6h 6 2,5
8h 8 5,8
10 h 10 8,7
12 h 12 11,2
18 h 18 17,2
24 h 24 21,8
Pela ordem cronológica temos as seguintes chuvas para a cidade de São Paulo.
Occhipinti e Santos –1965 no período de 1926 a 1964 (37 anos) e usando o postos do IAG no
parque do Estado (E3-035) obteve as seguintes fórmulas:
Para t= 60 min:
27,96 . Tr0,112
I = ------------------------ (mm/min) (Equação 22.2)
( t + 15) 0,86 T –0,0144
20,21 . Tr0,15
I =------------------------ (mm/min) (Equação 22.3)
t 0,82
22-17
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Paulo Sampaio Wilken em 1972 obteve para a região Metropolitana de São Paulo por
análise de regressão com dados de 1934 a 1959 (26 anos)do pluviógrafo instalado no Parque
do Estado na Água Funda E3-035, obtendo a seguinte equação das chuvas:
4855,3 . Tr0,181
I =------------------------ ( l/s.ha) (Equação 22.4)
( t + 15)0,89
sendo:
I= intensidade média da chuva ( l /s. ha );
Tr = período de retorno (anos);
t=duração da chuva (min).
ou pode se apresentar em outras unidades:
29,13 . Tr0,181
I =------------------------ (mm/min) (Equação 22.5)
( t + 15)0,89
1747,9 . Tr0,181
I =------------------------ (mm/h) (Equação 22.6)
( t + 15)0,89
Exemplo 22.2
Dado o período de retorno T= 20 anos e o tempo de concentração de 18 minutos, achar
a intensidade da chuva.
-Mero e Magni em 1979 com dados de 1931 a 1979 (49 anos) usando o mesmo Posto
Pluviométrico, obteve para a cidade de São Paulo a seguinte fórmula:
I = 37,05 ( t + 20) –0,914 + ( t+20) –0,914 . [ -5,966 –10,88 ln ln ( T / ( T - 1))] (Equação 22.7)
para 10min t 60min
22-18
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
sendo:
Nelson Luiz Goi Magni e Felix Mero em 1986 no Boletim nº 4 denominado “Precipitações
intensas do Estado de São Paulo”, página 69 e em 1984 na dissertação de Mestrado na Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo do dr. Nelson Luiz Goi Magni usando dados de
1931 a 1979 do Posto IAG/USP na cidade de São Paulo, obtiveram as seguintes equações das
chuvas intensas no ponto:
para 10 t 60
–0,821
I= t . [ 16,14 –5,65 ln ln ( T / ( T - 1))] (Equação
22.10)
Sendo:
I= intensidade da chuva (mm/min);
t= tempo (min);
ln = logaritmo neperiano
T= período de retorno (anos).
Martinez e Magni em 1999 com dados de 1933 a 1997 (65anos) relativos ao Posto IAG-E3-
035) obteve para a cidade de São Paulo a seguinte equação:
I = 39,3015 ( t + 20) –0,9228 +10,1767 (t+20) –0,8764 . [ -0,4653 –0,8407 ln ln ( T / ( T - 1))] (Equação 22.11)
Dica: a Equação (22.11) de Martinez e Magni de 1999 é a mais nova a ser usada na Região
Metropolitana de São Paulo.
22-19
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-20
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Solução
Sendo t=24h, A=100km2 = 40 mi2. Substituindo na Equação (22.11):
Portanto, a precipitação média sobre a área de 100km2 será 0,97 . 180mm = 175mm.
O Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) adota para área
maior que 25 km2, a equação de Paulhus (Linsley et al.,1975):
onde:
Párea = precipitação na área
Pponto = precipitação no ponto
22-21
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22.9 Hietograma
O livro Precipitações Intensas no Estado de São Paulo dos doutores Nelson Luiz Goi
Magni e Felix Mero de 1986, trás hietogramas das chuvas máximas, médias e mínimas de
várias cidades do Estado de São Paulo, inclusive a cidade de São Paulo.
A Tabela (22.12) trás o hietograma da chuva máxima de São Paulo. Tomaremos
somente as relações das alturas pluviométricas e do tempo em porcentagem relativos as
chuvas máximas. Observar que os hietogramas das chuvas máximas varia para a duração da
chuva, sendo as mesmas classificadas em três intervalos principais como abaixo de 1 hora,
entre 1 hora e 6 horas e acima de 6 horas. As Figuras (22.3), (22.4) e (22.5) trazem os
hietogramas da chuva de São Paulo para os três intervalos de duração de chuva mencionados.
22-22
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Fonte: Magni,1986 Precipitações Intensas no Estado de São Paulo/CTH com dados de 1931 a 1979 do posto do IAG/USP
Figura 22.3 Hietograma da chuva de São Paulo no intervalo de 10 minutos até 1 hora.
H ie to g r a m a d a C h u v a d e S ã o
P a u lo 1 0 m in < t < 1 h
1 2 0
1 0 0
8 0
6 0
ht/h (%)
4 0
2 0
0
0 5 0 1 0 0 1 5 0
te m p o / te m p o to ta l (% )
H ie t o g r a m a d a C h u v a d e S ã o
P a u lo 6 h < t < 2 4 h
1 2 0
1 0 0
8 0
6 0
ht/h (%)
4 0
2 0
0
0 5 0 1 0 0 1 5 0
te m p o / te m p o to ta l (% )
Figura 22.5-Hietograma da cidade de São Paulo para chuvas entre 6 horas e 24 horas
Figura 22.4 Hietograma da cidade de São Paulo para chuvas entre 1 hora e 6 horas
22-23
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
H ie to g r a m a d e S ã o P a u lo 1 h < t <
6 h
1 2 0
1 0 0
8 0
6 0
ht / h (%)
4 0
2 0
0
0 5 0 1 0 0 1 5 0
te m p o / te m p o to ta l (% )
Usando a Tabela (22.11) com dados fornecido por Magni, 1986 e usando interpolação
linear construímos as Tabelas (22.12) a (22.15) para chuvas de duração de 3h, 6h, 8h e 24h.
22-24
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Tabela 22.13- Fração da chuva de 24h segundo Magni,1986 com intervalos de 1,0h em
24 intervalos
22-25
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Tabela 22.14- Fração da chuva de 6h segundo Magni, 1986 com intervalos de 0,17h em
36 partes
22-26
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Tabela 22.15- Fração da chuva de 3h segundo Magni, 1986 com intervalos de 0,17h em
18 partes
Tempo Fração da chuva de 3h conforme hietograma de Magni, 1986
(h)
0 0,00
0,17 0,36
0,33 0,31
0,50 0,09
0,67 0,08
0,83 0,06
1,00 0,03
1,17 0,01
1,33 0,01
1,50 0,01
1,67 0,01
1,83 0,01
2,00 0,01
2,17 0,01
2,33 0,01
2,50 0,01
2,67 0,01
2,83 0,01
3,00 0,01
Soma= 1,00
22-27
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Tabela 22.16– Chuva de 2 horas ribeirão dos Meninos/ SP. Precipitações de projeto (equação de Mero)
Chuva Precipitação de 2 horas (mm)
Distribuída TR=2 TR=10 TR=25 TR=50 TR=100
ponto (k=1,00) 43,00 68,04 80,64 90,00 99,24
área (k=0,94) 40,42 63,96 75,80 84,60 93,29
2 horas t HUFF 1. Q TR=2 TR=10 TR=25 TR=50 TR=100
Intervalo (horas) (%) anos anos anos anos anos
1 0,0417 0,030 1,21 1,92 2,28 2,54 2,80
2 0,0833 0,030 1,21 1,92 2,28 2,54 2,80
3 0,1250 0,036 1,46 2,31 2,73 3,05 3,36
4 0,1667 0,036 1,46 2,31 2,73 3,05 3,36
5 0,2083 0,061 2,46 3,90 4,62 5,16 5,69
6 0,2500 0,061 2,46 3,90 4,62 5,16 5,69
7 0,2917 0,076 3,07 4,86 5,76 6,43 7,09
8 0,3333 0,076 3,07 4,86 5,76 6,43 7,09
9 0,3750 0,052 2,10 3,33 3,94 4,40 4,85
10 0,4167 0,052 2,10 3,33 3,94 4,40 4,85
11 0,4583 0,052 2,10 3,33 3,94 4,40 4,85
12 0,5000 0,052 2,10 3,33 3,94 4,40 4,85
13 0,5417 0,033 1,34 2,11 2,50 2,79 3,08
14 0,5833 0,032 1,29 2,05 2,42 2,71 2,98
15 0,6250 0,026 1,05 1,66 1,97 2,20 2,42
16 0,6667 0,025 1,01 1,60 1,90 2,12 2,34
17 0,7083 0,022 0,89 1,41 1,67 1,87 2,06
18 0,7500 0,021 0,85 1,35 1,59 1,78 1,96
19 0,7917 0,014 0,56 0,89 1,06 1,18 1,30
20 0,8333 0,014 0,56 0,89 1,06 1,18 1,30
21 0,8750 0,014 0,56 0,89 1,06 1,18 1,30
22 0,9167 0,014 0,56 0,89 1,06 1,18 1,30
23 0,9583 0,013 0,53 0,84 0,99 1,10 1,22
24 1,0000 0,012 0,49 0,77 0,91 1,02 1,12
25 1,0417 0,012 0,49 0,77 0,91 1,02 1,12
22-28
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
A bacia do Alto Tietê entre barragem Edgard de Souza e Barragem da Penha (3.230km2),
foi considerado pelo DAEE a distribuição percentual média da chuva de 24 horas, observada
entre 01/02/1983 (7h) e 02/02/1983 (7h), sendo a maior tormenta verificada na bacia dentro
do intervalo de dados existentes e que se assemelha bastante à distribuição com 50% de
probabilidade, no 1º quartil de duração, proposta por Huff em 1978, conforme Tabela (22.17)
e Figura (22.6).
Para consulta de Huff ver página 51 do livro Drenagem Urbana,1995 da ABRH e página
21 do livro Urban Stormwater Hydrology de Akan, 1993.
Dica: na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em áreas de até 100km2 deve-se
usar chuva de 2h com distribuição de Huff (1º Quartil, 50% de probabilidade).
22-29
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-30
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-31
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-32
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Figura 22.6- Chuva de curva acumulada do evento de 1983 no Alto Tietê/SP, comparada com a curva de
Huff (1º Quartil, 50% de probabilidade).
Fonte: DAAE, 1999/SP
22-33
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-34
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-35
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22.11 Distribuição das chuvas nos Estados Unidos: Tipo I, Tipo IA, Tipo II e Tipo III
Estudos elaborados pelo U. S. Soil Conservation Service (SCS) nos Estados Unidos
concluíram numa distribuição aproximada de quatro chuvas básicas que são: Tipo I, Tipo IA,
Tipo II e Tipo III, cujas frações acumuladas estão na Tabela (22.21).
Pr é a chuva total e P a chuva acumulada. Nas colunas estão as relações entre P e Pr.
Porto, 1995 afirmou que a chuva Tipo II é que mais se assemelha para o Estado de São
Paulo.
22-36
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-37
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
1,000
0,900 III
Fração da chuva de 24horas
0,800
0,700
0,600
0,500
IA
0,400
I II
0,300
0,200
0,100
0,000
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0
Tempo em horas
22-38
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Exemplo 22.7
22-39
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
K . Ta
I =------------------------ (mm/h)
( t + b)c
1988,845 . T0,111
I =------------------------ (mm/h)
( t + 20,449)0,839
T= 25 anos
t= tempo de concentração= 5min
1988,845 . 250,111
I =------------------------ = 188 mm/h
( 5 + 20,449)0,839
22-40
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22.13 Huff
Huff, 1990 salienta a importância e a dificuldade em se estabelecer a distribuição das
precipitações com o tempo, isto é, os hietogramas, afirmando categoricamente que as
diferenças podem ser significantes. Huff, 1990 cita um exemplo feito nos Estados Unidos na
área de Kentucky onde acharam diferenças de 30% no pico da vazão devido a escolha
adquada do hietograma.
Huff, 1990 salienta ainda que as chuvas medianas da Figura (22.8) eram usadas no
passado e ainda o são, quando não se tem pesquisas.
22-41
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Figura 22.9- Curva de Huff das distribuição das precipitações no primeiro quartil para
chuvas de duração menores ou igual a 6h. Fonte: Huff, 1990
22-42
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Figura 22.10- Curva de Huff das distribuição das precipitações no segundo quartil para
chuvas de duração de 6,1h a 12h. Fonte: Huff, 1990
22-43
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Figura 22.11- Curva de Huff das distribuição das precipitações no terceiro quartil para
chuvas de duração de 12,1h a 24h. Fonte: Huff, 1990
22-44
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Figura 22.12- Curva de Huff das distribuição das precipitações no terceiro quartil para
chuvas de duração maiores que 24h. Fonte: Huff, 1990
22-45
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Enquanto isto a curva mais usada é aquela de mediana 50% de probabilidade para o
primeiro quartil e as outras são esquecidas.
Huff, 1990 em documentos afirmou que o primeiro e segundo quartis fosse usado para
áreas menores que 1.037km2 na região de Illinois nos Estados Unidos.
Huff, 1990 definiu pequenas bacias aquelas menores que 1036km2. Para pequenas
bacias 37% das precipitações estão no primeiro, 27% no segundo quartil e 21% no terceiro
21% e 15% no quarto quartil.
Na Figura (22.13) temos quatro distribuições de Huff, 1990 sendo recomendado o
seguinte:
primeiro quartil para chuvas menores ou igual a 6h;
segundo quartil para chuvas de 6,1h a 12h;
terceiro quartil para chuvas entre 12,1h e 24h e o
quarto quartil para chuvas maiores que 24h.
Dica: conforme Huff, 1990 pela duração da chuva achamos o quartil que queremos.
22-46
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Akan nos mostra que tendo a precipitação, por exemplo, de 2h de 85mm podemos
escolher o tipo de curva e calcular ponto a ponto.
Por exemplo, para o primeiro quartil entrando tom t/td= 0,2, isto é, t=0,2 x 2h=0,4h
Achamos na ordenada 0,55= P /85mm
e P= 85mm x 0,55=47mm
Conforme Bonta, 2004 as curvas de Huff são usadas nos Estados Unidos em nove
estados e segundo o próprio Huff e Angel, 1992 aconselharam tal aplicação. Daí podemos
concluir a importância das curvas de Huff.
Ainda segundo Bonta, 2004 vários softwares americanos usam as curvas de Huff,
entre eles, CREAMS, Haestad Methods, SWMM e ILLUDAS.
Akan e Houghtalen, 2003 citados por Huff, mostram que as curvas de Huff também
são usadas na Europa.
Segundo Bonta, 2004 não há nenhuma correspondência entre as curvas de Huff e as
curvas do SCS (Tipo I, IA, II e III).
Conforme Westphal, 2001 as curvas acumuladas adimensionais de Huff para os
quartis I, II, III e IV estão na Tabela (22.22).
22-47
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
Tabela 22.22- Curvas acumuladas de Huff para os quartis: I., II. III e IV
22-48
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Capítulo 22- Chuvas Intensas
22-49
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Capítulo 24 Método Santa Bárbara
Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.com.br 25/11/2012
Capítulo 24
Método Santa Bárbara
“A verdadeira amizade somente existe entre aqueles que desejam
aprender, ou para seu prazer ou para ganhar melhor entendimento do mundo”
Marsílio Ficino, Academia Platônica de Florença
24-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 24 Método Santa Bárbara
Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.com.br 25/11/2012
SUMÁRIO
Ordem Assunto
24.1 Introdução
24.2 Conceitos de translação e armazenamento
24.2.1 Translação
24.2.2 Armazenamento
24.3 Obtenção da hidrograma conforme método Santa Bárbara
24.4 Definição da chuva de projeto
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Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 24 Método Santa Bárbara
Engenheiro Plínio Tomaz pliniotomaz@uol.com.br 25/11/2012
24.1 Introdução
O objetivo do método Santa Bárbara é obter o hidrograma de uma precipitação para
uma determinada bacia considerando um local escolhido. No hidrograma teremos a vazão de
pico e as vazões em intervalo de tempo o que facilitará o routing do reservatório, caso
tenhamos um piscinão.
Vamos supor uma bacia conforme a Figura (24.1) na qual temos uma precipitação. Se
tomarmos o ponto A como seção de controle, poderemos observar o seguinte. No começo da
precipitação a vazão é nula.
Com o passar do tempo a vazão no ponto A vai aumentando cada vez mais até chegar
a um pico e daí começa a diminuir até atingir a vazão zero novamente. A chuva parou mas a
vazão ainda continua até a mesma ficar zero.
Esta curva é a hidrograma ou hidrograma que queremos, conforme Figura (24.2).
Teremos a vazão de contribuição da água de chuva na bacia em função do tempo.
A parte da chuva que evapora, que fica presa em forma de poça d’água ou se infiltra
no solo, não nos interessa. Interessa somente a chuva que produz as enxurradas, que é
chamada de chuva excedente ou runoff.
Na hidrograma da Figura (24.2) vemos que a vazão atinge o pico de 43 m3/s e a 150
min ou seja 2,5h a mesma chega a zero novamente.
A chuva que causou aquele hidrograma varia também com o tempo e chama-se
hietograma. Observar empiricamente que quanto mais impermeável for a bacia maior será o
pico de vazão na hidrograma da Figura (24.2) e quanto maior for o tamanho da bacia maior
também será o pico. No Capítulo 2 temos vários exemplos de hietogramas para a cidade de
São Paulo.
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Hidrógrama
50
Vazão em m3/s
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200
Tempo (min)
24.2.1 Translação
É o movimento da água ao longo dos canais em direção paralela ao fundo. Tempo de
translação é, portanto, o tempo que uma partícula de água leva para percorrer uma
determinada distância.
Tempo de concentração é o tempo de translação do ponto mais distante da bacia até a
seção de controle (Porto,1995 p. 139).
24.2.2 Armazenamento
Pode ser interpretado como o movimento da água na direção perpendicular ao fundo
do canal e representa, portanto, a parcela da chuva excedente que fica, temporariamente,
retida na bacia e que chegará à seção de controle com certo atraso (Porto,1995 p. 139).
A grande importância do método Santa Bárbara é que considera o efeito do
armazenamento.
Outro fator importante do método Santa Bárbara é que leva em conta as áreas de
impermeabilização. Isto foi muito bem salientado por Porto,1995, pois a medida que o solo se
impermeabiliza, as perdas tornam-se menos sensíveis à infiltração e dependerão mais da parte
impermeável da bacia. As tabelas de uso do solo costumam ser muito gerais e imprecisas,
enquanto que a estimativa da área impermeabilizada poderá ser feita com maior precisão por
meio de fotografias aéreas, por exemplo (Porto,1995 p.163).
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O método Santa Barbara combina o runoff sobre área impermeável e sobre a área
permeável para formar o hidrograma. O hidrograma é obtido supondo um reservatório
imaginário cujo tempo de espera é o tempo de concentração da bacia.
O runoff também é chamado de chuva excedente (ou chuva efetiva) que é o volume de
água de chuva que se escoará superficialmente pela bacia.
Existem quatro métodos principais para a determinação do runoff, ou seja, da chuva
excedente. Nestes métodos determinamos a parcela da precipitação de chuva que se infiltra no
solo quando o mesmo é permeável.
O primeiro é o método do número da curva (CN) adotado pelo Soil Conservation
Service do Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (SCS).
