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Educação, Sociedade e

Meio Ambiente
Unidade 3
Conceitos da prática de ensino
que envolve m aspectos
relacionados ao meio ambiente
3
Para iniciar seus estudos

Olá, estudante! Seja bem-vindo a esta unidade. Falaremos sobre concei-


tos da prática de ensino que envolvem aspectos relacionados ao meio
ambiente. Abordaremos a educação ambiental de forma reflexiva e crí-
tica, para que você possa associar a teoria com a prática na formação de
uma sociedade que respeite o meio ambiente de forma consciente e com
hábitos sustentáveis. Fique atento ao texto e às dicas ao longo da leitura.
Bons estudos!

Objetivos de Aprendizagem

• Aplicar as diretrizes educacionais no contexto da educação


ambiental.
• Criar estratégias de intervenções no contexto escolar a respeito da
educação ambiental.

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Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino
que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente
3.1 A educação ambiental: considerações iniciais
Os problemas ambientais estão relacionados com a forma de organização da sociedade e da falta de consenso
entre os efeitos da tecnologia e o controle da natureza. Sendo assim, os cidadãos devem engajar-se na cons-
trução de alternativas para mudar a realidade a partir de uma visão crítica sobre as transformações que o ser
humano provoca na natureza (RUSCHEINSKY; COSTA, 2007).

Figura 3.1 – Poluição na praia.

Legenda: A imagem apresenta o lixo depositado em uma praia, representando a necessidade de uma educação que
esteja voltada a uma prática social que minimize hábitos que poluam o meio ambiente. O lixo não tratado, não reci-
clado e tratado dessa forma leva anos para se decompor, causando danos a todo o ecossistema envolvido.
Fonte: http://123rf.com ID: 14805672

No seu cotidiano, você costuma ter alguma prática de preservação do meio ambiente? Você
costuma multiplicar ideias sustentáveis entre seus familiares e amigos?

Chamamos a atenção para a necessidade de respeito à natureza entendendo que é preciso considerar todos os
aspectos d sua complexidade. Para tanto consideramos que
A natureza é explorada por nossa sociedade como se fosse um recurso inesgotável, vista de forma
fragmentada, sem a preocupação e o respeito com as relações dinâmicas do equilíbrio ecológico
e sua capacidade de suportar os impactos sobre ela, o que resulta nos graves problemas ambien-
tais da atualidade. A natureza percebida a partir de uma visão mais complexa, em sua totalidade,
potencializaria a construção de uma relação entre os seres humanos em sociedade e a natureza
de forma mais integrada, cooperativa e, portanto, sustentável sócio ambientalmente (GUIMA-
RÃES, 2007, p. 87).

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Nos anos de 1970 foram intensificados os debates da temática ambiental no mundo, relacionando-os ao desen-
volvimento socioeconômico, além das necessidades de mudanças de comportamento.
Já na década de 1980, os debates eram mais voltados para a ampliação e consolidação de espaços institucio-
nais que favorecessem a educação ambiental. Nesse contexto, o Conselho Federal de Educação (CFE) chamava
atenção para a ênfase interdisciplinar da temática ambiental. A década de 1990 foi marcada pela inclusão da
educação ambiental como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), ou seja, um tema que
não é possível compartimentalizar em uma disciplina específica, sendo necessário o entendimento ampliado do
fenômeno para que se dê conta de sua realidade em sua totalidade para além de divisões como biologia/socio-
logia/matemática. No fim dos anos de 1990, a educação ambiental foi incluída nos currículos escolares de forma
flexibilizada e diversificada (SAITO, 2007).
O surgimento da educação ambiental é marcado por uma crise ambiental no fim do século XX. Está atrelada à
demanda de construção de visões de mundo que privilegiem o estabelecimento de projetos sociais e ambien-
tais que minimizem impactos ambientais. Inicialmente, a educação ambiental estava relacionada a uma prática
conservacionista, ou seja, que isolasse áreas ambientais para que não fossem causados danos a elas por meio da
ação do ser humano: tinha por base a ciência ecológica, para estimular a sensibilidade humana para preservação
da natureza, deixando de lado as relações com a sociedade (LAYRARGUES; LIMA, 2014).
No Brasil, a luta dos ambientalistas ganhou reconhecimento nacional no fim dos anos 1990, com a promulga-
ção da Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, na qual foi instituída a Política Nacional de Educação Ambiental. De
acordo com esta lei:
Art. 6 o É instituída a Política Nacional de Educação Ambiental. Art. 7 o A Política Nacional de
Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do
Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e privadas dos
sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, e organizações não-governamentais com atuação em educação ambiental.
Art. 8 o As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser desen-
volvidas na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes linhas de atuação
inter-relacionadas:
I - capacitação de recursos humanos;
II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações; III - produção e divulgação de
material educativo;
IV - acompanhamento e avaliação.
(BRASIL, 1999)
Assim, com o reconhecimento institucional da Educação Ambiental, é possível cobrar a aplicação desta lei, ou
seja, a implementação da Educação Ambiental a nível nacional.
A educação ambiental se configura a partir de indivíduos da sociedade civil e instituições sociais que possuem
valores e normas em comuns. No entanto, propostas políticas, pedagógicas e epistemológicas podem entrar em
conflito quando falamos em problemas ambientais. Isso ocasiona a disputa pela hegemonia no campo ambien-
tal, de modo que alguns grupos desejam que seus interesses e sua interpretação da realidade se torne dominante
frente das discussões (LAYRARGUES; LIMA, 2014).

