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Educação, Sociedade e

Meio Ambiente
Educação Sociedade e
Meio Ambiente

1ª edição
2017
Unidade 2
Sociedade, Meio Ambiente e
suas relações com a educação
2
Para iniciar seus estudos

Olá, seja bem-vindo!


Nesta unidade estudaremos as relações entre os seres humanos e o meio
ambiente que habitam. A unidade está dividida em três tópicos:
• Sociedade e meio ambiente: considerações iniciais;
• A educação na transformação da realidade socioambiental;
• Consequências ambientais e processo educativo.
Fique atento à leitura e aos ícones ao longo do e-book, eles irão auxiliá-lo
na construção do seu conhecimento.
Bons estudos!

Objetivos de Aprendizagem

• Promover uma reflexão sobre o papel da educação para o conhe-


cimento e transformação da realidade socioambiental;
• Avaliar as consequências ambientais;
• Refletir ações de intervenções no processo educativo ambiental.

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Educação Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 2: Sociedade, Meio Ambiente e suas relações
com a educação

2.1 Sociedade e Meio Ambiente: Considerações Iniciais


As transformações que o ser humano provoca no meio ambiente vem sendo preocupação de órgãos governa-
mentais e não governamentais por afetar diferentes instâncias que afetam nosso cotidiano, tais quais:
• Mudanças climáticas e de funcionamento do ecossistema decorrentes da crescente urbanização e polui-
ção do meio ambiente pelo ser humano;
• As relações econômicas, por meio da exploração de matéria-prima e todos os processos que envolvem
essa exploração como: extração, transporte, industrialização e propriedade.
• As relações políticas
• Relações interculturais, em especial as relações de disputa territorial entre povos colonizadores, povos
originários (também conhecidos como populações indígenas ou inuits), populações ribeirinhas e
povos da floresta.

Glossário

Inuits: são vulgarmente conhecidos como “esquimós”, tratando-se dos povos originários
das regiões árticas.

Com os impactos que o ser humano vem causando ao meio ambiente, em especial a partir da Revolução Indus-
trial, cada vez mais nota-se a necessidade de mudanças comportamentais imediatas de pessoas físicas e jurídi-
cas em sua relação com a natureza. Nesse contexto, o debate sobre desenvolvimento, sustentabilidade e coexis-
tência vai além de questões ambientais e envolvendo interpretações multidisciplinares (MANIGLIA, 2015).

Figura 2.1 – Degradação do meio ambiente.

Na imagem observa-se a degradação do meio ambiente, o que nos alerta para a necessidade de medidas sustentáveis.
Fonte: <http://br.123rf.com/> ID: 60623062.