O segundo é método de Horton com razão de infiltração variável e específica do local
e está explicado no Capítulo 8 deste livro.
O terceiro é o método da infiltração constante e o quarto o método do balanço das
massas.
Os mais usados são o método do número da curva CN do SCS e o método de Horton.
Dica: deve ser usado o método do número da curva CN do SCS para a área permeável
para achar a chuva excedente.
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V=k.Qm
O valor de m varia de 0,9 a 1,2. No caso do método Santa Bárbara supomos que m=1,
isto é, que a função é linear.
V= k .Q
Em um intervalo de tempo t temos:
V2 – V1= k . (Q2-Q1)
Q2 = Q1 + C . ( I1 + I2 – 2 . Q1)
Sendo C = t / ( 2 . k + t)
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C = t / ( 2 . tc + t)
Exemplo 24.1- Calcular a vazão de pico e a hidrograma usando o método Santa Bárbara de
uma área urbana em Guarulhos com área de 1,12km2 (112ha) para período de retorno de 50
anos, hietograma de Huff 1º quartil com 50% de probabilidade e equação da chuva de
Martinez e Magni, 1999. Os intervalos são de 10min.
Usando uma planta aerofotogramétrica do local foram levantados os seguintes
elementos:
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O ponto mais alto está na cota 805m e o mais baixo na cota 726,6m. O comprimento
total do talvegue é de 1650m.
Os trechos, as cotas a montante e a jusante bem como os comprimentos e declividades
estão na Tabela (24.2). A declividade média do talvegue é 0,047515m/m.
Para o cálculo do tempo de concentração tc, foram verificados vários métodos, tais
como, Califórnia Culverts Practice, Método de Kirpich, Método cinemático, Método da
Fórmula SCS Lag- 1975 usando CN=90 e foram obtidos os resultados da Tabela (24.2).
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Coluna 1:
Trata-se da ordem de 1 até 12.
Coluna 2:
Contagem de tempo até 10min na primeira linha, de 10min a 20min na segunda linha e assim
por diante, até 120min ou seja as 2h de chuva que admitimos.
Coluna 3:
Nesta coluna o tempo está em horas.
Coluna 4:
Conforme foi verificado pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de
São Paulo, a chuva de 2 de fevereiro de 1983 praticamente coincide com o hietograma de
chuva de Huff para o primeiro quartil e com 50% de probabilidade. Daí usarmos na Região
Metropolitana de São Paulo a chamada chuva de Huff 1Q 50% P. No caso temos a fração da
chuva devendo o total ser igual a 1 (um).
Coluna 5:
Considerando a Equação da Chuva de São Paulo elaborada por Martinez e Magni,1999 e
usando período de retorno de 50anos, achamos no Capítulo 2 a precipitação total de 94,6mm.
Todos os valores da coluna 5 são obtidos da multiplicação de 94,6mm pela fração da chuva
de Huff da coluna 4.
Assim multiplicando 0,132 x 94,6mm = 12,4mm e assim por diante.
Coluna 6:
Na coluna 6 estão a precipitação acumulada. Repete-se a primeira linha 12,5mm e
soma-se esta a linha 2 da coluna 5 da seguinte maneira:
12,5mm + 25,9mm = 38,4mm
Assim obteremos toda a coluna 6, sendo que na linha de ordem 12 teremos que ter o total de
94,6mm para conferir.
Coluna 7:
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( P- 0,2S ) 2
Q= ------------------------
( P+0,8S )
( P- 5,64 ) 2
Q= -------------------------- (Equação 24.4)
( P + 22,58 )
A Equação (24.4) é que será usada para se obter a coluna 7 juntamente com a restrição
de que P deverá ser maior que 5,64mm ou seja P> 5,64mm. Caso o P seja menor que 5,64mm
então o valor de Q será 0, ou seja: Se P< 5,64mm então Q=0.
Isto é feito em planilha Excel usando a função SE.
= SE (Coluna 5 > 5,64; [( coluna 5 – 5,64) 2 / (coluna 5 + 22,58)] ; 0)
Para a primeira linha o valor de P da coluna 5 é 12,5mm, isto é, P=12,5mm.
O valor de P=12,5mm é maior que 5,64mm, isto é, P>5,64mm. Então se aplica a
Equação (24.4) e fazendo-se a substituição teremos:
(12,5 - 5,64 ) 2
Q= -------------------------- = 1,34
( 12,5 + 22,58 )
Desta maneira iremos obter toda a coluna 7 relativa a chuva excedente, sempre
substituindo o valor de P corresponde a linha e na coluna 5.
A chuva excedente total é de 67,5mm. Esta chuva é que provocará o escoamento
superficial, ou seja, o runoff.
Coluna 8
Como a coluna 7 obtida está a chuva excedente acumulada, para se obter a chuva excedente
por faixa basta subtrair uma linha da frente pela anterior, repetindo-se a primeira linha. Para
conferir a somatória deve ser de 67,5mm.
Coluna 9
A coluna 9 é a infiltração no solo. É calculada somente para sabermos quanto foi infiltrado no
solo. É calculada pela diferença entre o precipitado por faixa na coluna 5 com a chuva
excedente por faixa da coluna 8. Assim a infiltração na primeira linha da coluna 9 será :
12,5mm – 1,3mm = 11,2mm.
A soma da infiltração da coluna 9 é de 27,1mm e somando-se a infiltração com a
chuva excedente de 67,5mm tem que dar o total da chuva de 94,6mm. Notar que não foi
considerada a evaporação, o que é usual para os problemas de drenagem.
Coluna 10
Um dos truques do método Santa Bárbara é a separação do escoamento superficial, sendo um
sobre superfície impermeabilizada e outra sobre superfície permeável.
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Coluna 11
A coluna 11 é obtida usando o mesmo raciocínio da coluna 10, só que desta vez devemos
tomar a chuva excedente, isto é, aquela que escorre, pois a outra parte da chuva foi infiltrada.
Assim na primeira linha da coluna 8 achamos 1,34mm que deverá ser dividido pelo intervalo
de tempo em horas que é 0,1666h. Teremos:
1,34mm/0,1666h = 8,0mm/h e assim por diante.
Coluna 12
Tendo-se os valores do runoff na área impermeabilizada i e da área permeável ie e
usando a Equação (24.1), como possuímos os valores da área da bacia de drenagem A e da
fração impermeável d, obtemos facilmente todos os valores das coordenadas da hidrograma
para o reservatório imaginário.
I= [ i . d + i e . (1.0 – d)] . A
Substituindo-se a fração da área impermeabilizada de 0,615 e área da bacia de
drenagem 112ha e convertendo em metros quadrados, teremos:
I= [ 74,9/(1000x 3600) . 0,615 + 8,0/ (1000 x 3600) . (1.0 – 0,615)] . 1120000 = 15,29m3/s
Desta maneira obtemos o valor de 15,29m3/s que o valor de I para a primeira linha da
coluna 12.
Coluna 13
A coluna 13 é a soma acumulada de duas linhas da coluna 12. Assim para a primeira linha da
coluna 13 repete-se o valor de 15,29m3/s da coluna 24. Para as demais linhas soma-se a linha
anterior mais a atual ou seja 15,29m3/s + 41,45m3/s obtendo-se 56,74m3/s e assim por diante.
Coluna 14
A coluna 14 é a aplicação da Equação (24.2)
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O valor de Kr usando unidades coerentes, por exemplo, tudo segundos ou tudo hora.
No caso usaremos segundos.
Kr = 600/ (2 x 2370 + 600) = 0,11235955
Na Equação (24.2) temos o valor de Kr e os valores de I (j-1) + I (j) . Temos uma equação
e duas incógnitas, mas uma incógnita será sempre a vazão anterior.
Supondo primeiramente que a vazão da primeira linha da coluna 14 seja zero, istoé,
Q(j-1)=0.
Substituindo teremos:
Qj= 0 + 0,11235955 . [ 15,29 - 2 . 0 ] =1,72m3/s
Para a segunda linha da coluna 14 temos:
Qj= 1,72 + 0,11235955 . [ 56,74 - 2 . 1,72 ] =7,71 m3/s
E assim por diante.
Coluna 15
É o hidrograma que queremos. Na primeira linha da coluna 15 é a segunda linha da coluna 14
e assim por diante.
Poderemos continuar os cálculos até atingirmos na coluna 15 o valor de Q(j) igual
zero.
Obtemos a vazão de pico usando o método Santa Bárbara de 17,32m3/s que ocorre a
40min do inicio da chuva, conforme se pode ver na linha de ordem 4.
Em se tratando de problema real, a vazão base é 0,83m3/s e que somada a vazão de
pico de 17,32m3/s nos dará a vazão de projeto de 18,15m3/s.
HUFF Precip. Prec. Chuva exc. Chuva exc. Infilt. Area Area I(1)
Ordem Tempo Tempo 1. Q Total Acum. acum. por faixa imperm. perm. I + Q(1) Q(2)
50% P P P acum. Q acum. Q f i ie I(2)
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Tabela 24.4- Hidrograma da bacia do Pacaembu –SP usando o método Santa Bárbara
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna Coluna Coluna 9 Coluna 10 Coluna 11 Coluna Coluna Coluna Coluna 15
7 8 12 13 14
HUFF 1. Precip. Prec. Chuva exc. Chuva exc. por Infiltraçã Area Area Hidrogra
Q Total Acum. acum. faixa o imperm. permeável ma
Ordem Tempo Tempo 50% P P P acum. Q acum. Q f i ie I I(1)+I(2) Q(1) Q(2)
1 2,5 0,04 0,030 2,6 2,6 0,0 0,0 2,6 61,3 0,0 20,78 20,78 0,00 1,60
2 5,0 0,08 0,030 2,6 5,1 0,0 0,0 2,6 61,3 0,0 20,78 41,56 1,60 4,55
3 7,5 0,13 0,036 3,1 8,2 0,0 0,0 3,1 73,5 0,2 25,00 45,78 4,55 7,37
4 10,0 0,17 0,036 3,1 11,2 0,3 0,3 2,8 73,5 7,4 27,00 52,00 7,37 10,24
5 12,5 0,21 0,061 5,2 16,4 1,7 1,3 3,8 124,6 32,4 51,24 78,24 10,24 14,68
6 15,0 0,25 0,061 5,2 21,6 3,8 2,1 3,1 124,6 50,8 56,35 107,59 14,68 20,70
7 17,5 0,29 0,076 6,5 28,1 7,2 3,4 3,1 155,2 81,6 75,30 131,65 20,70 27,64
8 20,0 0,33 0,076 6,5 34,6 11,2 4,0 2,5 155,2 96,3 79,37 154,66 27,64 35,29
9 22,5 0,38 0,052 4,4 39,0 14,2 3,0 1,4 106,2 72,2 56,06 135,43 35,29 40,27
10 25,0 0,42 0,052 4,4 43,4 17,4 3,2 1,2 106,2 76,3 57,19 113,25 40,27 42,79
11 27,5 0,46 0,052 4,4 47,8 20,7 3,3 1,1 106,2 79,7 58,13 115,32 42,79 45,08
12 30,0 0,50 0,052 4,4 52,3 24,1 3,4 1,0 106,2 82,5 58,92 117,05 45,08 47,15
13 32,5 0,54 0,033 2,8 55,1 26,4 2,2 0,6 67,4 53,6 37,75 96,67 47,15 47,33
14 35,0 0,58 0,032 2,7 57,8 28,6 2,2 0,5 65,4 52,9 36,83 74,58 47,33 45,78
15 37,5 0,63 0,026 2,2 60,0 30,4 1,8 0,4 53,1 43,5 30,08 66,92 45,78 43,89
16 40,0 0,67 0,025 2,1 62,1 32,2 1,8 0,4 51,1 42,3 29,04 59,13 43,89 41,68
17 42,5 0,71 0,022 1,9 64,0 33,7 1,6 0,3 44,9 37,5 25,65 54,69 41,68 39,48
18 45,0 0,75 0,021 1,8 65,8 35,2 1,5 0,3 42,9 36,1 24,56 50,21 39,48 37,27
19 47,5 0,79 0,014 1,2 67,0 36,2 1,0 0,2 28,6 24,2 16,41 40,97 37,27 34,69
20 50,0 0,83 0,014 1,2 68,2 37,2 1,0 0,2 28,6 24,3 16,44 32,85 34,69 31,88
21 52,5 0,88 0,014 1,2 69,4 38,3 1,0 0,2 28,6 24,4 16,47 32,91 31,88 29,50
22 55,0 0,92 0,014 1,2 70,5 39,3 1,0 0,2 28,6 24,5 16,50 32,97 29,50 27,50
23 57,5 0,96 0,013 1,1 71,7 40,2 1,0 0,2 26,6 22,8 15,34 31,84 27,50 25,72
24 60,0 1,00 0,012 1,0 72,7 41,1 0,9 0,1 24,5 21,2 14,18 29,52 25,72 24,03
25 62,5 1,04 0,012 1,0 73,7 42,0 0,9 0,1 24,5 21,2 14,20 28,38 24,03 22,52
26 65,0 1,08 0,012 1,0 74,7 42,9 0,9 0,1 24,5 21,3 14,22 28,42 22,52 21,24
27 67,5 1,13 0,011 0,9 75,7 43,7 0,8 0,1 22,5 19,6 13,05 27,27 21,24 20,07
28 70,0 1,17 0,011 0,9 76,6 44,5 0,8 0,1 22,5 19,6 13,06 26,11 20,07 18,99
29 72,5 1,21 0,008 0,7 77,3 45,1 0,6 0,1 16,3 14,3 9,51 22,57 18,99 17,81
30 75,0 1,25 0,008 0,7 78,0 45,7 0,6 0,1 16,3 14,3 9,52 19,02 17,81 16,53
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31 77,5 1,29 0,006 0,5 78,5 46,2 0,4 0,1 12,3 10,8 7,14 16,66 16,53 15,27
32 80,0 1,33 0,006 0,5 79,0 46,6 0,4 0,1 12,3 10,8 7,15 14,29 15,27 14,02
33 82,5 1,38 0,006 0,5 79,5 47,1 0,4 0,1 12,3 10,8 7,15 14,29 14,02 12,96
34 85,0 1,42 0,006 0,5 80,0 47,5 0,4 0,1 12,3 10,8 7,15 14,30 12,96 12,07
35 87,5 1,46 0,006 0,5 80,5 48,0 0,5 0,1 12,3 10,8 7,16 14,31 12,07 11,31
36 90,0 1,50 0,006 0,5 81,0 48,4 0,5 0,1 12,3 10,8 7,16 14,32 11,31 10,67
37 92,5 1,54 0,006 0,5 81,5 48,9 0,5 0,1 12,3 10,8 7,16 14,32 10,67 10,13
38 95,0 1,58 0,006 0,5 82,0 49,3 0,5 0,1 12,3 10,9 7,17 14,33 10,13 9,68
39 97,5 1,63 0,006 0,5 82,5 49,8 0,5 0,1 12,3 10,9 7,17 14,34 9,68 9,29
40 100,0 1,67 0,006 0,5 83,1 50,2 0,5 0,1 12,3 10,9 7,17 14,35 9,29 8,96
41 102,5 1,71 0,004 0,3 83,4 50,5 0,3 0,0 8,2 7,3 4,78 11,96 8,96 8,51
42 105,0 1,75 0,004 0,3 83,7 50,8 0,3 0,0 8,2 7,3 4,79 9,57 8,51 7,93
43 107,5 1,79 0,004 0,3 84,1 51,1 0,3 0,0 8,2 7,3 4,79 9,57 7,93 7,45
44 110,0 1,83 0,004 0,3 84,4 51,4 0,3 0,0 8,2 7,3 4,79 9,58 7,45 7,04
45 112,5 1,88 0,002 0,2 84,6 51,6 0,2 0,0 4,1 3,6 2,40 7,18 7,04 6,51
46 115,0 1,92 0,002 0,2 84,8 51,7 0,2 0,0 4,1 3,6 2,40 4,79 6,51 5,88
47 117,5 1,96 0,002 0,2 84,9 51,9 0,2 0,0 4,1 3,6 2,40 4,79 5,88 5,34
48 120,0 2,00 0,002 0,2 85,1 52,0 0,0 0,2 4,1 0,0 1,39 3,78 5,34 4,81
1,000 85,1 51,9 33,2
Chuva exc. Infiltra
ção
24-15
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Capítulo 24 Método Santa Bárbara
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50,00
45,00
40,00
35,00
Vazão (m3/s)
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0
Tempo (min)
Figura 24.2- Hidrograma da bacia do Pacaembu para chuvas de 2horas escolhido por Canholi,1995
Exemplo 24.3- Caso real. Calcular a vazão de pico e a hidrograma usando o método Santa
Bárbara de uma área urbana em Guarulhos com área de 1,12km2 (112ha) para período de
retorno de 50 anos, hietograma de Huff 1º quartil com 50% de probabilidade e equação da
chuva de Martinez e Magni, 1999. Os intervalos são de 2,5min.
A diferença entre o Exemplo (24.3) e o Exemplo (24.1) é o intervalo de tempo. No
primeiro exercício foi usado intervalo de 10min e agora vamos usar intervalo menor de
2,5min.
O resultando da vazão de pico será de 17,65m3/s o que é um pouco maior que os
17,32m3/s obtidos com o intervalo de 10min. Usando-se microcomputador o mais prático é
usar o intervalo menor. Na Tabela (24.5) está a planilha de aplicação do método Santa
Bárbara para o intervalo de tempo de 2,5min.
24-16
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Capítulo 24 Método Santa Bárbara
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24-17
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Capítulo 24 Método Santa Bárbara
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43 107,5 1,79 0,004 0,4 93,5 66,5 0,4 0,0 9,1 8,5 2,76 5,52 7,94 7,62
44 110,0 1,83 0,004 0,4 93,8 66,8 0,4 0,0 9,1 8,5 2,76 5,52 7,62 7,32
45 112,5 1,88 0,002 0,2 94,0 67,0 0,2 0,0 4,5 4,3 1,38 4,14 7,32 7,00
46 115,0 1,92 0,002 0,2 94,2 67,2 0,2 0,0 4,5 4,3 1,38 2,76 7,00 6,66
47 117,5 1,96 0,002 0,2 94,4 67,4 0,2 0,0 4,5 4,3 1,38 2,76 6,66 6,33
48 120,0 2,00 0,002 0,2 94,6 67,5 0,0 0,2 4,5 0,0 0,87 2,25 6,33 6,01
1,000 94,6 67,4 27,2
Chuva Infiltra
exc. ção
Conforme a Tabela (24.8) obtemos o hidrograma para chuva de 2h. A chuva total de
50anos é de 94,6mm e o escoamento superficial (runoff) é de 67,531mm.
A vazão máxima é de 17,65m3/s que se dá a 37,53min, ou seja, 0,625h (ordem 15) na
coluna 1.
Após 6,713h o runoff acaba totalmente e isto se dá na linha de ordem 161 conforme se
pode ver na coluna 1.
Todo o programa é facilmente executado em planilha Excel da Microsoft.
Sendo a vazão base de 0,83m3/s e sendo a vazão de pico de 17,65m3/s a vazão total de
pico será a soma das duas, ou seja:
0,83m3/s + 17,65m3/s = 18,48 m3/s
Portanto, a vazão de pico para projeto é de 18,48m3/s.
A Figura (24.3) mostra a hidrograma obtida.
