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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

JOSIANE ALVES LEAL

A FORMAÇÃO CONTINUADA E SEUS PARADIGMAS

Montes Claros
2018
JOSIANE ALVES LEAL

A FORMAÇÃO CONTINUADA E SEUS PARADIGMAS

Projeto de Ensino apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito
parcial para a obtenção do título de Pedagogo.

Orientador: Prof. Natália Gomes

Montes Claros
2018
LEAL, Joseane Alves. A formação continuada e seus paradigmas. 2018. 26 p.
Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e
Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Montes Claros, 2018.

RESUMO

Por certo que a formação de professores são ferramentas imprescindíveis


para que haja uma continuidade na formação acadêmica do professor. Apoiar-se
simplesmente na formação de licenciatura e ter como bases as teorias apreendidas
na faculdade não valida todo o arcabouço teórico do professor. Por isso os cursos
de formação continuada são uma opção para que o profissional se mantenha
atualizado, de modo a fazer com que as metodologias didáticas sempre se renovem
para viabilizar um melhor processo ensino-aprendizagem. Atualmente ser professor
é ainda mais desafiador que há uns 30 anos, pois, além de ensinar a ler e a
escrever, o professor necessita estar bem atualizado, ter aulas dinâmicas que visem
além de outros requisitos, a inserção das tecnologias em suas aulas outrora
tradicionais. Daí a importâncias do desenvolvimento desse Projeto, a fim de
colaborar com o incentivo a atualização de professores. Apresentamos um projeto
de ensino com tema: Formação continuada de professores que pretende responder
a questões como: Qual a importância da formação continuada na escola? Como o
educador pode vencer os desafios e assumir a responsabilidade de estar em
constante formação? Tendo como principal objetivo: Incentivar e promover a
formação continuada. E como objetivos específicos: Desenvolver atividades
dinâmicas a respeito da formação continuada; identificar motivos que impedem a
formação continuada e desenvolver atividades que estimulem a reflexão sobre
estratégias e meios de o educador se manter atualizado.

Palavras-chave: Formação continuada, professor, atualização.


SUMÁRIO

1 Introdução....................................................................................................5
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................6
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino.................................18
3.1 Tema e linha de pesquisa........................................................................18
3.2 Justificativa...............................................................................................18
3.3 Problematização.......................................................................................19
3.4 Objetivos...................................................................................................19
3.5 Conteúdos................................................................................................19
3.6 Processo de desenvolvimento.................................................................19
3.7 Tempo para a realização do projeto.........................................................21
3.8 Recursos humanos e materiais................................................................21
3.9 Avaliação..................................................................................................22
4 Considerações Finais..................................................................................23
5 Referências.................................................................................................24
5

1. Introdução

Na atualidade muito se tem ouvido e falado sobre formação continuada de


professores, pois esse assunto representa o ponto principal para a melhoria do
sistema educacional. Nesse trabalho pretendemos dar enfoque ao trabalho dos
professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental I. E, além disso,
entendemos que o professor deve encarar sua formação como um processo
permanente e não como algo que pode ser concluído no momento da formatura de
seu curso superior.
Diante disso, apresentamos um projeto de ensino com tema: Formação
continuada de professores que pretende responder a questões como: Qual a
importância da formação continuada na escola? Como o educador pode vencer os
desafios e assumir a responsabilidade de estar em constante formação? Tendo
como principal objetivo: Incentivar e promover a formação continuada. E como
objetivos específicos: Desenvolver atividades dinâmicas a respeito da formação
continuada; identificar motivos que impedem a formação continuada e desenvolver
atividades que estimulem a reflexão sobre estratégias e meios de o educador se
manter atualizado.

O Projeto será desenvolvido com educadores da Educação Infantil e Ensino


Fundamental I através de palestras, atividades dinâmicas, debates, mesas redondas
e oficinas de atualização.
Concluímos que a formação continuada de professores vai além da formação
prática, pois implica em mudança de postura do educador que passa a assumir uma
atitude pesquisadora e assim, adquiri autonomia, já que a medida que investe em
sua formação ele alcança melhorias na sua prática profissional. Além disso, através
da continuidade de sua formação, o educador adquiri a capacidade de aprimorar o
processo ensino\ aprendizagem, já que, através de estudos e pesquisas, os
professores aprendem novas teorias, novos métodos e, assim, acrescentam
qualidade ao seu trabalho.
6