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Mas, o que devemos entender por meio ambiente? Velasco (2002, p. 38) afirma que “meio ambiente é o espaço-
-tempo histórico ocupado pelos entes no qual transcorre a vida dos seres humanos”. O autor esclarece ainda que
esse referido ‘espaço-tempo’ se configura a partir da relação entre os envolvidos nesse processo.
No final da década de 1970, as ciências humanas e sociais passaram a contribuir no debate ecológico, pois antes
este centrava-se apenas às questões biológica, o que excluía debates políticos e sociais sobre a temática ambiental.
Passaram a ser incorporadas nas discussões ambientais as influências culturais e ideológicas, imposições políticas,
modelos de desenvolvimento, conflitos de classe e relações entre Estado, sociedade e mercado, dando lugar assim
para uma visão crítica sobre a interação dos seres humanos com o meio ambiente (LAYRARGUES & LIMA, 2014).
Para entendermos a forma pela qual o ser humano se relaciona com o meio ambiente na atualidade é preciso
entender o principal sistema político-econômico sobre o qual ser organizam as relações sociais, políticas, eco-
nômicas e ambientais na sociedade ocidental: o capitalismo. Alguns dos pilares deste sistema, em especial do
sistema capitalista neoliberal dominante são a exploração do ser humano pelo ser humano e sua consequente
divisão em classes sociais, a proteção à propriedade privada individual e a influência mínima do Estado nas dinâ-
micas econômicas ou de mercado (BAUMAN, 2014).
Como citado anteriormente, as transformações das relações entre seres humanos e meio ambiente recebem
forte estímulo a partir da Revolução Industrial. A Revolução Industrial ocorre a partir do século XVIII na Europa
e consiste na mecanização das indústrias e subsequente modificação na divisão do trabalho, por meio da qual
o trabalho é cada vez mais dividido em etapas e o/a trabalhador/a cada vez mais alienado do processo total de
produção de mercadorias.
A alienação consiste no distanciamento do/a trabalhador/a do entendimento e da produção das mercadorias,
de forma que a tecnologia de produção passa a ser única do dono dos meios de produção, conhecido na teoria
sobre o capitalismo como a figura do burguês enquanto o/a trabalhador/a é chamada de proletário, que tem sua
mão-de-obra explorada pelo burguês (MARX, 2004; GIDDENS, 2005).
A urbanização, o aumento populacional e a diminuição das áreas verdes se intensificaram a partir da Revolução
Industrial e continuam aumentando exponencialmente pelo mundo todo.
Outro processo relevante nas transformações de produção que vão influenciar na relação do ser humano com o
meio ambiente é a Revolução Verde.
A Revolução Verde consiste na mecanização específica da produção agrícola bem como a disseminação de
sementes geneticamente modificadas e práticas agrícolas, como a aplicação de agrotóxicos em larga escala, a
partir do fim dos anos 1950 nos Estados Unidos e na Europa e ao longo dos anos 1960 pelo mundo, causando um
grande impacto no meio ambiente e na alimentação dos seres humanos (MACHADO & MACHADO FILHO, 2014).
Ocorre neste processo o aumento da produção de monoculturas (cultivo de apenas um tipo de vegetal) em gran-
des propriedades (latifúndios). Esse tipo de produção possibilita a produção em larga escala de tipos variados de
legumes, verduras e frutas ao longo de todo ano, que geralmente não são alimentos da época. No entanto, este
tipo de produção a longo prazo danifica o solo e o torna improdutivo. O uso de agrotóxicos também aparece
como um problema à saúde de acordo com pesquisas mesmo havendo um limite de seu uso na produção, esta-
belecido pelos governos, e que os produtores não devem ultrapassar (MACHADO & MACHADO FILHO, 2014).
Dentro da lógica capitalista, essas modificações são realizadas pelo bem do desenvolvimento econômico. No
caso do Brasil por exemplo, quanto maior a produção agrícola de matéria-prima (que não se resume a alimentos),
maior a exportação desta matéria-prima, uma das principais fontes de lucro do país.
Uma questão que se faz presente, e que vai de encontro à sustentabilidade, é sobre como a ideologia e o funcio-
namento do sistema capitalista afetam o meio ambiente. O sistema capitalista conserva uma lógica que motiva
o consumo, transformando a relação entre as pessoas e as coisas e aumentando a quantidade de lixo.

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A ideologia do sistema, por meio de suas instituições, dissemina a ideia de que para construir-se
uma ideia de si é necessário consumir. É a predominância do ter sobre o ser.
A pessoa considerada bem-sucedida em nossa sociedade é a pessoa que consegue consumir e acumular mais
bens. Para Bauman (2014) as relações humanas estão cada vez mais intermediadas pelas coisas, havendo uma
desumanização e insensibilização na percepção para com o meio ambiente e entre seres humanos, afetando
inclusive sua comunicação.
O problema da lógica de consumo é que recursos ambientais são finitos, o que acarreta hoje numa crise. Velasco
(2002) levanta problemas relacionados à questão do consumo. O autor afirma que as consequências da produ-
ção-distribuição-consumo no sistema capitalista representam os resultados diários de devastação e poluição de
terras, mares e rios.
O estímulo ao consumismo acarreta na alienação pelo uso, aumentando a quantidade de bens que são descarta-
dos. Nesse contexto, a redefinição de valores merece destaque, com o objetivo de produzir sem prejudicar o meio
ambiente, e também utilizar o mínimo de recursos naturais e controlar o consumo para a densidade populacional
(MANIGLIA, 2015).