20
Vazao em m3/s
15
10
0
0 2 4 6 8
Tempo (min)
24-18
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 26- Método TR-55 para varias bacias
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Capítulo 26
Para a construção do Parthenon localizado na Acrópole de Atenas foi usada a “seção áurea” ou
a “divina proporção” onde o comprimento L e a largura W para um retângulo satisfaz a
expressão:
(L + W) / L = L /W
Fonte: Geometry de Peter B. Geltner e Darrel J. Peterson.
26-1
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Capitulo 26- Método TR-55 para varias bacias
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SUMÁRIO
Orde Assunto
m
26.1 Introdução
26.2 SCS TR-55
26.3 Método SCS do TR-55 para dimensionamento preliminar de reservatório de
detenção
26.4 Tr-55 para várias bacias
21 páginas
26-2
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Capitulo 26- Método TR-55 para varias bacias
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26.1 Introdução
O Departamento de Agricultura nos Estados Unidos apresentou em junho de 1986 através do
Natural Resources Conservation Service (NRCS), o Technical Release 55, ou seja, o TR-55 destina a
bacias urbanas maiores que 4ha até 65km2, mais conhecido como SCS TR-55, incorporando o que já
tinha sido publicado em janeiro de 1976 pelo Soil Conservation Service (SCS).
O TR-55 apresenta metodologia própria para determinar o pico de descarga e volume de
detenção para áreas urbanas e rurais. Não apresenta o hidrograma completo e pode ser usado
facilmente para varias bacias.
Para o uso do TR-55 é obrigatório chuva de duração de 24h.
Dica- O Método SCS TR-55 é bom para determinar vazão de pico e volume de detenção. Para
hidrograma completo deve-se usar o SCS original.
26-3
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Capitulo 26- Método TR-55 para varias bacias
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Tabela 26.2- Valores de C0 ,C1 e C2 obtidos em função do tipo de chuva e da relação Ia/P
Tipo de chuva
conforme SCS Ia/ P C0 C1 C2
(Estados
Unidos)
0,10 2,30550 -0,51429 -0,11750
0,20 2,23537 -0,50387 -0,08929
0,25 2,18219 -0,48488 -0,06589
0,30 2,10624 -0,45695 -0,02835
I 0,35 2,00303 -0,40769 0,01983
0,40 1,87733 -0,32274 0,05754
0,45 1,76312 -0,15644 0,00453
0,50 1,67889 -0,06930 0,0
Os Estados Unidos foram divididos em 4 regiões, onde existem os tipos de chuva I, IA, II e
III. Infelizmente não temos nada semelhante no Brasil.
Segundo Porto,1995 o tipo de chuva de São Paulo que mais se aproxima dos Estados Unidos é
o tipo II. No Capitulo 7 deste livro encontramos as frações de chuvas acumuladas Tipo I, Tipo IA,
Tipo II e Tipo III.
Lembrando o método de cálculo da chuva excedente pelo número da curva CN, Ia é abstração
inicial em milímetros, que representa todas as perdas antes que comece o runoff.
Dica: Para o Estado de São Paulo usar a chuva Tipo II para o SCS-TR-55
26-4
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 26- Método TR-55 para varias bacias
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O valor de P para o caso do método SCS TR-55 é para uma chuva de 24horas.
Na Tabela (26.2) para valores de Ia/P < 0,10 deverá ser usado o valor Ia/P=0,10 e para valores
de Ia/P >0,50 deverá ser usado Ia/P =0,50. O TR-55,1986 diz que para valores de Ia/P menores que
0,10 e maiores que 0,50 temos falta de precisão na vazão de pico que será obtida.
O TR-55,1986 aconselha ainda que para a aplicação do método o valor de CN deverá ser
maior que 40 e que a bacia deve ser homogênea, isto é, que o uso do solo e a cobertura seja
uniformemente distribuída na bacia. Chin, 2000 sugere que as variações do coeficiente CN na bacia
devem ser de ± 5 % (cinco por cento).
O TR-55 recomenda ainda que quando for aplicado o método gráfico estimativo de pico, as
vazões devem ser calculadas antes e depois do desenvolvimento, usando os mesmos procedimentos
para estimativa do tempo de concentração tc.
O TR-55 aconselha outro método caso se queira a hidrógrafa.
Exemplo 26.1
Seja uma bacia com 2,22km2 com 0,2% de poças d’água e que o número da curva estimado
CN=87. O tempo de concentração é de 15min = 0,25h e que a chuva de 24horas é o Tipo II e que a
precipitação para período de retorno de 25anos conforme Martinez e Magni,1999, na cidade de São
Paulo, seja de 123mm.
Solução
Para CN=87 > 40 o armazenamento S será:
25400
S= ------------- - 254
CN
S= (25.400/87) – 254 = 37,95mm
Como o valor P=123mm temos:
( P- 0,2S ) 2
Q= --------------------------
( P+0,8S )
26-5
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Como Ia/P < 0,1 adotamos para Ia/P =0,1 e então para a chuva Tipo II escolhida temos:
C0 = 2,55323
C1 = -0,61512
C2 = -0,16403
tc=0,25h > 0,1h (hipótese de aplicação do método)
26-6
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Exemplo 26.2
Seja uma bacia com 9,95km2 com 0,2% de poças d’água e que o número da curva estimado CN=75.
O tempo de concentração é de 2,53h e que a chuva de 24h é do Tipo II e que a precipitação para o
período de retorno de 100 anos seja de 162,05mm
A declividade média foi obtida proporcionalmente aos comprimentos dos trechos desde a
primeira cota de montante até a última cota de jusante.
Para o cálculo do tempo de concentração será usado a fórmula SCS Lag-1975, pois a área da
bacia 9,95km2.
Qu = 0,81777 m3/s/cm/km2
Qp= Qu. A . Q. Fp
Considerando a vazão de base de 3m3/s teremos como vazão de pico de projeto é igual a
72,32m3/s + 3m3/s = 75,32m3/s.
26-7
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Capitulo 26- Método TR-55 para varias bacias
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Volume do reservatório
---------------------------------- = C0 + C1 . α + C2 . α2 + C3. α3 (Equação 26.3)
volume de runoff
Sendo:
Volume do reservatório =volume do piscinão (m3);
volume de runoff = volume da chuva excedente (m3 ). É a altura da chuva multiplicada pela área da
bacia nas unidades compatíveis;
α = Qpré-desenvolvimento/Qpós-dessenvolvimento
Sendo:
Qpós-dessenvolvimento = vazão de pico (m3/s) depois do desenvolvimento calculado pelo TR-55;
Qpré-desenvolvimento = vazão de pico (m3/s) antes do desenvolvimento calculado pelo TR-55.
C0, C1, C2 e C3 = coeficientes de análise de regressão da Tabela (26.4)
Tabela 26.4- Valores dos coeficientes C0, C1, C2 e C3 em função do tipo de chuva dos Estados
Unidos padronizadas pelo SCS.
Tipo de chuva
nos Estados C0 C1 C2 C3
Unidos
I, IA 0,660 -1,76 1,96 -0,730
II , III 0,682 -1,43 1,64 -0,804
Fonte: McCuen, 1998 p. 449
O TR-55 recomenda que as estimativas de pico devem ser as calculadas pelo TR-55 e que o
procedimento de cálculo do tempo de concentração adotado para o pré-desenvolvimento e pós-
desenvolvimento deve ser o mesmo.
O TR-55 adverte que os erros de estimativas são da ordem de 25% (vinte e cinco por cento).
De modo geral, o método SCS super-dimensiona o reservatório de detenção (capítulo 6-3, junho de
1986, Urban Hydrology for Small Watersheds – TR-55).
26-8
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Volume do reservatório
---------------------------------- = C0 + C1 . α + C2 . α2 C3. α3
volume de runoff
Volume do reservatório
------------------------------- = 0,682 - 1,43 . 0,22 + 1,64 0,222 -0,804. 0,223 =0,44
volume de runoff
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Quando ultrapassarmos as hipóteses acima, teremos que usar o programa de software do SCS
denominado TR-20 que é gratuito.
Exemplo 26.6
Adaptamos o exemplo do TR-55. Este exemplo também está no livro do Akan, 1993.
Trata-se de calcular a vazão de pico para antes do desenvolvimento para uma bacia com sete
sub-bacias, para o período de retorno de 25anos, chuva de 24h Tipo II.
Vamos usar dados de chuva da Região Metropolitana de São Paulo que para chuva de 24h e
Tr=25anos o valor de P=123mm.
O esquema das subbacias está na Figura (26.3).
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26-11
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Coluna 4- travel time, ou trânsito pela área subseqüente. Assim a subbacia 3 tem travel time
de 0,50m enquanto que a subbacia 5 tem travel time de 1,25h e a subbacia 7 que é a última tem 0,75h.
Coluna 6- Nesta coluna estão os travel time da subbacia até a saída final de toda a bacia.
Assim a subbacia 1 tem travel time de 2,50h para chegar até a saída da bacia. A subbacia 7 que é a
ultima o travel time é 0,0h.
26-12
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Na Tabela (26.7) está o cálculo do runoff Q e da relação Ia/P importante para utilização do
TR-55.
( P- 0,2S ) 2
Q= -------------------------- válida quando P> 0,2 S
( P+0,8S )
26-13
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Na Tabela (26.8) está o cálculo auxiliar de Q x área e que será usado na Tabela (26.9).
Travel qt
Tc Time
Sub- até Ia/ Q x cfs/milha2/in
bacia saída P Área
(cm x
(h) (h) km2) 12,8 h 13,2h 13,6h 14,0h 14,3h 14,6h 15h
0,1
1 1,5 2,5 0 3,06 6 8 11 18 34 69 141
0,1
2 1,25 2,5 0 2,53 7 10 14 28 58 114 197
0,1
3 0,5 2 0 1,53 15 23 65 202 297 280 181
0,1
4 0,75 2 0 3,16 13 20 48 151 245 274 213
0,1
5 1,5 0,75 0 3,06 42 125 222 233 193 148 102
0,1
6 1,5 0,75 0 5,05 42 125 222 233 193 148 102
0,1
7 1,25 0 0 3,06 284 266 163 104 78 61 47
Coluna 4- estão os valores de Ia/P que serão usados para entrar nas Tabelas do TR-55 para
chuva Tipo II estão no fim do capitulo.
Notar que todos os valores de Ia/P são iguais a 0,10, pois toma-se sempre o valor inferior.
Como os valores são inferiores a 0,22 e como o valor superior de Ia/P=0,30 toma-se Ia/p=0,10.
Coluna 6- são os valores obtidos na Tabelas do TR-55 para chuva Tipo II estão no fim do capítulo.
Entrando com o tempo de concentração tc, o travel time e o valor Ia/P para chuva tipo II e
24h de chuva. Notar que tomamos arbitrariamente para inicio o valor de 12,8h.
Escolhemos para efeito didático somente parte do período tabelado que vai de 11h até 24h.
26-14
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Travel qt
Tc Time
Sub hor até Ia/ Q x m3/s/km2/cm
bacia as saída P Área
cm x
horas km2 12,8 h 13,2h 13,6h 14,0h 14,3h 14,6h 15h
0,1
1 1,5 2,5 0 3,06 0,0258 0,0344 0,0473 0,0774 0,1462 0,2967 0,6063
0,1
2 1,25 2,5 0 2,53 0,0301 0,043 0,0602 0,1204 0,2494 0,4902 0,8471
0,1
3 0,5 2 0 1,53 0,0645 0,0989 0,2795 0,8686 1,2771 1,204 0,7783
0,1
4 0,75 2 0 3,16 0,0559 0,086 0,2064 0,6493 1,0535 1,1782 0,9159
0,1
5 1,5 0,75 0 3,06 0,1806 0,5375 0,9546 1,0019 0,8299 0,6364 0,4386
0,1
6 1,5 0,75 0 5,05 0,1806 0,5375 0,9546 1,0019 0,8299 0,6364 0,4386
0,1
7 1,25 0 0 3,06 1,2212 1,1438 0,7009 0,4472 0,3354 0,2623 0,2021
Os valores da Tabela (26.10) são semelhantes aos da Tabela (26.9) com a diferença que
fizemos a mudança das unidades para m3/s/km2/cm. Usamos para isto o fator de conversão 0,0043.
Assim o valor da coluna 7 da Tabela (26.9) foi multiplicado por 0,0043 obtendo-se 0,08 na
coluna 6 da Tabela (26.10).
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Travel qt
Tc Time
Sub hor até Ia/ Q x m3/s/km2/cm
bacia as saída P Área
cm x
horas km2 12,8 h 13,2h 13,6h 14,0h 14,3h 14,6h 15h
1,5
1 0 2,50 0,1 3,06 0,08 0,11 0,14 0,24 0,45 0,91 1,85
1,2
2 5 2,50 0,1 2,53 0,08 0,11 0,15 0,30 0,63 1,24 2,14
0,5
3 0 2,00 0,1 1,53 0,10 0,15 0,43 1,33 1,95 1,84 1,19
0,7
4 5 2,00 0,1 3,16 0,18 0,27 0,65 2,05 3,33 3,72 2,89
1,5
5 0 0,75 0,1 3,06 0,55 1,64 2,92 3,06 2,54 1,94 1,34
1,5
6 0 0,75 0,1 5,05 0,91 2,72 4,82 5,06 4,19 3,22 2,22
1,2
7 5 0,00 0,1 3,06 3,73 3,49 2,14 1,37 1,02 0,80 0,62
5,63 8,49 11,26 13,41 14,11 13,67 12,25
Na Tabela (26.11) estão os cálculos da multiplicação da coluna 5 por cada valor da coluna 6 a
112 da Tabela (26.10).
Coluna 6- 3,06 cm x km2 x 0,0258 = 0,08m3/s e assim por diante.
As coluna 6 a 12 tem a sua soma na última linha da Tabela (26.10). Assim a coluna 6 tem
soma de 5,63m3/s.
Fazendo-se soma das colunas 7 a 12 obtemos os valores 8,49m3/s, 11,26m3/s, etc.
O valor máximo será 14,11m3/s que será a máxima vazão das 7 subbacias e que se dará as
14,3h.
Obtemos assim a máxima vazão bem como uma parte do hidrograma conforme Figura (26.4).
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16
14
12
Vazão (m3/s)
10
8
6
4
2
0
12,8 h 13,2h 13,6h 14,0h 14,3h 14,6h 15h
Tempo (h)
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Figura 26.5- Gráfico das relações de pico e de volume para os diferentes tipos de chuvas usados
nos Estados Unidos e usado no TR-55.
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Exemplo 26.7-
Vamos dar um exemplo que está no capítulo 6, 2005 Waterware Consultants, Centterville, OH, USA.
Calcular a hidrógrafa de cada subbacia, sendo a subbacia A com 120 acre e a subbacia B com 90
acres conforme Figura (26.6).
Os valores de CN respectivamente são de 75 e 68.
Para a subbacia A
Sa= 1000/CNa -10= 1000/75 -10= 3,33 inches
Ia=0,2Sa=0,2x3,33= 0,67 inches
Ra= (P24 -0,2x Sa) 2 / ( P24+0,80 x Sa) = (5,3 – 0,67)2/ (5,3 +0,8x3,33) = 2,69inches
Q(t)= QTR55 x 0,19mi2 x Ra= Q x 0,19 x 2,69=0,5111 x Q
Para a subbacia B
Sb= 1000/CNb -10= 1000/68 -10= 4,71 inches
Ib=0,2Sa=0,2x4,71= 0,94 inches
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Rb= (P24 -0,2x Sb) 2 / ( P24+0,80 x Sb) = (5,3 – 0,94)2/ (5,3 +0,8x4,71) = 2,10inches
Q(t)= QTR55 x 0,134in2 x Ra= Q x 0,14 x 2,10=0,294 x Q
Q(t)= QTR55 x A x R
Consultando a Tabela II para tc=0,50h e Travel time =0,50h
1 2 3 4 5 6
5+5
11,0 8 17 4,09 5,00 9,09
11,3 10 23 5,11 6,76 11,87
11,6 13 32 6,64 9,41 16,05
11,9 18 57 9,20 16,76 25,96
12,0 20 94 10,22 27,64 37,86
12,1 22 170 11,24 49,98 61,22
12,2 25 308 12,78 90,55 103,33
12,3 30 467 15,33 137,30 152,63
12,4 38 529 19,42 155,53 174,95
12,5 53 507 27,09 149,06 176,15
12,6 78 402 39,87 118,19 158,05
12,7 114 297 58,27 87,32 145,58
12,8 159 226 81,26 66,44 147,71
13,0 253 140 129,31 41,16 170,47
13,2 311 96 158,95 28,22 187,18
13,4 300 74 153,33 21,76 175,09
13,6 251 61 128,29 17,93 146,22
13,8 195 53 99,66 15,58 115,25
14,0 149 47 76,15 13,82 89,97
14,3 102 41 52,13 12,05 64,19
14,6 74 36 37,82 10,58 48,41
15,0 53 32 27,09 9,41 36,50
15,5 40 29 20,44 8,53 28,97
16,0 33 26 16,87 7,64 24,51
16,5 29 23 14,82 6,76 21,58
17,0 25 21 12,78 6,17 18,95
17,5 23 20 11,76 5,88 17,64
18,0 21 19 10,73 5,59 16,32
19,0 18 16 9,20 4,70 13,90
20,0 16 14 8,18 4,12 12,29
22,0 12 12 6,13 3,53 9,66
26,0 1 0 0,51 0,00 0,51
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Capítulo 38
Método do SCS
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SUMÁRIO
Ordem Assunto
38.1 Introdução
38.2 Hidrograma unitário
38.3 Hidrograma unitário sintético curvilíneo e triangular
38.4 Convolução
38.5 Uso do SCS
38.6 Tempo de pico pelo Método Colorado
38.7 Aplicação na bacia do rio Baquirivu-Guaçu em Guarulhos
38.8 Fórmula Califórnia Culverts Practice
23 páginas
38-2
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Tempo de concentração tc
É o tempo decorrido deste o término da chuva até o ponto de inflexão no trecho
descendente do hidrograma.
Conforme Ven Te Chow, 1988 p. 229 o Soil Conservation Service (SCS) após estudos
em um quantidade muito grande de pequenas e grandes bacias mostraram que
aproximadamente vale a seguinte relação:
ou seja
Sendo:
Qp= vazão de pico (m3/s);
A= área da bacia (km2) e
ta= tempo de ascensão em horas que vai do inicio da chuva até a vazão de pico do hidrograma
conforme Figura (38.1).
Na cidade do Rio de Janeiro a Rio Aguas, 2010 adota para região urbanizada:
Qp= 2,47 .A / ta
Nota: o valor 2,08 é usado pelo SCS como uma média geral e que corresponde nas unidades
inglesas ao fator de pico (PF) igual a 484, mas para regiões planas com poças de água e
declividades menores ou iguais a 2% poder-se-ia usar o valor 300 que corresponde nas
unidades SI que estamos usando de 1,29 substituindo o valor de 2,08. Nos Estados Unidos em
regiões costeiras planas é usado o valor 1,29 ao invés de 2,08, fornecendo valores menores de
pico.
O Estado da Geórgia nos Estados Unidos fornece uma equação aproximada da curva:
Q/Qp = [ t/tp x exp( 1- t/tp)] X
O valor de X depende do coeficiente adotado. Para o coeficiente 2,08 o valor de
X=3,79 e para o coeficiente 1,29 o valor de X=1,50. Portanto, existem duas curvas um pouco
diferente. Para nossos cálculos não usaremos a equação aproximada do Estado da Geórgia.