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Glossário

Epistemologia: Parte da teoria do conhecimento que levanta questionamentos sobre a


construção do conhecimento, seu formato, como se organiza e suas influências políticas,
sociais e culturais. Também é responsável por questionamentos acerca a natureza humana
e o processo cognitivo.

De acordo com Saito (apud Lamanna, 2008, p. 41), a Política Nacional de Educação Ambiental é resultado de
várias lutas entre o Estado (ou melhor, o governo, a iniciativa pública) e a sociedade em relação à concepção de
ambiente e sociedade. O autor ainda destaca que há quatro desafios que estão intrínsecos a esta política, arti-
culados entre si, para o fortalecimento do exercício da cidadania a partir da construção de uma sociedade mais
justa e igualitária:
1. Busca de uma sociedade democrática e socialmente justa;
2. Desvelamento das condições de opressão social;
3. Prática de uma ação transformadora intencional;
4. Necessidade de contínua busca de conhecimento.

Baseado nesses quatro desafios apresentados, como você acha que sua formação pedagó-
gica pode contribuir para uma sociedade mais justa e que respeite o meio ambiente?

Ruscheinsky (2007) chama atenção para a importância das instituições sociais para a sustentação da sociedade.
No entanto, quando se refere ao meio ambiente, a complexidade institucional pode ser um obstáculo para a luta
dos conflitos ambientais. Em contrapartida, o sistema de ensino tem um papel importante enquanto instituição:
No campo da educação ambiental está mais do que reconhecida a importância vital que o sis-
tema de ensino pode proporcionar para aprofundar ou difundir perspectivas e políticas ambien-
tais, especialmente à medida que nesse espaço em particular se podem tratar de aspectos rele-
vantes para refinar as representações sociais e a visão de mundo a respeito do meio ambiente
(RUSCHEINSKY, 2007, p. 66).
Em algumas situações, a educação ambiental é transmitida como se tivesse uma perspectiva única (geralmente
a acadêmica), desprezando sua pluralidade de práticas e saberes. Isso desvaloriza as características pedagógicas,
políticas, éticas e epistemológicas que constituem a educação ambiental (LAYRARGUES; LIMA, 2014).

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Você já ouviu falar em florestas plantadas? Assista do vídeo da Associação Brasileira de Produ-
tores de Florestas Plantadas (ABRAF) e veja como estas florestas são importantes para manter
a sustentabilidade: <https://www.youtube.com/watch?v=V59UiBdi05g&feature=youtu.be>.

