INGRES PATRICIA DA SIVLA

A formação continuada

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao curso de Licenciatura em Pedagogia da
Faculdade Maurício de Nassau como requisito
para obtenção do grau de Licenciado em
Pedagogia.

Orientador: Professor Dr Geraldo Barbosa

Neto

CARUARU
2018.1
 1 INTRODUÇÂO
O professor não ficou longe do cargo que era direcionado aos padres nas escolas, houve
uma intervenção do Estado que substituiu a igreja pelos professores inserindo-os em um
ensino laico, uma substituição de um corpo de ensino religioso por um corpo de ensino
não religioso. Na década de 80 as escolas incluíram no ensino indivíduos sem
habilidades acadêmicas pedagógicas acarretando problemas estruturais graves, após o
ocorrido as remediações foram feitas por três programas: profissionalização em
exercício, formação em serviço e profissionalização em serviço, o que não trouxe
dinâmicas inovadores para o exercício da formação de professores.
O processo de formação do professor no conceito de António Nóvoa se inicia na
formação acadêmica, não se constrói por acumulações de cursos, conhecimentos ou de
técnicas, a formação do professor está centrada na escola e não em desenvolvimentos de
programas ou cursos estimulados por política-sindicais. Na década de 90 uma nova
reforma no sistema de educação passa por um processo de reciclagem dos professores
para uma qualificação e desempenho de novas funções, administração e gestão escolar,
orientação escolar e educação de adultos, essa reciclagem aborda uma reforma centrada
na formação contínua.
A formação continuada é um processo continuo que visa a reflexão e ação do professor,
busca uma formação com investigação. Ela começa quando o professor decide está
sempre em construção, buscando novos conhecimentos e atualizando-se em uma
continua caminhada permitindo-se a novos saberes e novas experiências, segue das
instituições de ensino superior dando continuidade nas escolas inseridas em um
contexto escolar sempre em movimento com a cultura e nos saberes pedagógicos.
O professor vem sofrendo ao longo do tempo exigências na qualidade de ensino e no
que faz, sem antes, ser notado a falta de apoio e recursos materiais adequados para o uso
de suas aulas práticas em sala de aula, condições de sala vezes precária e espaço de
ambiente escolar inadequado para o desenvolvimento de atividades motoras, são
pequenas reflexões que precisam ser discutidas com a gestão escolar.
Nos avanços da educação brasileira, reformas e mais reformas deram espaço a chegada
dos meios tecnológicos junto mais exigências para que os professores consigam
acompanhar o ritmo dos alunos e da sociedade, não se pode esquecer que os recursos
são distribuídos e o investimentos nas capacitações de formações continuadas tem sido
cada vez mais presentes para que se possa obter uma educação de qualidade.
Muitos professores têm tomado boa parte do seu tempo na escola, trabalha dois
turnos para completar sua renda familiar, participa das capacitações e formações
continuadas de programas como por exemplo o PROCAD- Programa de Capacitação
Docente- a formação continuada visa a reflexão- ação do professor, não só basta refletir
é preciso ter uma ação com base nas suas reflexões.
O reconhecimento do professor na sociedade tem-se perdurado ao longo dos
tempos desde muitos anos, já nos dia atuais mesmo após ter acontecido várias reformas
educacionais com base nos avanços das leis e Diretrizes da Educação brasileira, a LDB,
a função do professor deverá se a de mediador do conhecimento, isso é algo que não
tem se tornado concreto, entendemos que a integração do docente na vida dos
discentes é de suma importância para o crescimento e desenvolvimento do ensino
aprendizagem, mas não convém ao professor tomar para si a responsabilidade de
educar, um papel voltado para a família, nesse ponto de vista trago aqui a importância
relevante de que a qualidade e a valorização precisa andar lado a lado quando se trata de
educação.
A qualidade de ensino não tem sido bem desempenhada como deveria ser pelas
instituições públicas que infantiliza os jovens e adultos no espaço de sala de aula com
mobiliária para crianças onde, os alunos do turno da noite já fadigados cansado do
trabalho convive com atividades rotineiras sem bons recursos que chame a atenção
desses alunos, muito são os investimentos na capacitação e formação de professores,
quando se fala em qualidade compreendemos as condições de trabalho e a preparação
do professor, muito deles não tem curso superior até mesmo não fizeram o antigo
magistério, muitas vezes trabalha em duas escolas e não dispões de tempo para oferecer
um ensino com rendimento escolar máximo.
Muitos professores têm se acomodado de fato em seu ambiente de trabalho tornando
