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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

THIELE NAIARA GONÇALVES SILVA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS

Montes Claros

2018
THIELE NAIARA GONÇALVES SILVA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS

Projeto de Ensino apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito
parcial para a obtenção do título de Pedagogo.

Orientador: Prof. Natália gomes

Montes Claros
2018
SILVA, Thiele Naiara Gonçalves. Educação ambiental nas escolas. 2018. 32 p.
Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e
Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Montes Claros, 2018.

RESUMO

A linha de pesquisa adotada por este projeto é docência nas séries iniciais
do Ensino Fundamental I. O presente trabalho justifica-se pela necessidade de
mudança no comportamento das pessoas, objetivando reverter e/ou minimizar os
problemas ambientais em busca de melhores condições de sobrevivência em nosso
planeta. Partimos da problematização de: Como os professores podem colaborar
com a formação de cidadãos responsáveis capazes de influenciar na preservação e
proteção do meio ambiente? O objetivo geral deste projeto é colaborar com a
conscientização do dever de cada um de proteger e preservar o meio ambiente, e
como objetivos específicos: promover um ambiente de aprendizagem e de
mudanças de comportamentos, fortalecer discussões a respeito do meio ambiente e
articular possíveis soluções para a preservação do meio ambiente. E será
desenvolvido por professores através de aulas dinâmicas, tendo como avaliação
sugerida a observação do desempenho dos alunos nas atividades. Para esse projeto
de ensino foi realizada como embasamento teórico uma pesquisa bibliográfica na
qual se destaca entre os autores pesquisados: Carvalho (2006), Ferreira (2010),
Loureiro (2008), Marcatto (2002), Reigota (1995) e Sato (2002), entre outros, além
de documentos e leis que regularizam e norteiam a Educação Ambiental em nosso
país.

Palavras-chave: Educação ambiental. Preservação. Proteção.


SUMÁRIO

1 Introdução....................................................................................................5
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................7
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino.................................26
3.1 Tema e linha de pesquisa........................................................................26
3.2 Justificativa...............................................................................................26
3.3 Problematização.......................................................................................26
3.4 Objetivos...................................................................................................27
3.5 Conteúdos................................................................................................27
3.6 Processo de desenvolvimento..................................................................27
3.7 Tempo para a realização do projeto.........................................................30
3.8 Recursos humanos e materiais................................................................30
3.9 Avaliação..................................................................................................31
4 Considerações Finais..................................................................................32
5 Referências.................................................................................................33
5

1 INTRODUÇÃO

O presente Projeto de ensino tem por tema Educação ambiental. E visa


responder: Como os professores podem colaborar com a formação de cidadãos
responsáveis capazes de influenciar na preservação e proteção do meio ambiente,
dado o crescimento dos problemas ambientais e a necessidade de mudança de
postura diante da situação por parte de toda sociedade?

Os problemas ambientais, ocorridos principalmente nas últimas décadas, se


tornaram as principais preocupações da sociedade moderna, e diante das previsões
futuras em relação ao meio ambiente começou a surgir uma série de iniciativas no
sentido de reverter à situação atual de degradação dos recursos naturais e de
amenizar as consequências prejudiciais a vida em nosso planeta.
A degradação do meio ambiente e a queda na qualidade de vida foram os
pontos principais para a mobilização das comunidades internacionais que têm se
juntado e buscado soluções para os tantos problemas dessa área. Uma dessas
iniciativas é a Educação Ambiental (EA) que as escolas passam também se
responsabilizarem com essa função, com o objetivo de formar cidadãos conscientes
e comprometidos com o meio ambiente.
Autores como Reigota (1995) defendem que a educação ambiental se torna
um exercício para a cidadania, tendo como objetivo a conscientização das pessoas
em relação ao mundo em que vivem e a busca por qualidade de vida sem
desrespeitar o meio ambiente natural que as cercam.
Percebemos que diante dos problemas enfrentados pela sociedade em
relação ao meio ambiente, torna-se cada vez mais necessário o conhecimento da
Educação Ambiental, para que seja possível uma mudança no comportamento das
pessoas, objetivando reverter e/ou minimizar os problemas ambientais em busca de
melhores condições de sobrevivência em nosso planeta.
Dessa maneira, pretende-se colaborar para o reconhecimento da
necessidade da Educação Ambiental como parte integrante educação como
importante meio de nossa sociedade se engajar em programas e ações voltadas
6

para a preservação meio ambiente, visando um futuro com melhor qualidade de


vida.
Para tanto foi realizada como embasamento teórico uma pesquisa
bibliográfica na qual se destaca entre os autores pesquisados: Carvalho (2006),
Ferreira (2010), Loureiro (2008), Marcatto (2002), Reigota (1995) e Sato (2002),
entre outros, além de documentos e leis que regularizam e norteiam a Educação
Ambiental em nosso país.

2. Revisão Bibliográfica
7

2.1 Educação ambiental: conceito

De acordo com Ruy (2004) nos últimos anos, as preocupações referentes à


Educação Ambiental e as iniciativas da sociedade tem aumentado, fazendo surgir a
necessidade de criar projetos que visam educar, sensibilizar e mobilizar todas as
pessoas para as questões ambientais. Diante desse contexto de despertamento
para a consciência ambiental tem- se a necessidade de conhecer o assunto de
forma mais profunda.
O CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - define a Educação
Ambiental como um processo de formação e informação, orientado para o
desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais, e de
atividades que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio
ambiental. A Lei Federal nº 9.795 define a Educação Ambiental como:

o processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem


valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (art.1º, Lei
Federal nº 9.795, de 27/4/99).

