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O PROFESSOR E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Gracineila Barbosa Brandão1
Marcos Paulo Duque Marinho2

RESUMO

O presente trabalho nos mostra um pouco do trajeto que o professor precisa percorrer para que o
seu trabalho tenha bons resultados quando falamos em educação inclusiva, que é um tema bastante
discutido por muitos profissionais e pela familia, cada um com seus estudos e conhecimentos que
se afunilam na questão incluir crianças PCD na escola regular, e esse trabalho fica para o
professor que todos os dias necessita se reiventar para que os resultados apareçam, mesmo que de
forma tímida. O profissional da educação tem sempre que buscar a formação continuada para
aprender lidar com a diversidade seja ela qual for, aprender a adaptar materiais, utilizar recursos
de comunicação e alternativas que envolva todos os alunos sem distinção, para que não haja a
segregação, todas as crianças precisam conviver no mesmo ambiente usando os mesmos materias
para que não se sintam diferentes, o professor com o olhar diferenciado para a educação inclusiva
ele foca nas habilidades do aluno e não nas limitações, seu planejamento é adequado de acordo
com as necessidade do aluno, outro ponto que precisa ser ressaltado é o controle emocional do
professor, que sempre que precisar tem que buscar ajuda isso faz parte de sua formação
continuada, o seu psicologico necessita estar bem, por que na teoria incluir e um ato de amor, mais
na prática as questões são bem mais complicadas, o trabalho também é feito com as crianças que
não tem deficiencias, para que elas entandam que o aluno PCD não é diferente e precisa ser
respeitado como pessoa.

Palavras-chave: Professor. Inclusão. Respeito

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema central o professor, sua formação, e as práticas direcionada
para educação inclusiva, como o trabalho é desenvolvido, quais metodologias são usadas e como o
profissional da educação pode se preparar para lidar com essa questão. Educar uma criança sem
deficiência envolve inúmeras questões, mais o aluno com deficiência precisa de novas práticas que
o ajude no seu aprendizado de maneira diferenciada sem que ele se sinta diferente, por isso a
acolhida precisa ser uma experiência boa para esse novo aluno, que conviverá com pessoas novas e
terá que se adaptar à nova rotina, provavelmente esse aluno é muito protegido pela família que
acredita que o

1 Acadêmico
2 Tutor externo
3 Centro Universitário Leonardo da Vince-UNIASSELVI- Licenciatura em pedagogia (PED1509)-Trabalho Graduação
11/11/2019
aluno não consiga aprender da mesma maneira que uma criança não PCD, a criança tem muitas2
habilidades para ser descobertas, dependendo do tipo da deficiência a criança têm suas habilidades
desenvolvidas através do trabalho do professor que busca conhecimentos sobre as questões da
educação inclusiva através de da formação continuada, talvez na faculdade não teve o
direcionamento de como trabalhar essa nova proposta de educação. Por muito tempo os alunos PDC
foram segregados ou totalmente excluídos, as famílias mantinham seus filhos escondidos como
pessoas desformes, diferentes dos padrões que a sociedade aceitava, muitos eram dados como
loucos e viviam na escuridão dentro de suas próprias casa, mas o processo de inclusão vem
mudando tais atitudes que se hoje uma criança com deficiência for abandonada ou maltratada, isso
se configura um crime. A figura do professor no processo de inclusão cria uma ilusão de que ele
revelará todas as habilidades do aluno, mas infelizmente por mais que o professor se esforce esse
trabalho não é monocrático, ele precisa de multiprofissionais para desenvolver o aluno em todos os
campos. A importância da formação continuada direcionada para o processo de inclusão escolar faz
com que o professor busque o conhecimento em uma prática muito complexa, essa busca se dá pela
necessidade de entender como se aplicar o trabalho pedagógico com o aluno incluso. A pesquisa
também nos mostra um pouco da história da pessoa com deficiência e como era tratada na
antiguidade, o avanço da educação através dos tempos e os movimentos que fizeram com que a
pessoa com deficiência fosse incluída em escolas regulares. Assim, a inclusão escolar deve negar
todas práticas de exclusões e segregações que as pessoas com deficiência passaram durante muito
tempo, e definir alguns padrões sociais que, anteriormente, eram considerados comuns e que
atualmente, foram substituídos por outros como aceitação, valorização, convivência e aprendizagem
através da cooperação de cada um de nós. Conheceremos um pouco da construção da identidade
docente, como se dar o trabalho para esse processo de construção da identidade do professor, pois
para sermos vistos como professores temos que buscar, a todo instante, novos conhecimentos que
venham abarcar nosso trabalho pedagógico. O professor precisa trabalhar a construção de sua
identidade e saber lidar com questões que surgirão nesse percurso, ser professor exige dedicação,
carregar um diploma não é o suficiente, quere ser professor e, ser é muito diferente, o profissional
precisa ter compromisso com o que decidiu para a sua vida profissional. O trabalho também
envolve as formas de pesquisas que foram usadas para chegar aos resultados finais que nos levaram
a entender que o processo que envolve a carreira docente e o processo inclusão é complexo por
inúmeros motivos que faz com a inclusão ande em passos lentos, mais mesmo assim estamos
vivendo momentos de mudanças e conquistas no campo da inclusão escolar. É importante
mencionar que a legislação sobre a educação inclusiva vem avançando e modificando-se
constantemente. Devemos acompanhar essas mudanças para melhor compreendermos esses avanços
e relaciona-los às práticas sociais e educacionais. Conhecer os documentos norteadores de nossa
prática pedagógica, além de importante, é fundamental para compreendermos as ações fundantes de
todo esse processo, bem como é necessário atentar para o fato de que todos os educadores fazem
parte desse movimento, as mudanças são necessárias, sendo radicais ou não, são cercadas de
incertezas, e de medos. Neste sentido, a inclusão pressupõe mudanças de velhas práticas, mudanças
supõe novas formas de pensar e, ao mesmo tempo, de organizar a realidade. A inclusão é resultado3
de um processo de acumulação de necessidades históricas, e este acúmulo de necessidades resulta
nas transformações que vêm ocorrendo na sociedade.
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2 FORMAÇÃO DOCENTE PARA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A política de formação de professores para inclusão escolar de estudantes com deficiência é