3.2 Diretrizes educacionais na educação ambiental


De acordo com Loureiro e Cossío (2007), desde a segunda metade da década de vem 1990 o Brasil tomando como
medidas o estabelecimento de diretrizes e a execução de políticas públicas para efetivar a educação ambiental
no Ensino Fundamental. Os autores destacam que o Ministério da Educação (MEC) desenvolve a educação no
Brasil em três modalidades:
1. Projetos;
2. Disciplinas especiais;
3. Inserção da temática ambiental nas disciplinas.
Ressaltando que o profissional de educação, deve estar presente nesse processo de elaboração e efetivação de
políticas e diretrizes, tendo em vista que ele que lida com os desafios cotidianos da educação e reconhece as
principais demandas educacionais.
O MEC ao elaborar os PCNs do Ensino Fundamental propôs que houvesse também discussões sobre os temas
transversais no contexto escolar. Para tanto, alguns critérios foram levados em conta para escolhê-los: urgên-
cia social, abrangência nacional, possibilidade de ensino e aprendizagem favorecendo assim a compreensão da
realidade e a participação social.
Os temas transversais definidos pelo MEC são: ética, pluralidade cultural, saúde, orientação sexual, temas locais,
e meio ambientes. Vamos focar no meio ambiente, que é o assunto para o qual está direcionado nossa unidade.
Para cada ser vivo que habita o planeta existe um espaço ao seu redor com todos os outros elemen-
tos e seres vivos que com ele interagem, por meio de relações de troca de energia: esse conjunto
de elementos, seres e relações constitui o seu meio ambiente. Explicado dessa forma, pode parecer
que, ao se tratar de meio ambiente, se está falando somente de aspectos físicos e biológicos. Ao
contrário, o ser humano faz parte do meio ambiente e as relações que são estabelecidas – relações
sociais, econômicas e culturais – também fazem parte desse meio e, portanto, são objetos da área
ambiental. Ao longo da história, o homem transformou-se pela modificação do meio ambiente,
criou cultura, estabeleceu relações econômicas, modos de comunicação com a natureza e com os
outros. Mas é preciso refletir sobre como devem ser essas relações socioeconômicas e ambientais,
para se tomar decisões adequadas a cada passo, na direção das metas desejadas por todos: o cres-
cimento cultural, a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental (BRASIL, 1997, p. 27).

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Desta forma, fica claro a abrangência da questão ambiental, que vai para além dos aspectos físicos e biológicos.
Os aspectos socioeconômicos e culturais estão presentes no cotidiano dos/as estudantes, devendo ser levados
em conta quanto se fala na prática educativa.

Você conhece a WWF-Brasil? É uma ONG brasileira que preza pela conservação do meio
ambiente no contexto socioeconômico brasileiro. Acesse o site a seguir e conheça mais
sobre ela: <http://www.wwf.org.br/>.

Ao considerarmos a questão social, levamos em conta também as lutas e formas de resistências sociais que estão
associadas a momentos históricos, sobretudo no que se refere ao capitalismo, que reproduz a força de trabalho,
reforçando situações contemporâneas ligadas à precarização das condições de vida humana, de forma que mui-
tas vezes esta fica exposta a diversas formas de exclusão social como a miséria e a fome (MARTINS, 2015).
O desenvolvimento não sustentável modificou a estrutura básica dos ambientes. Com o avanço do capitalismo pelo
mundo desenvolveu-se a economia global (baseada no mercado e no consumo). Nesse panorama, cidadãos são
considerados como consumidores, de modo que nada possa substituir o consumo (RUSCHEINSKY; COSTA, 2007).
Guimarães (2007) chama atenção ao fato de que os problemas socioambientais, tanto locais como globais, estão
relacionados entre si, tendo em vista que retratam o atual modelo da sociedade e sua relação com o meio em
que vive, assim, a crise socioambiental é um problema relacional. Intervenções ambientais, trocas econômicas e
avanços tecnológicos que ocorrem na Ásia podem afetar, por exemplo, a América do Sul e vice-versa.
Sorrentino e Trajber (2007) também reforçam esta ideia. Os autores afirmam a necessidade de transformações
para sanar injustiças ambientais, desigualdade social e a apropriação da natureza como sendo objetos de explo-
ração e consumo.

Figura 3.2 – Pessoas catando lixo.