Você sabe o que é obsolescência programada? Ou para onde vão os objetos que você des-
carta? Assista ao vídeo “A história das coisas” e saiba mais sobre estes temas: https://www.
youtube.com/watch?v=MWUHurprTVA.

Figura 2.2 – Consumo consciente.

A imagem ilustra um carrinho de compras representando o consumo exage-


rado, que aumenta a quantidade de lixo e prejudica o meio ambiente.
Fonte: <http://br.123rf.com/> ID: 44597807.

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Você se considera uma pessoa consumista? Você costuma descartar o lixo de forma correta?
Essas reflexões e nossa fiscalização dos órgãos responsáveis pelo descarte do lixo são impor-
tantes para nossa contribuição à preservação do meio ambiente!

Ambientalistas relacionam o respeito à crise ambiental a uma crise da civilização, baseada no domínio da natu-
reza, na industrialização, na tecnificação e na concentração urbana. Ou seja, tudo que está relacionado ao estilo
de vida social moderna e à cultura de consumo. (RUSCHEINSKY, 2002)
A crise ambiental e de civilização significa que estão sendo questionados os pilares da sociedade
resultante do processo ora indicado. Abrem-se espaços para o questionamento do conjunto das
grandes realizações, em especial o grau de desenvolvimento tecnológico, econômico e intelec-
tual que, na sua desenvoltura, acaba em desequilíbrio. Considerado o modelo das sociedades
ocidentais modernas, progressivamente são questionadas aquelas caracterizadas pela diferen-
ciação social, divisão do trabalho, urbanização e concentração de poder político e econômico.
(RUSCHEINSKY, 2002, p. 66)
Qual seria a solução para a crise ambiental? Um dos conceitos que vem sendo amplamente disseminado na ela-
boração e implementação de alternativas menos destrutivas ao meio ambiente é o conceito de sustentabilidade.
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as
necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou
seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material
sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se
mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvi-
mento sustentável. (LEITE, 2013, p. 3)
Uma das questões discutidas em relação à sustentabilidade é a de conciliá-la ao crescimento econômico. Ou
seja, como desenvolver economicamente as nações sem prejudicar o meio ambiente. Essa discussão abarca
setores econômicos, sociológicos e jurídicos na busca de uma solução, principalmente, para os países que estão
em desenvolvimento. (MANIGLIA, 2015).
De acordo com a ONG WWF (2017), a definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é:
(...) o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer
a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não
esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas
Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento
econômico e a conservação ambiental.
Ignacy Sachs (2002; 2004 apud Maniglia, 2015) destaca cinco pilares do desenvolvimento sustentável. Vejamos:

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• Social: a ruptura social está relacionada com diversos problemas em nosso planeta. É desejável a igual-
dade de oportunidades independentemente de cor/etnia, sexualidade e religião garantindo a justiça,
emprego, qualidade de vida e igualdade no acesso a serviços e recursos.
• Ambiental: seriam os sistemas de sustentabilidade da vida como provedor de recursos e/ou como dispo-
sição de resíduos. Aqui está presente a questão ecológica, relacionada a produção de recursos renováveis
e limitação do uso de recursos não renováveis.
• Territorial: trata da distribuição espacial dos recursos, populações e atividades. Trata do desenvolvi-
mento do meio rural através de investimentos públicos para atrair populações ao trabalho na zona rural.
Já o setor urbano, estaria envolvido através da superação das desigualdades regionais e estratégias de
desenvolvimento seguras para as áreas ambientalmente frágeis.
• Econômico: busca viabilizar o desenvolvimento econômico intersetorial e equilibrado, segurança ali-
mentar, modernização dos instrumentos de produção, autonomia da pesquisa científica e tecnológica e
inserção na economia internacional.
• Política: apropriação dos direitos humanos para desenvolver a capacidade estatal e implementar um
projeto nacional em parceria com empreendedores, envolvendo coesão social. Em instância internacio-
nal, é necessário a prevenção de guerra por parte das Nações Unidas, para assegurar a paz e a promoção
da cooperação internacional. Além disso, destaca-se o controle do sistema internacional financeiro, o
auxílio aos parceiros mais fracos e um sistema de cooperação ao meio ambiente.
Segundo Maniglia (2015) a atuação política é uma das principais responsáveis para a consolidação dos cinco
pilares. Vejamos:
As políticas são fundamentais para que os pilares sustentáveis sejam viáveis. Tudo depende de
uma vontade política na escola de suas ações, no empreendimento a ser construído, com a polí-
tica de arrecadação e ao desenvolvimento de verbas. É fundamental que haja a consciência na
procura do desenvolvimento e o preparo para enfrentar críticas e falácias do capitalismo, diante
da crise ambiental que não ocorre somente devido aos problemas da natureza ou do desgaste
dos recursos naturais. (MANIGLIA, 2015, p. 59)
Uma das críticas à ideia de sustentabilidade é de que o conceito é esvaziado e demagógico uma vez que as medi-
das políticas que são tomadas em nome dele não visam uma modificação profunda do sistema de produção, o
sistema capitalista, mas uma diminuição de suas consequências para com o meio ambiente.