O prof. dr. Kokei Uehara para bacias rurais no Estado de São Paulo achou o
coeficiente 1,84 ao invés de 2,08.
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Duração da chuva D
O valor da duração da chuva unitária D.
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Tabela 38.1- Hidrograma unitário curvilíneo adimensional do SCS conforme McCuen, p.537
t/tp Q/Qp
0,00 0,000
0,10 0,030
0,20 0,100
0,30 0,190
0,40 0,310
0,50 0,470
0,60 0,660
0,70 0,820
0,80 0,930
0,90 0,990
1,00 1,000
1,10 0,990
1,20 0,930
1,30 0,860
1,40 0,780
1,50 0,680
1,60 0,560
1,70 0,460
1,80 0,390
1,90 0,330
2,00 0,280
2,20 0,207
2,40 0,147
2,60 0,107
2,80 0,077
3,00 0,055
3,20 0,040
3,40 0,029
3,60 0,021
3,80 0,015
4,00 0,011
4,50 0,005
5,00 0,000
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38.4 Convolução
Segundo McCuen, 1998 o processo segundo o qual a chuva de projeto é combinada
com a função de transferência para produzir o hidrograma do escoamento superficial é
chamado de convolução. Conceitualmente convolução é o processo de multiplicação,
translação do tempo e adição.
No processo dito de convolução o hidrograma unitário em cada incremento de tempo é
multiplicado pela chuva excedente no tempo especificado. Teremos então a multiplicação,
translação e adição.
A melhor maneira de se explicar a convolução é mostrar o Exemplo (38.1).
Exemplo 38.1- Calcular a vazão de pico A área da bacia tem 3,69km2, o talvegue mede
1730m com CN da área permeável igual a 67. A fração de impermeabilização f=0,5 e a
declividade média S=0,03059m/m.
Número da curva CN
CNp= 67
CNw= 67 (1-f)+ 98 x f= 67 x (1-0,5) + 98 x 0,5= 82,5
Portanto, o CNw composto é igual a 82,5.
Tempo de retardo
Como a área da bacia é menor que 8km2 podemos usar a Equação (38.8) para achar o
tempo de retardo tp em horas.
tp= [ L 0,8 . (2540 – 22,86 . CN ) 0,7 ] / [(14104 . CN 0,7 . S 0,5 }
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tp= [ 1730 0,8 . (2540 – 22,86 . 82,5 ) 0,7 ] / [(14104 . 82,50,7 . 0,03059 0,5 ]
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52,31 8,78
56,34 7,96
60,36 6,94
64,38 5,71
68,41 4,69
72,43 3,98
76,46 3,37
80,48 2,86
88,53 2,11
96,58 1,50
104,63 1,09
112,67 0,79
120,72 0,56
128,77 0,41
136,82 0,30
144,87 0,21
152,91 0,15
160,96 0,11
181,08 0,05
201,20 0,00
15,00
Vazão em m3/s
10,00
5,00
0,00
0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00
Tempo em minutos
Figura 38.3- Hidrograma unitário sintético do SCS para a bacia com área de 3,69km2 com duração de
chuva de 10min e chuva excedente de 1cm.
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Tabela 38.3- Chuva excedente obtida pelo número da curva CN=82,5. Foi usado
hietograma conforme Huff 1º quartil com 50% de probabilidade. A equação da chuva é
de Martinez e Magni, 1999 para Tr=25anos com precipitação para chuva de 2h de
85,1mm
Tempo HUFF 1º Q Precipitação Total Chuva excedente
50% P Por faixa Acumulado acumulada por faixa
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6
(min) (%) mm mm mm mm
10 0,132 11,2 11,2 0,0 0,0
20 0,274 23,3 34,5 7,3 7,3
30 0,208 17,7 52,2 18,0 10,8
40 0,116 9,9 62,1 25,0 7,0
50 0,071 6,0 68,1 29,6 4,5
60 0,053 4,5 72,6 33,1 3,5
70 0,046 3,9 76,6 36,2 3,1
80 0,028 2,4 78,9 38,1 1,9
90 0,024 2,0 81,0 39,7 1,7
100 0,024 2,0 83,0 41,4 1,7
110 0,016 1,4 84,4 42,5 1,1
120 0,008 0,7 85,1 43,1 0,6
1 85,1 43,1
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Tabela 38.4- Hidrograma da cheia da bacia de 3,69km2 usando chuva excedente calculada pelo número
da curva CN=82,5 com chuva de 2h, hietograma de Huff 1º quartil com 50% de probabilidade e período
de retorno de 25anos, com 85,1mm da fórmula de Martinez e Magni, 1999.
Col Col Col Col Col Col Col Col Col Col Col Col Col Col Col Col Col
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Tempo 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 soma Vazão de Hidrogra
(min) Hidrograma base ma
Chuva excedente em cm devido a chuva de 2h obtida pelo número da curva CN=82,5
unitário-
(m3/s) (m3/s)
3
(m /s) 0,000 0,727 1,075 0,701 0,454 0,349 0,309 0,191 0,165 0,166 0,112 0,056 4,3
0 0,00 0,00 0,00 0,5 0,50
10 1,47 0,00 0,00 0,5 0,50
20 4,75 0,00 1,07 1,07 0,5 1,57
30 8,88 0,00 3,45 1,58 5,03 0,5 5,53
40 10,20 0,00 6,45 5,10 1,03 12,59 0,5 13,09
50 9,19 0,00 7,41 9,55 3,33 0,67 20,95 0,5 21,45
60 7,03 0,00 6,68 10,97 6,22 2,16 0,51 26,54 0,5 27,04
70 4,41 0,00 5,11 9,88 7,15 4,03 1,66 0,45 28,28 0,5 28,78
80 2,92 0,00 3,21 7,56 6,44 4,63 3,10 1,47 0,28 26,68 0,5 27,18
90 2,00 0,00 2,12 4,74 4,93 4,17 3,56 2,75 0,91 0,24 23,42 0,5 23,92
100 1,33 0,00 1,45 3,14 3,09 3,19 3,21 3,15 1,69 0,78 0,24 19,96 0,5 20,46
110 0,89 0,00 0,96 2,15 2,05 2,00 2,45 2,84 1,95 1,46 0,79 0,16 16,82 0,5 17,32
120 0,58 0,00 0,64 1,43 1,40 1,33 1,54 2,17 1,75 1,68 1,48 0,53 0,08 14,04 0,5 14,54
130 0,39 0,00 0,42 0,95 0,93 0,91 1,02 1,36 1,34 1,52 1,70 0,99 0,27 11,41 0,5 11,91
140 0,26 0,00 0,28 0,63 0,62 0,60 0,70 0,90 0,84 1,16 1,53 1,14 0,50 8,90 0,5 9,40
150 0,18 0,00 0,19 0,42 0,41 0,40 0,46 0,62 0,56 0,73 1,17 1,02 0,57 6,55 0,5 7,05
160 0,12 0,00 0,13 0,28 0,27 0,26 0,31 0,41 0,38 0,48 0,73 0,78 0,51 4,56 0,5 5,06
170 0,08 0,00 0,09 0,19 0,18 0,18 0,20 0,27 0,25 0,33 0,49 0,49 0,39 3,07 0,5 3,57
180 0,05 0,00 0,06 0,13 0,12 0,12 0,14 0,18 0,17 0,22 0,33 0,33 0,25 2,04 0,5 2,54
190 0,03 0,00 0,04 0,09 0,08 0,08 0,09 0,12 0,11 0,15 0,22 0,22 0,16 1,37 0,5 1,87
200 0,00 0,00 0,02 0,06 0,06 0,05 0,06 0,08 0,07 0,10 0,15 0,15 0,11 0,91 0,5 1,41
210 0,00 0,00 0,00 0,03 0,04 0,04 0,04 0,05 0,05 0,06 0,10 0,10 0,07 0,59 0,5 1,09
220 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,02 0,03 0,04 0,03 0,04 0,07 0,06 0,05 0,37 0,5 0,87
230 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,02 0,03 0,02 0,03 0,04 0,04 0,03 0,23 0,5 0,73
240 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,02 0,02 0,02 0,03 0,03 0,02 0,14 0,5 0,64
250 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02 0,01 0,09 0,5 0,59
260 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,05 0,5 0,55
270 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01 0,03 0,5 0,53
280 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,5 0,52
290 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,5 0,51
300 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,5 0,50
310 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,5 0,50
320 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,5 0,50
330 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,5 0,50
340 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,5 0,50
350 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,5 0,50
360 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,5 0,50
38-14
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 38- Método do SCS
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40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
0 100 200 300 400
Tempo em minutos
O volume total na bacia de 3,69km2 pode ser calculado pelo runoff de 43mm.
Volume= (43mm/1000) x 3,69km2 x 100ha x 100000m2= 156.670m3
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Capítulo 38- Método do SCS
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38-16
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Capítulo 38- Método do SCS
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Sendo:
L1= comprimento (km)
S1= declividade (m/km)
S= declividade (m/km)
Exemplo 38.2
Achar a declividade média ponderada com L1= 0,50km L2= 1km e L3= 1,5km e S1=
0,007m/m S2= 0,005m/m e S3= 0,0019 m/m.
Usando a Equação (38.12) temos:
S= [ (L1 . S1 0,24 + L2 . S2 0,24 +...) / ( L1 +L2 + ....) ] 4,17
S= [ (0,5 . 0,007 0,24 + 1,00 . 0,005 0,24 +.1,50. 0,0019 0,24..) / ( 0,50 +1,00 +1,50) ] 4,17
S=0,0533m/m
Exemplo 38.3
Achar a declividade média ponderada com L1= 0,55km L2= 0,32km e L3= 0,27km L4=
0,36km L5= 0,23km e S1= 0,0109m/m S2= 0,0375m/m S3= 0,0185m/m. S4= 0,0306m/m
S5= 0,213m/m.
Tabela 38.6- Cálculo da declividade média ponderada
38-17
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Capítulo 38- Método do SCS
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Exemplo 38.4
Achar a declividade média ponderada conforme DAEE com L1= 0,55km L2= 0,32km e L3=
0,27km L4= 0,36km L5= 0,23km e S1= 10,9m/km S2= 37,5m/km S3= 18,5m/km. S4=
30,6m/km
S5= 0,213m/m.
Exemplo 38.5
Achar o tempo de retardamento tp do hidrograma unitário em horas, sendo L=1,730km Lcg=
0,84km, S=0,0192 m/m e Área impermeável Ia = 50%.
Conforme Figura (38.5) entrando na abscissa com a área impermeável de 50% em
porcentagem obtemos o coeficiente Ct =0,089
Usando a Equação (38.11) temos:
tp= 0,637 . Ct [ L. Lcg / S 0,5] 0,48
tp= 0,637 . 0,089 [ 1,73. 0,89 / 0,0192 0,5] 0,48
tp= 0,18h = 10,7min
Exemplo 38.6
Achar o tempo de retardamento tp do hidrograma unitário em horas, sendo L=2,06km Lcg=
0,84km, S=0,102 m/m e Área impermeável Ia = 44%.
Conforme Figura (38.5) entrando na abscissa com a área impermeável de 44% em
porcentagem obtemos o coeficiente Ct =0,091
Usando a Equação (38.11) temos:
tp= 0,637 . Ct [ L. Lcg / S 0,5] 0,48
tp= 0,637 . 0,091 [ 2,06. 0,84 / 0,102 0,5] 0,48
tp= 0,13h = 7,8min
38-18
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38-19
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Para chuvas menores que 24h o próprio DAEE usou a Equação de Nelson Luiz Goi
Magni e Felix Mero em 1986. Usaremos entretanto a equação de Martinez e Magni que é a
mais recente, datando de 1999.
Quanto à distribuição espacial das chuvas, adotamos a equação de Paulhus, ou seja,
mesmo critério do DAEE, cuja precipitação é atenuada para áreas acima de 25km2.
Párea= Pponto x K
Vazões de pico
Foram calculadas as vazões de pico para períodos de retorno: 2anos; 5anos; 10anos;
50anos e 100 anos para:
Córrego Baquirivu-Mirim
Córrego Cocho Velho
Córrego Água Suja
Córrego Tanque Grande
Córrego Guaraçau
O método de cálculo utilizado foi o SCS, usando chuva excedente pelo número da
curva CN.
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Capítulo 38- Método do SCS
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Dica: A fórmula Califórnia Culverts Practice é recomendada pelo DAAE para pequenas
barragens e é a mais usada para áreas acima de 1km2.
tc= 57 . L1,155 . H-0,385 (Equação 38.14)
Sendo:
tc= tempo de concentração (min);
L= comprimento do talvegue (km);
H= diferença de cotas entre a saída da bacia e o ponto mais alto do talvegue (m).
Exemplo 38.7
Calcular tc com L=0,2 km e H=1,6 m
tc= 57 x L1,155 x H-0,385 =57 x 0,21,155 / 1,60,385 = 3,46min
Portanto tc=3,46min
A velocidade será V= L/ tempo = 200m/ (3,46min x 60s) =0,96m/s
Tempo de retardamento
Para o cálculo do tempo de retardamento tp foi usada a relação do SCS elaborada por
Ven Te Chow.
tp= 0,6 x tc
O comprimento do talvegue e as declividades foram obtidas usando plantas
aerofotogramétricas da bacia do rio Baquirivu Guaçu em Guarulhos.
Foram usadas durações de chuva próximas do tempo de concentração.
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Capítulo 38- Método do SCS
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Capítulo 38- Método do SCS
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38-24
Curso de Manejo das Águas Pluviais
Capitulo 42- Hietograma pelo Método dos Blocos Alternados
Engenheiro Plínio Tomaz 12 de maio de 2010 pliniotomaz@uol.com.br
Capítulo 42
Hietograma pelo método dos blocos alternados
Os filtros lentos de areia formam uma geléia de bactérias que recebe o nome de “shchumtzdecke”, que é uma
palavra alemã composta de “schumzt” que significa “sujeira” e de “decke” que significa película.
Azevedo Neto e Ivanildo Hespanhol-Técnica de abastecimento de água.
42- 1
Manejo de águas pluviais
Capitulo 42- Hietograma pelo Método dos Blocos Alternados
Engenheiro Plínio Tomaz 10 de maio de 2010 pliniotomaz@uol.com.br
Sumário
Ordem Assunto
Capítulo 42 - Método dos Blocos Alternados
42.1 Introdução
42.2 Passos para aplicação do Método dos Blocos Alternados
4 páginas
42-2
Manejo de águas pluviais
Capitulo 42- Hietograma pelo Método dos Blocos Alternados
Engenheiro Plínio Tomaz 10 de maio de 2010 pliniotomaz@uol.com.br
42.1 Introdução
O objetivo é obter o hietograma (precipitação em função do tempo) usando a equação da chuva pelo
Método dos Blocos Alternados, que é um dos mais usados. Tucci, 2002, usou este método no Plano Diretor
de Drenagem de Porto Alegre.
Exemplo 42.1
Definição de uma chuva de projeto de 40min, com Tr= 5anos em intervalos de Δt= 5min. Para a
Equação de Paulo Sampaio Wilken feita para o município de São Paulo temos:
0,181 0,89
i= 1749 . Tr / (td + 15)
Sendo:
i= intensidade da chuva (mm/h)
Tr= período de retorno (anos)
td = duração da chuva (min)
Trata-se da aplicação da Equação de Paulo Sampaio Wilken, onde com o valor do tempo de duração
da chuva td obtemos a intensidade da chuva em mm/h.
42-3
Manejo de águas pluviais
Capitulo 42- Hietograma pelo Método dos Blocos Alternados
Engenheiro Plínio Tomaz 10 de maio de 2010 pliniotomaz@uol.com.br
Coluna 1 - Tempo seqüencial começando em 5 e com intervalos de 5min até completar a duração total da
chuva de 40min.
Coluna 6 – Hietograma, observando que a maior precipitação 13,55 foi colocada aos 20min, que é a ½ da
duração da chuva.
Colocando-se em um gráfico, o tempo da coluna 1 e as precipitações da coluna 8 obtemos a Figura
(42.1).
0
0 10 20 30 40 50
Tempo (min)
Figura 42.1 - Hietograma da precipitação de duração de 40min com Tr= 5anos, usando a Equação de
Paulo Sampaio Wilken.
42-4
Curso de Manejo das Águas Pluviais
Capitulo 42- Hietograma pelo Método dos Blocos Alternados
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Capítulo 42
Hietograma pelo método dos blocos alternados
Os filtros lentos de areia formam uma geléia de bactérias que recebe o nome de “shchumtzdecke”, que é uma
palavra alemã composta de “schumzt” que significa “sujeira” e de “decke” que significa película.
Azevedo Neto e Ivanildo Hespanhol-Técnica de abastecimento de água.
42- 1
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Sumário
Ordem Assunto
Capítulo 42 - Método dos Blocos Alternados
42.1 Introdução
42.2 Passos para aplicação do Método dos Blocos Alternados
4 páginas
42-2
Manejo de águas pluviais
Capitulo 42- Hietograma pelo Método dos Blocos Alternados
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42.1 Introdução
O objetivo é obter o hietograma (precipitação em função do tempo) usando a equação da chuva pelo
Método dos Blocos Alternados, que é um dos mais usados. Tucci, 2002, usou este método no Plano Diretor
de Drenagem de Porto Alegre.
Exemplo 42.1
Definição de uma chuva de projeto de 40min, com Tr= 5anos em intervalos de Δt= 5min. Para a
Equação de Paulo Sampaio Wilken feita para o município de São Paulo temos:
0,181 0,89
i= 1749 . Tr / (td + 15)
Sendo:
i= intensidade da chuva (mm/h)
Tr= período de retorno (anos)
td = duração da chuva (min)
Trata-se da aplicação da Equação de Paulo Sampaio Wilken, onde com o valor do tempo de duração
da chuva td obtemos a intensidade da chuva em mm/h.
42-3
Manejo de águas pluviais
Capitulo 42- Hietograma pelo Método dos Blocos Alternados
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Coluna 1 - Tempo seqüencial começando em 5 e com intervalos de 5min até completar a duração total da
chuva de 40min.
Coluna 6 – Hietograma, observando que a maior precipitação 13,55 foi colocada aos 20min, que é a ½ da
duração da chuva.
Colocando-se em um gráfico, o tempo da coluna 1 e as precipitações da coluna 8 obtemos a Figura
(42.1).
0
0 10 20 30 40 50
Tempo (min)
Figura 42.1 - Hietograma da precipitação de duração de 40min com Tr= 5anos, usando a Equação de
Paulo Sampaio Wilken.
42-4
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Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
Engenheiro Plínio Tomaz 23 de maio de 2012 pliniotomaz@uol.com.br
Capítulo 65
Método de Ven Te Chow
65-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
Engenheiro Plínio Tomaz 23 de maio de 2012 pliniotomaz@uol.com.br
65.1 Introdução
O método de Ven Te Chow data de 1962 e é considerado um método pouco usado, embora
alguns órgãos de governo do Estado de São Paulo ainda o usem.
Usaremos o Método de Ven Te Chow, conforme Prefeitura Municipal de São Paulo, 1998
elaborado pelos professores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Quando se aplica um modêlo de cálculo se procura fazer a análise, isto é, como o mesmo foi
feito. Assim o Método de Ven Te Chow foi feito para bacias rurais em vários estados americanos até
25km2 de área para achar a vazão de pico.