Com base no conceito de Educação Ambiental no Congresso de Belgrado,


Marcatto (2002, p.14) propõe:

[...] Educação Ambiental seja um processo de formação dinâmico,


permanente e participativo, no qual as pessoas envolvidas passem a ser
agentes transformadores, participando ativamente da busca de alternativas
para a redução de impactos ambientais e para o controle social do uso dos
recursos naturais [...].

A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e


Cultura) afirma que a educação ambiental é um processo permanente no qual os
indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem
8

conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação que os tornam


capazes de agir, de forma individual ou coletiva, na busca por soluções para os
problemas ambientais, presentes e futuros (UNESCO, 1987).

Marcatto (2002) vê a educação ambiental como uma das formas de


sensibilizar a população sobre os problemas ambientais.
Corroborando com essas ideias Gonçalvez (1990) defende que Educação
Ambiental é o processo de reconhecer valores e aclarar conceitos para criar
habilidades e atitudes necessárias que sirvam para compreender e apreciar a
relação mútua entre o homem, sua cultura e seu meio circundante biofísico.

Para a Conferência sub-regional de Educação Ambiental do Peru:

A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a


comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade
global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a
natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas
profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando
com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento
dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus
aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades
e atitudes necessárias para dita transformação. (Conferência Sub-regional
de Educação Ambiental para a Educação Secundária Chosica/ Peru,1976).

Outros autores como Reigota (1995) defendem que a educação ambiental


se torna um exercício para a cidadania, tendo como objetivo a conscientização das
pessoas em relação ao mundo em que vivem e a busca por qualidade de vida sem
desrespeitar o meio ambiente natural que as cercam. O autor ainda afirma que essa
conscientização se dá a partir do conhecimento dos seus recursos, os aspectos da
fauna e da flora gerais e, específicos de cada região; e, os problemas
ambientais causados pela exploração do homem, assim como os aspectos culturais
que vão se modificando com o passar do tempo e da mudança dos recursos
naturais, como a extinção de algumas espécies por exemplo.

Assim, para Marcos Reigota (1995), o maior objetivo é tentar criar uma nova
mentalidade que busque usufruir dos recursos oferecidos pela natureza de forma
9

inteligente, criando um novo modelo de comportamento. A educação ambiental


passa a ser então o exercício para a participação comunitária e não individualista.

Segundo a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental,


organizada pela UNESCO, os princípios que devem nortear programas e projetos de
trabalho em educação ambiental, citados por Marcatto (2002, p. 21-22) são:

Considerar o ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos


naturais e artificiais, tecnológicos e sociais;
Construir-se num processo continuo e permanente, iniciando na educação
infantil e continuando através de todas as fases do ensino formal e não
formal;
Empregar o enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de
cada disciplina para que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;
Examinar as principais questões ambientais em escala pessoal, local,
regional, nacional, internacional, de modo que os educandos tomem
conhecimento das condições ambientais de outras regiões geográficas;
Concentrar-se nas situações ambientais atuais e futuras, tendo em conta
também a perspectiva histórica;
Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, nacional e
internacional, para prevenir e resolver os problemas ambientais;
Considerar, de maneira clara, os aspectos ambientais nos planos de
desenvolvimento e crescimento;
Fazer com que os alunos participem na organização de suas experiências
de aprendizagem, proporcionando-lhes oportunidade de tomar decisões e
de acatar suas
Consequências;
Estabelecer uma relação para os alunos de todas as idades, entre a
sensibilização pelo ambiente, a aquisição de conhecimentos, a capacidade
de resolver problemas e
o esclarecimento dos valores, insistindo especialmente em sensibilizar os
mais jovens sobre os problemas ambientais existentes em sua própria
comunidade.
Contribuir para que os alunos descubram os efeitos e as causas reais dos
problemas ambientais;
Salientar a complexidade dos problemas ambientais e, consequentemente a
necessidade de resolver o sentido crítico e as aptidões necessárias para
resolvê-los;
Utilizar diferentes ambientes educativos e uma ampla gama de métodos
para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente,
privilegiando as atividades práticas e as experiências pessoais.
(MARCATTO, 2002, p. 21-22).

Nesses termos, a Educação Ambiental é vista hoje como uma possibilidade


de transformação ativa da realidade e das condições da qualidade de vida, por meio
da conscientização advinda da prática social reflexiva embasada pela teoria. Essa
conscientização é obtida por meio da atitude crítica permanente de reflexão, diálogo
e apropriação de diversos conhecimentos, que é um processo fundamental para se
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formar sociedades sustentáveis, que visam a qualidade de vida para as futuras


gerações.

A educação ambiental dentro desse contexto para Loureiro (2006) deve ser
entendida em seu sentido mais amplo, voltada para a formação de pessoas para o
exercício da cidadania responsável e consciente, e para uma percepção ampliada
sobre os ambientes no qual estão inseridas.

2.2 Marcos históricos da Educação Ambiental brasileira

Segundo Loureiro (2008) a Educação Ambiental foi constituída no Brasil


baseada em propostas educativas provenientes de teorias e matizes ideológicas
diversificadas, haja vista, ter encontrado muitos obstáculos até ser implantada e
desenvolvida, assim, tem se construído uma perspectiva ambientalista em meio a
nossa sociedade.

Tal fato é relativamente simples de compreender quando pensamos a


Educação ambiental – EA como práxis educativa que se definiu no próprio
processo de atuação, nas diferentes esferas da vida, das forças sociais
identificadas com a “questão ambiental”. (LAUREIRO, 2008, p.3).

