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PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO - CEL0466

UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM FÍSICA

FILIPI COELHO FERREIRA

As desigualdades socioeconômicas e diferenças sociais: A importância da educação para o


bem-estar do meio ambiente.

Rio de Janeiro
2021
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES ENTRE A
SOCIEDADE E AMBIENTE.

OBJETIVOS:

 Observar atentamente no entorno geográfico, sociopolítico cultural onde você vive,


convive, faz estágio e ou trabalha, para identificar de que modo ocorre a relação
ambiente, cultura e sociedade na sua vida pessoal como cidadã ou cidadão e na de sua
comunidade. Tenha como ponto de referência os seguintes pontos:
 As desigualdades socioeconômicas e diferenças sociais: cuidados conceituais.
 As desigualdades educacionais do bairro observado.
 O modo de vida das pessoas que moram no bairro: os modelos de referência que as
pessoas têm no bairro.

INTRODUÇÃO:
Os impactos ambientais negativos causados pelas milhões de toneladas de resíduos
produzidos no mundo todos os dias são imensuráveis. As alterações biológicas e físicas que
ocorrem no meio ambiente no decorrer dos séculos, principalmente após a era industrial,
têm modificado as paisagens e comprometido ecossistemas. (MUCELIN & BELLINI,
2008).
Diante disso, há uma inegável necessidade de reflexão para modificar as formas de
pensar e agir em torno das práticas socioambientais. Jacobi (2003) citando Leff (2001), fala
que é impossível resolver os crescentes e complexos problemas ambientais sem antes
promover uma mudança drástica nos sistemas de conhecimentos e educação, valores e
comportamentos presentes na sociedade. A compreensão das consequências desses
impactos para o planeta é de extrema importância para que atitudes sejam tomadas diante
do que vem acontecendo.

OBSERVAÇÃO DIRETA:
Na cidade do Rio de Janeiro a situação em uma comunidade no bairro do Engenho de
Dentro (Região do Grande Méier) podemos ver um exemplo claro de que na busca pela
sobrevivência o homem degrada o ambiente em vive gerando uma poluição ambiental e
visual para a comunidade em geral.
DESENVOLVIMENTO:
O ex funcionário da Rede de Mercados Atacadista ASSAÍ, demitido por conta da
pândemia do COVID-19 e agora catador de material reciclável, Matheus Pimentel da Silva,
de 23 anos, morador do bairro relata que por conta de não ter mais seu emprego agora
recolhe material reciclável do lixo e que por não ter opção o material acaba entulhado,
acumulado e armazenado ali mesmo em seu quintal em pleno céu aberto. A reciclagem é
sua única fonte de renda atual, o esforço no recolhimento e separação das matérias primas
considerando o deslocamento que ainda é transportado no uso da força braçal, em carrinhos
adaptados e carroças. Para sobreviver sua esposa trabalha em casa de família como
empregada doméstica para ajudar no sustento de casa. Segundo Matheus, seria necessária à
construção de um galpão para poder realizar a separação dos resíduos adequadamente, e
espera que os órgãos públicos encontrem uma solução definitiva para ele e sua
companheira viverem melhor.

REFLEXÃO:
A importância do educador e o interesse das instituições públicas e privadas com a
educação da sociedade tornam-se fundamentais para a transformação e a conscientização
da humanidade no ambiente em que vive outrora muitas vezes interpretado com
discriminação e preconceito, o documentário de ‘O Lixo Extraordinário’ como também em
a ‘História das Coisas’ é possível identificar que muitas pessoas que vivem nessas
condições são tratadas como se fosse o próprio lixo, sendo que muitos consideram o lixo
como uma forma de sobrevivência e um trabalho honesto, sujeitam-se a todos os tipos de
contaminações químicas e orgânicas e querem alertar com isso as autoridades e as
comunidades em que vivem, para que tenham condições de amanhã viverem uma vida com
mais dignidade e assim poderem contribuir para um ambiente mais sustentável para toda a
humanidade.
Essa realidade implica na necessidade e ampliação de práticas sociais que forneçam
acesso à informação e à educação ambiental, como também o papel do poder público nos
conteúdos educacionais, como caminhos possíveis para alterar o quadro atual de
degradação socioambiental. Deve-se haver um crescimento da consciência ambiental,
tornando os indivíduos corresponsáveis pelo controle dos agentes que degradam o meio
ambiente. (JACOBI, 2003). O desafio é tornar os sujeitos autônomos e críticos para pensar
e agir sobre sua própria realidade, a fim de assumir um papel mais ativo frente às questões
sociais e questionar, de forma concreta e conciza, a falta de iniciativa do governo na de
políticas publicas de sustentabilidade e os impactos desse posicionamento na qualidade de
vida das pessoas e do ecossistema.
REFERÊNCIAS:

O DUALISMO HOMEM/NATUREZA E SUAS IMPLICAÇÕES À EDUCAÇÃO


AMBIENTAL Ana Tereza Reis da Silva – UnB Agências Financiadoras: Programa de
Educação Tutorial MEC e CAPES, 2013.
HOGAN, D. J., Cunha, J. D., Carmo, R. D., & Oliveira, A. D. (2001). Urbanização e
vulnerabilidade sócio-ambiental: o caso de Campinas. Migração e ambiente nas
aglomerações urbanas. Campinas: NEPO/UNICAMP, 395-418.

Jacobi, P. R. (2003). Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de


pesquisa, (118), 189-205.

Site IBGE - https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18313-


populacao-rural-e-urbana.html

Relatório da ONU - https://www.unric.org/pt/actualidade/31537-relatorio-da-onu-


mostra-populacao-mundial-cada-vez-mais-urbanizada-mais-de-metade-vive-em-zonas-
urbanizadas-ao-que-se-podem-juntar-25-mil-milhoes-em-2050

Aulas e livro fornecidos pela Estácio:


http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=49452C3B244ABAF1
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