preconizada desde a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional – LDB nº 9.394/96, que define
que os sistemas de ensino devem assegurar professores capacitados para oferecer uma educação de
qualidade com currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos que
atendam às necessidades destes educandos. (BRASIL, 1996).
A ausência de conhecimento do professor sobre as peculiaridades das deficiências, o não5
conhecimento das potencialidades destes estudantes e a não flexibilização do currículo podem ser
considerados fatores determinantes para barreiras atitudinais, práticas pedagógicas distanciadas das
necessidades reais dos educandos e resistência com relação à inclusão. Em 1964 Rosenthal e
Jacobson nomearam de profecia auto realizadora o efeito da expectativa do professor no
desempenho dos seus alunos. Isso acontece porque os professores desenvolvem uma visão de que
seu aluno é incapaz. A inclusão educacional requer professores preparados para atuar na
diversidade, compreendendo as diferenças e valorizado as potencialidades de cada estudante de
modo que o ensino favoreça a aprendizagem de todos. A inexistência desta formação gera o
fenômeno da pseudoinclusão, ou seja, apenas da figuração do estudante com deficiência na escola
regular, sem que o mesmo esteja devidamente incluído no processo de aprender. Estar matriculado e
frequentando a classe regular não significa estar envolvido no processo de aprendizagem daquele
grupo. Diante disso, entende-se que não basta garantir o acesso deste estudante à escola regular, é
necessário o apoio ao docente para que esta inclusão aconteça, garantindo-se equidade no
atendimento pedagógico. São muitos os desafios encontrados no processo de implementação da
política de educação inclusiva no Brasil, mas a falta de preparo dos professores ganha destaque.
Com a entrada de pessoas com deficiências na escola comum, muitos docentes passaram a se sentir
confusos, despreparados e incapazes para acolher esses estudantes e, sobretudo, para trabalhar com
propostas que atendessem às necessidades, expectativas e demandas próprias de cada um. O
reconhecimento de dificuldades na formação docente para a educação inclusiva deve ser não uma
justificativa para o fracasso, mas um motor para a construção de experiências bem-sucedidas onde a
educação é de qualidade e verdadeiramente para todos. Para ser de fato, inclusiva é essencial que
ocorram nas escolas mudanças radicais em suas estruturas físicas, material e de pessoal, em seu
projeto político pedagógico (PPP), em sua gestão administrativa. O paradigma da inclusão
pressupõe uma escola democrática, que respeite o tempo do estudante, que coloca a aprendizagem
no centro e que estimule o trabalho colaborativo e participativo. No entanto, que tipo de formação
atenderia ao apelo dos professores que se sentem despreparados no atendimento dos educandos com
deficiência, quais os saberes necessários para educar a todos, e as diretrizes para a formação inicial
e continuada na perspectiva da educação inclusiva. É necessário que os alunos de pedagogia e
demais licenciaturas e todos os outros profissionais que em algum momento terão algum contato
com o aluno incluso receba em sua formação orientação de como trabalhar com crianças especiais,
é importante que todos os acadêmicos fiquem atentos para que as propostas pedagógicas que oriente
os profissionais da educação sejam de fato posta em práticas para auxiliar o professor na sua rotina
de inclusão. Assim para que a inclusão se efetive os professores precisam investir nas
potencialidades de aprendizagem de seus alunos, atendendo as suas necessidades e propondo
atividades que favoreçam o seu desenvolvimento. Porém como na maioria das vezes não há um
perfil único da deficiência, é necessário um acompanhamento individual e continuo, tanto da
família como do docente e até de outros profissionais. As deficiências não podem ser tratadas
genericamente, há que se levar em conta a condição que resulta da interação da pessoa com o seu
ambiente. É importante que a escola se informe sobre as especificidades das deficiências atendidas6
e sobre os meios adequados para fazer com que o educando encontre no ambiente escolar um
contexto que proporcione aprendizado e crescimento nos aspectos afetivo, social, cognitivo e
psicomotor, sem discriminá-lo por possuir seu próprio tempo e ritmo de aprender. Para que isso
aconteça é necessário que o professor possua um conjunto de saberes que envolve as epistemologias
que fundamentam o ato de aprender, além das habilidades e competências sobre mediação
pedagógica no processo de ensinar, possibilitando que aquilo que o estudante faz hoje com a ajuda
do professor, possa fazer amanhã sozinho. A Lei de diretrizes e base (LDB) de 1996, ao definir o
que os sistemas devem assegurar aos estudantes com deficiência, aponta uma diretriz para a
formação docente “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular, capacitados para a integração
desses alunos na classes comuns”, o documento Diretrizes nacionais para a educação especial na
educação básica ( 2011) traz uma definição mais detalhada dos termos e as competências de cada
um. Os professores capacitados, para serem assim denominados, devem ter uma disciplina em sua
formação inicial a respeito da educação especial e da educação inclusiva, além de adquirir
competências para perceber as necessidades educacionais especificas dos estudantes e flexibilizar a
ação pedagógica para atender as suas especificidades. Mas essas não são tarefas simples. Uma
disciplina nos cursos de formação docente que aborde questões relativas a educação inclusiva não
dá conta da complexidade e da abrangência dos temas. Nesse caso podemos falar de informação,
mas não da formação. A formação de professores especializados que irão trabalhar no atendimento
educacional especializado (AEE) deve acontecer em cursos específicos. Esses profissionais também
devem apoiar os educadores das escolas regulares que tiverem crianças e adolescentes com essas
particularidades em sala de aula. Tais questões atravessam o direito a escolarização influenciam a
formação do educador e trazem implicações para o processo de inclusão escolar que busca se
fortalecer. Muitos movimentos vêm ocorrendo, desde a inserção de professores de educação
especial nas escolas comuns, para o apoio aos professores regentes, até abertura de salas de recursos
multifuncionais para atendimento educacional especializado. Cada um de nós devemos buscar o
conhecimento como família para entender, as questões do desenvolvimento das estratégias voltadas
para a educação inclusiva e conhecer o trabalho do professor voltadas para essa questão, e como as
escolas vêm lidando com as questões da inclusão escolar e, também, fomentar essas experiências
nos processos de formação docente, possibilitando o acesso a reflexões teórico-práticas, que
permitam uma leitura crítica da realidade e alicercem projetos que visem à transformação,

2.1 O professor e a construção de sua identidade


Quando falamos de professor, não estamos falando somente de uma figura catedrática, mas7
sim de um ser que possui sua identidade, que nos parece em muitos momentos históricos, ter sido
visto como o centro do ensino, como o único detentor do saber, com a Pedagogia Tradicional, e em
outro momento um mero cuidador. A identidade do professor precisa ser observada, analisada e
refletida por todos. Carlos Marcelo (2009, p. 2) afirma que “Considero importante essa reflexão
porque é através de nossa identidade que nós percebemos, nos vemos e queremos que nos vejam”.
Dessa forma podemos determinar que a identidade do professor é construída em seu meio, em seu
momento histórico social. Cabe a ele, posicionar-se dentro do contexto histórico, buscando a todo
momento a reformulação de seus conceitos, de sua visão enquanto profissional da educação. Essa
busca incessante, é que torna a profissão de professor, algo rico e instigante. O ser professor nos
remente a cada dia, num mesmo espaço, a momentos inusitados, e que de uma forma ou de outra
necessitamos nos posicionar ou direcionar
Ainda conforme Carlos M. (2009, p. 2)