Não se deve aplicar o Método de Ven Te Chow em áreas urbanas ou mesmo em áreas rurais
acima de 25km2 de área, mas mesmo apesar destas observações, o método vem sendo aplicado em
bacias urbanas até 50km2.
Salientamos que pelo método de Ven Te Chow conseguimos a vazão de pico e hidrograma ,
embora preferimos usar o Método do SCS quando executamos um routing do reservatório.
Sendo:
Qp= vazão no tempo “t” em m3/s
Qb= vazão base na bacia no ponto considerado em m3/s
he= chuva excedente em milimetros calculado pelo Método do número da Curva CN do SCS
t= duração da chuva excedente em horas, Conforme PMSP, 1998 devemos pesquisas várias durações
de t e escolher aquela que conduz â maior vazão de pico Qp.
A= área da bacia em km2
tp= tempo de retardamento em horas, que é o tempo compreendido entre o centro de massa da chuva
excedente e o pico do hidrograma unitário.
0,295= resulta da multiplicaçãoi de K=1,06 vezes 0,278
Z= fator de redução de pico dado pela equação:
O tempo de retardamento “tp” para áreas rurais conforme Chow in PMSP, 1998 é dado pela
equação:
Sendo:
L= comprimento do álveo desde o divisor de águas até a secção de controle em metros.
S= declividade média do álveo em porcentagem.
tp= tempo de ascensão em horas
tp=0,6 tc
65-2
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
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tc=tp/0,6
DICA: conforme PMSP, 1998 deve-se pesquisar as várias durações de chuva “t” para
ver qual é a maior vazão Qp.
Exemplo 65.1
Baseado em Paulo Sampaio Wilken
Dado uma bacia com A=11,2 km2, comprimento do talvegue de 7.040m e declividade média do
talvegue de 0,722%. Calcular o tempo de retardamento tp.
65.3 Intervalo ∆t
O intervalo ∆t deve estar entre tc/5 a tc/3.
Exemplo 65.2
Achar o intervalo conveniente para tc=2,67h= 160,2min
tc/5= 2,67/5=0,53h
tc/3= 2,67/3= 0,89h
Adotamos ∆t=0,50h.
Exemplo 65.3
Consideremos area impermeável de 50%, isto é, f=0,50.
Como já foi mostrado anteriormente o tipo de solo da região é o tipo B conforme classificação
do SCS. Considerando CN=60 para área permeável.
Vamos achar o número CNw composto.
Sendo:
CNp =60
f= 0,50
65-3
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
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65.5 Estimativa do runoff ou escoamento superficial ou chuva excedente pelo método SCS
Conforme TR-55 do SCS de 1986 o método do número CN da curva de runoff é fornecido
pela equação:
( P – Ia ) 2
Q = ------------------ (Equação 65.5)
( P- Ia ) + S
Sendo:
Q= runoff ou chuva excedente (mm);
P= precipitação (mm);
Ia = abstração inicial (mm) e
S= potencial máximo de retenção após começar o runoff (mm).
A abstração inicial Ia representa todas as perdas antes que comece o runoff. Inclui a água
retida nas depressões da superfície e interceptada pela vegetação, bem como, a água evaporada e
infiltrada.
Empiricamente foi determinado nos Estados Unidos pela SCS que Ia é aproximadamente igual
a:
Ia =0,2 S (Equação 65.6)
25400
sendo S= ------------- - 254 (Equação 65.8)
CN
A Equação (65.7) do valor de Q é válida quando a precipitação P > 0,2S.
Quando P < 0,2 S, o valor de Q=0.
1747,9 . Tr0,181
I =------------------------ (mm/h) (Equação 65.9)
( t + 15)0,89
65-4
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
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Exemplo 65.4
Calcular a precipitação em 2h para periodo de retorno Tr=100anos para a RMSP.
1747,9 . Tr0,181
I =------------------------ (mm/h)
( t + 15)0,89
1747,9 . 1000,181
I =------------------------ = 4022,69/ 78,70= 51,11 mm/h
( 120 + 15)0,89
Exemplo 65.5
Calcular a chuva excedente para a RMSP com chuva de 2h usando o número da curva CN =79 do SCS.
25400
S= ------------- - 254
CN
25400
S= ------------- - 254 = 67,52mm
79
( P- 0,2S ) 2
Q= -------------------------- válida quando P> 0,2 S
( P+0,8S )
( 102,22- 0,2x67,52 ) 2
Q= ------------------------------------- = 50,38mm
( 102,22+0,8x67,52 )
65-5
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
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Exemplo 65.6
Calcular o fator de redução Z, dado o tempo de ascensão tp=1,63h e chuva de 2h;
onde:
Párea = precipitação na área
Pponto = precipitação no ponto
Ao= 25km2
65-6
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
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65-7
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
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65-8
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 65- Método de Ven Te Chow
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65-9
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 66- Método de I PAI WU
Engenheiro Plínio Tomaz 29 de novembro de 2010 pliniotomaz@uol.com.br
Capítulo 66
Método de I PAI WU
66-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 66- Método de I PAI WU
Engenheiro Plínio Tomaz 29 de novembro de 2010 pliniotomaz@uol.com.br
66.1 Introdução
Vamos comentar o Método I PAI WU usando os ensinamentos do prof. Hiroshi Yoshizane da
Unicamp de Limeira.
Para os engenheiros que gostam do método Racional, o Método de I PAI Wu é o método
Racional que sofre algumas modificações, permitindo cálculos de bacias hidrográficas 2 km2 até
200km2. Existem órgãos do Estado de São Paulo que recomendam a adoção deste método, embora
não aceito por todos.
O método de I PAI WU modificado elaborado pelo prof. dr. Kokei Uehara pode ser usado até
área de 500km2, entretando não vamos apresentá-lo neste capítulo.
Q= (0,278.C. I . A0,9) . K
Qpico= Qb + Q
Sendo:
Q= vazão de pico (m3/s)
Qb= vazão base (m3/s). Se não tiver informação adotar 0,1xQ.
I= intensidade de chuva (mm/h)
C= coeficiente de escoamento superficial (adimensional)
A= área da bacia (km2) ≤ 200km2
K= coeficiente de distribuição espacial da chuva (adimensional)
Para achar o coeficiente K precisamos de um ábaco especial feito pelo DAEE no Estado de
São Paulo.
Coeficiente de forma C1
Conforme Kather, 2006 em bacias alongadas, o tempo de concentração é superior ao tempo de
pico, pois a chuva que cai no ponto mais distante da bacia chegará tarde o suficiente para não
contribuir para a vazão máxima Assim em bacias alongadas, deve-se esperar um valor de C1 <1 de
acordo com a equação:
C1= tp/ tc = 4 / (2 + F)
tp= tempo de pico de ascensão (h)
tc= tempo de concentração (h)
Pelo SCS tp= 0,6 x tc, ou seja, tp/tc= 0,60=C1
66-2
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 66- Método de I PAI WU
Engenheiro Plínio Tomaz 29 de novembro de 2010 pliniotomaz@uol.com.br
F= L / [2 (A/π) 0,5]
Sendo:
L= comprimento do talvegue (km)
A= área da bacia (km2)
F= fator de forma da bacia
Conforme Morano, 2006 quando:
F=1 a bacia tem formato circular perfeito
F<1 a bacia tem forma circular para a eliptica e o seu dreno principal está na transversal da área.
F>1 a bacia foge da forma circular para eliptica e o seu dreno principal está na longitudinal da área.
Coeficiente C2
O coeficiente volumétrico de escoamento ocorre em função do grau de impermeabilidade da
superfície conforme DAEE, São Paulo, 1994.
Podemos adotar C2=0,30 para grau baixo de impermeabilização; C2=0,50 para grau médio e
C2=0,80 para grau alto conforme Tabela (66.1).
66-3
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 66- Método de I PAI WU
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66-4
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Capitulo 66- Método de I PAI WU
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66-5
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Figura 66.1-
66-6
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 66- Método de I PAI WU
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Exemplo 66.1
Dimensionar a vazão do rio Baquirivu Guaçu junto a ponte da Via Dutra. A área tem 149,80km2,
declividade média S=0,002825m/m, L= 22,3km (talvegue), tc= 6,95h.
Hidrograma curvilíneo
Apesar do método de I PAI WU ser baseado no método Racional, adotamos o hidrograma
curvilíneo do SCS.
66-7
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 66- Método de I PAI WU
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66-8
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 66- Método de I PAI WU
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66-9
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capitulo 85- Método de Denver
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l
ia
Capítulo 85
Método de Denver
o r
T
m
F
f.c
D
pd
P
tro
ni
o
.
w
itr
w
w
N
85-1
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capitulo 85- Método de Denver
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SUMÁRIO
Ordem Assunto Página
85.1 Introdução
l
o r
ia
T
m
F
f.c
D
pd
P
tro
ni
o
.
w
itr
w
w
N
85-2
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capitulo 85- Método de Denver
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85.1- Introdução
Rubem Porto no livro de Drenagem Urbana, 1995 p. 154 detalhe e aconselha o
Método Colorado Urban Hydrograph Procedure (CUHP) conhecido também como Método
de Denver, que foi descrito em detalhes em 1992 no Manual de Drenagem Urbana de Denver
no Colorado, Estados Unidos. Conforme livro de Drenagem Urbana de 1986 aconselha-se o
uso do CUHP em bacias com áreas maiores que 1km2 ou bacias complexas menores que
1km2.
Para o tempo de pico tp, o método Colorado aconselha a Equação (85.1) conforme
Diretrizes Básica para Projetos de Drenagem Urbana no município de Saio Paulo, 1998 p.71
usa-se a seguinte Equação (85.1):
l
ia
Sendo:
tp= tempo de retardamento do hidrograma unitário medido do centro da chuva unitária até o
o r
pico do hidrograma (horas);
T
L= comprimento do talvegue da bacia desde as nascentes até a seção de controle (km);
Lcg= comprimento que vai desde o centro de gravidade da bacia até a seção de controle,
acompanhando o talvegue (km); m
F
S= média ponderada das declividades do talvegue (m/m) conforme Equação (85.3).
f.c
D
Conforme SCS o valor de tp= 0,6 . tc podemos achar o tempo de concentração após
N
acharmos o valor de tp. Na prática obtém-se pelo método cinemático um valor melhor do
tempo de concentração tc e depois multiplicando-se por 0,6 obtém-se o valor de tp.
85-3
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
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l
ia
Figura 85.1- Determinação do fator de Pico P em função da área impermeável em porcentagem
o r
T
m
F
f.c
D
pd
P
tro
ni
o
.
w
itr
w
w
N
Declividade: S
Exemplo 85.1- Achar a declividade média ponderada com L1= 0,50km L2 = 1km e L3=
1,5km e S1= 0,007m/m S2 = 0,005m/m e S3= 0,0019 m/m.
85-4
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S= [ (0,5 . 0,007 0,24 + 1,00 . 0,005 0,24 +.1,50. 0,0019 0,24..) / ( 0,50 +1,00 +1,50) ] 4,17
S=0,0533m/m
l
0,5 0,48
ia
tp= 0,637 . Ct [ L. Lcg / S ]
o r
T
tp= 0,13h = 7,8min
m
F
Duração da chuva unitária
f.c
D
1980 p.157)
ni
o
Tempo de ascensão ta
Tempo de ascensão é o tempo de inicio da chuva de duração unitária D até o pico do
hidrograma:
Vazão de pico do hidrograma unitário por unidade de área da bacia qp (m3/s x km2).
85-5
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Sendo:
P = coeficiente relacionado com a capacidade de armazenamento da bacia fornecido
conforme Figura (85.1) obtido em função da área impermeável.
O valor de Cp é obtido pela Equação (85.7).
l
ia
Exemplo 85.5- Calcular a vazão de pico unitário sendo tp= 0,225h e Cp=0,49
o r
Qp = 2,75 . Cp/ tp = 2,75 . 0,49/ 0,225 = 6,0 m 3/s . km2
T
Vazão de pico do hidrograma unitário m
F
f.c
D
Sendo:
ni
qp= vazão de pico do hidrograma unitário por unidade de área da bacia (m3/s x km 2) e
itr
w
85-6
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Exemplo 85.6- Calcular a vazão de pico do hidrograma unitário, sendo a área da bacia de
0,98km2, qp= 6 m3/s . km2.
l
o r
ia
T
m
F
f.c
D
Figura 85.3- Hidrograma unitário do Método de Denver (Colorado Urban Hydrograph Procedure-
pd
CUHP)
P
tro
Exemplo 85.7- Calcular a largura em minutos corresponde a 50% da vazão e 75% da vazão
de pico do hidrograma sendo qp= 6,0 m3/s x km2.
85-7
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m=0,35. W50% a esquerda da vazão de pico e para a direita da vazão de pico teremos
n=0,65. W50%.
Exemplo 85.8
Para W50% de 22,05min teremos a esquerda m=0,35 x 22,05 = 7,72min e n=0,65x
22,05= 14,33min.
Para W75% de 11,26min o valor a esquerda m=0,45x11,26= 5,07min e a direita
n=0,55 x 11,26= 6,19min.
Exercício 85.9- Calcular a vazão de pico usando o Método de Denver para área de drenagem
de 17,2km2, 9,7km de comprimento do talvegue, 4,85km comprimento até o centro de
l
ia
gravidade, declividade média de 0,47% (0,0047m/m), área impermeável de 50%, número da
curva CN=85. (Pallos, bacia do córrego Rincão).
Como a área impermeável é de 50% então entrando no gráfico da Figura (85.2)
o r
obtemos Ct=0,085.
tp= 1,24h
pd
Fator de Pico P
o
.
w
Fator de Pico P=7 foi obtido através da Figura (85.1) entrando com área impermeável
itr
w
de 50%.
w
Determinação de Cp
N
Cp = 0,867 . P . Ct . A 0,15
Cp = 0,867 . 7 . 0,085 . 17,2 0,15
Cp= 0,79
85-8
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V= A (km2) x 1cm
l
ia
Exemplo 85.10- Calcular o volume do hidrograma unitário com chuva excedente padrão de
1cm, sendo a área da bacia de 17,2km2.
o r
T
V= A (km 2) x 1cm= 17,2 x 106 x 1 x 10 –2 = 172.000m3
É com o volume de 172,000m3 que se calcula por aproximação o tempo base de
253,8min sendo razoável um erro de 5%. m
F
f.c
Tabela 85.2- Valores encontrados do tempo de m3/s x km2
D
pd
Tempo
(minutos) m 3/sxkm 2
P
tro
0,00 0
53,83 15,0 50% de Q
ni
o
79,68 30,0
itr
w
Para a chuva excedente foi usado o número da curva CN=85 obtemos chuva excedente
total de 7,12cm. Foi usada a precipitação de Huff 1º quartil com 50% de probabilidade e
fórmula de Martinez e Magni,1999 para Tr=50anos.
Para a Tabela (85.3) temos que colocar os tempos de 10 em 10min temos que fazer
isto graficamente obtendo os valores da coluna 2 ou usar interpolação linear por exemplo.
Na Tabela (85.3) os valores calculados para a convolação são procedidos da seguinte
maneira:
85-9
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Tabela 85.3- Hidrograma da cheia pelo Método de Denver para a bacia com 17,2km2,
chuva de 2h em intervalos de 10min.
Hidrograma 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 soma
tempo unitário 0,19 1,79 1,72 1,01 0,63 0,47 0,41 0,25 0,22 0,22 0,14 0,07 7,12cm
(min) (m3/s ) (m3/s)
0 0,00 0,00 0,00
10 2,79 0,54 0,54
20 5,58 1,07 4,99 6,06
30 8,37 1,61 9,98 4,80 16,39
40 11,16 2,15 14,97 9,59 2,81 29,52
50 13,95 2,68 19,96 14,39 5,62 3,50 46,16
60 20,45 3,93 24,96 19,19 8,43 5,25 3,95 65,70
70 25,84 4,97 36,58 23,98 11,24 6,99 5,27 4,60 93,63
80 29,92 5,76 46,22 35,15 14,05 8,74 6,58 5,74 3,51 125,76
90 26,38 5,07 53,53 44,42 20,59 12,82 9,65 8,42 5,14 4,42 164,06
l
100 22,83 4,39 47,18 51,45 26,02 16,19 12,19 10,64 6,50 5,59 5,60 185,75
ia
110 19,97 3,84 40,84 45,35 30,14 18,75 14,12 12,32 7,53 6,47 6,48 4,33 190,16
120 17,17 3,30 35,72 39,25 26,56 16,53 12,44 10,86 6,64 5,70 5,71 3,82 1,91 168,44
o r
130 14,74 2,84 30,72 34,33 22,99 14,31 10,77 9,40 5,74 4,93 4,94 3,30 1,65 145,92
140
150
13,55
12,36
2,61
2,38
26,37
24,24
29,52
25,35
20,11
17,29
T
12,51
10,76
9,42
8,10
8,22
7,07
5,02
4,32
4,32
3,71
4,33
3,72
2,89
2,48
1,45
1,24
126,77
110,67
160 11,17 2,15 22,11 23,30 14,85 9,24 6,96
m
6,07 3,71 3,19 3,19 2,13 1,07 97,97
F
170 9,98 1,92 19,98 21,25 13,65 8,49 6,39 5,58 3,41 2,93 2,94 1,96 0,98 89,49
f.c
180 8,79 1,69 17,85 19,21 12,45 7,75 5,83 5,09 3,11 2,67 2,68 1,79 0,89 81,02
D
190 7,60 1,46 15,72 17,16 11,25 7,00 5,27 4,60 2,81 2,41 2,42 1,62 0,81 72,54
pd
200 6,41 1,23 13,59 15,11 10,05 6,26 4,71 4,11 2,51 2,16 2,16 1,44 0,72 64,06
P
tro
210 5,22 1,00 11,46 13,06 8,85 5,51 4,15 3,62 2,21 1,90 1,90 1,27 0,64 55,58
220 4,03 0,77 9,33 11,02 7,65 4,76 3,59 3,13 1,91 1,64 1,65 1,10 0,55 47,10
ni
230 2,84 0,55 7,20 8,97 6,45 4,02 3,02 2,64 1,61 1,39 1,39 0,93 0,46 38,62
o
.
240 1,64 0,32 5,07 6,92 5,25 3,27 2,46 2,15 1,31 1,13 1,13 0,75 0,38 30,15
w
250 0,45 0,09 2,94 4,87 4,05 2,52 1,90 1,66 1,01 0,87 0,87 0,58 0,29 21,67
itr
w
260 0,00 0,00 0,81 2,83 2,86 1,78 1,34 1,17 0,71 0,61 0,61 0,41 0,21 13,33
w
N
85-10
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Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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l
o r
ia
T
m
F
Capitulo 86
f.c
D
pd
P
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Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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ia
T
m
F
f.c
D
SUMÁRIO
pd
P
tro
Ordem Assunto
ni
o
.
86.1 Introdução
w
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Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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l
ia
(-kt)
fp = f f + (f0 – f f) e (Equação 86.1)
o r
fp = taxa de infiltração no tempo t (cm/h).
ff = taxa de infiltração mínima (cm/h)
T
m
F
f0 = taxa de infiltração inicial (cm/h)
f.c
k = constante da exponencial (/h) Nota: deve ser obtido experimentalmente
D
t= tempo médio do intervalo (h). Nota: a unidade de t deve ser compatível com a unidade de k
pd
P
tro
fp ≥i
w
f= f p fp < i
w
se (Equação 86.3)
N
Sendo:
86-3
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Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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(Wanielista, 1997 p.161) diz que o teste com infiltrômetro devem ser feito em área
menor que 2.000m2 e cuidados especiais devem ser feitos para que os mesmos sejam
representativos.