suas aulas pouco interessante, o individualismo tem sido cada vez mais frequente, não
tem novas ideias para uma aula produtiva, os alunos não colaboram para um
aprendizado satisfatório e com isso a escassez ou o abandono escolar se apresentam, o
fracasso e a desvalorização começam aparecer e o professor tornasse o vilão da
história. Vivemos em tempos modernos e os velhos hábitos permanecem acarretando
problemas que são acumulados sem soluções para os mesmos.
O ingresso de professores iniciantes não pode ser visto de maneira grosseira e não se
pode deixar de lado o fato de que os mesmos necessitam de um acompanhamento e um
suporte totalmente especial já que os mesmos são recém-chegados e introduzido no
contexto escolar a uma realidade não vista antes na formação acadêmica. A formação
inicial é um dos importantes para a carreira do professional ingressante da educação,
nesta etapa o jovem professor necessita de ajuda de outros professores mais experientes
e ter um direcionamento, uma supervisão, um apoio quando na verdade nunca tem
vivenciado.
A formação continuada se inicia quando o indivíduo está apto a aprender novos
conhecimentos e ela não acaba quando este processo de conhecimento termina, continua
para além dos muros que separa a universidade da sociedade. A escola é o ambiente
onde esse professor se depara com a prática e aprende com suas experiências, na troca
de conhecimentos sendo assim um professor reflexivo em suas ações que não se limita
em imitações mais que se compromete a refletir trazendo um ensino não mais tecno e
sim inovador.
Em outra face sabemos que existe sempre um professor que não investe em sua carreira
docente e suas competências são minimizadas sempre pelo seu desprofissionalismo. A
formação continuada tem o objetivo de desempenhar uma prática educacional com base
na valorização do ensino aprendizagem e no profissionalismo do docente no âmbito
escolar e na construção de políticas públicas que reforcem os professores e os saberes
dentro do campo de atuação, valorizando as culturas docentes, que o professor não
venha ser transformado em uma profissão dominada pela indústria do ensino mas que
sejam elementos insubstituíveis na aprendizagem e no processo da construção de
inclusão e os desafios das adversidades e os novos métodos de novas utilizações
tecnológicas.
No processo inicial o professor não dá conta da complexidade da realidade atual,
vivenciamos uma evolução muito rápida da tecnologia onde o aluno tem contato diário
as ferramentas tecnológicas e o professor não tem a mesma vivencia, o mesmo não foi
preparado a viver a realidade do aluno tão pouco trazer essa realidade para se trabalhar
em sala de aula. A formação continuada tem como objetivo o aperfeiçoamento e
atualização de discursões atuais que marcam o contexto educacional, a formação
continuada vem sendo trabalhada também como um processo de formação inicial no
qual aquele profissional recém-formado do curso de pedagogia ao sair ele já passa por
alguns processos de capacitação e formação continuada.
Por volta de 1987 Antônio Nóvoa afirma que a educação passou por uma revolução em
que foi introduzido os conceitos do professor pesquisador- reflexivo, na capacidade de
refletir na ação, na prática e na experiência, ele também fala que a formação do
professor se encontra três fases importantes para o processo de formação continuada,
universidade, profissão e escola. É na universidade que se se inicia a formação após a
formação acadêmica o profissional está apto a trabalhar na escola com um
acompanhamento pedagógico dando continuidade à formação continuada.
Com base em sua fala compreende-se então que a educação pouco mudou e que houve
uma desordem na estrutura educacional, 31 anos se passaram e a educação continua
sendo um efeito estranho na formação continuada, quanto mais se pede do professor
pouco ele oferece devido ao aumento de níveis acadêmicos no qual o mesmo absorve
mais estudos teóricos e que de fato acabam afastando-se da formação de professores
conforme o nível se torna mais universitário. O modelo de escola que se espera para os
dias atuais não é mais um modelo em que o professor estava em frente do quadro negro
com sua sala homogeneizada e sim uma relação muito próxima com a cultura, a ciência,
a pesquisa e na construção do conhecimento.
O papel do professor é de trabalhar o conhecimento com os alunos dando sentindo para
essa ciência, é preciso que os alunos se apropriem deste conhecimento e para isso é
necessário que se trabalhe diferenciado deixando de lado aquela velha e simples fala eu
irei dar aula. A formação ela não acontece em palestras ou cursinhos, ela está presente
no convívio da escola, na troca de experiencias entre colegas de trabalho, no trabalho
pedagógico e nas construções de novas práticas.