É preciso entender o conceito identidade docente como uma realidade que evolui e se
desenvolve, tanto pessoal como coletivamente. A identidade não é algo que se possua, mas
sim algo que se desenvolve durante a vida. A identidade não é um atributo fixo para uma
pessoa, e sim um fenômeno relacional. O desenvolvimeto da identidade acontece no terreno
do intersubjetivo e se caracteriza como um processo evolutivo, um processo de interpretação
de si mesmo como pessoa dentro de um determinado contexto.
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Para ser professor é necessário, sem sobra de dúvida a entrega e a abertura para a mudança.9
Realizar a metamorfose para que o profissional seja visto, percebido e reconhecido como professor.
Assim quando falamos em identidade docente estamos caracterizando-a como identidade
construída, por um lado, externamente atribuída, pela sociedade e pelo Estado sobre o professor, por
outro lado tem se a identidade pessoal, ou interna, construída e elaborada pelo professor através da
sua trajetória como profissional da educação. O objetivo seria o de provocar uma ruptura em relação
à visão externa, aquele conjunto de representações criadas em sua maioria a partir de imagens
estereotipadas, rebaixando a atuação do professor como um mero técnico reprodutor de conteúdos e
esquemas de aprendizado. No entanto, está ruptura precisa acontecer a partir de dentro, da
identidade interna, na busca pelo profissionalismo e ética. Podemos afirmar que ser professor
acarreta mudanças interiores, as quais nos dão possibilidade de nos vermos como profissionais da
educação desenvolvendo maneiras de como desempenhar seu papel no cotidiano. Além das
mudanças interiores ocorridas no professor, temos também que perceber que o professor não é uma
“ ilha, cercada somente de alunos por todos os lados”; mas sim cercado de coletividade. Essa
coletividade entendida pelos seus colegas de trabalho, os alunos, gestores e comunidade. É
importante compreender que ser professor é buscar a cada momento, o diálogo junto à comunidade
escolar e fora dela, para que ocorram mudanças e que o processo ensino aprendizagem seja mais
agradável, evoluir, e buscar formas de entendimento educacional e pessoal. Hoje se cobra bastante
do professor que ele tenha uma identidade diversificada e desafiadora buscando sempre pelo
conhecimento e propostas que possa trabalhar com as diferenças, principalmente incluir pessoas
com deficiência nas escolas regulares, então o professor precisa estar preparado para ser o mediador
do século XXI com propostas inovadoras que possa aprimorar o educando como pessoa humana
que esteja preparado para exercer a cidadania, contribuir para a transformação da escola
democrática, qualificar o aluno para o mercado de trabalho, fortalecer a solidariedade humana,
colaborar com a afinidade escola e família, zelar pela aprendizagem dos alunos, participar
ativamente da proposta pedagógica da escola, fortalecer a tolerância recíproca e respeitar as
diferença seja ela qual for. Acredito que a faculdade não nos ensina como lidar com determinadas
situações que vivenciamos dentro da escola, principalmente como trabalhar com a inclusão, que é
um assunto novo no cotidiano do professor, a inclusão vem nos mostrando novos caminhos, e
empurrando o professor a buscar por uma identidade que nem ele mesmo sabia que poderia
desenvolver diante das dificuldades de encarar o sistema regular com poucos recursos e uma
infinidades de práticas que podem ser colocadas para o desenvolvimento do aluno PCD. A
identidade docente possui vários aspectos, várias dimensões que devem ser levadas em
consideração quando se quer problematizá-la. Por ser de caráter histórico e, portanto, mutável
modificando-se interna e externamente de acordo com as transformações que ocorrem na sociedade
ao longo do tempo. Aliás, muitos problemas e desafios na educação podem ser avaliados através da
defasagem que está possui em relação às transformações do meio social. Da mesma forma o
processo formativo pode possibilitar a construção da identidade profissional docente não se esgota
ou atinge o ápice ao termino do percurso formativo seja ele inicial ou continuo, está se estende no
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dia a dia do trabalho do professor, em momentos de trocas de experiências, em cursos formativos,
na continuidade da estada na profissão. Hoje este profissional, dado as mudanças que acontecem na
sociedade, não pode ao término de seu processo formativo, afirmar que está pronto para exercer o
magistério ou que já construiu sua identidade profissional docente, pelo contrário, tal fato se
justifica pelas significativas e constantes mutações que acontecem na sociedade contemporânea, o
que exige dos docentes continuas aprendizagens, objetivando suplantar os desafios e adversidades
inerentes a profissão, bem como ter uma práxis docente.

2.2 Formação continuada e práticas pedagógicas para a educação inclusiva


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O programa curricular dos cursos de formação de professores prioriza o estudo das
deficiências quanto as suas caracterizações e condições especificas. Esse programa mantém o
modelo conhecido da Educação especial, que sobrepõe a formação do especialista à formação do
professor comum, nessa configuração, os conteúdos parecem apontar para a falta de temas
pragmáticos no processo de ensino e aprendizagem; a ausência da articulação entre educação
especial, rede de apoio e o ensino comum, e a carência das dimensões da perspectiva inclusiva. São
visíveis no currículo as falhas de conteúdos relacionados aos serviços, educar na diversidade exige
um direcionamento para o estudo de práticas pedagógicas que valorizem as diferenças e a
diversidade nas salas de aula. Devem ser considerados dois importantes eixos na formação dos
profissionais: o primeiro refere-se ao conteúdo e o segundo, à forma de desenvolvê-lo. É preciso
refletir sobre a qualidade da formação e as opções de atualização profissional, a educação para a
diversidade pressupõe a preparação do professor e do sistema educacional com a valorização
profissional do educador, por meio de apoio e estimulo; o aperfeiçoamento das escolas, para a
oferta do ensino; o apoio e parceria Educação especial e a promoção do trabalho em equipe. A
formação continuada possibilita ao professor a utilização e a transformação de sua prática
profissional. O acesso ao conhecimento e o exercício da reflexão permitem a ressignificação dos
princípios e a possibilidade de mudar os paradigmas já construídos, quando as escolas
disponibilizam espaços de integração dos professores para que possam manifestar suas necessidades
elas cumprem sua função na Educação Inclusiva, a equipe gestora, que respeita as necessidades dos
docentes, poderá organizar reuniões com temas para estudo e pesquisa para a formação continuada
dos educadores, o conhecimento também acontece com muita rapidez. Com isso, há necessidade de
estudo constante e atualização por parte dos profissionais. Some-se a isso o fato de a educação
inclusiva ser uma prática em construção, o saber está sendo construído à medida que as experiências
se acumulam, aprimoram as práticas anteriores e concretizam a inclusão. A formação e aquisição de
conhecimentos sobre a educação inclusiva são fundamentais para que o professor diante da classe
passe segurança e motivação para os alunos, para que o projeto inclusivo seja colocado em ação, é
necessário que o professor demonstre que está disponível e tenha atitude positiva para criar um
ambiente acolhedor na sala, porém, é preciso lembrar que esse novo desafio não deve ser encarado
somente pelo professor. Ele deve pertence a uma rede de apoio e sentir-se acolhido por toda a
equipe. O professor é uma peça importante no processo inclusivo para garantir o desenvolvimento
de inovações pedagógicas, pois ele é capaz de garantir novos espaços e transformações no ambiente
escolar, para que suas ações tenham efeito satisfatório no processo inclusivo, a flexibilização no seu
trabalho é uma condição indispensável, tendo em vista que deverá considerar a diversidade de cada
aluno.
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A transformação na educação inclusiva exige professores preparados para a nova prática, de
modo que possam atender também as necessidades do ensino inclusivo. O saber está sendo
construído à medida que as experiências vão acumulando-se e as práticas anteriores vão sendo
transformadas. Por isso, a formação continuada tem um papel fundamental na prática profissional.
Tal formação continuada em contexto deve ter como foco as diferentes situações que constituem o
ato educativo, a análise das práticas docentes e a criação de espaços para a reflexão coletiva,
esforçando-se, sempre, para criar na escola a crença e que é possível pensar soluções para as
questões que se presenciam. São esses movimentos que nos levam a concordar com Nóvoa (1995,
p. 25):