O Manual de Drenagem Urbana de Denver recomenda em estudos preliminares que
sejam usados as seguintes taxas de infiltração:
l
ia
dos parâmetros de Horton e que constam do software denominado ABC4.
o r
Parâmetros da Classificação hidrológica do solo segundo o Soil Conservation Service (SCS)
fórmula de Horton Tipo A
(mm/h)
T
Tipo B
(mm/h)
Tipo C
(mm/h)
Tipo D
(mm/h)
f0 250 200 m 130 80
F
ff 25 13 7 3
f.c
k 2 2 2 2
D
os valores de k variam de 1/h até 20/h, enquanto que (Akan,1993) cita que os valores de k
ni
variam de 0,67/h até 49/h sendo que na ausência de dados deve ser usado 4,14/h, conforme
o
.
(Akan,1993) recomenda que quando não se tem dados, pode-se estimá-los usando a
itr
w
86-4
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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Exemplo 86.1
Para o piscinão do Pacaembu, Canholi adotou para a taxa de infiltração final o valor de
4,5mm/h, que seria classificado como solo siltoso com areia, silte e húmus segundo
Akan,1993 na Tabela (86.3).
Quando não dispomos de dados experimentais, Akan,1993 aconselha a Tabela (86.4)
l
Solo seco, sendo mistura de solo com areia, silte, argila e 152,4mm/h
ia
húmus com vegetação densa
Solo argiloso seco com vegetação densa 50mm/h
Solo arenoso úmido com pouca ou nenhuma vegetação 43,18mm/h
o r
Mistura de solo úmido com areia, silte, argila e húmus com 25,4mm/h
pouca ou nenhuma vegetação
Solo argiloso úmido com pouca ou nenhuma vegetação
T 7,62mm/h
Solo arenoso úmido com pouca ou nenhuma vegetação m 83,82mm/h
F
Mistura de solo úmido com areia, silte, argila e húmus com 50,8mm/h
f.c
vegetação densa
D
86-5
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Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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Tabela 86.5- Ensaio dos parâmetros da fórmula de Horton feitos nos Estados Unidos em 1975 no distrito
de Seminole no Estado da Flórida usando infiltrômetros de duplo anél
Taxa de Taxa de infiltração Constante da
infiltração inicial exponencial
final f0 Permeabilidade do solo
Local ff k
mm/h
mm/h /h mm/h
l
ia
31,75 4,826 8
21,336 6,604 4,3
Cross-Creek
(possui um pouco de 16,51 2,032 2,3 <254mm/h
o r
matéria orgânica) 39,878 4,826 4,1
66,04 10,668
T 8,4
30,48 6,604
m
0,8
F
26,67 3,302 6
f.c
D
86-6
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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Exercício 86.2
Na Tabela (86.7) apresentamos a planilha elaborada em Microsoft Excel com exemplo
de (Akan,1993 p.35).
Os dados de entrada são os seguintes:
ff = 0,5 cm/h
f0= 3 cm/h
k = 1,0/h
fp = taxa de infiltração no tempo t (cm/h)
f = taxa de infiltração adotada (cm/h)
i = taxa de precipitação no tempo (cm/h)
t 1 =início do tempo em horas
t 2 = fim do tempo em horas
l
t= média do tempo t1 e t 2 em horas
ia
O cálculo de f é decidido entre a taxa de precipitação i comparando com fp usando a
Equação (86.2) e Equação (86.3).
o r
Dica: não esquecer a Equação (86.2) e Equação (86.3) relativas aos valores de fp e de i.
T
Tabela 86.7- Cálculo da infiltração de água no solo usando o método de Horton, conforme exemplo
m
fornecido por (Akan,1993, p.32)
F
Infiltração no solo
f.c
Dado Dado Dado Média Uso da fórmula método de Horton
D
t1 t2 i de t1 e t2 fp
pd
t f f . 0,25h
(h) (h) (cm/h) (h) (cm/h)
P
(cm/h) mm
tro
soma infiltração =
24,23mm
Exemplo 86.3
Para o piscinão do Pacaembu, Canholi usou para a taxa inicial de infiltração no
método de Horton o valor de 30mm/h que o classifica entre solo úmido arenoso e mistura de
solo de areia, silte, argila e húmus, conforme Tabela (86.4).
Canholi adotou para o piscinão do Pacaembu os seguintes dados (Revista Engenharia
n.º 500, 1994- Instituto de Engenharia de São Paulo, p.15) :
fp = taxa de infiltração no tempo t (cm/h).
ff = taxa de infiltração mínima = 4,5mm/h
f0 = taxa de infiltração inicial =30mm/h
k = constante da exponencial (/h). Nota: não foi citado por Canholi
86-7
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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Coluna 1:
Trata-se da seqüência de 1 a 48 intervalos que temos de 2,5min.
Coluna 2:
É o inicio da contagem de tempo começando com 0 e com espaçamento de 2,5min
Coluna 3:
É o fim do intervalo de tempo, contado de 2,5min em 2,5min.
Coluna 4:
É o intervalo de tempo de 2,5min em horas, isto é,
l
2,5min/60s = 0,041666h
ia
Coluna 5:
É a aplicação da Equação (86.1) fornece os valores de fp
o r
fp = ff + (f0 – ff) e (-kt) T
fp = 4,5 + (30 – 4,5) e(-0,67.t) = 4,5+ 25,5 /e0,67.t m
F
f.c
D
Coluna 6:
Usou-se a função SE da planilha Microsoft Excel para se obter a coluna 6:
ni
Coluna 7:
w
Coluna 8
É a multiplicação da coluna 7 pelo intervalo de chuva em horas, isto é, 2,5min transformado
em horas que é 0,041666h.
Coluna 9:
É a chuva excedente, isto é, o escoamento superficial (runoff) que é fornecido pela diferença
da precipitação (coluna 9) com a infiltração (coluna 8). O total da chuva excedente é
50,74mm.
Coluna 10:
É a precipitação pela formula de Martinez e Magni, 1999 com intervalos de 2,5min e para
período de retorno de 25anos. O total da chuva é de 85,10mm.
86-8
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
Eng Plínio Tomaz 30/10/2010 pliniotomaz@uol.com.br
Tabela 86.8- Aplicação do método de Horton para cálculo da infiltração no solo do piscinão do Pacaembu
Coluna Coluna Coluna Coluna Coluna Coluna Coluna Coluna Coluna Coluna
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ordem Tempo Horton infiltração Intensidade da Infiltração Chuva Excedente Precipitação
chuva
Do tempo Para tempo médio fp Decisão (SE) i
(minutos) (minuto) hora ( mm/h) f (mm/h) mm/h (mm) (mm) (mm)
1 0,0 2,5 0,021 29,65 29,65 61,27 1,24 1,32 2,55
2 2,5 5,0 0,063 28,95 28,95 61,27 1,21 1,35 2,55
3 5,0 7,5 0,104 28,28 28,28 73,53 1,18 1,89 3,06
4 7,5 10,0 0,146 27,63 27,63 73,53 1,15 1,91 3,06
5 10,0 12,5 0,188 26,99 26,99 124,59 1,12 4,07 5,19
l
ia
10 22,5 25,0 0,396 24,06 24,06 106,20 1,00 3,42 4,43
11 25,0 27,5 0,438 23,52 23,52 106,20 0,98 3,45 4,43
12 27,5 30,0 0,479 23,00 23,00 106,20 0,96 3,47 4,43
o r
13 30,0 32,5 0,521 22,49 22,49 67,40 0,94 1,87 2,81
14
15
32,5
35,0
35,0
37,5
0,563
0,604
21,99
21,51
21,99
21,51
T
65,36
53,10
0,92
0,90
1,81
1,32
2,72
2,21
86-9
Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras municipais
Capítulo 86- Infiltração Método de Horton
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l
o r
ia
T
m
F
f.c
D
pd
P
tro
ni
o
.
w
itr
w
w
N
86-10
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Capitulo 99- Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias
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Capítulo 99
Método do SCS (Soil Conservation Service) para
várias bacias
99-1
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Capítulo 99- Método do SCS (Soil Conservation Service) para várias bacias
99.1 Introdução
O método do SCS (Soil Conservation Service) é mais conhecido nos Estados Unidos e o mais
aplicado e cujo nome novo é NRCS (National Resources Conservation Service). É aplicado para
áreas que variam de 3km2 a 250km2.
Está baseado no conceito de hidrograma unitário que foi proposto pela primeira vez em 1932
por Sherman usando 1cm para a chuva excedente para as unidades do Sistema Internacional (SI).
O termo unitário foi usado por Sherman para denominar a unidade do tempo, mas com o
tempo foi interpretado como a unidade da chuva excedente de 1cm (Ven Te Chow, Maidment e
Mays, 1888, p. 214). Snyder desenvolveu o hidrograma unitário sintético em 1938.
Tempo de concentração tc
É o tempo decorrido deste o término da chuva até o ponto de inflexão no trecho descendente do
hidrograma.
Conforme Ven Te Chow, 1988 p. 229 o Soil Conservation Service (SCS) após estudos em um
quantidade muito grande de pequenas e grandes bacias mostraram que aproximadamente vale a
seguinte relação:
Ou seja
99-2
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Sendo:
Qp= vazão de pico (m3/s);
A= área da bacia (km2) e
ta= tempo de ascensão em horas que vai do inicio da chuva até a vazão de pico do hidrograma
conforme Figura (99.1).
Na cidade do Rio de Janeiro a Rio Aguas, 2010 adota para região urbanizada:
Qp= 2,47 .A / ta
Nota: o valor 2,08 é usado pelo SCS como uma média geral e que corresponde nas unidades inglesas
ao fator de pico (PF) igual a 484, mas para regiões planas com poças de água e declividades menores
ou iguais a 2% poder-se-ia usar o valor 300 que corresponde nas unidades SI que estamos usando de
1,29 substituindo o valor de 2,08. Nos Estados Unidos em regiões costeiras planas é usado o valor
1,29 ao invés de 2,08, fornecendo valores menores de pico.
O Estado da Geórgia nos Estados Unidos fornece uma equação aproximada da curva:
Q/Qp = [ t/tp x exp( 1- t/tp)] X
O valor de X depende do coeficiente adotado. Para o coeficiente 2,08 o valor de X=3,79 e
para o coeficiente 1,29 o valor de X=1,50. Portanto, existem duas curvas um pouco diferente. Para
nossos cálculos não usaremos a equação aproximada do Estado da Geórgia.
O prof. dr. Kokei Uehara para bacias rurais no Estado de São Paulo achou o coeficiente 1,84
ao invés de 2,08.
Duração da chuva D
O valor da duração da chuva unitária D.
99-3
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Conforme Gupta, 2008 apresenta sugestões feitas por Sherman, 1942 da duração da
chuva unitaria conforme Tabela (99.1).
99-4
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Para distância de até 150m mais ou menos tem influência a rugosidade do terreno,
mas para distâncias maiores conforme mostra a fórmula do California Culverts Practice a
99-5
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1747,9 . Tr0,181
I =------------------------ (mm/h) (Equação 99.7)
( t + 15)0,89
Exemplo 99.1
Calcular a precipitação total com chuva de 6horas para período de retorno
Tr=100anos para a RMSP.
6h x 60min= 360min
t= 360min
1747,9 x 1000,181
I =------------------------ = 20,59mm/h
(360 + 15)0,89
P= 20,59mm/h x 6h =123,53mm
99-6
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Dica: conforme Huff, 1990 pela duração da chuva achamos o quartil que queremos.
Figura 99.3- Hietograma de Huff no primeiro quartil, segundo quartil, terceiro quartil e
quarto quartil. Fonte: Akan
99-7
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Conforme Westphal, 2001 as curvas acumuladas adimensionais de Huff para os quartis I, II,
III e IV estão na Tabela (99.2).
99-8
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Tabela 99.3- Cálculo da curva acumulada de Huff para o primeiro quartil para chuva de
6h=360min
Original Original
1Q 50%P
% tempo Curva 360 x Coluna2/100
acumulada coluna
1/100
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4
0 0,00 0 0,00
5 16,00 18 0,16
10 33,00 36 0,33
15 43,00 54 0,43
20 52,00 72 0,52
25 69,00 90 0,69
30 66,00 108 0,66
35 74,00 126 0,74
40 75,00 144 0,75
45 79,00 162 0,79
50 82,00 180 0,82
55 84,00 198 0,84
60 86,00 216 0,86
65 88,00 234 0,88
70 90,00 252 0,90
75 92,00 270 0,92
80 94,00 288 0,94
85 96,00 306 0,96
90 97,00 324 0,97
95 98,00 342 0,98
100 100,00 360 1,00
Na Tabela (99.4) está o acumulado em fração de Huff 1Q50%P que é muito util para o
calculo da precipitação efetiva baseada no número CN.
99-9
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Exemplo 99.2
Calcular a chuva acumulada conforme Huff primeiro quartil e com 50% de probabilidade.
O tempo que usaremos é chuva de duração de 6h, ou seja, 360min e a precipitação
acumulada da chuva de 6 h é 123,53mm.
Vamos explicar coluna por coluna.
Coluna 1
São as porcentagem do tempo de 0 a 100%
Coluna 2
São as porcentagens acumulas das precipitações variando de 0 a 100%
Coluna 3- Vazio
Coluna 4
É a o tempo de 360min multiplicado pela porcentagem do tempo dividido por 100.;
Assim quando na coluna 1 temos 5% do tempo teremos:
360 x 5/100= 18min e assim por diante.
Coluna 5
É a precipitação total 123,53mm da chuva de duração de 6h multiplicada, por exemplo, por 16 e
dividido por 100;
123,53 x 16/100= 19,76mm e assim por diante
0 0 0 0,00
5 16 18 19,76
10 33 36 40,76
15 43 54 53,12
20 52 72 64,24
25 60 90 74,12
30 66 108 81,53
35 71 126 87,71
40 75 144 92,65
45 79 162 97,59
50 82 180 101,29
55 84 198 103,77
60 86 216 106,24
65 88 234 108,71
70 90 252 111,18
75 92 270 113,65
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80 94 288 116,12
85 96 306 118,59
90 97 324 119,82
95 98 342 121,06
100 100 360 123,53
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Nota: o tempo de trânsito é o tempo pelo talvegue das águas do rio desde o
ponto considerado até o ponto de controle. Devemos ter cuidado, pois, futuras
mudanças no rio como passar o leito de terra para concreto, haverá aumento da
velocidade e diminuição do tempo de trânsito, ocasionando aumento de pico no
ponto de controle.
Ponto de
controle
Na Tabela (99.5) estão os dados das subbacias com as áreas, tempo de concentração e número da
curva CN, bem como o tempo de trânsito de cada subbacia até o ponto de controle onde queremos a vazão
de pico que está no fim da subbacia 7.
O tempo de trânsito da subbacia 1 até o ponto de controle na subbacia 7 é de 1,75h. Calculamos o
tempo de trânsito para o ponto de controle de cada subbacia. Observe que na bacia 7 o tempo de trânsito é
zero.
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2
A area total da bacia tem 4,27km .
Duração da chuva
O tempo de concentração na seção de controle na Subbacia 7 é 1,50h da subbacia 1 mais
1,75h que é o tempo de transito totalizando: 1,50+1,75= 3,25h
Bedient recomenda 25% a 30% a mais e 30% a mais será:
3,25h x 1,30= 4,22h
Então tomaremos com duração da chuva 6 h.
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31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
240 250 260 270 280 290 300 310 320 330
2,05 2,10 2,11 2,07 2,02 1,95 1,88 1,78 1,67 1,54
1,85 1,80 1,73 1,65 1,57 1,49 1,41 1,31 1,19 1,08
0,71 0,68 0,65 0,58 0,50 0,42 0,38 0,36 0,36 0,35
1,83 1,73 1,65 1,55 1,41 1,22 1,07 0,97 0,92 0,89
1,90 1,72 1,56 1,42 1,31 1,22 1,16 1,11 1,08 1,06
2,34 2,09 1,90 1,79 1,72 1,68 1,66 1,64 1,64 1,64
1,00 0,98 0,97 0,97 0,96 0,96 0,96 0,95 0,88 0,76
11,67 11,11 10,57 10,03 9,49 8,95 8,51 8,12 7,73 7,32
Figura 99.6- Hidrograma na seção de controle que está no fim da subbacia 7 que
é da soma das 7 subbacias com as devidas defazagens.
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320 10,15
330 9,76
340 9,38
350 9,04
360 8,71
370 8,39
380 8,07
390 7,73
400 7,38
410 7,02
420 6,63
430 6,21
440 5,76
450 5,29
460 4,82
470 4,35
480 3,89
490 3,45
500 3,05
510 2,69
520 2,35
530 2,04
540 1,76
550 1,53
560 1,33
570 1,16
580 1,01
590 0,88
600 0,76
610 0,66
620 0,57
630 0,49
640 0,42
650 0,36
660 0,31
670 0,27
680 0,23
690 0,20
700 0,17
710 0,15
720 0,13
730 0,11
740 0,09
750 0,08
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760 0,07
770 0,06
780 0,05
790 0,04
800 0,04
810 0,03
820 0,02
830 0,02
840 0,02
850 0,01
860 0,01
870 0,01
880 0,01
890 0,00
,
Figura 99.7- Hidrograma considerando área única
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99.11 Canalização
O FHWA, 1984 salienta bem que o processo de canalização do talvegue no canal
natural trás como consequência aumento da vazão de pico. Devido a isto que para o pós-
desenvolvimento deverá ser verificado se o canal será revistido ou não. FHWA, 1984 cita
estudos de Liscum e Massey, 1980 que o impacto da canalização sobre a vazão de pico
é tão importante quanto a impermeabilização da area da bacia.
77
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Portanto, o conceito de AMC foi mudado para ARC em que achamos três
valores para o número da curva CN. O número da curva normal que achamos é o
CN(II) e cálculos o CN(I) para época de seca e CN(III) para época de cheia. Temos
então uma faixa de variação do CN que significa faixa de variação do runoff em que
calcularemos as vazões usando o SCS.
Figura 99.8- Probabilidades de runoff entre 12% para CNI e 88% para CNIII
conforme ASCE, 2009.
Exemplo 99.3
Achar o número da curva CN para a condição I e III tendo para tendo CN=75
para a condição II.
Para achar CN na condição III temos que entrar na coluna de CN condição II com
CN=75 e achamos CN=88 na coluna da condição III em que o solo está muito úmido. O
CNI significa época de seca.
Em casos especiais recomenda-se que se façam os cálculos para a condição II
normalmente utilizada e para a condição III e teremos um intervalo de confiança para
algum dimensionamento importante.
Ou poderemos calcular:
CN(I)= CN(II)/ [ 2,334-0,01334. CN(II)]
CN(I)= 75/ [ 2,334-0,01334x75]= 56,22
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Portanto, o intervalo de confiança do runoff está entre CNI e CNIII que é de .75%,
sendo 12% devido a CNI e 88% do runoff devido CNIII.
99.13 Convolução
Em matemática convolução é a operação de duas funções formando uma só.
Na hidrologia trata-se de duas funções uma do hidrograma unitario e outra da chuva
excedente formando o hidrograma final.