E esta maneira de concepção surgiu e começou a se desenvolver em nosso


país de modo mais acentuado nas últimas três décadas, resultante de
movimentação social em diferentes locais do Brasil, bem como de pressões e
influencias de outros países. Para Souza (?) foi a partir do pós-guerra que países
estrangeiros despertaram para questão ambiental, no ano de 1972 da Conferência
de Estocolmo, passou-se a pensar a política ambiental e demais políticas que a
tornou possível. O princípio 19 da Conferência de Estocolmo de 1972 estabeleceu:

É indispensável um trabalho de educação em questões ambientais, dirigido,


seja às gerações jovens, seja aos adultos, o qual dê a devida atenção aos
setores menos privilegiados da população, a fim de favorecer a formação de
uma opinião pública bem informada e uma conduta dos indivíduos, das
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empresas e das coletividades, inspiradas no sentido de sua


responsabilidade com a proteção e melhoria do meio, em toda a sua
dimensão humana. (ARAÚJO,2006,p.6)

Os temas abordados então, fomentaram à exploração dos recursos naturais,


o desbravamento de território, o incentivo ao saneamento rural, a educação
sanitária, bem como, os embates entre os interesses econômicos internos e
externos do país.
Souza (s/d) destaca a posição do Brasil diante do exposto na época que se
pautou no não sacrifício do crescimento econômico no lugar de priorizar um
ambiente mais puro. Para os responsáveis pelo assunto no Brasil os países
desenvolvidos que deveriam cuidar da recuperação do ambiente.
Diante disso, Reigota (2002) análise a forma como o Brasil é na maioria das
vezes pensado, assim afirma que é visto mais como um espaço a se ganhar do que
uma sociedade. Isso segundo o autor faz a questão ambiental ser mais abrangente,
afetando também áreas social, cultural, econômica e política. O autor então afirma:

O desafio de mudar as idéias de modelo de desenvolvimento econômico,


baseado na acumulação econômica, no autoritarismo político, no saque aos
recursos naturais, no desprezo às culturas de grupos minoritários e aos
direitos fundamentais do homem. (REIGOTA, 2002, p.64.).

Ainda sobre isso Salvador (2006) apud Nascimento (2010, p.104) observa
que as décadas de 60 e 70 marcadas no Brasil pelo militarismo tinham impedidas as
possibilidades de se tratar a temática ambiental na educação, desse modo, a
temática era abordada relacionada ao naturalismo sem se articular as verdadeiras
questões ambientais, sociais e econômicas.
Porém, já em 1973, conforme afirma Carvalho (2008) a Educação
Ambiental passa a fazer parte da legislação brasileira quando foi criada a primeira
Secretaria Especial do Meio Ambiente – Sema, que tinha por objetivo colocar em
prática aquilo que foi proposto na Conferência de Estocolmo, anteriormente rejeitada
pelo Brasil.
12

A partir de 1975, alguns órgãos estaduais brasileiros voltados ao meio


ambiente iniciaram os primeiros programas de educação ambiental em
parceria com as Secretarias de Estado da Educação. Ao mesmo tempo,
incentivados por instituições internacionais “disseminava-se no país o
ecologismo, deformação de abordagem que circunscrevia a importância da
educação ambiental à flora e a fauna, à apologia do “verde pelo verde”, sem
que nossas mazelas socioeconômicas fossem consideradas nas análises”
(DIAS, 2000, p. 81).

Desse modo, Carvalho (2006) observa que tais iniciativas contribuíram


para organização da sociedade civil, impactando também a maneira desta se
envolver com assuntos políticos, visto que, segundo o autor os movimentos
promovidos suscitaram a preocupação ambiental da esfera política que responde
pelo interesse público brasileiro.
Nos anos 80 a Educação ambiental avança no Brasil, se tornando “objeto
de um conjunto significativo de políticas públicas e da agenda de movimentos
sociais”.(CARVALHO,2008, p.13). Sendo o grande marco dessa época, a
elaboração da Política Nacional do Meio Ambiente - Lei nº 6.983/81, que evidencia a
“Educação Ambiental como um dos princípios para a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade, devendo ser oferecida em todos os níveis de ensino e em
programas específicos direcionados para a comunidade” (NASCIMENTO, 2010,
p.105).
O autor salienta que tais avanços se consolidam de forma significativa
nos anos 90 a partir da Conferência da ONU no ano de 1992 para o Meio Ambiente
e o Desenvolvimento Sustentável – CNUMAD. Paralelamente a esta conferência
aconteceu o Fórum Global, também chamado como Eco-92 ou Rio-92 promovido
por ONGs, diante disso foi criada a Rede Brasileira de Educação Ambiental
(REBEA), educadores, e instituições diversas relacionadas à educação. Após a
constituição da REBEA foram realizados cinco Fóruns de Educação Ambiental. A
princípio, os Fóruns foram de cunhos regionais, direcionados a região Sudeste, em
seguida ganharam âmbito nacional.
Já no Século 21 se iniciou com a disseminação de uma política ambiental
mais participativa tendo em vista o crescente aumento dos conselhos deliberativos e
consultivos (NASCIMENTO, 2010.p.105). A partir dessa época aconteceu no Brasil
vários encontros, governamentais e não-governamentais, com o propósito de
enraizar a educação ambiental. Nascimento (2010) destaca a importância das
13

CIEA’s – Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental, criadas na maioria


dos estados brasileiros, com o objetivo de discutir e elaborar as diretrizes das
Políticas e dos Programas Estaduais de Educação Ambiental.
No ano de 2003, foi criado o Órgão Gestor da Política Nacional de Educação
Ambiental, reunindo MEC e Ministério do Meio Ambiente (MMA). O comitê assessor
desse órgão é formado por 13 segmentos da sociedade, sendo dado a eles o direito
a voto, e outros cinco, tratados como convidados especiais. Segundo o documento
técnico o Órgão Gestor:

(...) possui a responsabilidade de coordenar a Política Nacional de


Educação Ambiental, que deve ser executada pelos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente, pelas instituições
educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, pelos Órgãos
Públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, envolvendo
entidades não-governamentais, entidades de classe, meios de comunicação
e demais segmentos da sociedade (BRASIL, 2006, p. 3).