A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de


técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de
(re) construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir a
pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência [...]. Práticas de formação que tomem
como referência as dimensões coletivas contribuem para emancipação profissional e para
a consolidação de uma profissão que é autônoma na produção dos seus saberes e dos seus
valores.
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Podemos falar da identidade do professor do século XXI, podemos perceber que esse
profissional na busca pela melhoria de sua atividade, seu olhar está sempre voltado para o aluno, em
seu trabalho. Esse trabalho que é desenvolvido pelo professor e recai no aluno, faz surgi uma
relação entre educador e aluno, denominado de interação que faz com que a escola se torne um
ambiente agradável para as duas partes. Entendemos ser fundamental pensar a escola como lócus de
formação docente, pois é um espaço que possibilita a construção de mudanças nas práticas
pedagógicas, no currículo, no ensino e na aprendizagem dos alunos, inclusive daqueles com
deficiência, e ainda abre caminhos para que o educador adicione a investigação aos seus saberes-
fazeres. Sabendo que a educação é um direito de todos, a formação continuada representa um
espaço-tempo de constituição e reflexão da ação educativa. É um espaço de potencialização das
práticas pedagógicas, uma oportunidade para repensar as relações de poder existentes no currículo,
os mecanismos utilizados e os pressupostos que fundamentam quem pode ou não aprender na
escola. Além de aprender a adaptar o planejamento e os procedimentos de ensino, é preciso que os
educadores olhem para as competências dos alunos, e não apenas para suas limitações, aí a
importância da formação inicial e continuada estejam conectadas ao cotidiano escolar. O sistema
educacional brasileiro passou por grandes transformações nos últimos anos e tem conseguido cada
vez mais respeitar a diversidade, garantindo a convivência e a aprendizagem de todos os alunos. As
práticas educacionais desenvolvidas nesse período e que promovem a inclusão na escola regular dos
alunos com deficiência (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla), com transtornos globais do
desenvolvimento e com altas habilidades, revelam a mudança de paradigma incorporadas pelas
equipes pedagógicas. Essas ações evidenciam os esforços dos educadores em ensinar a turma toda e
representam um conjunto valioso de experiências. A educação especial como modalidade de ensino
ainda está se difundindo no contexto escolar. Para que se torne efetiva, precisarão dispor de redes de
apoio que complementem o trabalho do professor. Atualmente as redes de apoio existente são
compostas pelo Atendimento Especializado (AEE) e pelos profissionais da educação especial
(interprete, professor de braile, etc.) da saúde e da família. Nesse contexto é que se descortina o
novo campo de atuação da Educação Especial. Não visando importar métodos e técnicas
especializados para essa classe regular, mas sim, tornando-se um sistema de suporte permanente e
efetivo para os alunos especiais incluídos, bem como para seus professores, a Educação Especial
não é mais concebida como um sistema educacional paralelo ou segregado, mais como um conjunto
de recursos que a escola regular deverá dispor para atender à diversidade de seus alunos. O
professor como organizador da sala de aula, guia e orienta as atividades dos alunos durante o
processo de aprendizagem para a aquisição dos saberes e competências. O projeto político
pedagógico da escola direciona as ações do professor, que deve assumir o compromisso com a
diversidade e com a equalização de oportunidades, privilegiando a colaboração e a cooperação. Na
sala de aula inclusiva, considera-se que os conteúdos escolares são considerados objetos da
aprendizagem, aos alunos cabe atribuir significados e construir conhecimentos e o professor assume
a função de mediar esse processo.
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2.3 História da educação inclusiva

As pessoas com necessidades especiais, ao longo dos tempos, foram vistas pela sociedade de
várias maneiras e sob diferente enfoques, ou seja, foram consideradas conforme as concepçoes de
homem e de sociedade, valores sociais, morais, religiosos e éticos de cada momento históricos. No
Antigo Egito, os papiros contendo ensinamento ressaltam a necessidade de se respeitas as pessoas
com nanismo e com outras deficiências, o Antigo Egito ficou conhecido como a terra dos cegos,
pois o povo era atingido constantemente por infeções nos olhos que levavam a cegueira. Mesmo
com dados históricos do Antigo Egito, a nossa historia assinala políticas extemas de exclusão em
relação à pessoa com deficiência na sociedade. Exemplo disto ocorreu em Esparta, na Antiga
Grécia, onde a beleza fisica e o culto ao corpo eram as condições para a participação social. As
crianças com deficiência fisica eram colocadas nas montanhas e, em Roma, atiradas ao Rio Tibre.
Estes eram vistos com perigo para a continuação da espécie. Na Idade Antiga, os humanos quando
apresentavam um comportamento diferente foram associados à imagem do diabo, da feitiçaria, da
bruxaria e do pecado sendo novamente isalados e exterminados.
No inicio do século XIX ocorreu a tentativa de recuperação ou remodagem da criança com
necessidades especiais, com o objetivo de ajustá-la a sociedade, num processo de socialização
concebido para eliminar alguns de seus atributos negativos, reais ou imaginários. A igreja pregava a
existência do pecado, do bem e do mal. Assim esse processo de remoldagem assumia formas
estranhas, como práticas exorcistas. Ainda no mesmo século, médicos e outros profissionais das
ciências dedicavam-se ao estudo das necessidades especiais. A medicina, então passa a conquistar o
espaço no estudo das deficiências. A mudança resumiu-se à descoberta de patologias, assim as
pessoas com necessidades especiais continuavam segregadas em instituições como asilos e
hospitais, porém naquele momento com objetivo de tratamento médico. Assim, até o inicio do
século XIX, as necessidades especiais estavam associadas à incapacidade, e não havia nem uma
mudança em mudar esse quadro. O abandono e a eliminação destas pessoas eram atitudes normais
nesta época.
De acordo com o Ministerio da Educação ( MEC) no Brasil, o atendimento as pessoas com
deficiência começou na época do Império. Nesse período duas instituições foram criadas: Imperial
Instituto dos meninos cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e o Instituto dos
Surdos Mudos, em 1857, hoje denominados Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES,
ambos no Rio de Janeiro. No inicio do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926),
instituição especializada no atendimento ás pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a
primeira Associação de Pais e Amigos dos Execepcionais-APAE; e, em 1945, é criado o primeiro
atendimento educacional especializado na sociedade pestalozzi. Houve, na década de 60, uma
exploção de instituiçoes segregativas especializadas, eram as escolas especiais, centros de
reabilitação entre outras. Esta expanção da educação especial no Brasil estava ligada ao
atendimento clínico, e apresentava um caráter filantrópico em suas atividades. No final desta
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mesma década, iniciou-se o movimento pela integração social que planejava “[...]inserir as pessoas
com deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer[...]”,
( SASSAKI, 1999, p. 31), mas esse processo foi mais vivenciado na década de 80. Assim, a
integração social surgiu da necessidade de inserir na sociedade o indivíduo com deficiência, sem
que a sociedade se modifique. Na realidade, quem deveria, então, estar preparada e capacitada para
ser enserida no meio social era a pessoa com necessidades especiais. Para isto, recorriam-se aos
métodos clinicos, para poder ensinar esta pessoa a socializar-se de maneira “normal”, conforme a
sociedade estava organizada. O processo de integreaçao escolar foi um movimento forte e decisivo
nas novas conquistas da educação inclusiva, porém não satisfazia as premissas dos direitos das
pessoas com deficiência, pois nada era modificado na sociedade. Podemos dizer que a história da
Educação Inclusiva iniciou-se com a declaração dos direitos humanos em 1948, apontando a
“igualdade de direitos”, no entanto durante toda sua trajetória a educação inclusiva recebeu várias
moneclaturas diferenciadas.
∙ Educação Especial: trata-se do atendimento em instiuições especializadas.
∙ Educação Inclusiva: trata-se da inclusão de alunos PDC em escolas comuns.
∙ Integração: segundo Mantoam (2003, p. 23), a integração insere o aluno no contexto
escolar, porém não garante a inclusão deste aluno. O aluno transita entre o sistema escolar, mas não
participa como sujeito ativo em meio a uma educação para a diversidade, trata-se do “especial na
educação. Segregação: por muito tempo as pessoas com necessidades especiais foram
segregadas. Isto acontece quando as crianças são isolada e separadas em grupos, em instituições de
atendimento especializados, não frequentam a escola comum e não interagem com a diversidade.
Introdução a inclusão escolar. Apartir da década de 90, na Conferência de Jontiem, em 1990,
e na Conferência Mundial da Educação Especial, ocorrida em 1994, na cidade de Salamanca, na
Espanha, que através de “ Declaração de Salamanca”, surge então a inclusão escolar que veio para
romper os paradigmas educacionais existente e para romper com a estrutura curricular fechada e
com a homogeneidade na escola. Depois de tantos anos de segregação, as pessoas com deficiência
estão sendo reconhecidas como cidadãos e aceitos na escola comum. Ensinar é comprometer-se
com o outro e a inclusão escolar desafia uma mudança de atitude diante deste outro, que não é mais
um indivíduo qualquer, mas, sim, alguém que é essencial para a construção da sociedade que
queremos formar, é necessário percebermos a mudança que já está ocorrendo em nossos sistemas de
ensino e, consequentemente, influenciam a sociedesde como um todo. Preparar-nos e preparar os
alunos para a convivência harmoniosa e respeitosa uns com os outros é o importante papel do
educador.