2.2 A Educação na transformação da realidade socioambiental


A educação ambiental deve ser configurada como uma prática transformadora na formação de cidadãos críticos
e responsáveis pelo respeito às diversas formas de vida. Neste sentido, os desafios da educação refletem os desa-
fios dos educadores, de modo que estes profissionais estejam preparados para discutir soluções para os proble-
mas globais e locais, influenciando não só nas práticas dos indivíduos no cotidiano, mas em seu entendimento
de seu lugar no mundo. (TRISTÃO, 2002)
A educação ambiental, é definida pelo governo brasileiro de acordo com a Política Nacional de Educação Ambien-
tal – Lei nº 9795/1999, Artigo 1º como:
Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletivi-
dade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade
de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999)

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A educação ambiental é de grande importância para a manutenção da sustentabilidade. Ela não deve ser con-
fundida com a conscientização da preservação ambiental. Esta pode integrar-se à educação ambiental e ser
posta em prática através de, por exemplo, campanhas publicitárias (MANIGLIA, 2015).
Educar é um processo complexo que envolve meios, sujeitos e objetos que devem ser preparados
para que o sentido educacional – aqui educação ambiental – não se torne uma reprodução cul-
tural de valores estereotipados, baseados meramente em ações rotineiras derivadas de educação
familiar, tais como não jogar papel nos passeios, escovar os dentes de torneira fechada, separar
lixo e outras medidas, hoje, adotada nas escolas. Essas práticas são, sem dúvida, atitudes a serem
exigidas a partir da educação dada pelos pais, mas não podem resumir todas as práticas tidas
como ambientais oriundas da de educação sustentável. É preciso muito mais, ensinar a educação
sem caráter imediatista e exclusivamente material (MANIGLIA, 2015, p. 63).
De acordo com Layrargues e Lima (2014), a educação ambiental é formada por diversos atores e instituições sociais
que compartilham de mesmos valores. No entanto, os autores ressalvam que os atores sociais possuem posturas
distintas em relação a questão ambiental, relacionadas às relações sociais que a sociedade tem com o ambiente.

Baseado na sua formação reflita como você pode contribuir, intervindo nas relações sociais,
para a preservação do meio ambiente.

Ao falarmos de transformação da realidade socioambiental, devemos levar em conta a pluralidade que está por
trás dessa questão. Weiss & Jackson (2009) afirmam que paralelo às questões ambientais, está a necessidade de
crescimento econômico, tendo em vista que, a pobreza, ainda se faz presente em várias partes do mundo.

Figura 2.3 – Presença da pobreza.

A imagem ilustra um “barraco” montado em uma comunidade, representando a pobreza


que ainda se faz presente em várias partes do mundo e é um desafio a ser ganho atra-
vés do crescimento econômico, que deve ser aliado às questões ambientais.
Fonte: <http://br.123rf.com/> ID: 23486303.