Assim, é possível perceber o processo de institucionalização e de construção


epistemológica da Educação Ambiental principalmente nos últimos 30 anos.

Quadro1: Principais marcos históricos para Educação Ambiental desde os anos 80.

1984 - Criação do Programa Nacional de Educação Ambiental (Pronea).

1988 - Inclusão da EA como direito de todos e dever do Estado no capítulo de meio


ambiente da Constituição.

1992 - Criação dos Núcleos de Educação Ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e dos Centros de Educação
Ambiental pelo Ministério da Educação (MEC).

1994 - Criação do Programa Nacional de Educação Ambiental (Pronea) pelo MEC e


pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

1997 - Elaboração dos Parâmetros Curriculares pela Secretaria de Ensino


Fundamental do MEC, onde “meio ambiente” é incluído como um dos temas
transversais.

1999 - Aprovação da Política Nacional de EA pela Lei n. 9.795.

2001 - Implementação do Programa Parâmetros em Ação: meio ambiente na escola,


pelo MEC.
14

2002 - Regulamentação da Política Nacional de EA (Lei n. 9.795) pelo Decreto n.


4.281.

2003 - Criação do Órgão Gestor da Política Nacional de EA reunindo MEC e MMA.

Fonte: CARVALHO, Isabel Cristina Moura. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São
Paulo, Cortez,2.ed.2006.

Os acontecimentos acima citados revelam que uma série de espaços na


estrutura política do país foi conquistada com o passar dos anos, colaborando para
que a Educação Ambiental seja institucionalizada e legitimada como uma área de
conhecimento e de atividade, contudo o processo ainda se apresenta de maneira
descontínua e conflituosa (Carvalho, 2002).
Ainda em análise aos acontecimentos que marcaram a Educação Ambiental
brasileira Reigota (1998) observa que a temática ambiental no Brasil tem se
apresentado de forma variada e complexa exigindo assim que seja trabalhada de
forma diversificada.

2.4 A escola e a Educação ambiental

Nas últimas décadas do século XX surge a emergência da questão


ambiental, a nível global e local. Logo aparece a educação ambiental com a
finalidade de colaborar na transformação do padrão de degradação sócio ambiental
vigente. E os movimentos ligados a esse assunto, ocorridos em todo o mundo
contribuíram para a produção de políticas públicas e eventos não governamentais
sobre educação ambiental. E a legislação brasileira passou a buscar novos
paradigmas dentro da educação, criando meios para a implementação da educação
ambiental nas escolas.

A expressão “Educação Ambiental” (EA) surgiu nos anos 70, juntamente


com a preocupação com a problemática ambiental. A partir de então vários
acontecimentos passaram a influenciar as maneiras de se ver e pensar na
preservação do meio ambiente, como a Conferência de Estocolmo em 1972, a
Conferência Rio-92 em 1992, realizada no Rio de Janeiro, que estabeleceu uma
importante medida, Agenda 21, que foi um plano de ação para o século XXI visando
à sustentabilidade da vida na terra, dentre outros. (Dias, 2004).
15

Em 1981, a Lei n° 6.938 – Política Nacional do Meio Ambiente incluiu a


educação ambiental em todos os níveis de ensino, compreendendo também a
comunidade na participação ativa para a defesa do meio ambiente. Todavia, foi com
a promulgação da Carta Magna em 1988 que a educação ambiental ganhou
relevância e alicerce constitucional para se desenvolver nacionalmente.
Segura (2001) afirma que escola foi um dos primeiros espaços a absorver
esse processo de educação ambiental, recebendo sua participação na
responsabilidade de melhorar a qualidade de vida da população.
E Tamaio (2002) Corrobora dizendo que como a escola se configura em
uma instituição que faz parte da conjuntura sociopolítica, a educação ambiental se
inseriu, refletindo-se nas práticas dos educadores, que desenvolvem suas atividades
a partir de referenciais teóricos variados.
Em se tratando de referenciais teóricos temos os Parâmetros Curriculares
Nacionais (apud PESTANA) destacando que:

Além de uma formação inicial consistente, é preciso considerar um


investimento educativo contínuo e sistemático para que o professor se
desenvolva como profissional de educação. O conteúdo e a metodologia
para essa formação precisam ser revistos para que haja possibilidade de
melhoria do ensino. A formação não pode ser tratada como um acúmulo de
cursos e técnicas, mas sim como um processo reflexivo e crítico sobre a
prática educativa. Investir no desenvolvimento profissional dos professores
é também intervir em suas reais condições de trabalho.

A versão definitiva dos PCNs , foi publicada em forma de cartilha em 1997,


pela Secretaria de Educação Fundamental para as primeiras séries do ensino básico
(da 1ª à 4ª séries). Em 1998, o mesmo órgão disponibilizou a versão definitiva dos
PCNs para a 5ª e 8ª séries. Desse documento destaca-se:

O trabalho de Educação ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os


alunos a construírem uma consciência global das questões relativas ao
meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes
à sua proteção e melhoria. [...] Os conteúdos de Meio Ambiente serão
integrados ao currículo através da transversalidade, pois serão tratados nas
diversas áreas do conhecimento, de modo a impregnar toda a prática
educativa e, ao mesmo tempo, criar uma visão global e abrangente da
questão ambiental (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL, 1997,
p. 35-36).
16

O que ocorre é que os “PCNs apresentam o meio ambiente como um dos


Temas Transversais, cujos conteúdos devem ser trabalhados pela Educação
Ambiental, de forma sistemática, abrangente, interdisciplinar e transversal nas
disciplinas” (BOER; MORAES, 2006, p. 293). Nessa perspectiva a EA apresenta um
caráter interdisciplinar, onde sua abordagem deve ser integrada e contínua, e não é
uma nova disciplina, como se constata que “a Educação Ambiental não deve ser
implantada como uma disciplina no currículo de ensino em conformidade com a lei
9.795/99”
Entretanto, cabe destacar que a interdisciplinaridade, por sua vez, nasce
com a missão de inter-relacionar diferentes áreas do conhecimento com a
complexidade das questões ambientais.