2.4 Conceitos históricos sobre deficiência

Durante muitos anos, a deficência de maneira geral foi resolvida no plano quantitativo,
principalmente através dos métodos psicológicos de investigação. Com esses métodos, podia-se
chegar a “quantidade” de inteligência que uma criança possui, bem como seu desenvolvimento.
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Porém, estes resultados eram conseguidos através de números, escalas e, consequentemente
crianças com deficiências, principalmente a deficiência intelectual, acabavam apresentando um
nível de desenvolvimento intelectual muito aquém da normalidade estabelecida por estes métodos.
Nestes métodos puramentes quantitaivos que ainda são utilizados (principalmente por algumas
correntes psicológicas), consegue-se determinar o grau de inteligência que a criança apresenta, e o
grau de insuficiência que está presente em função da deficiência. Porém não se consegue
caracterizar a personalidade do indivíduo que se submete a estes métodos. Existem inúmeros
métodos que não são de caráter psicológico , mas que também nos trazem resposta quantitativas,
sem nos caracterizar algo mais significativo do que o superior e inferior. Esta visão sobre a
deficiência, embora ainda seja utilizada, é considerada ultrapassada na educação, pois iniciaram
novos estudos sobre as necessidades especiais e a luta por esta área, que se tornou realmente uma
ciência, foi muito grande e já conquistada. Esta área passa, então, a se dedicar a conceitos
inovadores e teses básicas. Neste sentido “[...] precisamente a tese diz: a cujo seu desenvolvimento
está complicado por uma deficiência não é uma criança menos desenvolvida que seus coetâneos
normais, sim um desenvolvimento de outro modo”. (VIGOSTSKY, 1997, p. 12). O enfoque
quantitativo da deficiência procupa-se somente com aquilo que a criança não é e com aquilo que a
criança não faz, enquadrando-se fora do padrão de normalidade.
Assim, nas novas concepções educacionais, a criança com necessidades especiais passa a ser
vista como um ser humano que se desenvolve, estão inserindos diversos aspectos que são
características únicas e individuais. A ideia de que todas as crianças em uma determinada idade
deveriam estar com um determinado nível de desenvolvimento, passou a ficar ultrapassada, pois
através destas concepções constrói-se a noção de desenvolvimento individual, de acordo com o
meio, com o estimulo recebido e com seu organismo, A criança com necessidades especiais torna-se
um indivíduo que tem uma maneira especial de se desenvolver, uma maneira diferente e não mais
uma variante numérica do desenvolvimento normal.

2.5 Construção de estratégia para inclusão escolar

Atualmente existem normas estabelecidas que visam a acessibilidades dentro das escolas
para a acessibilidades dos alunos, previsto na Política Nacional de Educação Especial e Inclusiva
constitui uma “ação política, cultural, social e pedagógica, em defesa dos direitos de todos os
estudantes de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de descriminação”. Para
que isso seja possível, a escola precisa reconhecer os próprios desafios e encontrar estratégias
pedagógicas para que as práticas discriminatórias sejam superadas por meio de um sistema
educacional inclusivo, mais que adequar espaços, o projeto pedagógico inclusivo deve garantir sua
integração como cidadão proporcionar oportunidades iguais, oferecer aos professores e funcionários
segurança e respaldo para lidar com tal realidade, ao construir as estratégias para a inclusão escolar
a instituição também está fomentando a reflexão quanto à necessidade do respeito à diversidade.
As diretrizes também colocam o ensino de libras nos currículos dos cursos superiores, entre outras
17
ações que visam impulsionar a inclusão escolar. Escola inclusiva significa educar todos os alunos
em sala de aula comum. Isto significa que todos, sem exceção recebam educação, frequentem as
mesmas aulas e, consequentemente, significa que todos recebam oportunidades educacionais
adequadas. Além disso, é necessário também que o aluno e seu professor recebam todo o auxílio
que necessitarem para oferecer este ensino. Mas, além disto, a escola inclusiva é um local em que
todos fazem parte, onde existe aceitação e cooperação entre seus membros.