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Gonçalves (2006) também reforça essa ideia, chamando atenção para a questão social. Vejamos:
É preciso reconhecer que foi efetivamente de fora dos muros das universidades e centros de pes-
quisa que ecoou o grito contra a degradação das condições de vida. O crescente interesse pela
questão ambiental ganhou dimensão enquanto questão social e política a partir da década de
sessenta sob contornos românticos e idealistas e a crescente desconfiança em relação à ciência e
à técnica (GONÇALVES, 2006, p. 142).
Desta forma, é possível percebermos que a luta ecológica é acompanhada de contradições, sendo bastante diver-
sificadas as propostas de apropriação de recursos naturais. É importante salientar que, com a tecnologia disponí-
vel hoje em dia, não há escassez na produção de alimentos ou produtos necessários à infraestrutura social básica
necessária para viver, sendo o grande problema da atualidade a distribuição dos recursos disponíveis.
A forma como o sistema capitalista se organiza a nível privilegia os países com desenvolvimento tecnológico e
industrial mais avançado e invisibiliza anos de exploração que os povos colonizados sofreram, em especial as
populações ao sul do globo, sendo estes os povos que ainda hoje sofrem com a fome, disseminação de doenças,
falta de infraestrutura básica e falta de investimentos para a melhoria das condições de vida, sendo considerados
subdesenvolvidos em comparação com outros países.
Então, é necessário discutir sobre as práticas em relação ao meio ambiente, pois estão sendo cada vez mais
devastadoras as consequências a nível de desequilíbrio social (GONÇALVES, 2006).
O maior desenvolvimento do debate sobre as questões ambientais não se consolidou apenas através de movimen-
tos ambientalistas. Questões políticas nacionais foram importantes, tendo em vista que, a redemocratização do país
favoreceu a consolidação da educação ambiental, bem como, sua inclusão nos debates nacionais (SAITO, 2002).

Você já ouviu falar no GreenPeace? Esta é uma organização global de preservação do meio
ambiente. Ela está presente em mais de 43 países e conta com mais de 18 mil voluntários.
Acesse http://www.greenpeace.org/brasil/pt/ e saiba mais!

A defesa do meio ambiente vem sendo realizada tanto por órgãos institucionais quanto por órgãos não governa-
mentais, em especial as ONGs (Organizações Não Governamentais).
A organização e a pressão populares influenciam na implementação de políticas públicas para atender as
demandas entre o meio ambiente e atividades institucionais (RUSCHEINSKY, 2002). As instituições de ensino,
sejam públicas ou privadas, devem atuar na preservação do meio ambiente, por meio de práticas sustentáveis.
Mas deve-se pensar as políticas ambientais para além das instituições de ensino, pensando em redes entre os
diferentes órgãos que se interessam pela pesquisa e iniciativas que visem integrar seus saberes na construção de
um processo educativo ambiental integral, ou seja, que esteja presente além dos livros, além da teoria.
Uma das leis estabelecidos pelo governo federal brasileiro que visa a implementação de uma solução sustentá-
vel que fomente a produção dos pequenos agricultores é ligada ao PNAE – Programa Nacional de Alimentação
Escolar. Este programa, “graças ao incentivo da lei, nº 11.947/2009 (...) determina que 30% dos recursos repas-
sados pelo Fundo Nacional da Alimentação Escolar (FNDE) para a merenda nas escolas brasileiras, devem ser
destinados à aquisição dos produtos da agricultura familiar” (PORTAL BRASIL, 2013).

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Assim, a partir de 2009, houve a aliança entre pequenos produtores rurais, governo federal e escolas, de forma a
fomentar a economia nacional, incentivar a agricultura familiar (mais sustentável do que a agricultura baseada
no latifúndio) e fornecer alimentos de qualidade superior aos estudantes. O reconhecimento do trabalho dos
pequenos produtores agrícolas no Brasil faz parte de um processo ambiental educativo.
Vimos esforços de políticas sustentáveis para tentar remediar as consequências do descuido para com o meio
ambiente que afeta não só os seres humanos, mas a biodiversidade, ou seja, a variedade (e a qualidade de
vida) de outras espécies. Como é possível, no sistema em que vivemos, estabelecer um processo ambiental
educativo na sociedade?