2 Revisão Bibliográfica

2.1 A formação continuada e seus paradigmas

A respeito da formação de professores, tanto inicial como continuada, é


unânime a opinião, entre os teóricos, de que ela é merecedora de atenção
destacada e de cuidados mais intensivos, como escreve ALERT (2001, p.25), hoje
se considera o professor como um profissional reflexivo. Deixa-se de lado, assim,
concepções mais antigas que viam como um mago (sem necessidade, portanto, de
nenhuma formação profissional específica, uma vez que seu carisma e sua retórica
seriam suficientes para sua performance) ou como um técnico.
O professor, como qualquer outro ser humano, possui potencialidades que
deverá desenvolver ao longo da sua vida profissional, mas esta possibilidade de
desenvolvimento, de busca da perfeição passa além da sua formação inicial,
pressupõe a noção de formação contínua. Matos (1999: 241) define “a formação
contínua (…) como um processo indefinido de adaptações sucessivas, cujo sentido
é o da otimização da integração funcional das competências no campo do trabalho”.
A formação contínua permite, pois, que o professor corresponda às novas
exigências do sistema educativo e da própria sociedade e que esteja
constantemente num processo de inovação e de mudança, acompanhando, deste
modo, toda a evolução científica, didática e pedagógica, bem como todo o processo
de aprendizagem das novas gerações.
A formação não se faz antes da mudança, faz-se durante e produz-se nesse
esforço de inovação e de procura aqui e agora dos melhores percursos para a
transformação da escola. É esta perspectiva ecológica de mudança interativa dos
profissionais e dos contextos que dá um novo sentido às práticas de formação
contínua centradas nas escolas. (Nóvoa, 1991: 26).
A este respeito Alarcão refere também o seguinte (1991: 75): Penso que
nenhum de nós exige de si próprio, nem dos outros, que seja um gênio, mas todos
desejamos que, por nosso intermédio, seja restabelecido o contato entre a escola e
a vida. Para isso, temos de estar atentos e corresponder às exigências que possam
7

ser-nos colocadas pelos outros. E essas exigências vão de certeza requerer de cada
um de nós uma atitude permanente de formação que, todavia, pode ir num ou noutro
sentido, numa ou noutra dimensão.
Observamos que cada vez mais os professores sentem necessidade de
formação como forma de se valorizarem profissionalmente, com o intuito de se
munirem com os instrumentos essenciais para o êxito dos seus alunos e para a sua,
subsequente, realização profissional. O insucesso dos alunos pode passar pela falta
de qualificação dos docentes em algumas matérias específicas (Travassos, 1991).
Pensar a formação de professores, numa sociedade marcada por múltiplas
transformações tem exigido uma profunda reflexão sobre o dia-a-dia do professor,
em sala de aula, concluindo-se que há a necessidade de se formar um novo
profissional.
A formação docente em face dos problemas educacionais tem sido cada vez
mais questionada e criticada e, ainda se tem a consciência da necessidade de
reformulação do ensino e das práticas pedagógicas, porém as mudanças tão
almejadas não foram alcançadas.

2. 2 Os PCNs e a formação continuada

A busca incessante por um ensino de qualidade e por reformas na educação,


a elaboração de documentos oficiais, como os PCN, a criação de órgãos
responsáveis pela avaliação, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica
(SAEB) e instituição de agências de controle, como o Programa Nacional do Livro
Didático (PNLD), todos esses objetivos e ações não podem ser alcançados e
efetivados sem uma adequada formação dos professores.

Segundo a história da educação brasileira inicialmente somente os mais


abastados possuíam o direito de ir à escola, no entanto, com o decorrer do tempo a
democratização tornou-se fator obrigatório na realidade da educação nacional. E,
com isso, muitas discussões e questionamentos surgem a respeito principalmente
da qualidade de ensino e, por isso, como acrescenta Elisangela da Silva Bernado 1
“No que tange à literatura, o estudo da questão da formação continuada de

1
um olhar sobre a formação continuada de professores em escolas organizadas no regime de
ensino em ciclo(s)
8

professores envolve um número considerável e crescente de autores (Perrenoud,


2000; Nóvoa, 1992; entre outros)”.
L´Educateur Philippe Perrenoud, estudioso pela faculdade de Genebra
publicou quatro artigos sobre a educação continuada de professores. O primeiro se
constitui na orientação da formação contínua para a construção de competências
profissionais coerentes com a evolução da profissão de professor e do sistema
educativo. O segundo situa a avaliação dos professores entre uma impossível
obrigatoriedade de resultados e uma estéril obrigatoriedade de procedimentos, e
propõe uma obrigatoriedade de competência. O terceiro capítulo retrata a
teatralização dos professores que atuam como meros atores no processo avaliativo.
E no, o último artigo sugere algumas reflexões e dispositivos para uma
profissionalização continuada efetiva.

