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DRENAGEM URBANA

Sistema de Macrodrenagem

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Macrodrenagem
Entende-se por macrodrenagem as intervenções em
fundos de vale que coletam águas pluviais de áreas
providas de sistemas de microdrenagem ou não.
Nestes locais o escoamento normalmente é bem
definido, mesmo que não exista um curso d’água
perene

Obras de macrodrenagem buscam evitar alagamentos devido à


bacia urbana, isto é construção de canais, revestidos ou não, com
maior capacidade de transporte que o canal natural e ou com
bacias de detenção ou retenção.
Obras usuais de macrodrenagem
Retificação e ampliação das seções
de canais naturais

Construção de canais artificiais

Fonte: Funasa

Fonte: http://www.macae.rj.gov.br/noticias/leitura/noticia/prefeitura-
constroi-dois-canais-de-drenagem-para-escoamento-pluvial-de-imboassica
Obras usuais de macrodrenagem
Galerias de grandes dimensões
Estruturas auxiliares de controle:
• dissipação de energia
• amortecimento de picos
• travessias
Canal da Maternidade

Fonte:http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/obras/
obras_de_drenagem/galerias/index.php?p=38295

Fonte: http://www.altinomachado.com.br/2015_09_01_archive.html
DIMENSIONAMENTO HIDROLÓGICO E HIDRÁULICO

PROJETO DE MACRODENAGEM
Dimensionamento hidrológico
A canalização projetada deve ser capaz de
conduzir a vazão de projeto;
Métodos Clássicos
• Método racional (A < 2 km²)
• Métodos baseados na teoria do hidrograma
unitário (SCS, Ven Te Chow, etc)
• Métodos Estatísticos (raramente)
Dimensionamento hidrológico
Chuva de projeto:
• Duração (tempo de concentração)
• Recorrência (25 a 100 anos)
Dimensionamento hidrológico
Período de retorno
• Período de retorno (T) é o período de tempo médio
que um determinado evento hidrológico é igualado ou
superado pelo menos uma vez. “É um parâmetro
fundamental para a avaliação e projeto de sistemas
hídricos, como reservatórios, canais, vertedores,
bueiros, galerias de águas pluviais, etc”

(Righeto, 1998)
Dimensionamento hidrológico

Período de retorno

• Para estabelecer o período de retorno é


recomendado:

a) Bom senso

b) Custos das obras

c) Prejuízos finais
Dimensionamento hidrológico
A escolha da vazão de projeto (ou seu período de retorno) é
um dos problemas mais comuns (e importantes) em
hidrologia, uma vez que envolve diretamente as dimensões da
obra (e portanto, seu custo) e o risco que esta obra tem de
falhar durante sua vida útil.
 Valores usuais de T para macrodrenagem:
25 a 100 anos
Tipos de Canais
Retangular
Trapezoidal
Tipos de canalização A céu aberto (canais)
De contorno fechado (galerias)

Seções geométricas normalmente Trapezoidal


utilizadas Retangular
Circular

Revestimentos mais comuns Terra


Enrocamento
Pedra argamassada
Concreto
Gabião
Terra armada
Revestimentos para canais - Trapezoidais
Revestimentos para canais - Retangulares
Dimensionamento hidráulico

• Escoamento em regime permanente (h, Q e V


constantes no tempo) e uniforme (h, Q e V
constantes ao longo do canal) e V constantes ao
longo do canal).

• A pressão exercida sobre a superfície líquida é a


própria pressão atmosférica.
Dimensionamento hidráulico

Fórmula de Manning
1 2/3
𝑉 = 𝑅ℎ 𝐼
𝑛
Onde:
V: velocidade média (m/s)
n: Coeficiente de rugosidade de Manning
I: declividade média (m/m), dada por
I = Δh/L Δh: desnível do fundo do canal (diferença de cotas
montante e cota jusante); L: comprimento (m)

Rh: raio hidráulico (m) dado por


𝑹𝒉 = 𝐀𝐦 /𝐏𝒎 Am: área molhada (m²); Pm: perímetro molhado (m)
Dimensionamento hidráulico
Elementos hidráulicos
Dimensionamento hidráulico

Equação da Continuidade

Q = V ∙ 𝐴𝑚
Onde:
Q: vazão (m³/s)
V: velocidade média (m/s)
Am: Área molhada (m²)
Dimensionamento hidráulico

• Temos então:
1
𝑄 = ∙ 𝑅ℎ 2/3 ∙ 𝐼 ∙ 𝐴𝑚
𝑛

 Essa é a vazão máxima que o canal transporta;


 Deve ser maior ou igual a vazão gerada na bacia
hidráulica de contribuição que por sua vez depende
outros fatores, como a intensidade máxima da chuva
e características do solo.
Dimensionamento hidráulico

Coeficiente de Manning
Princípios orientadores para projeto e
dimensionamento de canais
• Reconhecimento da área;
• Disponibilidade de faixa de implantação;
• Limite de velocidade para cada tipo de revestimento a ser
empregado;
• Critério econômico;
• Obras devem ser realizadas de jusante para montante;
• Verificar condições do entorno;
• Situação de remanso quando o canal desemboca num corpo
d’água de maior porte
• Riscos tangíveis e intangíveis provocados por eventos naturais
de período de retorno superior ao utilizado.
Mais em: http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&id=124:guia-pratico
Referências
• DAEE – Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo.
Guia Prático Para Projetos de Pequenas Obras Hidráulica. 2ª
edição, 2006. Disponível em:
http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&id=12
4:guia-pratico.
• SILVEIRA, A. Microdrenagem. Material da disciplina Sistemas de
Esgoto e Drenagem Urbana. Universidade Federal de Alfenas. 2014.
• Tomáz, P. Cálculos hidrológicos e hidráulicos para obras
municipais. Capítulo 3: período de retorno. 2010
• Tucci, C. E. M (org). Hidrologia: ciência e aplicação. Editora da
UFRGS / ABRH. Porto Alegre, 2001.
• ZAHED FILHO, K. et. al. Macrodrenagem. Material da disciplina PHA
2537 – Águas em Ambientes Urbanos. Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, 2014.

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