2.3 Consequências ambientais e o processo educativo


Segundo Saito (2002) a sustentabilidade não pode ser entendida apenas como ideologia, numa perspectiva única
de conservar recursos naturais. Ela deve ser compreendida a partir da ideia de ‘consciência’ ecológica, baseada na
problemática dos conceitos ambientais. A forma de pensar a relação entre o ser humano e o meio ambiente faz
parte de uma reflexão que deve ser também profundamente filosófica, de forma que a transformação da relação
não seja superficial, mas também de reflexão sobre a própria vida e as outras formas de vida presentes na Terra.
Soluções diferentes são propostas para os problemas relacionados ao meio ambiente. Weiss e Jackson (2009)
apostam em providências nos âmbitos internacional, nacional e local, a fim de controlar a poluição, bem como
preservar ecossistemas e recursos naturais. Já para Velasco (2002), o meio ambiente está ameaçado pelo capi-
talismo, principalmente no que se refere aos resultados da ciência e da tecnologia, então a solução partiria de
modificações mais profundas na forma de produção. À extensão dos danos já causados é difícil prever os impac-
tos futuros. As formas de pensar a relação com o meio ambiente estão intrinsecamente ligadas ao momento
histórico que vivemos.
Historicamente falando sobre a política do nosso país, em especial o período do governo militar, havia limita-
ções das ações coletivas e raros debates políticos. Naquela época, as questões sociais não estavam inseridas nas
discussões educacionais, culturais e ambientais. Soma-se ainda o fato de que o ambientalismo era visto como
obstáculo para o pretendido desenvolvimento econômico (SAITO, 2002).
Já na década de 1980, a mudança no quadro político nacional é acompanhada de um processo de redemocrati-
zação que trouxe benefícios para a discussão socioambiental.
Esse processo tem seu grande momento com a promulgação da nova Constituição Federal, em
1988. O debate em torno das questões ambientais avança no cenário nacional, e a nova Carta
Magna guarda marcas desse fortalecimento, mencionando explicitamente a importância do
meio ambiente para a nação. Antes mesmo da Constituição, essa tendência de valorização do
meio ambiente já era observada, quando foram instituídas a Política Nacional do Meio Ambiente,
por meio da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981 (SAITO, 2002, p. 48).

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Figura 2.4 – A seca e a escassez de água.

A imagem apresenta uma foto de um rio seco, representando a escassez de água e desertifi-
cação do solo como algumas das respostas às ações prejudiciais ao meio ambiente.
Fonte: <http://br.123rf.com/> ID: 43412452.

A principal transformação que vai influenciar as relações entre os governos e a questão ambiental a partir dos
anos 1990 é a globalização. A globalização é um processo que contou com a revolução e massificação das
tecnologias de comunicação, acesso massificado aos meios de transporte e integração dos mercados globais,
estreitando a relação e a comunicação entre as pessoas de diferentes lugares (BAUMAN, 2014). A partir de então,
cada vez mais buscam-se soluções globais para os problemas ambientais.
O aumento de catástrofes naturais que vem ocorrendo nas últimas décadas tem sido relacionado aos danos cau-
sados ao meio ambiente pelos seres humanos. Alguns desses danos são grandes períodos de seca relacionados
à mudança climática (aquecimento global), desabamentos relacionados à erosão do solo (principalmente pelo
mau cultivo do mesmo), degelo nos polos, também relacionado ao aquecimento global, extinção de espécies de
animais, entre outros.
Outros problemas de ordem dos direitos humanos a nível global somam-se à exploração capitalista e privatiza-
ção da propriedade privada, como o desrespeito territorial aos povos indígenas, povos das florestas e ribeirinhos,
que acarretam em problemas como destruição das florestas, poluição de rios e desertificação dos solos (MANA-
GLIA, 2015).
Ao longo dos anos, diversas medidas políticas e tratados com objetivo de diminuir os impactos ambientais nega-
tivos causados pela ação humana vêm sido assinados pelos representantes das nações do mundo visando tomar
medidas consideradas sustentáveis. Um exemplo é o “Acordo de Paris”, assinado em 2015 por 171 países no
âmbito da “Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima” (sendo o Brasil um destes países)
estabelecendo medidas que devem influenciar diretamente na redução da emissão de dióxido de carbono esta-
belecendo como meta para a redução proposta o ano de 2020.
As medidas presentes no Artigo 2º do tratado envolvem o engajamento contra o aquecimento climático e dimi-
nuição de gases que provocam o efeito estufa :
(a) Assegurar que o aumento da temperatura média global fique abaixo de 2°C acima dos níveis
pré-industriais e prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a até 1,5°C acima
dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isto vai reduzir significativamente os riscos e impac-
tos das alterações climáticas;