Hoje, parece claro que ensinar não consiste mais em dar boas lições,
mas em fazer aprender, colocando os alunos em situação que os
mobilizem e os estimulem em sua zona de desenvolvimento
proximal, permitindo-lhes dar um sentido ao trabalho e ao saber.
(PERRENOUD, 1998)

De acordo com o autor francês, o ensino ultrapassou as barreiras


tradicionalistas e coloca em foco também o aluno, como sujeito ativo do processo
ensino-aprendizagem. Fato que reporta à teoria da dialogicidade freireana que
revolucionou as bases pedagógicas. Contudo, é sabido que há necessidade de
reformulação dos cursos e programas de formação docente, visto que se alteraram
os paradigmas da ciência, da tecnologia e das fronteiras do saber, assim, o
profissional responsável por conduzir a inserção dessas evoluções do setor
educacional precisa estar preparado para atuar eficazmente.
Devido à desvalorização da profissão docente e os baixos salários os alunos
que ingressam nos cursos de Letras têm práticas precárias de leitura e de produção
textual. No entanto, esses cursos ainda permanecem presos às suas “grades
curriculares”, preocupadas com a reprodução e acumulação do saber. Essa
abordagem reprodutiva, segundo Castro e Romero (2006, p. 127), “não é
conducente à construção da criticidade, nem de um sujeito capaz de lidar com um
mundo em constante transformação, em que – marca de novo milênio – tudo não
tem a característica estável do ser, mas se equilibra na dinâmica do estar”.
9

Ainda, segundo as palavras de Antônio Nóvoa, Doutor em Educação e


catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de
Lisboa, em seu livro Os professores e sua formação2 discute o processo de
formação do docente, que há 30, 40 anos atrás era ocupado pelo curto tempo de
sua formação acadêmica em detrimento da atualidade que necessita de que seja um
movimento contínuo.

Estas práticas de formação continuada devem ter como pólo de referência


as escolas. São as escolas e os professores organizados nas suas escolas
que podem decidir quais são os melhores meios, os melhores métodos e as
melhores formas de assegurar esta formação continuada. (NÓVOA, 2001).3

Diante desse contexto, a formação continuada de professores ganha


destaque no ambiente escolar, se desenvolvendo de acordo com a necessidade de
alunos e professores a fim de melhorarem o processo educativo. As novas
metodologias devem ser usadas para benefício das aulas.

Erlinda Maria Bittencourt4, em 1999 na publicação maranhense da revista


Pesquisa em foco discute a prática reflexiva da educação continuada de professores
do ensino fundamental com habilitação em língua portuguesa, bem como as
relações entre professor, aluno e o processo da aula como algo que melhor
acontece quando professor se caracteriza por “um professor com visão holística,
estudioso da matéria em pauta, leitor crítico, comunicativo e ouvinte ativo, sempre
buscando alternativas”. O olhar holístico do educador visa não tão somente o
“aluno”, mas também o ser social participante de uma vida que possui seguimento
fora dos muros da escola.

Outro ponto a ser questionado é a formação continuada dos professores


oferecida pelos governos e que são marcadas pela desarticulação e
descontinuidade, principalmente em virtude das mudanças de planos a cada troca
de governo. Assim, os professores, estão sempre em constante pressão, frente a
instável realidade. E, embora cheios de preocupação em melhorar sua ação
didática, parecem atravessar uma crise de identidade. Os professores estão diante
2
Os professores e a sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992.
3
Entrevista com Antônio Nóvoa, www.tvebrasil.com.br/ Entrevista concedida em 13 de setembro 2001
4
BITTENCOURT, Erlinda Maria. A formação contínua de professores de língua portuguesa no nível fundamental
como atividade crítico-reflexiva. Pesquisa em foco, São Luís, v. 7, n. 10, p. 143-151 jul./ dez. 1999.
10

de um novo desafio, novos paradigmas são elaborados para o ensino, contudo,


ainda não estão preparados para essas mudanças.

Todas essas reflexões remetem os nossos pensamentos para a sala de aula,


onde a tecnologia ganha maior espaço, e a educação à distância toma mais
5
candidatos para si a cada dia como explana Thiago Rozineli, “Com o surgimento
das novas tecnologias, à disposição dos educadores, novas possibilidades de
quebra de paradigmas surgem ao mesmo tempo em que o isolamento cultural em
que se encontra grande parte dos “profissionais” da Educação pode ser eliminada.”
Nessa linha de pensamento temos ainda Marilda Aparecida Behrens que
estuda em diversos trabalhos e publicações o fator da tecnologia na formação do
docente e em seu contínuo aprendizado. Em seu livro Formação Continuada e A
Prática Pedagógica dos Professores6 Behrens demonstra um outro aspecto que até
então não priorizado pela dicotomia tecnicista: a visão holística. Esse paradigma
inovador é sugerido com três aspectos abordados “a visão holística, a abordagem
progressista e o ensino com pesquisa”, “acredita-se que essas abordagens, unidas,
poderão ser o alicerce para uma interconexão entre a busca de uma visão de
totalidade, compatível com as exigências de uma sociedade moderna e suas
mudanças científicas”, de acordo com Fernanda Antônia Barbosa da Mota.

