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FACULDADE UNINASSAU

CAMPUS ARAPIRACA

ENGENHARIA CIVIL

ALINE DA CRUZ FERREIRA

ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE HIDRÁULICA


Em hidrologia, o tempo de retorno da chuva é de grande importância para
dimensionamento de canais de águas pluviais. Especificamente na hidráulica de
escoamento livre e saneamento, para a execução de uma obra de construção de um
canal é necessário saber, entre diversos fatores, qual a vazão máxima que deverá
passar pela calha e a velocidade que se recomenda de acordo com o material
utilizado no revestimento. Com isso se chega à inclinação para o escoamento por
gravidade. Disserte sobre os fatores necessários para o cálculo e dimensionamento
de um canal hidráulico e cite pelo menos 2 exemplos de obras que tiveram
problemas de dimensionamento, vindo colapsar. Comente ainda o possível motivo
do acidente.

Para evitar custos, como exemplo, reconstrução da obra e as indenizações por


prejuízos causados a infraestruturas atingidas, paralisações dos sistemas viários,
ferimentos e morte de pessoas, destruição e catástrofes ambientais, torna-se fundamental
explanar os diversos fatores necessários para um dimensionamento de um canal, que
são: verificar o limite de velocidade para o tipo de revestimento a ser empregado. Às
vezes deve-se adequar o perfil do leito do canal, reduzindo sua declividade com o
emprego de degraus, a fim de não ser ultrapassada a velocidade máxima permitida pelo
revestimento escolhido.

As obras de canalização, em geral, devem ser realizadas de jusante para


montante, pelo fato de, uma vez concluídas, possibilitarem a passagem de maiores
vazões do que na situação original. Caso contrário, precipitações intensas durante a obra
poderão agravar inundações e erosões a jusante. Na elaboração de um projeto de
canalização devem ser analisadas as condições do entorno da obra, para evitar soluções
localizadas, verificando-se os possíveis efeitos provocados pela sua implantação, tanto a
montante como a jusante do trecho a ser realizado, como, por exemplo, a transferência
das vazões de cheia que agravam inundações a jusante, a eventual sobrelevação da linha
d’água provocada por perda de carga na entrada do trecho canalizado que causa
inundações a montante, e lâmina d’água de projeto compatível com as profundidades do
canal. Deve-se analisar, também, se a velocidade média do escoamento no final da
canalização é compatível com o canal de jusante.
Para isso, os cálculos hidráulicos em canais abertos consistem, basicamente, na
obtenção de parâmetros hidráulicos como a vazão de projeto e as velocidades limites de
escoamento das águas.

O dimensionamento hidráulico em canais abertos deve seguir as mesmas


técnicas empregadas para as canalizações, ou seja, análise em regime uniforme e
permanente (casos mais comuns), ou seja, as propriedades hidráulicas (perímetro
molhado, lâmina d’água, raio hidráulico), utilizando-se as equações de Manning (6) e da
Continuidade (8) para determinar a velocidade média e a vazão de projeto. Devem ser
observados também os mesmos coeficientes de rugosidade e as restrições quanto às
velocidades máximas admissíveis para canais em função do tipo de revestimento.

Onde: Q − Vazão do trecho (m³/s);

A − Área molhada, área da seção ocupada pelo líquido (m²);

Rh − Raio hidráulico (m);

S0 − Declividade do fundo do canal no trecho (m/m);

n − Coeficiente de Manning

O coeficiente de Manning (n), quando aplicado em canais livres, representa as


perdas de energia distribuídas e localizadas (singularidades ou acidentais) de um
determinado intervalo, podendo-se majorá-los para representar as características
particulares locais.

Equação da Continuidade

𝑄 = 𝑉A

Em Relação a falhas pode-se citar problemas geotécnicos, como a fundação, e


também o transbordamento. Dois exemplos de acidentes foi em Pernambuco, nas
usinas: Cacimba Nova e Barreiros, ambos em 2017, que tiveram provável causa
percolação pela fundação.
REFERÊNCIAS

Hidrologia e Hidráulica. Acesso em 20 de mar de 2021. Disponível em:


https://engcivil20142.files.wordpress.com/2016/08/capitulo02.pdf

Revista Brasileira de Energias Renováveis, v.5, n.3, p.293-306, 2016. Acesso em: 20 de mar de
2021. Disponível em: https://revistas.ufpr.br › article › download › pdf

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