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(b) Aumentar a capacidade de adaptação aos impactos adversos das alterações climáticas e pro-
mover a resiliência do clima e o baixo desenvolvimento de emissões de gases do efeito estufa, de
maneira que não ameace a produção de alimentos;
(c) Criar fluxos financeiros consistentes na direção de promover baixas emissões de gases de efeito
estufa e o desenvolvimento resistente ao clima (UNFCCC, 2015).

O efeito estufa consiste na absorção de parte da radiação infravermelha por gases presentes
na atmosfera, chamados de gases estufa. Este fenômeno aumenta a sensação de calor.

Uma das crises envolvendo esta política ambiental engajada pela Organização das Nações Unidas (ONU) foi a saída,
no ano de 2017, dos Estados Unidos deste acordo sob governo do presidente Donald Trump. Os Estados Unidos são
hoje uma das principais potências econômicas do mundo e é apontado como um dos líderes na emissão de dióxido
de carbono. Sua saída do acordo acarretaria em danos ambientais cada vez mais imprevisíveis e irreparáveis.

O dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Esta data foi estabelecida pela Organi-
zação das Nações Unidas (ONU) em 1972.

Quando relacionamos educação e meio ambiente, devemos pensar em uma prática transformadora. De acordo
com Saito (2002), deve haver uma articulação entre o conhecimento e a ação, de modo que a construção do
conhecimento seja permeada pela reflexão e compreensão transformadora da realidade, pensando em caráter
coletivo e não apenas individual na relação com o meio ambiente.
Cabe reconhecer como basilar da reflexão que a ação pedagógica possui, entre os seus intuitos,
o desvelamento da realidade complexa e obscurecida na qual vigem múltiplas relações sociais.
Além disso, a construção do saber, a coerência de pensamento e o diálogo com um conjunto de
outras interpretações do mesmo fenômeno social exigem um olhar voltado para os atores que
constroem as relações sociais (RUSCHEINSKY, 2002, p. 62).
Sendo assim, o processo educacional sustentável deve ser acessível a todas as idades, deixando sempre claro,
a importância do respeito ao meio ambiente, baseado na economia, reciclagem, compartilhamento, solidarie-
dade, paz e respeito às diferenças das outras pessoas. (MANAGLIA, 2015)
Nessa discussão, é importante salientar: a questão ambiental é interdisciplinar. Mas o que seria isso? Na questão
ambiental estão envolvidos: conhecimento técnico-científico, normas e valores e questões estético-culturais. Tudo
está em torno de uma complexidade, dada a partir da relação da sociedade com a natureza. (GONÇALVES, 2006)

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Tristão (2002) reforça essa ideia. A autora fala sobre a inserção do meio ambiente, ética, pluralidade cultural,
saúde e saúde sexual como temas transversais na educação. Considerando esse contexto, a educação ambiental
possui uma dimensão ética tanto quanto a pluralidade cultural. Desta forma, Tristão (2002, p. 172) afirma que “a
pluralidade cultural é balizadora dos fundamentos da educação ambiental, aliás, emerge de uma necessidade
dessa demanda de diversidade biológica, cultural e social”.

Aluno, fique atento! O Fórum desafio está relacionado a esta temática!

Desta forma, compreende-se que a complexidade da questão ambiental está inserida historicamente na socie-
dade. “A visão expressa a propósito do meio ambiente é de que em tudo se manifestam as respectivas conexões,
e ao mesmo tempo, tudo se transforma na história.” (RUSCHEINSKY, 2002, p. 62)

Figura 2.5 – Grupo de pessoas recolhendo lixo.