A visão geral nos induz a um olhar não parcial sobre o indivíduo,


direcionando-nos as ideias de Howard Gardner e a teoria das inteligências múltiplas
em que o homem abriga em si diversas formas de interação com o meio, inclusive
pela sensibilidade. Essa abordagem progressista que no Brasil foi antecedida por
Paulo Freire está intimamente relacionada com a dialogicidade entre os seres que
compartilham seu conhecimento em um processo de educação mútua. E a pesquisa
se apresenta como fator imprescindível em qualquer área do conhecimento. O
ensino aliado à pesquisa demonstra o quanto a prática docente precisa ser renovada
e, além disso, mostra que o educador deve buscar compreensão da sociedade e de
seus indivíduos, assim será capaz de modificar também a realidade em sala de aula
e as estratégias pedagógicas.

5
Formação Continuada De Professores a Distância,2008 www.abed.org.br/congresso2008
6
BEHRENS, Marilda Aparecida . Formação Continuada e A Prática Pedagógica dos Professores. 1.
ed. CURITIBA-PR: CHAMPAGNAT, 1996. v. 1500. 251 p.
11

Em meio aos estudos sobre a formação continuada sentimos a necessidade


de citar o trabalho de campo de Olga Matilde B. C. Albuquerque, Eliana B. C.
Albuquerque, Maria Emília Lins e Silva, as pesquisadoras mestrandas da UNICAP e
UFPE, respectivamente descrevem em seu trabalho o resultado da formação
continuada em escola pública no qual elas afirmam que

A importância do domínio do conhecimento pelo professor, no


processo de ensino-aprendizagem, foi enfatizada por PERRET
CLERMONT (1992). Baseando-se em pesquisas empíricas,
desenvolvidas em sala de aula, a autora ressalta que a relação entre
professor e alunos e a interação entre as próprias crianças
sustentam o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem; e que
existe um terceiro pólo nesse encontro entre professor e aluno: o
objeto do conhecimento.7

Assim, mais uma vez, o conhecimento do professor e o seu processo de busca pelo
saber é apontado no processo ensino/ aprendizagem como ponto crucial, já que
domínio que o docente tem é que influenciará a aprendizagem se seu aluno.

2.3 Uma nova concepção de capacitação de professores: O professor como


fonte de conhecimento.

Ainda nesta mesma linha de pensamento, os trabalhos de Tardif (1991) e


Tardif (2000) apontam para temáticas que valorizam a multiplicidade dos saberes
docentes. Segundo Tardif (2000, p. 16), os saberes de um professor podem ser
considerados como “uma realidade social materializada através de uma formação,
de programas, de práticas coletivas, de disciplinas escolares, de uma pedagogia
institucionalizada e, ao mesmo tempo, saberes deles”. Nesse sentido, o saber
docente é oriundo de diversas fontes que se constroem ao longo de sua carreira
profissional. Ou seja, a formação docente não se reduz apenas à recepção dos
conhecimentos produzidos por instâncias de formação - academia e oficiais -, como
também aponta Andrade (2004).
Nessa direção, Tardif (1991) apresenta quatro tipologias de saberes do
docente: a) saberes da formação profissional (advindos das instituições de formação
– inicial ou continuada); b) saberes das disciplinas (originam-se da tradição cultural e

7
Departamento de Educação, Universidade Católica de Pernambuco Educação: teorias e práticas Ano 1, nº 1 -
2001 p.96-104 www.unicap.br/Arte/ler.
12

dos grupos – sociedade e universidade - responsáveis por produzir o conhecimento);