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Capitulo 100- Observações sobre o número da curva CN e do SCS
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Capítulo 100
100-1
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Capitulo 100- Observações sobre o número da curva CN e do SCS
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100.1 Introdução
O número da curva CN foi criado nos Estados Unidos em 1954 pelo Soil
Conservation Service (SCS).
É usado no mundo todo, haja vista que todos usam os softwares americanos
gratuitos.
Podemos afirmar com toda a certeza que o número da curva é um método semi-
empírico como a fórmula de Manning, que também é muito usada.
Informamos ainda que o número da curva CN é usado em:
SCS
TR-55
Método de Snyder,
Método de Clark,
Método de Espey e
Método Santa Bárbara,
Aproveitamos também para explicar alguns detalhes do Método do SCS quando
além do valor default 484 usa outros valores como 575 para áreas urbanas com
declividades grandes.
100.2 Teoria
A precipitação P é a soma do runoff Q com as perdas F.
P=Q+F
Notar que F é chamado de perdas, não se falando de abstração e de infiltração.
Q= P 2/ (P + S)
Depois introduziu-se a abstração inicial denominada Ia
Q= (P-Ia) 2/ (P - Ia + S)
Foi definido mais tarde que Ia= 0,2S.
Q= (P-Ia) 2/ (P - Ia + S)
Q= (P-02S) 2/ (P – 0,2S + S)
Q= (P-0,2S) 2/ (P+ 0,8S) P≥ 0,2S, senão Q=0
O valor de S foi definido arbitrariamente e que nas unidades SI é:
S= 25400/CN – 254
Sendo:
S= potencial máximo de retenção após começar o runoff (mm)
CN= número da curva CN adimensional
100-2
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Tabela 100.1- Valores dos números CN da curva de runoff para bacias rurais para
Ia/S=0,20
Uso do solo Superfície do solo Grupo do Solo
A B C D
Solo lavrado Com sulcos retilíneos 77 86 91 94
Em fileiras retas 70 80 87 90
Em curvas de nível 60 72 81 84
Plantações de Terraceado em nível 57 70 78 89
legumes ou Pobres 68 79 86 89
cultivados Normais 49 69 79 94
Boas 39 61 74 80
Normais 30 58 71 78
Campos Esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83
permanentes Normais 36 60 73 79
Densas, de alta transpiração 25 55 70 77
Chácaras Normais 56 75 86 91
Estradas de Más 72 82 87 89
terra De superfície dura 74 84 90 92
100-3
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Capitulo 100- Observações sobre o número da curva CN e do SCS
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Solos menos permeáveis do que o anterior, solos arenosos menos profundo do que
o tipo A e com permeabilidade superior à média (Tucci et al, 1993).
solos barrentos com teor total de argila de 20% a 30%, mas sem camadas
argilosas impermeáveis ou contendo pedras até profundidade de 1,2m. No caso de
terras roxas, esses dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se a
C cerca de 60cm de profundidade, camada mais densificada que no Grupo B, mas
ainda longe das condições de impermeabilidade (Porto, 1979 e 1995).
100-4
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100-5
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100.8 Infiltração
O número da curva CN não é destinado à infiltração, mas é usado.
Foram feitos estudos comparando o método Green-Ampt que é o melhor método de
infiltração com o número da curva CN e concluíram que o número da curva CN funciona
bem.
100.10 Ia/S=0,2
Na prática tem sido usado comumente Ia/S=0,20 com as respectivas tabelas do
numero da curva CN.
Entretanto vários autores conforme ASCE, 2009 chegaram à conclusão que o melhor
valor de Ia/S= 0,05, mas se usarmos isto não temos tabelas do número da curva CN.
Vários autores acharam uma equação que dado o valor do CN para a tabela
Ia/S=0,20, obtemos através de equação achar o valor CN para Ia/S=0,05:
Dica: se você mudar Ia/S também mudará a tabela dos números CN (CUIDADO!!!)
100-6
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100-8
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Vamos apresentar duas equações de Sobhani, 1975 in Asce, 2009 que consegue
calcular o valor de CN(I) para o caso de seca e CN(III) para o caso de chuva antecedente.
CN(I)= CN (II)/ [ 2,334 - 0,01334. CN(II)]
CN(III)= CN(II)/ [ 0,4036 + 0,0059 . CN(II)]
100-9
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Sendo:
A= área da bacia
hex= altura da chuva excedente
Qp= Cp. A/ tA
Para chuva unitária de 1cm com área de bacia de 1km2 e tp em horas, para que Qp
fique em m3/s teremos:
Qp= 2,78.Cp. A/ tA
100-10
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Figura 100.2- Hidrograma triangular de acordo com o fator de pico, 484, 645, etc.
Fonte: Wanielista e Yossef, 1993
Qp= 2,78.Cp. A/ tA
Qp= 2,78x 0,75 A/ tA
Qp= 2,085. A/ tA
Que é o valor usualmente usado no Brasil para o uso do hidrograma unitário com
1cm de altura, área da bacia em Km2 e vazão em m3/s
Caso seja adotado Cp=0,89 para areas urbanas com declividades grandes teremos:
Qp= 2,78.Cp. A/ tA
Qp= 2,78x 0,89 A/ tA
Qp= 2,4742 A/ tA
Exemplo 100.2
Para PF= 484 (tradicional) temos:
X= 0,8679 x exp(0,00353xPF) -1
X= 0,8679 x exp(0,00353x484) -1 = 3,79
q/qp= [ t/tp . exp ( 1- t/tp) ] X
q/qp= [ t/tp . exp ( 1- t/tp) ] 3,79
100-11
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0,00 0
0,10 0,005
0,20 0,046
0,30 0,148
0,40 0,301
0,50 0,481
0,60 0,657
0,70 0,807
0,80 0,916
0,90 0,980
1,00 1,000
1,10 0,982
1,20 0,935
1,30 0,867
1,40 0,786
1,50 0,699
1,60 0,611
1,70 0,526
1,80 0,447
1,90 0,376
2,00 0,312
2,20 0,210
2,40 0,137
2,60 0,087
2,80 0,054
3,00 0,033
3,20 0,020
3,40 0,012
3,60 0,007
3,80 0,004
4,00 0,002
4,50 0,001
5,00 0,000
Para o Método do SCS podemos ver que X=1,67 e Cp= 0,75 e nas unidades
americanas o famoso fator 484.
Qp= 2,78.Cp. A/ tA
Qp= 2,78x 0,75 A/ tA
Qp= 2,08. A/ tA
Exemplo 100.3
Para PF= 575 para áreas urbanas com declividade grande conforme adotado pela Rio
Águas no RJ temos:
X= 0,8679 x exp(0,00353xPF) -1
X= 0,8679 x exp(0,00353x575) -1 = 5,61
q/qp= [ t/tp . exp ( 1- t/tp) ] X
q/qp= [ t/tp . exp ( 1- t/tp) ] 5,61
100-12
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0,00 0
0,10 0,000
0,20 0,011
0,30 0,059
0,40 0,170
0,50 0,339
0,60 0,537
0,70 0,728
0,80 0,878
0,90 0,970
1,00 1,000
1,10 0,974
1,20 0,906
1,30 0,810
1,40 0,700
1,50 0,589
1,60 0,482
1,70 0,387
1,80 0,304
1,90 0,235
2,00 0,179
2,20 0,100
2,40 0,053
2,60 0,027
2,80 0,013
3,00 0,006
3,20 0,003
3,40 0,001
3,60 0,001
3,80 0,000
4,00 0,000
4,50 0,000
5,00 0,000
Para o Método do SCS podemos ver que X=1,25 e Cp= 0,89 e nas unidades
americanas o famoso fator 484.
Qp= 2,78.Cp. A/ tA
Qp= 2,78x 0,89 A/ tA
Qp= 2,4742. A/ tA
Observar neste caso temos o número 2,4742 que é maior que o 2,08 usado
tradicionalmente.
Portanto, devemos lembrar que quando alteramos o valor defaut do SCS temos que
alterar também o hidrograma unitário curvilínio (CUIDADO !!!).
100-13
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Capitulo 100- Observações sobre o número da curva CN e do SCS
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100-14
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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Capítulo 111
Hidrogramas do método Racional
111-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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111.1 Introdução
O método Racional pode ser usado para bacias até 3km2, entretanto
quando querem os fazer o routing do reservatório deparamos com um
problema: o método Racional não tem um hidrograma aceito por todos.
O objetivo nosso é apresentar as quatro formas que conhecemos do
hidrograma do método Racional.
111-2
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Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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Exemplo 111.1
Calcular o hidrograma pelo método Racional modificado de São Diego para
área de bacia com A=257ha usando chuva de 6h da RMSP sendo tempo de
concentração tc=1h e C=0,85.
111-3
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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Metodo Racional
Q= C.I.A/ 360
3
Q= vazão de pico (m /s)
C= coeficiente de runoff
I= intensidade de chuva (mm/h)
A= área da bacia (ha)
111-4
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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Tempo(h) Q(m3/s)
0,5 0
1 P5=4,2
2 P3=6,2
3 P2=8,7
4 P1=31,0
5 P4=4,9
6 P6=3,7
7,5 0
Exemplo 111.2
Calcular a vazão de pico para TR=25anos, tc=60min para a RMSP com área
A=257ha, C=0,85 e I= 67,1mm/h para tc=60min.
Q=CIA/360= 40,7m3/s
111-5
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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111.3 Routing
Com o hidrograma do método Racional podemos fazer o routing de
reservatórios.
111-6
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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Exemplo 111.3
Aplicação do hidrograma de Dekalb
111-7
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Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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DekalbRacional Hydrograph
30,0
Vazao (m3/s)
20,0
10,0
0,0
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0
tempo (min)
111-8
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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where:
tc = time of concentration.
Qp = Peak flow.
111-9
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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Tipo 1:
Quando a duração da chuva d>tc e assim teremos hidrograma trapezoidal.
Tipo 2:
Quando d=tc teremos hidrograma triangular
Tipo 3:
Quando d<tc teremos hidrograma trapezoidal
111-10
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 111- Hidrogramas do método Racional
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111-11
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 113- Metodo de Clark
Engenheiro Plínio Tomaz 19 de novembro de 2012 pliniotomaz@uol.com.br
Capítulo 113
Método de Clark
"Admiro os poetas.
O que eles dizem com duas palavras a gente
tem que exprimir com milhares de tijolos."
Vilanova Artigas
113-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 113- Metodo de Clark
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113.1 Introdução
Vamos mostrar o Método de Clark conforme modelo de Akan, 2003 e modelo
de Gupta, 2008. Segundo Ponce. 1989 o Método de Clark pode ser chamar também de
Método do Tempo-Area.
O método de Clark data de 1945 e foi facilitado com curvas tempo-área (curvas
TA) que é usado em programas americanos como HEC-1 e HEC-HMS.Wanielista et
al, 1997 informa que o tempo de concentração na bacia é dividido em pedaços em
inúmeros intervalos de parte do tempo de concentração.
O método de Clark usa o hidrograma unitário para chuva excedente de 1cm.
Depois de obtido o diagrama unitário de Clark fazemos a chamada
convolução normalmente usado no SCS, Snyder e outros. A convolução nada mais é
que a operação entre duas funções resultante numa terceira função. Na convolução
teremos translação, multiplicação e adição.
É importante salientar o método do hidrograma unitário é baseado na relação
linear que existe entre a chuva excedente e as vazões diretas do runoff conforme Akan,
2003. Esta linearidade é que permite usar o principio da superposição para calcular o
hidrograma final.
O método de Clark possui três parâmetros básicos:
1. Tempo de concentração da bacia;
2. K coeficiente de armazenamento em horas ou min e
3. Curva do tempo-area.
113-2
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 113- Metodo de Clark
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Figura 113.2- Isócrona (áreas para uso do método de Clark com o mesmo
tempo de concentração)
Figura 113.3- Isócrona (áreas para uso do método de Clark com o mesmo
tempo de concentração). Veja a denominada curva “S” do lado direito da
figura.
113-3
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 113- Metodo de Clark
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7
Cumulative Area (sqaure miles)
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Time (hrs)
Akan, 2003 usa as áreas acumuladas pode ser estimada pelas seguintes equações
conforme USACE, 1987:
Ac= 1,414 . A.(t/ tc) 1,5 para 0≤t/tc < 0,5
Sendo:
Ac= área acumulada (m2)
t= tempo (min)
tc= tempo de concentração (min)
A= área total (m2)
113-4
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 113- Metodo de Clark
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113-5
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Capítulo 113- Metodo de Clark
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Exemplo 113.1
Calcular o hidrograma unitário de Clark para área de 149,8 km2,
tc=6,89h=149,8min para chuva de 12h=720min com intervalo de ∆t=5min para
hidrografa com tR=10min.
K= 0,6 x tc = 0,6 x 149,8= 89,88min
∆t= 5min
CR= ∆t/ (2K + ∆t)
CR= 5/ (2x89,88 + 5) = 0,027
Dica: observar que para obtermos CR usamos ∆t=5min.
tR= 10min
ie= 0,01m/ tR= 0,01m/ (10x60)=0,01/600=0,0000166667 m/s
113-6
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 113- Metodo de Clark
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113-7
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Capítulo 113- Metodo de Clark
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113-8
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 113- Metodo de Clark
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113-9
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Capítulo 113- Metodo de Clark
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Conferindo:
A soma das vazões na última coluna Qu é 4726,96m3/s
O volume do runoff na hidrorama unitario será:
Volume runoff= ∆t . ∑Qu = 5 min x 60 x 4726,96=1.416.888 m3.
Como a area da bacia tem 149,8km2 então teremos:
1,416.888m3/ (149,8 x 100ha x 10000m2) =0,01m que é o 1cm
113-10
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 113- Metodo de Clark
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St= K. Q
Sendo:
K= constante que representa os efeitos de armazenamento da bacia e geralmente
representado pelo tempo de translação tL.
Exemplo 113.2
Calcular o hidrograma unitário sintético de Clark para uma bacia com tc=3h, CN=80,
área 25,8km2, declividade média S=0,025m/m, comprimento do talvegue L=3960m
com intervalo ∆t=0,5h para usar com chuva excedente com intervalo de 1h.
113-11
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Capítulo 113- Metodo de Clark
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Sendo:
Ac= área acumulada (m2)
t= tempo (min)
tc= tempo de concentração (min)
A= área total (m2)
Coluna 4- É a vazão obtida multiplicando a coluna (3) por 1cm (0,01m) de chuva
excedente e dividindo o resultado por ∆t=0,5h, só que colocando em segundos.
Assim:
2472610 x 0,01/ (0,5x60x60)= 13,74
113-12
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Observar que o valor 1,68 da coluna 7 está deslocado 1h do valor 1,68 da coluna
(6).
Coluna 8-É a média da coluna (6) mais a coluna (7) e se obtém o hidrograma unitário
sintético de Clark
Assim o valor 0,8= (1,68+0)/2
113-13
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113-14
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Capítulo 113- Metodo de Clark
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Exemplo 113.3
Calcular o hidrograma unitário sintético de Clark para uma bacia com tc=10h, , área
595km2, com intervalo ∆t=0,5h para usar com chuva excedente com intervalo de 1h.
K= 0,6 x tc= 0,6 x 10= 6,0h
∆t=0,5h
C1= ∆t/ (Ks + 0,5.∆t)
C1= 0,5/ (6,0 + 0,5x0,5) =0,080
C2= 1- C1= 1-0,080= 0,920
113-15
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Capítulo 113- Metodo de Clark
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113-16
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113-17
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113-18
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113-19
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113-20
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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Capítulo 114
Método de Snyder
114-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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114.1 Introdução
Segundo prof. dr. Victor M. Ponce, o método de Snyder foi o primeiro
hidrograma unitário sintético que foi feito no mundo em 1938 por F.F. Snyder.
O método de Snyder foi feito para bacias muito grandes e foi baseado nas bacias
das montanhas dos Apalaches nos Estados Unidos.
Chow, 1988 sugere que o Método de Snyder é para bacias de 30km2 a
30.000km2.
McCuen, 1998 recomenda a calibração dos coeficientes.
Quando não temos medidas para calibrar a bacia, é recomendado que se use
uma bacia perto ou similar de onde são conhecidos os coeficientes.
td= tL/5,5
Sendo:
td= duração padrão (h)
tL= tempo do centroide até a seção de controle (h)
114-2
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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Sendo:
t da= duração alternativa do hidrograma unitário (h)
tL= tempo do centroide até a seção de controle (h)
td= duração padrão (h)
tLa= valor ajustado (h)
114-3
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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Como regra prática as larguras W50 e W75 são proporcionais para cada
lado do pico de vazão na razão de 1:3, sendo o trecho menor no lado
esquerdo do hidrograma unitário sintético.
114-4
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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Tabela 114.1- Localização dos sete pontos para traçar o hidrograma unitario
pelo método de Snyder
Ponto Abcissa Ordenada
1 0 0
2 tLa – (1/3)W50 0,5Qp
3 tLa – (1/3)W75 0,75Qp
4 tLa Qp
5 tLa + (2/3)W75 0,75Qp
6 tLa + (2/3)W50 0,50Qp
7 tb 0
114-5
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Capítulo 114- Metodo de Snyder
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114-6
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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114-7
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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114-8
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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114-9
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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114-10
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 114- Metodo de Snyder
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114-12
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 115- Metodo de Espey
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Capítulo 115
Método de Espey
115-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capítulo 115- Metodo de Espey
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115.1 Introdução
Conforme Akan, 2003 Espey e Altman, 1978 criaram um método empírico para
obter o hidrograma sintético unitário em bacias urbanas usando o tempo de 10min. O
método foi obtido após o exame de 41 bacias em oito estados americanos.
O método de Espey utiliza o tempo de 10min e devido a isto é conhecido como
Método do hidrograma unitário de 10min de Espey. É recomendado para bacias de
4ha a 39km2.
tA= tp – W50/3
tB= tp – W75/3
tE= tp + (2/3) W75
tF= tp + (2/3) W50
Sendo:
S= declividade media no canal (m/m)
H= diferença de nível da seção de controle e o ponto 0,8 x L
L= comprimento do talvegue (m)
I= area impermeável em porcentagem
tp= tempo para ocorrer o pico da vazão (min)
Qp= vazão de pico da descarga do diagrama unitária (m3/s/cm)
tb=tempo base do diagrama unitário (min)
W50= largura do diagrama unitário em 0,5 Qp (min)
W75= largura do diagrama unitário em 0,75 Qp (min)
tA= tempo em que a descarga é 0,5Qp (min)
tB= tempo em que a descarga é 0,75 Qp (min)
tE= tempo em que a descarga é 0,75Qp na recessão (min)
tF= tempo em que a descarga é 0,50 Qp na recessão (min)
Φ= número adimensional obtido conforme Figura (115.1)
115-2
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Capítulo 115- Metodo de Espey
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115-3
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Capítulo 115- Metodo de Espey
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115-4
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Capítulo 115- Metodo de Espey
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]
Figura 115-3- Hidrograma unitário 10min de Espey do exemplo
115.6 Convolução
Para se obter o hidrograma propriamente dito usamos o método da
convolução usado no SCS, Snyder e Clark.