A EA para Dias (2004) tem sido um componente importante para se


repensar as teorias e práticas que fundamentam as ações educativas, tanto formais
como informais, deve ser um processo interdisciplinar, orientado para solução dos
problemas voltados para realidade local, adequando-os ao público alvo e a realidade
dos mesmos para em seguida se compreender o contexto global. O autor ainda
defende para que ocorra um processo participativo permanente, de maneira que não
seja apenas e exclusivamente informativa, é imprescindível a prática, de modo a
desenvolver e incutir uma consciência crítica sobre a problemática ambiental.

Diante de todo o exposto sobre a Educação Ambiental cabe sintetizar que:

[...] o ensino deve ser organizado de forma a proporcionar oportunidades


para que os alunos possam utilizar o conhecimento sobre o Meio Ambiente
para compreender a sua realidade e atuar nela, por meio do exercício da
participação em diferentes instâncias: nas atividades dentro da própria
escola e nos movimentos da comunidade. (BRASIL, 1998, p.190).

De acordo com as ideias de Reigota (1994) apud Aresi; Manica (2010) os


objetivos da Educação Ambiental são:

Conscientização, levar o indivíduo a uma tomada de consciência do meio


global e de se mostrarem sensíveis aos mesmos; Conhecimento, permitir
17

aos indivíduos a compreensão do meio ambiente e aos problemas que a


eles estão interligados, desmistificando suas responsabilidades enquanto
seres humanos; Comportamento, adquirir o sentido dos valores sociais,
muito mais do que um profundo interesse pelo nosso meio ambiente é à
vontade de contribuir para sua proteção e qualidade; Competência, levar os
indivíduos a adquirir capacidades para ajudar nas soluções dos problemas
ambientais; Capacidade de Avaliação, avaliar medidas e programas
relacionados ao meio ambiente devendo traduzir a linguagem técnica -
cientifica para a compreensão de todos, e a Participação busca fazer com
que as pessoas entendam a responsabilidade, os direitos e os deveres que
todos têm com uma melhor qualidade de vida, procura nas pessoas o
desejo de participar na construção de sua cidadania. (ARESI; MANICA,
2010,p.20).

Os objetivos para a educação ambiental são definidos no sentido de se


desenvolverem determinadas atitudes e competências que auxiliem os indivíduos e
os grupos sociais:

a) na tomada de consciência;
b) nos conhecimentos;
c) na atitude;
d) nas competências;
e) na capacidade de avaliação;
f) na participação (ALEXANDRE E DIOGO, 1990).

A concretização destes objetivos depende, entretanto, da forma como são


desencadeadas as diferentes fases de trabalho em educação ambiental (a
sensibilização, a informação, o envolvimento e a ação). Dessa forma, a educação
ambiental deve:

- adotar uma abordagem interdisciplinar, global, pois, só assim, se


compreende a profunda interdependência entre o meio natural e o meio
artificial;
- considerar o Ambiente na sua totalidade, o que quer dizer, natural, criado
pelo Homem, ecológico, político, econômico, tecnológico, social e cultural;
- abordar as questões do ambiente sob uma perspectiva mundial, mas,
respeitando sempre as diferenças regionais;
- promover a participação ativa dos cidadãos na preservação e na resolução
dos problemas relativos ao ambiente, fomentando, a iniciativa e o sentido de
responsabilidade de cada cidadão, para um desenvolvimento sustentado.
(FERNANDES, 1983).
18

E dentro desse contexto de educação voltada para as questões ambientais


destaca-se a figura do professor que de acordo com Mendonça (2007, p. 47), “é
inerente à profissão do professor estar sempre estudando e se atualizando para que
sua prática atenda, de forma coerente e integrada, as necessidades dos sistemas de
ensino e às várias mudanças sociais”. Mendonça (2007, p. 46) ainda contribui
dizendo que a formação continuada considera algumas condições que estão
atreladas a esse conceito tais como:

· Inserir a Educação Ambiental com sua condição de transversalidade para


se contrapor a lógica segmentada do currículo contemplando o ideal de uma
nova organização de conhecimentos por meio de praticas interdisciplinares;
· Trabalhar o conceito crítico de Educação Ambiental para não correr risco
de cair num tema neutro e despolitizado;
· A mudança de valores e atitudes nos indivíduos preconizados pela
Educação
Ambiental não é suficiente para gerar mudanças estruturais numa
sociedade.
· Consequentemente, o processo de Educação Ambiental incide ao mesmo
tempo no individual e no coletivo e, no caso da escola, isto pressupõe
também um aprendizado institucional. (MENDONÇA, 2007, p. 46).

De acordo com Dias (1993) as atividades de Educação Ambiental devem


permitir aos alunos, desenvolver uma sensibilização a respeito dos seus problemas
ambientais e buscar formas alternativas e soluções para saná-los. A aprendizagem
fará mais sentido se a atividade estiver adaptada concretamente ás situações da
vida real da cidade, ou do meio, do aluno e do professor.

Quadro 2: Estratégias de ensino para a prática de Educação Ambiental


19

Fonte: DIAS, 1993, p.220.