c) saberes curriculares (programas escolares desenvolvidos pelos docentes e que
representam os saberes definidos pela academia como válidos) e d) saberes da
experiência (originam-se do trabalho cotidiano do professor e no conhecimento de
seu meio - são, portanto, saberes práticos, são saberes que se apresentam na forma
de ser professor).
Os três saberes (a,b,c) apontados por Tardif vão de encontro Isto é, os
saberes da formação profissional, os saberes das disciplinas e os saberes
curriculares têm suas produções reguladas “por funcionamentos institucionais, ou
seja, teríamos aquilo que é produzido fora do contexto escolar e que chega ao
professor como oferta” (Andrade, 2004, p. 83). Já a última definição (letra e), os
saberes da experiência, encontra ancoragem nas pesquisas que consideram o
professor um “prático reflexivo”, um “professor-pesquisador”, permitindo que
aconteça a “valorização e a pluralização dos saberes da prática” (Andrade, 2004, p.
84), o que vêm sendo destaque em trabalhos sobre a formação de professores.
Nessa dinâmica, um aspecto que se apresenta como um desafio para o
momento histórico é o novo perfil do profissional docente. Acerca disso, Belloni
(2001) diz que este profissional deve ser dotado de um conjunto de competências,
tais como trabalhar com responsabilidade, com maior mobilidade, gerenciar equipes
e adaptar-se a novas situações, além de manter-se sempre disposto a aprender.
Nesse sentido, Nóvoa (1992) aponta para a importância de se investigar o exercício
da docência, sobretudo no que se refere à ação docente e ao desenvolvimento
pessoal e profissional do professor. Ou seja, há a necessidade de, na formação do
professor, centrar a atenção na “questão do [seu] conhecimento e de sua produção”
(Magalhães, 2001, p. 243).
Percebemos um novo perfil do professor como um sujeito ativo na
construção do conhecimento, capaz de criticar, formular hipóteses, adotar uma
postura inquiridora frente ao mundo e agir como sujeito histórico. Assim, o professor
se tornaria, como afirma Liberali (1994), conhecedor de sua prática, criaria uma
postura reflexiva e ao mesmo tempo crítica em relação ao seu momento e, mais
importante, se tornaria responsável por seus atos.
No entanto, não se pode criar o equívoco de acreditar o professor como única
fonte de conhecimento. Assim, como afirma Andrade (2004, p. 86),
13

ao articular uma concepção de formação de professores que leve


em conta a experiência docente a partir de uma concepção
discursiva de linguagem, ou seja, que se proponha a pensar a
linguagem da formação, torna-se possível perceber que o saber
docente não se produz espontaneamente a partir do professor
praticante. A autoria de um saber próprio ao professor é
determinada também pelo que é produzido externamente, à sua
volta. Não há um saber que nasce espontaneamente do sujeito, pois
este último, não é fonte exclusiva de seu próprio saber.

Essas ideias trazem um novo olhar à formação docente, opondo-se e


procurando superar a concepção tradicional de formação que visa à capacitação dos
professores por meio da transmissão de conhecimentos, com o intuito de que os
professores aprendam a atuar eficazmente. Isso demonstra uma prática em que as
ações de formação estão baseadas numa concepção linear, prescritiva e pontual.
Nunes (2001) diz que esta prática vem sendo substituída pela abordagem que busca
compreender as práticas pedagógicas do professor como elementos que compõem
a sua identidade. Nessa abordagem, o professor é considerado como um sujeito que
adquire e mobiliza seus conhecimentos conforme a necessidade de sua utilização,
de suas experiências e de seus percursos formativos e profissionais. Essa posição
encontra ancoragem nas ideias de Kleiman e Signorini (2000), que propõem a auto-
formação do professor via letramento.
Portanto, para estas pesquisadoras, o professor se torna autônomo e capaz
de mudar a sua prática por meio do enriquecimento de suas práticas de leitura e de
escrita. Ou seja, a emancipação crítica, ocorrida por meio da linguagem, demonstra
que a mudança é sempre uma possibilidade (Freire, 1982). Além disso, podemos
dizer que a área de formação de professores, sustentada pela Linguística Aplicada,
está muito próxima das preocupações sustentadas pela área da Educação. Isso
ocorre porque ambas assumem a interferência de fatores sociais, políticos,
econômicos, históricos, pessoais, geográficos que constituem as atividades
educativas. Nesse sentido, não se pode perder de vista que as pesquisas no campo
da formação de professores não têm em seu bojo verdades absolutas e nem
estratégias de ensino/aprendizagem prontas e acabadas, mas preocupações em
retratar, discutir e apresentar possibilidades de transformações para o momento em
que nos encontramos.
14

2.4 A importância da formação contínua

A formação de professores, tanto inicial quanto continuada segundo diversos


teóricos, é merecedora de atenção mais aprimorada, de cuidados mais intensivos,
de discussões e ações que apontem soluções, como nos diz ALERT (2001, p.25),
hoje se considera o professor como um profissional reflexivo. Deixa-se de lado,
assim, concepções mais antigas que viam como um mago (sem necessidade,
portanto, de nenhuma formação profissional específica, uma vez que seu carisma e
sua retórica seriam suficientes para sua performance) ou como um técnico, “fruto de
uma aprendizagem imitativa, com apoio de uma prática de um ensino várias vezes
experimentando, que transmite o seu savoir-faire, os seus truques”; nem mesmo
como um engenheiro ou tecnólogo, cuja formação é orientada por teóricos,
especialistas do planejamento pedagógico e da didática. Diante dessas ideias a
formação continuada precisa tomar as características apontadas por ZEICHENER,
sendo