Legenda: A imagem apresenta pessoas em um lixão a céu aberto, representando como as pessoas estão expos-
tas a diversas formas de exclusão social e precarização do trabalho em virtude do sistema capitalista.
Fonte: http://123rf.com ID: 18699701.
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Devemos considerar que o meio ambiente está relacionado com a dimensão histórico-social do ser humano,
quando se refere à organização da sociedade.Sendo assim, a condição ambiental que vivemos na atualidade é
sustentada pelo desenvolvimento da sociedade capitalista, principal sistema econômico e político contemporâ-
neo em que se privilegia o lucro sobre as mercadorias produzidas (RUSCHEINSKY; COSTA, 2007).
Guimarães (2007) chama atenção também para as transformações advindas do avanço do capitalismo enquanto
sistema econômico e ideologia. Com os ideais de progresso propagado e incluso na ideia de modernidade e
desenvolvimentismo econômico, intensificam-se os interesses individuais sustentados pelos pilares da meri-
tocracia e competição, passando os interesses individuais a estarem sempre à frente dos interesses coletivos.
A ideia de meritocracia parte do entendimento de que a partir do esforço individual é possível alcançar qualquer
objetivo desejado, ou seja, as pessoas que obtém sucesso em uma empreitada o obtém por mérito. Essa noção
deixa de lado diferenças estruturais causadas por injustiças e desigualdades históricas como percebemos no
exemplo de grupos sociais que são minoritários nas posições de poder político e econômico: mulheres, negros
(as), indígenas, homossexuais, travestis, entre outros.
A competição vem da ideia de que o mercado regula a si mesmo parte da ideologia econômica liberal. Assim, o
mundo econômico não necessitaria de intervenções estatais, uma vez que a competição privilegiaria o (a) melhor
tendo por base a meritocracia, resultando em um sistema justo.
Para o autor Guimarães (2007) a prevalência do individualismo na sociedade capitalista tem um viés antropocêntrico:
Essa prevalência justifica-se por essa postura individualista e antropocêntrica - quando a huma-
nidade se vê como o centro, e tudo que está ao seu redor existe para atender aos seus interesses.
Essas posturas, somadas à competição exacerbada entre indivíduos, classes sociais e nações, à
acumulação privada de um bem público que é o meio ambiente, à acumulação ampliada e con-
centração da riqueza, entre outras, intensificou tremendamente a exploração do meio ambiente
e o distanciamento entre os seres humanos dessa sociedade urbano-industrial e a natureza, o
que produz a degradação de ambos: sociedade e natureza (GUIMARÃES, 2007, p. 87)

Os anos de 2005 a 2014 contemplaram a “Década das Nações Unidas de Educação para
o Desenvolvimento Sustentável”, instituída pela UNESCO, para estimular mudanças de ati-
tudes na população e respeito à natureza. Acesse o site e saiba mais: <http://www.unesco.
org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/2005-2014-the-united-
-nations-decade-of-education-for-sustainable-development/>.

Para compreender os avanços do Estado brasileiro em relação à educação ambiental, é importante conhecer o
Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA - BRASIL, 2014), o qual articula ações educativas para a pro-
teção, recuperação e melhoria socioambiental, potencializando a educação para mudanças culturais e sociais.
Como missão, destaca-se: “A educação ambiental contribuindo para a construção de sociedades sustentáveis
com pessoas atuantes e felizes em todo [o] Brasil” (BRASIL, 2014, p. 26). Ele tem as seguintes diretrizes:
• Transversalidade e interdisciplinaridade.
• Descentralização espacial e institucional

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• Sustentabilidade socioambiental.
• Democracia e participação social.
• Aperfeiçoamento e fortalecimento dos sistemas de ensino, meio ambiente e outros que
tenham interface com a educação ambiental (BRASIL, 2014, p. 23)
Loureiro e Cossío (2007) afirmam que é importante o aprimoramento da implementação de políticas públicas
na escola e, no que se refere à educação ambiental, os autores destacam os principais pontos que devem ser
tomados com mais atenção:
• Dedicar especial atenção ao processo de formação de educadores ambientais.
• Ampliar e fomentar o envolvimento de professores, direção, funcionários e alunos em espa-
ços de participação.
• Garantir a participação dos profissionais do Ensino Fundamental em eventos como forma de
atualização de informações, incorporação nos debates das legítimas necessidades, práticas
e entendimentos.
• Abrir ampla discussão nacional, envolvendo outras secretarias do MEC, órgão gestor e sin-
dicatos dos trabalhadores da educação sobre a política educacional. (LOUREIRO & COSSÍO,
2007, p. 63-64)
Para dar continuidade ao tema, no tópico a seguir vamos focar nosso estudo em como acontece à intervenção
pedagógica em educação ambiental.