2.5 Educação ambiental na educação básica

Medeiros et al (2011) destaca que estudos acerca dos problemas ambientais


surgem apontando novos paradigmas visando impactar a mudança de postura da
sociedade diante da questão ambiental. Nesse contexto a escola se tornou palco de
discussões sobre a educação ambiental, com um processo de reconhecimento da
necessidade de novas práticas pedagógicas que colaborem com a formação de
sujeitos críticos e de cidadãos conscientes de seu papel na preservação do meio
ambiente.
20

Hames et. al (2009) contribuem destacando a necessidade de formar um


sujeito consciente e capaz de efetuar mudanças, não só nas suas atitudes, mas
capaz de interferir positivamente no meio, através do acesso à informação clara e
objetiva para a formação de uma consciência crítica, mobilizando as comunidades
para garantir um ambiente mais digno e saudável e visando a preservação do
mesmo.

As autoras ainda afirmam que a educação ambiental possui algumas


propostas legais, tanto nacionais quanto internacionais para o Currículo Escolar da
educação básica e ressaltam que reconhecer o verdadeiro sentido da educação
ambiental é um trabalho interdisciplinar que pode ser realizado em todas as etapas
da educação básica.
Conforme a Legislação da Educação Básica da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a educação nacional é
estabelecida como descreve o Art. 22: “A Educação Básica tem por finalidades
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores.” (BRASIL, 1996).
De acordo com as diretrizes do MEC, a EA no Brasil é desenvolvida por
meio de três modalidades: projetos, disciplinas especiais e/ou a inserção da temática
ambiental nas diversas disciplinas. É fundamental que a educação ambiental seja
trabalhada em todas as disciplinas do currículo. Dessa forma, não é necessário ter
no currículo escolar uma disciplina específica de educação ambiental. E o trabalho
no contexto ambiental deve se dá com a participação de todos que integram os
sistemas educacionais (unidade escolar, o professor, o aluno e a própria
comunidade).

De acordo com a Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política


Nacional de Educação Ambiental, Art. 9º, a EA deve estar presente e ser
desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino público e privado,
englobando:

I – Educação básica:

a. Educação Infantil;
21

b. Ensino Fundamental e

c. Ensino Médio

II – Educação Superior;

III – Educação Especial;

IV – Educação Profissional;

V – Educação Para Jovens e Adultos.

Na mesma lei, em seu artigo 10º afirma que a E A deve estar presente em
todos os segmentos e níveis da educação formal de maneira que seja desenvolvida
com uma prática educativa integrada, contínua e permanente.
Assim, todas as crianças e adolescentes matriculados nas instituições
escolares devem receber um ensino que contribua para o seu desenvolvimento
pessoal e profissional. Nessa concepção, a educação básica é essencial ao ser
humano, e a partir dessa perspectiva, a educação básica tem como principal objetivo
formar os indivíduos, sendo a primeira educação que fornece subsídios estruturais
às pessoas, ressaltando que é direito de todos os cidadãos.
A educação ambiental, dentro da Educação básica é um meio de se
desenvolver novas formas de ações em relação ao meio ambiente. Dessa forma, é
uma educação ampla e abrangente. Medeiros et al (2011) destacam que as escolas
são muito importantes para a sociedade, e consequentemente, são responsáveis
pela transformação desta. Diante disso, afirmam ainda que estudar as questões
ambientais nas aulas é uma forma de contribuir para a formação de cidadãos
conscientes, responsáveis e críticos, embora, represente um grande desafio aos
docentes.

Cada educador, ao assumir a Educação Ambiental como


componente básico de seu fazer pedagogo não poderá furtar-se a
desenvolver as ações decorrentes deste compromisso, seja em
termos de sala de aula, seja em termos de atividades
extracurriculares[...] É preciso que o educador tenha conhecimento
dos documentos legais que podem ser utilizados para justificar seus
procedimentos para as aulas de Educação Ambiental. (SANTA
CATARINA, 1998, p. 55).
22

A Proposta curricular de Santa Catarina demonstra a necessidade de os


professores abordarem a questão ambiental nas suas aulas ou em trabalhos
extracurriculares, entretanto, é necessário conhecer os documentos legais da
educação ambiental, e não somente da situação do meio ambiente, para garantir o
processo de ensino-aprendizagem dos discentes.

A Educação Ambiental deverá ser trabalhada na escola como


processo educacional em todas as instâncias de formação e
disciplinas do currículo, pois, independe de efemérides, datas
comemorativas, etc... A educação ambiental se integra ao processo
educacional como um tema transversal que envolve conteúdos,
formação de conceitos e a aquisição de competências para agir na
realidade de forma transformadora. Deve provocar a sensibilidade, a
produção de consciência do meio ambiente em geral e a
compreensão crítica das questões ambientais decorrentes da sua
utilização pelas sociedades humanas no seu percurso histórico.
(SANTA CATARINA, 1998, p. 52-53).

Como perspectiva educativa, a educação ambiental deve estar presente, permeando


todas as relações e atividades escolares, desenvolvendo-se de maneira
interdisciplinar, para refletir questões atuais e pensar qual mundo queremos, e,
então, por em prática um pensamento ecologista mundial. A Educação Ambiental
não deve se destinar como uma nova disciplina do currículo escolar, precisa ser uma
aliada do currículo, na busca de um conhecimento integrado que supere a
fragmentação tendo em vista o conhecimento.

Prosseguindo a discussão, Frazão et. al (2010) defendem que a educação


ambiental deve tratar de temas relevantes tanto para a escola como para a
comunidade local, abordando os aspectos sociais, ecológicos, éticos e políticos. Os
autores afirmam que dessa forma, os temas tratados terão sentido, pois partirão da
realidade de forma abrangente, levando a reflexão sobre os valores sociais, as
estruturas de poder estabelecidas no espaço social em questão, e assim, permitir
que a Educação ambiental não seja simplesmente conteúdos de educação
preservacionista.