Uma formação de professores sob a bandeira da reflexão, (...) uma


reação contra o facto de os professores serem vistos como técnicos
que limitam a cumprir o que os outros lhes ditam se fora da sala de
aula; ou seja, a rejeição de uma reforma educativa feita de cima para
baixo, na qual os professores são meros participantes passivos.
Portanto, ele implica o reconhecimento de que os professores são
profissionais que devem desempenhar um papel ativo na formulação
tanto dos propósitos e objetivos do seu trabalho, como dos meios para
os atingir; isto é, o reconhecimento de que o ensino precisa voltar às
mãos dos professores. (ZEICHENER, apud ALMEIDA, 2001, p.24).

2.5 O ensinar e suas exigências

Quando consideramos o professor como profissional reflexivo, temos a


consciência de que ele é capaz de pensar, reformular e aperfeiçoar sua prática de
acordo com os novos referenciais teóricos. Diante dessa premissa, podemos afirmar
que o reconhecimento de que a produção de conhecimentos sobre o que é um
ensino de qualidade não é propriedade exclusiva das universidades e centros de
investigação e desenvolvimento. Assim, os professores também têm teorias que
15

podem contribuir para o acréscimo de melhorias e desenvolvimento ao ensino. O


conceito de professor como profissional reflexivo carrega o ideal de bom professor
que na sua prática atua com sua experiência e com seu constante desenvolvimento
enquanto educador.

O ato de ensinar pode também significar o reconhecimento de que o processo


de aprender a ensinar se prolonga durante toda a carreira do professor. Desta
maneira, nos programas de formação de professores, deve preparar os professores
para começarem a ensinar. Então, os formadores de professores devem ajudar os
futuros professores a interiorizarem, durante a formação inicial, a disposição e a
capacidade de estudarem a maneira como ensinam e de melhorar e se desenvolver
com o tempo, responsabilizando-se pelo seu próprio desenvolvimento profissional.
Quanto a essas ideias Zeichener (apud ALMEIDA, 2001, p.24), nos diz que a

... ação reflexiva também é um processo que implica mais do que a


busca de soluções lógicas e racionais para os problemas. A reflexão
implica intuição, emoção e paixão; não é, portanto, nenhum conjunto
de técnicas que possa ser empacotado e ensinado aos professores,
como alguns tentaram fazer.

Para tanto, faz-se necessário observar a expressão “Prática – Teoria –


Prática” colocada por Stela Piconez em seu texto A prática de Ensino e o Estágio
Supervisionado: a aproximação da realidade escolar e a prática da reflexão 8, embora
o assunto seja estágio é interessante o tripé que ela constrói para falar das práxis. A
reflexão da prática que tanto vem sendo frisada é produto do par teoria e prática.
De um modo geral, o que os cursos de licenciatura realizam é basicamente
esse dueto excluindo a práxis. Os cursos de formação continuada vêm resgatar esse
momento que é o repensar a prática voltada para a realidade. A teoria e a prática,
somente, não são capazes de construir o perfil profissional do educador, pois além
desse dueto, faz se necessário a formação crítica dos indivíduos. Dessa forma, o
movimento crítico-reflexivo é de suma importância para que novas ideias sejam
adotadas e novas posturas sejam tomadas. É a partir da análise da teoria e da
prática que o movimento das práxis se tornará possível.

8
PICONEZ, Stela C. Bertholo (org.). A prática de Ensino e o Estágio Supervisionado: a
aproximação da realidade escolar e a prática da reflexão. 6ed.Campinas:Papirus,1991.
16

O Professor, recém-saído dos cursos normais, não possui uma


visão da realidade da sala de aula, nem um entendimento do
processo ensino-aprendizagem a partir dos pressupostos
epistemológicos que fundamentam novas abordagens didático-
metodológicas. As instituições, reconhecendo a precariedade da
formação do professor, têm investido na capacitação dos docentes,
buscando sua atualização. Essa formação, no entanto, dá-se, na
maioria das vezes, de forma descontextualizada, apresentando uma
dicotomia entre teoria e prática, que não garante a qualidade desse
profissional.9