Neste sentido, a inclusão escolar visa as seguintes estratégias: Frequência de todos os alunos
em sala de aula comum, com a mesma faixa etária. Este princípio assegura aos alunos a
oportunidade de que todos aprendam, uns sobre os outros, e reduz a permanência de estigmas e
preconceitos historicamente construídos.
∙ A frequência do aluno PCD em uma escola de sua comunidade. Esta estratégia assegurar maior
participação na vida social da comunidade além dos muros da escola.
∙O professor é responsável por todos os seus alunos, independentemente de suas
peculiaridades. O professor tem responsabilidade de educar tanto as crianças sem deficiência como
aquelas com deficiência, mesmo que tenha um professor auxiliar em sua sala. O aluno PDC deve
fazer parte da turma como qualquer outra criança. Tem a responsabilidade de assegurar que o aluno
com deficiência seja um membro integrante e valorizado da sala de aula.
∙ Adaptação curricular. Estas adaptações devem ser analisadas pelo professor de sala e
organizadas com o auxílio do coordenador pedagógico da escola, pois tem relação com que
realmente será ensinado a este aluno com deficiência, além das estratégias de trabalho para que a
aprendizagem seja significativa para o aluno. A educação inclusiva significa que os alunos com
necessidades especiais são ensinados no mesmo contexto curricular e instrucional com os demais
colegas de sala de aula. Materiais curriculares comuns podem ser adaptados, mas somente até o
nível necessário para satisfazer as necessidades de aprendizagem de qualquer aluno.
∙ Metodologias diferenciadas. Em função da diversidade humana, o professor deve se
preparar com diferentes metodologias, para que todos os alunos sejam capazes de adquirir o
conhecimento que está sendo ensinado, embora os objetivos educacionais básicos para todos os
alunos possam continuar os mesmos, os objetivos específicos da aprendizagem curricular devem ser
individualizados, para serem adequados às necessidades, às habilidades, aos interesses e às
competências singulares de cada aluno. Os professores também precisam modificar as atividades
em que um determinado aluno participa ou boa parte delas para que atinja os objetivos. Neste
sentido, deve-se acompanhar o tema com a turma, mas reorganizar a complexidade das atividades.
∙ Avaliações individuais, cada tipo de deficiência ou transtorno de aprendizagem acarreta um
ritmo muito particular de aprendizado, por isso, os instrumentos de avaliação precisam ser
adaptados a essas necessidades e aplicados de maneira a buscar o melhor desempenho desse aluno.
Participação e colaboração de diversos profissionais. Sugere-se uma maior colaboração e apoio
entre professores e a participação de uma equipe multidisciplinar, em oferecer apoio extraescolar,
18
além de proporcionar maior participação na orientação e formação do docente para efetivação da
inclusão escolar.
∙ Inclusão do aluno na vida social da escola. São partes importantes da educação inclusiva os
relacionamentos e interações. Para desenvolver ralações de amizade, faz-se necessário que a criança
com necessidades especiais tenha oportunidades constantes e contínuas de inserção social entre
outras crianças. Adaptações são necessária e algumas de pequeno porte, são de responsabilidade do
professor e referem-se basicamente a: Fazer com que o aluno se sinta bem em um ambiente
favorável a sua participação , independente de sua deficiência a sala necessita está com materiais
visuais para o melhor entendimento do aluno, criar condições físicas, ambientais e matérias para a
participação do alunado, melhores níveis de comunicação e interação, participação de todos nas
atividades escolares, recursos e materiais específicos, atuar para a aquisição dos equipamentos,
adaptações de materiais, sistema alternativo de comunicação, favorecer a eliminação de sentimento
de inferioridade e ter um olhar inclusivo. Para conseguirmos realizar as mudanças e adaptações
necessárias, precisamos derrubar as barreiras referentes a Educação Inclusiva: É necessário aceita e
valorizar a diversidade para, em seguida pensar, refletir e crescer diante dos processos de
acessibilidade.
Durante sua formação os professores não tiveram um ensino adequado para lidar com alunos
portadores de deficiência. Mas, o processo de democratização do ensino no Brasil está sendo
difundido cada vez mais. Os professores têm papel fundamental, na expansão da educação
inclusiva, existem algumas estratégias que podem ser adotadas pelos educadores para tornar a
inclusão uma realidade na sala de aula. O primeiro passo que o professor deve dar para incluir o
aluno, é buscar uma qualificação profissional além da graduação, a especialização em educação
especial inclusiva, fornecerá ao educador toda capacitação de que ele necessita diariamente na sala
de aula. Alunos com deficiências aprendem com mais facilidade quando são expostos a materiais
concretos, no lugar de conceitos abstratos dessa forma, a utilização de recursos sensoriais aliados às
atividades lúdicas impactarão diretamente a apreensão da matéria pelo aluno, além disso é
importante que o professor estimule o aluno e comemore as suas pequenas conquistas. Isso, pois, no
momento que uma criança percebe que possui capacidade para executar certas tarefas, ela adquire
autoconfiança e passa a se sentir capaz de vencer qualquer desafio exposto pelo professor em sala
de aula junto com os colegas sentido se incluso em uma escola regular.

3 METODOLOGIA

3.1 Metodologia de procedimento

A pesquisa é a busca de uma informação da qual não se tem nenhum conhecimento ou cujo
conhecimento é limitado gerando assim dúvida em quem o tem e seu objetivo é averiguação das
informações disponíveis sobre o tema a fim de se gerar uma nova informação que é agregada como
19
conhecimento sobre o tema. Em outras palavras a pesquisa é o meio utilizado de se obter uma
determinada informação seja vinda do interesse de um indivíduo como pessoas ou de um grupo ou
comunidade especifico, quando pesquisamos, descobrimos, aprendemos, e assim vamos
construindo nosso conhecimento, por meio do aprendizado que a pesquisa oferece. A palavra
pesquisa deriva do termo em latim perquirere que significa procurar com perseverança, uma parte
importante de qualquer pesquisa é o recolhimento de dados, e por isso um pesquisador deve buscar
por informações com diligência. Para Gil (2009, p. 17), “ a pesquisa é requerida quando não se
dispõe de informação suficiente para responder o problema, ou então quando tal estado de
desordem que não possa ser adequadamente relacionado ao problema”. Pesquisar significa ir ao
encontro de algo e nisso está implícito falar com as pessoas, muitas vezes ter que se deslocar de um
lugar para o outro, sem falar nas inúmeras leituras que são feitas, pesquisas em bibliotecas, sites
especializados, enfim tudo para que nossa pesquisa seja concluída com êxito, tudo precisa ser
anotado para que nada se perca principalmente as fontes de referências bibliográficas.

3.2 Abordagem da pesquisa

A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos,


documentos, mimeografados ou fotocopiados, mapas, imagens, manuscritos e etc. todo material
recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de
leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e
fichamento que, eventualmente, poderão servir a fundamentação teórica do estudo. Isso porque a
pesquisa bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis
sobre um determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez
que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de hipótese, na
fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final. A partir da
pesquisa bibliográfica podemos descobrir qual a melhor metodologia, a ser utilizada para produzir o
trabalho, o levantamento bibliográfico é normalmente feito de fontes secundárias que abordam, de
diferentes maneiras, o tema escolhido para estudo.

3.3 Forma de pesquisa

Uma vez estabelecida a base, o campo recém-explorado precisa de mais informações. É


nesse ponto que a pesquisa descritiva se destaca, pois ela representa as tentativas de explorar e
explicar sobre determinado tema, fornecendo informações adicionais sobre ele. É aí que a pesquisa
tem como objetivo descrever o que está acontecendo com mais detalhes, preenchendo as partes que
faltam e expandindo a nossa compreensão. Para isso coleta-se o máximo de informação possível,
em vez de fazer suposições ou modelos elaborados para prever o futuro. O principal uso desse tipo
de pesquisa é definir melhor uma opinião, atitude ou comportamento de um grupo de pessoas em
determinado assunto, ao contrário da pesquisa exploratória, a pesquisa descritiva apresenta um
20
planejamento e estrutura pré-definidos para que a informação coletada possa ser estatisticamente
inferida em uma população. A pesquisa exploratória é muito utilizada para realizar um estudo no
qual o principal objetivo da pesquisa que será realizada, ou seja, familiarizar-se com o fenômeno
que está sendo investigado, de modo que a pesquisa subsequente possa ser concebida com uma
maior compreensão, entendimento e precisão. A pesquisa exploratória, que pode ser realizada
através de diversas técnicas, geralmente com uma pequena amostra, permite ao pesquisador definir
o seu problema de pesquisa e formular a sua hipótese com mais precisão, ela também lhe permitir
escolher as técnicas mais adequadas para suas pesquisas e decidir sobre as questões que mais
necessitam de atenção e investigação detalhada, uma pesquisa pode ser considerada de cunho
exploratória, quando esta envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram
ou têm, experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a
compreensão. As pesquisas exploratórias visam proporcionar uma visão geral de um determinado
fato, do tipo aproximativo. A pesquisa exploratória é realizada sobre um problema ou questão de
pesquisa que geralmente são assuntos com pouco ou nem um estudo anterior a seu respeito. O
objetivo desse tipo de estudo é procurar padrões, ideias ou hipótese, a ideia não é testar ou
confirmar uma determinada hipótese, e sim realizar descoberta. As técnicas tipicamente utilizadas
para a pesquisa exploratória são estudo de caso, observações análise históricas, e seu resultados
fornecem geralmente dados qualitativos ou quantitativos. A pesquisa exploratória avaliará quais
teorias ou conceitos existentes podem ser aplicados a um determinado problema ou se novas teorias
e conceitos devem ser empregados. Ao contrário dos outros métodos a pesquisa de observação
consiste em examinar o que as pessoas fazem. Pode ser definida como um processo sistemático de
registro de padrões de comportamento das pessoas, objetos e acontecimentos sem fazer perguntas
ou se comunicar com eles. A observação também pode ser não-participante (passiva), sem qualquer
tipo de interferência por parte do pesquisador, ou participante (ativa), quando o pesquisador tem um
posicionamento e se envolve diretamente em ralação a situação observada.