2.6 Desafios e dificuldades da Educação Ambiental nas escolas


23

A Educação Ambiental enfrenta grandes desafios um deles é o de “inserir-se


no coração das práticas escolares a partir de sua condição de transversalidade”
(SATO, 2005, p.59). Isso porque mesmo que as propostas sejam elaboradas pelos
próprios educadores, estes, são diariamente desafiados a implantar essa temática
em suas aulas sem descaracterizar a Educação Ambiental.
Sato (2005) afirma que a questão é saber como, por onde e os melhores
caminhos para começar para que se efetive a reconstrução da educação. Há o risco
da paralisia diante do impasse do tudo ou do nada: ou mudar todas as coisas ou
permanecer à margem, sem construir mediações adequadas (SATO, 2005, P. 60).

Tem-se ainda outro, desafio para a educação ambiental que é a


interdisciplinaridade que é o meio de se buscar estabelecimento de interação entre
as disciplinas.

Com a combinação de várias áreas de conhecimento a


interdisciplinaridade pressupõe o desenvolvimento de metodologias
interativas, configurando a abrangência de enfoques e contemplando
uma nova articulação das conexões entre as ciências naturais, e as
ciências exatas. Cabe ressaltar que o contexto epistemológico da
educação ambiental permite um conhecimento aberto, processual e
reflexivo, a partir de uma articulação complexa e multireferencial.
(JACOBI, 2005, p. 14).

Jacobi (2005) ainda diz que a dinâmica da interdisciplinaridade, busca enfatizar


como as ações da sociedade modificam a natureza considerando as ações
evolutivas, inclusive a diversidade biológica e cultural.

OLIVEIRA (2000) destaca que existem tem-se três dificuldades a serem


vencidas no processo da efetiva implementação da Educação Ambiental no âmbito
escolar, sendo estes:

1. A busca de alternativas metodológicas que façam convergir o enfoque disciplinar


para indisciplinar;
24

2. A barreira rígida da estrutura curricular em termos de grade, horário conteúdos


mínimos, avaliação, etc;

3. A sensibilização do corpo docente para a mudança de uma prática estabelecida,


frente às dificuldades de novos desafios

e reformulações que exigem trabalho e criatividade.

Pestana (s/d) ainda destaca outro desafio na inserção da Educação


Ambiental na escola que é a formação adequada e o aperfeiçoamento do docente. O
educador ambiental na escola necessita, assim como o educando, apreciar e
valorizar o trabalho proposto para realização, e para isso, é essencial a formação
mais especializada e informações atualizadas acerca do assunto. As propostas
metodológicas sugeridas para a efetivação e inserção da Educação Ambiental no
currículo e nas práticas escolares devem considerar as dimensões cognitivas, de
valoração e de habilidades que, em conjunto, possam contribuir para a diferenciação
da qualidade do ensino-aprendizagem, e da influência na melhoria da qualidade de
vida e preservação do meio ambiente.
Muitos são os desafios e as dificuldades para a efetivação da Educação
Ambiental, entretanto, Lipai, Layrargues e Pedro (2007) destacam que a aprovação
da lei n° 9.795, estabelecendo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA),
trouxe grande esperança, principalmente para os educadores e ambientalistas. Isso
porque para os autores já se fazia educação ambiental, há muito tempo embora não
existisse um marco legal. E para eles a trajetória da presença da educação
ambiental na legislação brasileira apresenta uma tendência em comum, que é a
necessidade de universalização dessa prática educativa por toda a sociedade.
25

3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA

A linha de pesquisa adotada por este trabalho é docência nas séries


iniciais do Ensino Fundamental I, tendo em vista que o Educação ambiental faz parte
do campo de atuação de todo docente e é um assunto de suma importância para a
formação individual e coletiva. Além disso, no curso de graduação em Pedagogia foi
abordado o tema como parte integrante do processo de ensino. A análise e estudo
do tema contribui com nosso crescimento profissional a medida que nos leva a
reflexão da prática e ainda ao incentivo a proteção e preservação do meio ambiente.

3.2 JUSTIFICATIVA

O nosso planeta tem sofrido muito com as consequências das ações


humanas sobreo meio ambiente e a luta crescente por ações e mudanças de
posturas que amenizem e colaborem com o futuro tem se tornado uma busca
constante. Diante disso, os educadores também devem se engajar, objetivando
formar cidadãos responsáveis e conscientes em relação ao meio ambiente.
Acreditamos que o presente projeto de ensino poderá servir como auxílio no
desenvolvimento de aulas voltadas para o tema e justificamos a escolha do mesmo
pelo fato de acreditar que a educação pode colaborar no enfrentamento do
problema.

3.3PROBLEMATIZAÇÃO

Como os professores podem colaborar com a formação de cidadãos responsáveis


capazes de influenciar na preservação e proteção do meio ambiente?

3.4 OBJETIVOS

Objetivo geral: Colaborar com a conscientização do dever de cada um de proteger


26

e preservar o meio ambiente

Objetivos específicos:

 Promover um ambiente de aprendizagem e de mudanças de


comportamentos.
 Fortalecer discussões a respeito do meio ambiente.
 Articular possíveis soluções para a preservação do meio ambiente.

3.5 CONTEÚDOS

 Língua Portuguesa: leitura e escrita


 Geografia: Problemas ambientais
 Ciências: Coleta Seletiva
 Artes: A ação do homem sobre o meio ambiente

3.6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

O Projeto será desenvolvido com alunos do 2 º e 3 º ano do Ensino


Fundamental através, atividades dinâmicas, rodas de conversa e vídeos, tendo
como duração quatro aulas.
Na primeira aula de Língua Portuguesa o tema será introduzido com uma
discussão através de questionamentos sobre o meio ambiente, mudanças
climáticas, catástrofes naturais, etc, oportunizando a participação e colaboração dos
alunos com seus conhecimentos prévios e em seguida o professo irá apresentar o
quadro abaixo em papel manilha e propor o preenchimento com palavras, em
grande grupo: preencher com palavras associadas à:

Problemas Espaç Animai Planta Personagens heroicos de Personagens vilões Elementos


ambientais o s s algum conto ou lenda de algum conto ou de cenário
27

lenda
Ex: Poluição Cidade Rato; Flores; Fada; Bruxa Castelo

c) Depois de preenchido o quadro, dividir a turma em pequenos grupos de no


máximo 5 participantes e propor elaboração uma história utilizando 2 a 3 palavras de
cada quadro.

d) Depois de concluída a história, trocar as histórias entre os grupos.


e) Cada grupo deverá representar a história.
f) Para fechamento, pedir que cada um relate o que foi trabalhado na atividade
desenvolvida e o que sentiu em relação a ela.