115-5
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Capítulo 115- Metodo de Espey
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115-6
Curso de Manejo das Águas Pluviais
Capítulo 116- Hietograma pelo Método de Yen e Chow, 1980
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Capítulo 116
Hietograma pelo método de Yen e Chow, 1981
116-1
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Capítulo 116- Hietograma pelo Método de Yen e Chow, 1980
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Sumário
Ordem Assunto
Capítulo 43 – Hietograma pelo Método de Chicago
116.1 Introdução
116.2 Aplicação prática
5 páginas
116-2
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Capítulo 116- Hietograma pelo Método de Yen e Chow, 1980
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116.1 Introdução
O objetivo é obter a precipitação em função do tempo, ou seja, o hietograma usando o método de Yen
e Chow que segundo Mays, 2001 analisaram mnais de 10.000 precipitações nos Estados Unidos.
A forma básica tem a forma triangular.
Baseia-se na equação:
Ip= 2P / td
Sendo:
Ip= intensidade da chuva (mm/h)
td= duração da chuva (h)
P= precipitação da chuva (mm)
Figura 116.1- Esquema triangular do Hietograma usando o método de Yen e Chow, 1980
Exemplo 116.1
Dado a precipitação na RMSP para Tr=25anos P=85mm para chuva de duração de 2 horas. Achar a
intensidade de pico Ip;
Ip= 2P / td
Ip= 2x85 / 2 =85mm/h
116.2 Constante r
Yen e Chow, 1983 fizeram um mapa dos Estados Unidos com a contante r, porém não temos algo
semelhante ao Brasil, restando somente uma relação aproximada e aceitavel conbforme Westphal, 2001:
r= 0,375. tp.
Sendo:
r= tempo do inicio da chuva até o pico em horas, também chamado de coeficiente de avanço
tp= duração da chuva (h)
Exemplo 116.2
Achar a constante r para chuva de duração de 2h
r= 0,375 x 2,0=0,75
116-3
Curso de Manejo das Águas Pluviais
Capítulo 116- Hietograma pelo Método de Yen e Chow, 1980
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116-4
Infiltração e dry well
Capitulo 7- Infiltração com Green e Ampt, 1911
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Capitulo 7
Infiltração com Green e Ampt, 1911
48-1
Infiltração e dry well
Capitulo 7- Infiltração com Green e Ampt, 1911
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7.1 Introdução
Objetivo é mostrar como funciona a equação de Green e Ampt, 1911 em um reservatório de
infiltração conforme Figura (7.1).
7.2 Reservatório de infiltração para recarga baseado na equação de Green e Ampt, 1911
Vamos fazer uma apresentação de Metcalf e Eddy, 2007 baseada na equação de Green e
Ampt, 1911, modificada por Bouwer, 1966 e Neuman, 1976.
Na aplicação vamos considerar a profundidade da água Hw constante e também não
levaremos em conta a evapotranspiração horária.
A formulação de Green e Ampt baseia-se na equação de Darcy com uma série de hipóteses.
Uma delas é que o nivel de água é constante e que a frente úmida avança até o lençol freático. O solo
acima da frente úmida é considerado saturado.
48-2
Infiltração e dry well
Capitulo 7- Infiltração com Green e Ampt, 1911
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Tabela 7.1- Alguns parametros para uso em Green e Ampt conforme Herman Bouwer em
Artificial recharge of groundwater: hydrogeology and engineering
Tipo de solo Hcr (cm)
Areia grossa -5
Areia média -10
Areia fina -15
Areia franca -25
Franco -35
Argila estruturada -35
Argila dispersa -100
48-3
Infiltração e dry well
Capitulo 7- Infiltração com Green e Ampt, 1911
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Observar na Figura (7.2) no gráfico que no final de 2,251dias a velocidade fica constante de
1,13m/dia.
4,00
infiltração
3,00
Taxa de
(m/dia)
2,00
1,00
0,00
0,000 1,000 2,000 3,000
Tempo em dias
Metcalf e Eddy, 2007 observam que quando se usa o coeficiente K deve-se usar um
coeficiente de segurança igual a 2,0 e quando usamos a reservatório para água de reúso temos que
aplicar novamente novo coeficiente de segurança igual a 2,0. Assim teremos um valor de segurança
que evitará o clogging.
48-4
Infiltração e dry well
Capitulo 7- Infiltração com Green e Ampt, 1911
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48-5
Infiltração e dry well
Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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Capítulo 12
Infiltração usando o Método do número da curva
CN do SCS
12-1
Infiltração e dry well
Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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SUMÁRIO
Ordem Assunto
12.1 Introdução
12.1.1 Característica do solo
12.1.2 Pesquisas feitas no pais, nos estados ou em regiões ou cidades
12.1.3 Capacidade mínima de infiltração no solo
12.2. Tabelas do número CN da curva de runoff
12.3 Condições antecedentes do solo
12.4 Estimativa do número CN para área urbana
12.5 Área impermeável conectada e área impermeável não conectada
12.6 Estimativa de runoff ou escoamento superficial ou chuva excedente pelo método SCS
12.7 Limitações da equação conforme SCS
12.8 Hietograma da chuva excedente
12.9 Estimativa de área impermeável de macro-bacias urbanas
12.10 Aplicações e validade do método no número CN da curva de runoff (SCS)
12.11 Comparação dos métodos de infiltração
12-2
Infiltração e dry well
Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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12-3
Infiltração e dry well
Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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Solos menos permeáveis do que o anterior, solos arenosos menos profundo do que o tipo A e com
permeabilidade superior à média (Tucci et al, 1993).
solos barrentos com teor total de argila de 20% a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis
ou contendo pedras até profundidade de 1,2m. No caso de terras roxas, esses dois limites máximos
podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se a cerca de 60cm de profundidade, camada mais densificada
C que no Grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade (Porto, 1979 e 1995).
Solos que geram escoamento superficial acima da média e com capacidade de infiltração abaixo
da média, contendo percentagem considerável de argila e pouco profundo (Tucci et al, 1993).
solos argilosos (30% a 40% de argila total) e ainda com camada densificada a uns 50cm de
profundidade. Ou solos arenosos como do grupo B, mas com camada argilosa quase impermeável
ou horizonte de seixos rolados (Porto, 1979 e 1995).
D
Solos contendo argilas expansivas e pouco profundos com muito baixa capacidade de infiltração,
gerando a maior proporção de escoamento superficial (Tucci et al, 1993).
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Infiltração e dry well
Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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Infiltração e dry well
Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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Vamos usar as Tabelas (12.3) e Tabela (12.4) traduzidas do inglês por (Tucci, 1993).
Tabela 12.3- Valores dos números CN da curva de runoff para bacias rurais
Uso do solo Superfície do solo Grupo do Solo
A B C D
Solo lavrado Com sulcos retilíneos 77 86 91 94
Em fileiras retas 70 80 87 90
Em curvas de nível 60 72 81 84
Plantações de Terraceado em nível 57 70 78 89
legumes ou Pobres 68 79 86 89
cultivados Normais 49 69 79 94
Boas 39 61 74 80
Normais 30 58 71 78
Campos Esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83
permanentes Normais 36 60 73 79
Densas, de alta transpiração 25 55 70 77
Chácaras Normais 56 75 86 91
Estradas de terra Más 72 82 87 89
De superfície dura 74 84 90 92
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Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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Zonas industriais 81 88 91 93
Zonas residenciais
Lotes de (m2) % média impermeável
<500 65 77 85 90 92
1000 38 61 75 83 87
1300 30 57 72 81 86
2000 25 54 70 80 85
4000 20 51 68 79 84
Arruamentos e estradas
Asfaltadas e com drenagem de águas pluviais 98 98 98 98
Paralelepípedos 76 85 89 91
Terra 72 82 87 89
Exemplo 12.1:
Achar o número CN para área urbana com cerca de 65% de impermeabilização sendo
o restante da área permeável recoberta com grama, sendo o solo tipo C
Conforme Tabela (12.4) achamos CN=90
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Exemplo 12.2
Para o dimensionamento do piscinão do Pacaembu, Canholi considerou a fração
impermeabilizada de 0,55.
Como já foi mostrado anteriormente o tipo de solo da região é o tipo B conforme
classificação do SCS. Considerando a Tabela (12.4) em espaços abertos com relva com
impermeabilização de 50% a 75% o valor de CN=69.
Vamos achar o número CNw composto.
Sendo:
CNp =69
f= 0,55
CNw = CNp . ( 1 - f ) + f . (98)
CNw = 69. ( 1-0,55 ) + 0,55 . ( 98 )= 84,95=85
Portanto, o número CN que se poderia usar para o cálculo da chuva excedente na bacia
do Pacaembu é CNw =CN=85.
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Infiltração e dry well
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( P – Ia ) 2
Q = ------------------ (Equação 12.3)
( P- Ia ) + S
Sendo:
Q= runoff ou chuva excedente (mm);
P= precipitação (mm);
Ia = abstração inicial (mm) e
S= potencial máximo de retenção após começar o runoff (mm).
A abstração inicial Ia representa todas as perdas antes que comece o runoff. Inclui a
água retida nas depressões da superfície e interceptada pela vegetação, bem como, a água
evaporada e infiltrada.
Empiricamente foi determinado nos Estados Unidos pela SCS que Ia é
aproximadamente igual a :
Ia =0,2 S (Equação 12.4)
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Infiltração e dry well
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Coluna 1:
Na coluna 1 da Tabela (12.8) temos o tempo em horas em 48 intervalos de 2,5minutos. A
duração da chuva é de 2h.
Coluna 2:
Temos o tempo em minutos.
Coluna 3:
Temos o tempo em horas.
Coluna 4:
Na coluna 4 temos os valores em números adimensionais de Huff para o 1º quartil com 50%
de probabilidade. A soma de toda a coluna 4 deverá ser sempre igual a 1 (um). Supomos que
este hietograma é aquele de fevereiro de 1983.
Coluna 5:
Consideramos que para período de retorno de 25anos, foi adotado a precipitação total de
85,1mm para chuva de 2h segundo a Equação de Martinez e Magni,1999.
Os valores da coluna 5 são obtidos multiplicando a coluna 4 pelo valor da precipitação
total de 85,1mm. O valor total da coluna 5 deverá ser de 85,1mm totalizando as 48 faixas de
2,5min.
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Coluna 6:
Na coluna 6 temos as precipitações da coluna 5 acumuladas até atingir o valor global de
85,1mm. A chuva acumulada é necessária para o uso da equação do SCN conforme veremos.
Coluna 7:
Para a coluna 7 recordemos que a chuva excedente Q é:
.
(P- 0,2S) 2
Q= -------------------------- válida quando P> 0,2 S
(P+0,8S)
25400
sendo S= ------------- - 254
CN
A Equação (12.8) do valor de Q é válida quando a precipitação P>0,2S.
Quando P < 0,2 S o valor de Q=0.
Como CN=87 o valor de
S= 25400/87 - 254 = 37,95
0,2 . S = 0,2 . 37,95 = 7,59mm
(P- 0,2S) 2 (P- 0,2 . 37,95 ) 2 (P- 7,59) 2
Q= -------------------------- = ----------------------- = -----------------
(P+0,8S) (P+0,8. 37,95) (P + 30,36)
Obteremos também o Q acumulado.
Mas a equação achada só vale quando P>0,2 S ou seja P> 7,59mm
Portanto, para a primeira linha o valor de P acumulado é 2,6mm e portanto Q=0.
Para a segunda linha o P acumulado é 5,1mm que é menor que 7,59mm e portanto
Q=0.
Na terceira linha P acumulado é 7,7376mm que é menor que 8,964mm e portanto
Q=0.
Na quarta linha o valor de P=11,2 é maior que 7,59mm e portanto aplica-se a fórmula
do SCS.
(P- 8,964) 2 (11,2- 7,59) 2
Q= -------------------------- = ----------------------- = 0,3mm
(P + 35,856) (11,2+30,36)
e assim por diante achamos todos os valores da coluna 7.
Uma maneira pratica de se obter a coluna 7 é usando a planilha Excel usando a função
SE da seguinte maneira:
= SE (Coluna 6 > 7,59; [( coluna 6 – 7,59) 2 / (coluna 6 + 30,36)] ; 0)
O total da chuva excedente é de 51,9mm. Esta parte da chuva é que irá produzir o
escoamento superficial, isto é, o runoff.
Coluna 8:
Os valores são da chuva excedente acumulada em milímetros e para achar por faixa é só fazer
a diferença entre a linha com a linha anterior da coluna 7 obtendo assim a coluna 8.
12-12
Infiltração e dry well
Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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Coluna 9:
Caso se queira saber como está a infiltração da mesma basta achar a diferença entre a
chuva da coluna 5 com a chuva excedente por faixa da coluna 8. A infiltração total é de
33,2mm e não contribuirá para o escoamento superficial.
A somatória da infiltração de 33,2mm com o runoff de 51,09mm fornecerá a
precipitação total de 85,1mm. Frizamos que desprezamos a evaporação.
12-13
Infiltração e dry well
Capítulo 12-Infiultração usado o Método do número da curva CN do SCS
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12-14
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 135- Curva dos 100 anos
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Capítulo 135
Curva dos 100 anos
135-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 135- Curva dos 100 anos
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135.1 Introdução
Nos Estados Unidos existe uma lei federal datada de 1973 que
estabelece a área de inundação para período de retorno de 100 anos que
foi definido pelo Federal Emergency Management Agency (FEMA).
Alguns estados brasileiros adotam como máximo Tr=20anos, que é
muito pouco para os rios e canais causando riscos aos moradores das
vizinhanças.
A probabilidade é o inverso da frequência:
P= 1/T
Sendo Tr=T=100anos então P= 1/100=0,01= 1%.
Atualmente se fala ao invés do período de retorno de 100anos,
como aquela chuva que tem 1% de probabilidade de ocorrer em um ano.
Na Figura (135.1) vemos um esquema da curva dos 100 anos, sendo
que na cor mais escura ao longo do rio não se pode construir e na faixa
mais clara onde a enchente é menor que 0,30m de altura, pode ser
construido com algumas restrições.
135-2
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Capitulo 135- Curva dos 100 anos
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135.2 Alternativas
As alternativas para proteger a população existente dentro da curva
dos 100 anos podem ser:
Estruturais
Não-estruturais
135-3
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Parágrafo 2. O mapa da curva dos 100anos não interfere com os recuos legais
municipais e os existentes no código florestal.
135-7
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Parágrafo 3. A área da curva dos 100 anos será demarcada com marcos visíveis.
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Capitulo 135- Curva dos 100 anos
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Exposição de motivos
Em casos de enchentes há necessidade se proteger as vidas humanas e bens
materiais na área da curva do período de retorno de 100anos. A fixação da cota
de enchente mais de 0,30m para esse período de retorno é um critério de
segurança.
Isto é feito no Japão desde na década de 1950 e nos Estados Unidos em 1973
pela FEMA- Federal Emergency Management Agency, onde se exige que todos os
rios e córregos do pais sejam dimensionados para a curva dos 100anos.
O desenvolvimento urbano acelerado do Brasil faz com que aumentem cada
vez mais as áreas impermeáveis, dando como conseqüência a diminuição da
infiltração e vazão básica dos córregos e rios e, causando grandes picos de cheia.
É importante preservar a vida humana e os bens materiais e a necessidade
de novos critérios no código de obras de construção quando a mesma está dentro
da curva dos 100anos definida pela cota de inundação mais de 0,30m.
Outra novidade é exigir que o morador faça seguro da construção e quando
se tratar de sub-habitações a própria prefeitura poderá arcar com parcela dos
custos dos seguros para a proteção de vidas e bens materiais.
O premio de seguro variará de acordo com a área de abrangência das
várias cotas de inundação.
O mapa ficará a disposição na Prefeitura para quem quer adquirir um lote
de terreno próximo a um córrego ou quer construir um imóvel
135-9
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 135- Curva dos 100 anos
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135-10
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135-11
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 135- Curva dos 100 anos
Engenheiro Plínio Tomaz 9 de julho de 2012 pliniotomaz@uol.com.br
135-12
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 142- Convolução
Engenheiro Plínio Tomaz 26 de novembro de 2012 pliniotomaz@uol.com.br
Capítulo 142
Convolução
142-1
Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 142- Convolução
Engenheiro Plínio Tomaz 26 de novembro de 2012 pliniotomaz@uol.com.br
141.1 Introdução
Convolução é a operação matemática de duas funções P e U dando
origem a uma terceira função Q que pode ser vista como uma das funções
modificadas.
Em hidrologia a função P são as chuvas excedentes em cm obtidas
principalmente pelo número da curva CN que é o mais usual e espaçadas no
intervalo de tempo ∆t.
A função U é o hidrograma unitário sintético em m3/s/cm, por exemplo,
do método do SCS, Snyder, Clark espaçados no intervalo de tempo ∆t ou por
qualquer outro método.
A função resultante é o escoamento superficial, ou seja, o runoff Q em
m /s espaçado no intervalo de tempo ∆t.
3
Q 1 = P 1 . U1
Q2= P2.U1+P1.U2
Q3= P3.U1+P2.U2+P1.U3
...............
QM= PM.U1 + PM-1 U2+...+ P1UM
Sendo
Chuva excedente: Função (P)= P1, P2, P3...PM
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Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 142- Convolução
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Q 1 = P 1 . U1
Q1= 0,508 . 1,11= 0,56m3/s
Q2= P2.U1+P1.U2
Q2= 1,778 x 1,11+0,508x3,57= 1,97+ 1,81= 3,78m3/s
Q3= P3.U1+P2.U2+P1.U3
Q3= 3,56x1,11+1,778x3,57+0,508x5,01= 3,95+6,35+2,55=12,85m3/s
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Capitulo 142- Convolução
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Exemplo 142.2.
Dada a chuva excedente em centímetros variando de hora em hora bem
como o hidrograma unitário sintético em m3/s/cm fazer a convolução:
USANDO EXCEL
Na Tabela (142.3) está um quadro que pode facilmente ser feito em
Excel onde temos 11 colunas.
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Capitulo 142- Convolução
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Capitulo 142- Convolução
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142.2 Desconvolução
A desconvolução é quando dado o runoff e a precipitação excedente
queremos achar o hidrograma unitário. E a solução é só aplicar as equações
já acima formuladas no inicio.
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Capitulo 142- Convolução
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Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 143- Método da curva S
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Capítulo 143
Método da Curva “S”
143-1
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Capitulo 143- Método da curva S
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141.1 Introdução
O método da curva S também é chamado de hidrograma unitário S.
Conforme Bedient et al, 2008 o método da curva S permite a construção
de um hidrograma unitário de qualquer duração D´ dada uma duração
conhecida D. A propriedade linear do metodo do hidrograma unitario permite
que se possa gerar um hidrograma unitário com duração maior ou menor.
Para melhor esclarecer os valores de duração são:
D= duração do hidrograma unitário conhecido
D´= duração do hidrograma unitário que queremos.
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Capitulo 143- Método da curva S
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Curso de Manejo de águas pluviais
Capitulo 143- Método da curva S
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Coluna 1
Tempo em horas
Coluna 2
Vazões do diagrama unitário em m3/s/m
Coluna 3
Defazagem de 2h
Coluna 4
Defazagem de 2h
Coluna 5
Defazagem de 2h
Coluna 6
Defazagem de 2h
Coluna 7
Defazagem de 2h
Coluna 8
É a curva S que é a soma de todas as curvas, isto é, deste a coluna 2
até a coluna 7.
Coluna 9
É a coluna 8 com defazagem de 4h
Coluna 10
É a diferença entre a curva S da coluna 8 menos a curva 9
Coluna 11
É a multiplicação da coluna 10 com D/D´= 2/3= 0,6666
É o resultado que queremos, isto é, com defazagem de 3h ao invés da
2h dado.
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Capitulo 143- Método da curva S
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