3.4 Técnicas de instrumento

Para a elaboração deste trabalho os dados foram coletados de diversas fontes em diferentes
etapas da pesquisa, através de observação e fontes bibliográficas. Segundo minhas observações os
profissionais que atuam na área de educação buscam o conhecimento para trabalhar a nova proposta
de educação que é desenvolver estratégias para incluir crianças PDC no ensino regular, fazendo
com que toda equipe escolar esteja envolvida nesse trabalho, transformado o ambiente escolar em
um ambiente inclusivo para todos, sem olhar para as diferenças e sim para o potencial de cada
criança, durante as observações foi possível ver que as escolas regulares enfrentam sérios problemas
para recebem as crianças com deficiência, principalmente estrutura física e de pessoal que
desconhece a proposta de inclusão, apesar de os novos profissionais estarem buscando o
conhecimento ainda existe o professor tradicional que não quer sair de sua zona de conforto e rejeita
o projeto incluir. A pesquisa buscou conhecer as metodologias desenvolvidas para que o processo
21
de inclusão seja efetivado, os documentos que direcionam o processo inclusivo e que não são
respeitados, por vários motivos que me levaram a concluir que a educação brasileira anda em passos
lentos quando se fala em incluir crianças com necessidades especiais em sala regular, assim
deixando de cumprir o seu papel quando falamos em educação para todos. A escola não possui nem
um profissional especializado para atender os alunos com deficiência, a única pessoa que se faz
presente é um mediador, estagiário de pedagogia que em algum momento recebeu algumas
orientações para desenvolver este trabalho, mas infelizmente não possui conhecimento necessário
para desempenhar a função de um profissional especializado. A rede municipal de ensino encontrou
no mediador uma maneira de acompanhar o aluno em sala de aula, para que ele busque estratégias
para adaptações de materiais que posam facilitar o aprendizado do aluno incluso.

3.5 Fases da pesquisa

Na 1ª fase o levantamento bibliográfico foi fundamental para o desenvolvimento da pesquisa


que através dela foi desenvolvido o trabalho presente, primeiramente os dados foram coletados e
interpretados para melhor entendimento e desenvolvimento dessa primeira fase.
Na 2ª fase a pesquisa foi realizada na escola municipal José Tavares de Macedo, situada no
bairro Santa Luzia na zona sul de Manaus, onde ocorreram observações na sala de aula, onde tinha
duas crianças inclusas, foi observado as metodologias da professora e como as demais crianças
conviviam com as diferenças, que para essas mesmas crianças a questão do ser diferente não conta
para uma boa convivência, as crianças sabem lidar melhor com as diversidades do que uma pessoa
adulta.

3.6 Descrição do local da pesquisa

Os dados foram coletados na escola Municipal José Tavares de Macedo, situada na rua
Guanabara no bairro Santa Luzia, zona sul de Manaus-Am. A escola funciona em dois turnos,
matutino e vespertino, a escola possui prédio próprio, a estrutura física da escola é boa, tendo dez
salas de ensino fundamental de 1°ao 5° ano, todas com ar condicionados, biblioteca, sala de
informática, refeitório, sala de reuniões, sala dos professores, banheiros adaptados para cadeirante e
rampas, a equipe que trabalha na escola é composta de quatro serviço gerais, duas merendeiras, uma
secretaria, uma bibliotecária, três administrativos, uma pedagoga, 12 professores, dois mediadores
que dão apoio para os alunos inclusos e uma gestora, a escola recebe uma verba para despesas de
urgência, busca envolve a comunidade na vida escolar, criando estratégias para que todos estejam
na escola sempre que necessário, no período que passei na escola houve a semana da Literatura
amazonense que envolveu toda a comunidade escolar, sendo que a própria autora dos livros conta
histórias para as crianças, envolvendo cada uma delas em um mundo de imaginação fazendo, com
quer, por um momento esqueçam suas realidades em uma comunidade cercada de violência,
pobreza, onde muitas crianças se perdem em meio as drogas e acabam deixando a escola, devido22
a
ilusão de que os novos caminho percorrido será melhor do que o caminho para a escola.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quando iniciei o trabalho fui muito bem recebida na escola e bem acolhida pelas crianças do
primeiro ano do ensino fundamental que estão na fase de conhecimento das famílias silábicas,
conheci a rotina da escola acompanhei as crianças na hora do lanche e toda a rotina da sala de aula,
quando as crianças chega a escola são recebidas pela pedagoga que faz um momento de reflexão
com eles no refeitório, depois são direcionadas para sala de aula, a professora começa seu trabalho
falando sobre o clima, depois uma oração e a aula inicia. As observações feitas nesse período de
pesquisa foram bastante significativas para conhecer as estratégias que o professor busca para
trabalhar com crianças inclusas, as quais dão resultados e as que precisam ser melhoradas. Acredito
que o trabalho foi gratificante por ter acompanhado o trabalho de uma professora dedicada que
sempre busca inovar para que os alunos tenham sucesso no seu aprendizado. Acredito que, o que
falta para a educação inclusiva dá certo é a expansão de política públicas que realmente funcione, a
valorização dos profissionais e um maior apoio para que o professor consiga desenvolver o seu
trabalho com qualidade, a professora da turma que acompanhei é muito dedicada, por ser uma
professora da rede pública e enfrentar falhas no processo de inclusão sempre busca trabalhar com
dedicação e sempre com muito carinho, recebendo as crianças com um sorriso no rosto e muita
vontade de fazer a diferença em uma comunidade marcada pela violência, vivenciada diariamente
pelas crianças, a busca pela educação faz com que as crianças acreditem em um futuro melhor,
mesmo a professora sendo uma profissional experiente, todos os dia precisa inovar seu trabalho
para estimular o aprendizado fazendo com que as crianças não percam o interesse pela escola, sendo
que cada criança tem seu tempo para aprender, mesmo a turma tendo 24 crianças, sendo duas com
deficiência, a profissional consegue prepara material diferenciado para suprir a necessidade de cada
aluno, todos os dias a professora trabalha leitura com os alunos usando livros com bastante figuras
para facilitar a compreensão para todos, na sala tudo é muito visual para que a criança surda consiga
acompanhar as aulas, e a gestora da escola tem toda uma preocupação com os alunos inclusos tanto
com seu bem estar como com a frequência de cada um deles, cobrando sempre da família o
acompanhamento para que esses alunos tenham um bom desenvolvimento. A relação entre a
coordenação, professores e gestão e bem harmoniosa sempre buscando estratégias para que os
resultados sejam positivos e os alunos tenham sucesso no seu aprendizado mesmo diante de
inúmeras dificuldades que cada criança vive, em relação ao ambiente familiar, onde a maioria dos
alunos são de baixa renda. Mas quando se acredita na educação para a mudança de vida os
resultados são positivos, mesmo com muita precariedade no sistema de ensino. Então acredito que a
busca pelo aprendizado, mesmo por pessoas com deficiência faz com que a sociedade se enriqueça
de conhecimento e busque entender como as pessoas com necessidades especiais, também tem
direitos a ser respeitados.
23