Os cursos não apresentam a necessária formação do docente-reflexivo, mas


há outros problemas que também circundam os cursos de educação continuada, os
chamados “cursos feitos” que muitas vezes acabam por padronizar a teoria e a
prática, em detrimento da individualidade de cada instituição e dos agentes do
processo ensino-aprendizagem como expostas no texto As Contribuições Da
Formação Continuada Para Uma Prática Reflexiva de Fernanda Antônia Barbosa da
Mota pesquisas de Pimenta (1999):

investigam por que, nas práticas pedagógicas dos professores e nas


organizações escolares, se praticam-se que não são
necessariamente aquelas produzidas pelas recentes investigações
das ciências da educação. Constata que os programas de formação
têm se mostrado pouco eficientes para alterar a pratica docente
justamente pelo fato de não tomarem a prática docente e pedagógica
escolar em seus contextos. Por não tomarem as práticas dos
professores como ponto de partida e de chegada da formação,
acabam por “ilustrar” o professor, não lhe possibilitando articular e
traduzir os novos saberes em novas práticas.

O processo reflexivo deve ser uma conscientização não só da prática


docente, mas de todo o universo educacional, repensando toda teoria e prática que
esse espaço abrange. O uso da tecnologia se não bem operado pode causar
frustração em lugar de funcionar como ferramenta auxiliar nas aulas.

Dentre as reclamações de escolas está a de que os alunos não


aguentam mais a forma das aulas. Os alunos reclamam do tédio de
ficar ouvindo um professor falando na frente por horas, do fosso
entre o conteúdo das aulas e a vida. Colocaram-se tecnologias nas
escolas, mas, em geral, não são aproveitadas devidamente,
continua – o professor falando e o aluno ouvindo – com um verniz
de modernidade. Novos desafios não são criados e as tecnologias
não passam de um meio de ilustrar os conteúdos ministrados. 10
9
Olga Matilde B. C. Albuquerque, Eliana B. C. Albuquerque, Maria Emília Lins e Silva
10
O PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA E O ENSINO MEDIADO PELA TECNOLOGIA
Silmara Terezinha Indezeichak www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
17

A modernidade alcança a educação para demonstrar ao docente que as


mesmas técnicas usadas há décadas estão ultrapassadas e necessitam de
atualização a fim de apontar novos caminhos na educação e nos cursos de
formação continuada. As pesquisas são pontos positivos e norteadores para essas
atualizações. E, como já foi discutido, cada organismo tem suas particularidades
como expõe os próprios PCNs e CBCs de ensino dando autonomia à escola para
adequação do conteúdo à realidade de cada região e comunidade contemplada.

3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino

3.1 Tema e linha de pesquisa


18

O tema do projeto é: Formação continuada de professores. Um assunto com


muita importância para ser discutido e trabalhado na escola e uma das temáticas
abordadas no Curso de pedagogia que necessitam de incentivo e desenvolvimento
de projetos e contribui para o crescimento profissional a medida que permite a
construção de novos saberes teóricos e práticos relacionados a gestão escolar.

3.2 justificativa

A Educação Brasileira vive uma progressiva universalização do acesso com


qualidade a todos os níveis e modalidades de Ensino, embora as condições não
sejam totalmente favoráveis. Dentro desse contexto, há a necessidade de preparo e
capacitação para os professores, tendo em vista a importância de sua atuação no
processo de ensino e aprendizagem.
Além das constantes mudanças relacionadas aos avanços tecnológicos e a
rapidez da propagação de informações temos a falta de preparo do educador como
um ponto negativo a ser analisado e mudado.
A formação continuada tem a capacidade de aprimorar o processo ensino\
aprendizagem, já que, através de estudos e pesquisas, os professores aprendem
novas teorias, novos métodos e, assim, acrescentam qualidade ao seu trabalho.
Dessa forma, julgamos que o presente projeto tenha importância, tendo em
vista que o incentivo e a promoção da formação continuada é um meio eficaz de
melhoria para educação,

3.3 Problematização
19

Pretendemos através desse projeto responder a questões como: Qual a


importância da formação continuada na escola? Como o educador pode vencer os
desafios e assumir a responsabilidade de estar em constante formação?

3.4 Objetivos

Geral:

Incentivar e promover a formação continuada.

Específicos:

 Desenvolver atividades dinâmicas a respeito da formação continuada.


 Identificar motivos que impedem a formação continuada.
 Desenvolver atividades que estimulem a reflexão sobre estratégias e meios
de o educador se manter atualizado.

3.5 Conteúdos

Os conteúdos a serem trabalhados pelo projeto são: A Formação continuada


de professores, A importância da atualização e Estratégias para se tornar um
educador atualizado. Esses conteúdos serão trabalhados através das atividades
propostas.