3.3 Intervenção pedagógica em educação ambiental


Tendo em vista a crise ambiental que enfrentamos, a educação ambiental tem o papel fundamental para as
mudanças de valores, comportamentos, sentimentos e atitudes que devem ser trabalhados de forma perma-
nente. Compreende-se, então, que deve ser uma educação que incentive o respeito à diversidade biológica,
cultural e étnica (SORRENTINO; TRAJBER, 2007).
Guimarães (2007) afirma que, ao considerar a crise ambiental estruturada a partir do modelo dominante de
sociedade, seu enfrentamento deve ser fortalecido por meio de um projeto educacional pautado no processo de
transformação da realidade socioambiental junto a intervenções educativas.
Para Segura (2007), em qualquer projeto educativo é possível incluir a educação ambiental, sob a condição de
que esteja presente a intenção de reconhecer a dependência entre os fenômenos que determinam a realidade e
desenvolver soluções coletivas para melhoria da qualidade de vida e estratégias educativas sustentáveis.

Fique atento! O fórum desafio pode estar relacionado com esta temática.

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Além disso, no que se refere à educação ambiental, devemos levar em conta a relação entre o saber e o poder, no
contexto social, cultural e econômico, respeitando o meio ambiente. Assim, temos que
A atividade pedagógica e intelectual da educação ambiental reconhece como fundamental o
relacionamento entre saber e poder, pois o conhecimento potencializa ou confere poder. Ou, dito
de outra maneira, toda forma de consolidação de poder nas relações sociais requer determinado
grau de saber a respeito do ambiente. Na dimensão pedagógica que nos interessa, cabe endos-
sar o conhecimento que permite visualizar a ampliação da democracia do campo político para o
social, o cultural e o econômico, bem como a diminuição radical das desigualdades sociais (RUS-
CHEINSKY, 2007, p. 80).
Quando levamos em conta o contexto pedagógico, as relações que existem entre indivíduo, sociedade, educação
e natureza necessitam de desdobramentos que aprofundem a prática educativa, tendo em vista que esta prática
é multidimensional e complexa (LAYRARGUES; LIMA, 2014).

Figura 3.3 - Menina com plantas.

Legenda: A imagem apresenta uma criança em meio a uma diversidade de vasos com mudas de diferentes plantas,
representando assim as relações entre indivíduo, sociedade e natureza estão envolvidas na educação ambiental.
Fonte: http://123rf.com ID: 18494768

A educação ambiental está disposta de várias formas, assim como existem maneiras diferentes de natureza,
sociedade e educação. Sendo assim, desenvolver a prática educativa envolve possibilidades distintas e contextos
sociais diversos dentro do ambientalismo. Desta forma, é possível perceber a relação que há entre educação e
meio ambiente (LAYRARGUES; LIMA, 2014).
A educação formal é baseada majoritariamente em um modelo educativo ao qual Paulo Freire (1987) deu o
nome de educação bancária. A educação bancária consiste na clara divisão entre professor-aluno em que o pro-
fessor detém o poder, ou seja, o conhecimento, e o aluno é agente passivo, que está em sala de aula para receber
conhecimento, ou seja, esse conhecimento seria “depositado” no aluno, daí o conceito de educação bancária.
Esse modelo educativo é limitador para pensarmos no ser humano em processo educativo em relação ao meio
ambiente. É preciso pensar a educação para além do ambiente da sala de aula.