Na segunda aula, de Ciências, o professor buscará desenvolver junto aos


alunos ações e posturas responsáveis e saudáveis, seja junto à natureza, em suas
casas ou mesmo na comunidade onde vivem.

1º momento: Falar sobre o lixo (o que é, quem produz, onde ele vai parar, como
separar, etc). Fazer um comentário geral e ouvir o que as crianças conhecem sobre
este assunto.

2º momento: PASSEIO ORIENTADO: Esta atividade deve ser realizada na área ao


redor da escola, para tentar levantar possíveis problemáticas ambientais vivida pela
comunidade (lixos jogados pelas ruas, desperdício de água etc). Discutir em sala o
que foi observado e fazer um texto coletivo com as principais conclusões.

3º momento: O professor irá exibir os vídeos disponíveis em:


https://www.youtube.com/watch?v=ZcymnW5NRYQ e
https://www.youtube.com/watch?v=NgV7O_fJsD8 Em seguida, em roda de
conversa, o professor irá ouvir o que as crianças conhecem sobre o assunto e
acrescentando mais informações, promovendo um maior conhecimento a respeito
da questão do lixo, abordando basicamente sua geração, destino, desperdício e
reciclagem. Registro através de desenhos das crianças a respeito das imagens
visualizadas.
28

4º momento: POSTO DE COLETA: Criar um posto de coleta no refeitório da escola


(separando: papéis, plásticos, vidro e metal), os chamados "lixos limpos" para que
sejam destinados a reciclagem.

Na terceira aula o professor deverá preparar um texto informativo de cunho


geográfico, trazendo informações sobre os problemas ambientais acarretados pela
modificação exagerada do meio ambiente por parte do homem. Será realizada uma
análise da situação dos recursos naturais em nosso país, focando no problema da
escassez da água e dos racionamentos realizados na tentativa de amenizar o
problema. Em ritmo de discussão, o educador irá identificar com os alunos os
problemas enfrentados pela nossa região (norte de Minas Gerais) que são
consequências da má preservação dos recursos naturais ou má preservação do
meio ambiente. Os alunos responderão exercícios sobre o tema discutido.

Para a quarta e última aula do projeto será desenvolvida uma aula de artes
dentro do tema Educação ambiental, tratando dos problemas acarretados pela ação
do homem sobre o meio ambiente, além de desenvolver e exercitar a percepção
visual acerca dos detalhes, posições, cores, semelhanças e diferenças; desenvolver
iniciativa e criatividade e aprimorar coordenação motora. Para tanto, os alunos serão
divididos em grupos, planejarão uma maquete sobre o tema tratado e farão um
desenho (esboço) do que será feito na maquete, em seguida receberão materiais
diversos como embalagens, rótulos, papéis variados, cola, tinta, bonecos de plástico
(simulando pessoas), animais de plástico e sucatas em geral para desenvolverem
suas ideias. As maquetes serão expostas no pátio da escola.

3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO

O projeto poderá ser desenvolvido em cinco aulas, separando uma


aula por dia para que as atividades sejam bem desenvolvidas.

Atividades Segunda Terça Quarta Quinta


29

Feira Feira Feira Feira


Aula 1

X
Aula 2 X

Aula 3
X

Aula 4 X

3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

 Professor
 Alunos
 Projetor para Power point.
 Texto informativo.
 Papel manilha.
 Hidrocor.
 Lápis.
 Borracha.
 Sala de aula.
 Caderno de língua Portuguesa.
 Cola
 Lápis de escrever.
 Borracha.
 Lápis de cor.
 Sucata

 Tesouras
30

3.9 AVALIAÇÃO

A avaliação poderá ser feita através da observação do desempenho


do aluno nas atividades desenvolvidas.

4. Considerações finais
31

Muitos educadores ainda enfrentam dificuldades ou, até mesmo, uma certa
resistência quanto à inserção da Educação Ambiental em suas práticas
educacionais, em suas atividades rotineiras. Entretanto, a situação atual do nosso
planeta exige novas posturas inclusive do setor educacional para enfrentar os
problemas ambientais que se agravam continuamente.

O que se pretende com a Educação Ambiental é influenciar a


conscientização pela preservação do Meio Ambiente em escolas. Assim sendo,
apresentamos um projeto de ensino com o intuito de auxiliar no desenvolvimento do
trabalho educacional voltado para o tema em questão.
A Educação Ambiental é uma vertente da educação direcionada aos
assuntos relacionados à interação homem-ambiente e pretende despertar a
consciência crítica sobre os problemas ambientais. Deve trabalhar o lado racional
juntamente com a sensibilidade e os valores, promovendo o desenvolvimento de
novos valores e ações de respeito e proteção ao Meio Ambiente.
Acreditamos que o tema abordado tem grande importância para o campo de
estudos da Pedagogia, tendo em vista que as metodologias e estratégias de ensino
podem em muito colaborar com a formação de cidadãos responsáveis e conscientes
do seu dever de proteger e preservar o meio ambiente.

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uma educação no ambiente”, Coleção “Educação Hoje”, Texto Editora, Lisboa.
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