A questão ambiental está relacionada com a relação da sociedade com a natureza. Na imagem, é possível ver um
grupo de pessoas recolhendo lixo. Essa é uma das práticas que contribuem para a conservação do meio ambiente.
Fonte: <http://br.123rf.com/> ID: 62354044.

De acordo com Saito (2002), a exploração desenfreada do meio ambiente não pode ser combatida apenas na
intocabilidade ou proibição do uso do meio ambiente. Deve ser trabalhada a partir da inclusão social e econô-
mica, buscando qualidade de vida para todos, ou seja, a problemática ambiental deve ser trabalhada a partir de
sua complexidade. “Meio ambiente e sociedade encontram-se intimamente interligados.” (SAITO, 2002, p. 51)

Aluno, fique atento! O Fórum desafio está relacionado a esta temática!

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Nesse contexto, o processo educativo - materializado aqui como a educação ambiental - deve estar presente de
forma multidimensional em todas as disciplinas, na reestruturação de currículos e na formação de professores,
a fim de assegurar a reivindicação de direitos políticos, ambientais e sociais que contribuam para a prática da
sustentabilidade (MANIGLIA, 2015).
A partir do uso da sustentabilidade como princípio maior, não há que se falar somente em edu-
cação sustentável apenas usando a questão ambiental, a visão holística deve ser tratada encade-
ando a discussão sobre as diferentes vertentes que englobam a destruição da natureza, a irres-
ponsabilidade humana, a pobreza, e respeito às diversidades (MANIGLIA, 2015, p. 64).
Consideremos também a importância de refletir sobre os desafios do educador na inserção da educação ambien-
tal. Esse processo se consolida como um compromisso ético e político, que lidam com a racionalidade econômica
e tecnológica, e ambas devem estar articuladas com a racionalidade ambiental (TRISTÃO, 2002).
O processo pedagógico está inserido numa ética ambiental. Há a necessidade de um processo educativo de
larga abrangência, que trabalhe a consciência social, para efetivar a compreensão entre natureza e humaniza-
ção. Sendo assim, do ponto de vista ético, é importante a construção do diálogo entre a natureza e a ação do ser
humano (RUSCHEINSKY, 2002).

A prefeitura da cidade de Recife, PE, tem o projeto “Desafio EcoRecife”, no qual premia jogos
digitais focados no meio ambiente. Os jogos são interativos e os jogadores fazem atividades
que preservem o ambiente da cidade. É uma iniciativa onde a educação ambiental está pre-
sente. Confira no link os jogos vencedores em 2016 e veja como os jogos são legais: https://
www.youtube.com/watch?v=BbZrYl0Q7oo.

Assim finalizamos esta unidade de estudo. Aproveite para estudar o material complementar para reforçar e
ampliar ainda mais seu conhecimento sobre o tema.

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Considerações finais
Finalizamos nosso estudo sobre a relação da educação com a sociedade e
o meio ambiente. Vamos relembrar os principais pontos estudados.
• A questão do meio ambiente é uma das causas que tem exigido
mudanças comportamentais de pessoas físicas e jurídicas, tendo
em vista que a manipulação do meio ambiente pelo homem vem
trazendo consequências negativas traduzidas pela natureza em
catástrofes ambientais.
• O debate ecológico não se restringe apenas à questão biológica.
É marcado pela interdisciplinaridade, de modo que as ciências
humanas também se fazem presentes e necessárias.
• Uma das questões relacionadas à sustentabilidade, é o estilo de
vida moderno e a cultura de consumo, onde as pessoas são cada
vez mais incentivadas a consumir sem realmente ter necessidade,
ocasionando uma maior quantidade de lixo que nem sempre é
descartado da forma correta.
• Nesse contexto, está envolvida também, a questão do sistema
capitalista e da apropriação privada, que vão de encontro ao
debate ecológico.
• Considerando esse panorama, a educação ambiental se faz
necessária, se configurando como uma prática transformadora,
ou seja, estimulando o respeito ao meio ambiente através de uma
reflexão multidisciplinar.
• A educação colabora com a transformação da realidade socio-
ambiental na medida em que avança nas discussões sociais, cul-
turais e econômicas.

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