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De acordo com Guimarães (2007), devemos considerar uma proposta de educação ambiental crítica, direcionada
para a sociedade em uma perspectiva complexa, em que os indivíduos pensem coletivamente. Sendo assim,
almeja-se transformações que forneçam um caminho alternativo ao modelo de desenvolvimento da sociedade.
Vejamos:
Nessa relação (dialética/dialógica) entre indivíduo e a vida social é que se constrói o processo
de uma educação política que forma indivíduos como atores (sujeitos), aptos a atuarem coleti-
vamente no processo de transformações sociais, em busca de uma nova sociedade ambiental-
mente sustentável. Nesse processo eles se transformam também, se educam, se conscientizam.
Indivíduos que se transformam atuando no processo de transformações sociais, “tudo ao mesmo
tempo agora” em uma abordagem que busca a relação (GUIMARÃES, 2007, p. 89),
Sorrentino; Trajber (2007) chamam atenção para as políticas públicas, afirmando que estas só contribuem para
os desafios socioambientais quando efetivadas a partir do diálogo com a sociedade.
De acordo com Ruscheinsky; Costa (2007), a educação ambiental deve pertencer à comunidade, de modo que
saia dela e retorne a ela. Desta forma, estará sendo efetivada a educação, e não a opressão. Isso nos leva a pensar
no papel transformador do processo educativo, devendo este ter uma atuação voltada para a qualidade de vida
e emancipação do ser humano.

O MEC possui várias publicações sobre educação ambiental. São materiais que podem lhe
auxiliar em sua prática pedagógica. Acesse e veja mais: <http://portal.mec.gov.br/pnaes/194-
-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/13639-educacao-
-ambiental-publicacoes>.

Ao pensar em intervenções educacionais no contexto aqui discutido, é necessário considerarmos que a edu-
cação ambiental é uma área de conhecimento que deve formar agentes que compreendam a interdependên-
cia entre os elementos que compõem a vida e as consequências das intervenções humanas nesses elementos.
Sendo assim, é uma formação que busca prevenir e solucionar os problemas socioambientais, criando possibili-
dades mais justas para o equilíbrio do planeta (SEGURA, 2007).
Para Ruscheinsky (2007), o desenvolvimento da consciência ecológica é acompanhado de problemas que estão
relacionados à compreensão da história. Como esses principais problemas, o autor destaca:
• Os alicerces da sociedade moderna [de forma que se compreenda como se estrutura a
sociedade a partir de sua formação social, histórica, econômica e cultural].
• A intensidade de ocupação populacional dos espaços geográficos [de forma a entender os
movimentos que resultaram no modo de vida que levamos hoje].
• O predomínio da razão sobre outras dimensões humanas [que permeia até hoje o meio
acadêmico, voltando-se para o homem como o centro da sociedade, retomando a ideia de
antropocentrismo vista anteriormente].

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• O mito da intocabilidade da ciência [por meio desse mito a ciência é tomada como ver-
dade e é incontestada, sendo que toda ciência é construída a partir do pensamento humano,
devendo ser frequentemente revisitada, contestada e transformada].
• O destino da sociedade, da cultura e do indivíduo [as questões filosóficas sobre a vida,
passado, presente e futuro aumentam a capacidade imaginativa para lidar com problemas e
o potencial crítico das pessoas em constante aprendizagem em relação ao meio ambiente].
(RUCHEINSKY, 2007, p. 88-89)
Na década de 1990, houve um estímulo para mudanças em hábitos individuais para a preservação ambiental.
Isso resultou em uma atenção maior a fatores que iam além da coleta seletiva e reciclagem de resíduos: passou-
-se a ser trabalhado o consumo sustentável (LAYRARGUES; LIMA, 2014).

Figura 3.4 – Lixo doméstico.

Legenda: A imagem apresenta uma lixeira para coleta seletiva, na qual representam a recicla-
gem de resíduos e separação do lixo como práticas que representam o consumo sustentável.
Fonte: http//www.123rf.com ID: 49152747

Ao considerarmos a educação ambiental, temos que analisar também do ponto de vista da formação do edu-
cador. Em relação a isso, Sorrentino; Trajber (2002) afirmam que o professor deve ser estimulado a pensar no
meio ambiente e na educação de forma provocadora, vislumbrando a cidadania e o acesso aos bens ambientais,
focando coletivamente na sustentabilidade. Além disso, os autores pontuam:
Instâncias dialógicas, onde circulam conhecimentos e experiências da práxis pedagógica, são fun-
damentais para a formação de professores, pois estes aprendem principalmente com a troca de
vivências. Em encontros e seminários voltados para educação ambiental, o trabalho formativo de
professores inclui: o aprofundamento conceitual que permita a produção de conhecimentos locais
significativos; e também a experimentação de algumas práticas como, por exemplo, a metodologia
de projetos de intervenção e transformadores, por meio de instrumentos como a pesquisa-ação-
-participativa e o fomento à relação escola-comunidade (SORRENTINO; TRAJBER, 2007, p. 19).