3.6 Processo de desenvolvimento

O Projeto será desenvolvido com educadores da Educação Infantil e Ensino


Fundamental I através de palestras, atividades dinâmicas, mesas redondas e
oficinas de atualização.
No primeiro dia, o pedagogo da escola irá realizar a dinâmica: Ninguém está só
Disponível em: https://demonstre.com/9-dinamicas-para-professores/.
Irá vendar os olhos de todos os professores. Conduzirá cada participante
até um local diferente, sem comentar nada. Não há problema de mais de uma
pessoa ser levada ao mesmo cômodo, mas não diga a ela que tem mais uma
pessoa na sala e que ela também está vendada. Terminada a separação, irá pedir
20

para todos tentarem voltar à sala de início. Aos poucos, os participantes começarão
a falar e perceber que não estão sozinhos. A tendência é que eles comecem a se
ajudar para chegar aonde precisam.
Ao terminar a dinâmica, o pedagogo irá iniciar uma conversa sobre a
importância da colaboração para o trabalho educativo, deixando claro que ninguém
deveria passar por desafios sozinho.
Em seguida será apresentada uma palestra com o tema: Por que devo estar
em constante formação?
No segundo dia de projeto: será promovida uma mesa redonda sobre o tema:
Estratégias para se tornar um educador sempre atualizado com a presença de
pedagogos, supervisores, gestores escolares e psicopedagogos convidados além
dos professores participantes.
No terceiro dia de projeto: Será exibido o vídeo: Qual a importância da formação
continuada na escola? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=ZXKfLYCJNmc Em seguida, será realizado um debate sobre o tema.
No quarto dia de projeto: Serão realizadas duas oficinas de atualização:
Educação ambiental: A oficina irá tratar de assuntos relacionados à proteção
e uso racional dos recursos naturais (solo, ar, água, flora e fauna), também irá focar
na proposição de ideias e princípios que possibilitem a construção de um mundo
sustentável.
Jogos e brincadeiras: Serão repassados diversos exemplos de jogos,
brincadeiras e atividades lúdicas que podem ser trabalhadas em Sala de aula, com o
intuito de colaborar com a aquisição de informações e conhecimentos e incentivar a
criatividade do educador para trabalhar com jogos e brincadeiras.
No quinto dia de Projeto: Será apresentada a palestra: Educador atualizado,
educando bem formado, seguido de espaço para diálogo e tira dúvidas e para
finalizar uma confraternização com lanche.
21

3.7 Tempo para a realização do projeto

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA


Dinâmica: Mesa Assistir vídeo: Oficinas de Palestra:
Ninguém está redonda- Qual a atualização: Educador
sozinho. Tema: importância - Educação atualizado,
Palestra: Por Estratégias da formação ambiental educando bem
que devo para se tornar continuada na - Educação no formado
estar em um educador escola? trânsito Confraternização
constante sempre Debate: - Jogos e
formação? atualizado Desafios que brincadeiras
impedem ou
dificultam a
formação
continuada.

3.8 Recursos humanos e materiais

 Professores
 Pedagogo
 Supervisor
 Psicopedagogo
 Aparelho projetor
 Computador
 Pen drive
 Internet
 Folhas A4
 Canetas
 Lanche
22

3.9 Avaliação

A avaliação será feita por meio da observação do envolvimento e


desenvolvimento das atividades do projeto.

4 Considerações finais
23

É senso comum entre os profissionais da área de educação a importância de


projetos que visem à formação continuada de professores das diversas disciplinas
da Educação Básica. A formação do professor é um dos meios possíveis para
interferir nas mudanças pretendidas no ensino/aprendizagem. Assim sendo, a
formação contínua desses professores deve centrar-se nas práticas pedagógicas
que ocorrem na escola e, mais especificamente, na sala de aula, integrando o
projeto coletivo da escola. Esta deve fazer o levantamento de suas necessidades de
formação e elaborar, junto com técnicos das instâncias intermediárias do sistema e
docentes, seu plano de capacitação. Para isso é necessário conhecer as condições
de trabalho dos professores que atuam na Educação Infantil e Ensino fundamental I,
as condições físicas e materiais das escolas, a clientela que frequenta a escola
pública e as condições pedagógicas em que se desenvolve o ensino hoje.
A formação continuada de professores vai além da formação prática, pois
implica em mudança de postura do educador que passa a assumir uma atitude
pesquisadora e assim, adquiri autonomia, já que a medida que investe em sua
formação ele alcança melhorias na sua prática profissional.

5. Referências
24

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PORTUGUESA E O ENSINO MEDIADO PELA TECNOLOGIA Silmara Terezinha
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