Fique atento! O fórum desafio pode estar relacionado com esta temática.

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Segundo Guimarães (2007), o processo educativo deve se empenhar na origem de problemas socioambientais
que estejam além da sala de aula, ou seja, na realidade da vida cotidiana. Para tanto, o autor destaca pontos
centrais que contribuam para o processo de transformação da realidade na perspectiva da educação ambiental:
• Desvendar seus paradigmas e suas influências nas práticas individuais e coletivas.
• Entender as estruturas do modo de produção desta sociedade.
• A sua dinâmica intermediada pelas relações desiguais de poder.
• As suas motivações dinamizadas pelo privilégio aos interesses particulares que, para mantê-
-los, tendem a estruturar relações de dominação de um (indivíduo/sociedade) sobre o outro
(indivíduo/natureza). (GUIMARÃES, 2007, p. 89)
Uma das formas de intervenção em educação ambiental é a realização de projetos políticos, educacionais, artís-
ticos e de extensão (que podem ser combinados). Tendo em vista que não existe um modelo único de intervenção
educativa ambiental, Segura (2007, p. 98-99) destaca alguns parâmetros que devem ser levados em considera-
ção em projetos educativos educacionais:
• Mapeamento: em que cenário atuo? Quais são os assuntos de maior interesse para o público
com o qual atuo? Quais são as temáticas que permitem compreender a dinâmica de ocupa-
ção do espaço local? Quais são os interesses dos grupos locais?
• Articulação: quais são as possibilidades de integração com outras áreas do conhecimento?
Quais são os conceitos fundamentais que tenho que considerar para problematizar e siste-
matizar as discussões? O envolvimento da comunidade pode iniciar pelas famílias dos alunos?
• Comunicação permanente: garantir mais visibilidade e repercussão da ação educativa; orien-
tar-se pelo entendimento crítico sobre o sentido do que se faz, por que se faz e para quê.
• Registro: sistematizar a trajetória metodológica dos projetos, seus objetivos, o contexto em
que foram formulados e realizados, os atores envolvidos e a avaliação – o que não deu certo
e o que precisa melhorar.
Para que você possa entender melhor como funcionam algumas práticas educacionais ambientais vigentes que
aliam processos educacionais dialógicos a reflexões críticas que propõem transformações nas ações e pensa-
mentos relacionados ao meio ambiente levantamos alguns exemplos que veremos a seguir.
Um exemplo de projeto educacional ambiental é o Museu do Amanhã localizado na cidade do Rio de Janeiro. O
Museu do Amanhã foi inaugurado em 2015 e é resultado de uma parceria público-privada entre a Prefeitura do
Rio de Janeiro, a Fundação Roberto Marinho, as empresas Shell e Santander tendo também outras instituições
apoiadoras (MUSEU DO AMANHÃ, 2017). A proposta do museu, como anuncia seu nome, é proporcionar a refle-
xão sobre o futuro a partir de questionamentos sobre como vivemos, como consumimos e como expressamos
nossa cultura. O museu traz amostras interativas em que o/a visitante se vê como agente além de trazer inova-
ções científicas que buscam o desenvolvimento de uma sociedade sustentável como copos biodegradáveis feitos
de mandioca, tijolos feitos de lixo, entre outras inovações. A estrutura do museu conta com tecnologia como a
geração de energia por meio da captação de energia solar.

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Figura 3. 5 Museu do Amanhã no Rio de Janeiro

Legenda: O museu do amanhã estimula a reflexão em um processo dialógico em que o/a visi-
tante participa do aprendizado por meio da interação, buscando estimular interesse sobre temáti-
cas voltadas à preservação do meio ambiente e sensibilizar o ser humano sobre seu papel na pre-
servação da vida terrestre, animal e vegetal, fazendo crítica ao consumo exacerbado.
Fonte: http//www.123rf.com ID: 49152747

Outro exemplo bem-sucedido de educação transdisciplinar que aprofunda discussões ambientais, sociais, cul-
turais e econômicas é o Projeto Rondon classificado atualmente como uma Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público.
Com o objetivo de levar a juventude universitária para conhecer a realidade multicultural e multirracial do Brasil
e oferecer a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento social e econômico das regiões mais carentes do
país, nasce em 1967, o Projeto Rondon. Idealizada nos bancos escolares da Escola de Comando e Estado-Maior
do Exército, a ação surge como uma iniciativa precursora de grande importância para a nação. (INSTITUTO PRO-
JETO RONDON, 2017)
Algumas das ações desempenhadas pelos universitários são aplicação de vacinas, educação em higiene bucal,
amostra de filmes, oficinas de instrumentos úteis para a população, oficinas de compostagem, apresentações
artísticas, entre outras. As trocas de saberes entre as populações residentes em populações carentes e universi-
tários proporciona ganho para ambas as partes.
Fomentar o empoderamento econômico e educativo de populações carentes, em especial da floresta e do
campo, auxilia a fomentar a economia local. Isto resulta em maior autonomia da região e capacidade de desen-
volvimento baseado na construção de valores como coletividade e sustentabilidade.
Os universitários adquirem saberes sobre práticas plantas, território, forma de ver e viver que fazem com que
tenham contato com uma realidade mais ampla do que a realidade urbana em que estão inseridos. Assim, é
possível refletir sobre medidas educativas ambientais que partam da realidade e, assim, possam ser mais efetivas
para elaborar políticas públicas educativas.
Notamos, então, que a educação ambiental está sustentada na conexão entre as questões culturais, políticas,
econômicas, sociais, religiosas, estéticas, entre outras que tenham papéis determinantes quando se refere ao
meio ambiente (SEGURA, 2007). Salientamos mais uma vez o papel do profissional de educação: uma postura
transformadora, que respeite as transversalidades da vida cotidiana para poder sensibilizar estudantes como
multiplicadores da sustentabilidade.

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Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino
que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente
Perspectivas inovadoras auxiliam em um aprendizado que não se baseie na educação bancária, mas numa edu-
cação inventiva e crítica que precisamos estimular para garantir a preocupação com a preservação ambiental
e por extensão, da vida humana, fomentando iniciativas que não sejam apenas técnicas, mas que combinem
aspirações artísticas, científicas e filosóficas.

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Considerações finais
Finalizamos o estudo dessa unidade, quando tivemos a oportunidade de
ampliar nosso conhecimento a respeito do tema. Assim, nossos principais
pontos de estudo foram:
• A forma como a sociedade está organizada (no que se refere ao
modelo de desenvolvimento, capitalismo, estilo de vida e incen-
tivo ao consumo) acarretou hábitos que põem em risco o meio
ambiente, pela forma que este vem sofrendo intervenções pelos
indivíduos.
• Este panorama exige medidas que cessem a degradação ambien-
tal. Isso envolve aspectos que vão além de questões físicas e bio-
lógicas, tendo em vista que questões culturais, sociais, econômi-
cas, entre outras também estejam envolvidas.
• É nesse contexto que a educação ganha sua importância. A edu-
cação, por meio de medidas que estimulem a reflexão sobre a
importância do meio ambiente, exerce um papel de formadora de
cidadãos conscientes na manutenção da sustentabilidade.
• A Política Nacional de Educação Ambiental, os PCNs do MEC e o
Programa Nacional de Educação Ambiental são exemplos da atu-
ação do governo que, junto à sociedade civil e aos profissionais de
educação, intervêm em ações interdisciplinares para a efetivação
da educação ambiental.
• A educação ambiental está configurada de várias formas, abran-
gendo diversas áreas do conhecimento, envolvendo natureza,
sociedade e educação. Deve ter uma perspectiva crítica e trans-
formadora, com protagonismo da comunidade, para que possam
ser formados cidadãos multiplicadoras de ideias sustentáveis.
• O profissional de educação deve estar preparado para lidar com os
desafios da implementação da educação ambiental, por meio de
uma postura crítica e estimuladora, que respeite as diversidades
sociais para poder sensibilizar estudantes como multiplicadores
da sustentabilidade.

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