5 ANÁLISE DOCUMENTAL

A escola se localiza em uma área da cidade marcada pela violência e tráfico de drogas,
sendo que no entorno da escola e visível todo esses acontecimentos devidos ao tráfico de drogas que
acontece na praça localizada no terreno da escola, as crianças sempre tem uma história para conta
sobre a violência presenciadas por elas, e impressionante os relatos que ouvi de cada uma delas, as
famílias na sua maioria tem algum tipo de envolvimento com toda essa violência, são famílias com
pouca instrução e carentes tanto socialmente como afetivamente, muitos dos alunos são cuidados
pelos avós, que buscam mudar a vida dessas crianças através da escola. O Projeto Político
Pedagógico da escola busca por um envolvimento maior da comunidade junto a vida escolar de seus
filhos criando alternativas que chame a atenção dos pais e fazendo com que eles entendam que o
acompanhamento da família faz com que o aluno sinta-se mais seguro, também busca pelo maior
interesse dos professores para buscar metodologias diferenciadas saindo do tradicional e trazendo
novas estratégias, quanto a inclusão o documento diz que os profissionais necessitam buscar o
conhecimento para o trabalho com as crianças PCD, que infelizmente não são aceitas por todos os
profissionais que ali trabalham, esquecendo que é assegurado por lei a permanência da criança na
escola, o ECA-Estatuto da Criança e adolescente- Este estatuto, na Lei n° 8.069, de 1990, em seu
art. 53, no que se refere à educação, estabelece que ”toda criança e adolescente tem o direito à
educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho”. Além disso, assegura.
-Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
-Direito de ser respeitado por seus educadores.
-Acesso à escola pública e gratuita próximo a sua residência.
LDB 9.394/96 Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional-reserva um capitulo exclusivo
para a educação especial (Cap. V), e isto parece relevante para uma área tão pouco contemplada,
historicamente, nas políticas públicas brasileira. O destaque reafirma à educação pública e gratuita,
das pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades. Um fato relevante é que a partir
dessa lei, os municípios brasileiros receberam a responsabilidade da universalização do ensino,
referente à Educação Infantil e Ensino Fundamental. Assim o município passou a responsabilizar-se
pelas decisões e ações políticas para implementação da educação inclusiva no âmbito da Educação
Infantil e Ensino Fundamental. Toda forma de exclusão independente qual seja, social, educacional,
ou afetiva precisa ser combatida, principalmente quando vem de quem tem a obrigação de aceitar e
entender as diferenças, quando o professor é o sujeito excludente não merece ser chamado de
professor, devido sua conduta de rejeitar o aluno devido sua deficiência, a ponto de abandonar a
sala de aula por não aceitar trabalhar com uma criança deficiente.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
24
Todo o trabalho em torno desse tema foi muito relevante para entender o quando a formação do
professor direcionada para educação inclusiva necessita de muito percurso para que chegue ao nível
satisfatório, mais acredito que o profissional não conseguirá sozinho se as políticas públicas
direcionadas para a educação não forem valorizadas, sempre o professor é cobrado pela sua
formação continuada, mais isso deve ser uma preocupação de todos, para que os novos profissionais
já saíam das faculdades com uma formação completa para lidar com a inclusão, claro que os curso
de aperfeiçoamento é necessário, há um déficit muito grande de profissionais para a área da
educação inclusiva, muitos profissionais não se identificam com essa área mais mesmo assim
acabam trabalhando com a inclusão por não haver profissional disponível, e o aluno simplesmente
frequenta a escola sem que o seu potencial seja trabalhado e o seu aprendizado desenvolvido. A
busca pela inclusão muitas vezes nos deixa triste por conhecer a realidade das escolas que por
muitas vezes tentam fazer o melhor para atende sua clientela mais infelizmente não consegue ter
êxito devido à falta de recursos e pessoal especializado, quando se fala que a educação inclusiva
está avançando e muitos alunos estão matriculados em escola regular, é uma realidade em passos
lentos, muito ainda e necessário para que os fatos sejam reais, é a realidade diferente, a falta de
materiais didáticos para esse fim não chega nas escolas, e o professor acaba tirando do próprio
bolso para que o aluno simplesmente não passe somente mais um dia na escola, alguma crianças
tem o acompanhamento do mediador que também esbarra na falta de materiais para desenvolver o
seu trabalho junto a essa criança, e é cobrado por um trabalho que não é dada condição para
desenvolver. Se realmente o poder público diz que está trabalhando para incluir alunos especiais em
escolas regulares, então porque não chega material diferenciado para esse aluno, existe muitas
controvérsias no que o governo diz e no que ele faz, precisamos ter conhecimento dos processos
desenvolvidos para a questão inclusiva, não podemos deixar nas mãos de pessoas que o único
interesse é se promover. Os documentos norteadores dizem muito em relação a inclusão e como
esse processo deve acontecer mais infelizmente a realidade das escolas tanto públicas como
particulares não seguem as normas ferindo, assim o direito constitucional das crianças e
adolescentes com necessidades especiais, que tem o direito de ser incluídos em uma escola regular,
em busca de seu aprendizado e de interação com outras crianças que passam pelo mesmo problema
com a falta de recursos para o seu aprendizado. As famílias também precisam cumprir o seu papel
de manter as crianças na escola, evitando a evasão escolar, muitos acreditam que seus filhos não
tem a capacidade de aprender igual ou melhor que as crianças sem deficiência, muitas deixam de ir
a escolas porque encontram dificuldades de locomoção e não tem um transporte adequado chegar à
escola.
Sabe-se que nem uma sociedade se constitui bem-sucedida, se não favorecer, em todas as
áreas da convivência humana o respeito à diversidade que a constitui. Nenhum país alcança pleno
desenvolvimento se não garantir, a todos os cidadãos, em todas as etapas de sua existência, as
condições para uma vida digna, de qualidade física, psicológica, social e econômica. A educação
tem nesse cenário, papel fundamental, sendo a escola o espaço no qual se deve favorecer, aos
cidadãos, o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade
25
de apreensão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade e de sua utilização no
exercício efetivo da cidadania. É no dia a dia escolar que as crianças e jovens, enquanto atores
sociais, têm acesso aos diferentes conteúdos curriculares, os quais devem ser organizados de forma
a efetivar a aprendizagem. Para que este objetivo seja alcançado, a escola precisa ser organizada de
forma a garantir que cada ação pedagógica resulte em uma contribuição para o processo de
aprendizagem de cada aluno, assim uma escola só poderá ser considerada inclusiva quando estiver
organizada para favorecer a cada aluno, independentemente da deficiência. E o professor tem o
papel de fomenta todo esse processo, por mais que ele enfrente dificuldades para desempenhar o seu
papel, não pode desistir de realizar seu objetivo de trabalhar uma educação inclusiva de qualidade
junto com uma equipe que o incentive sempre em desenvolver, estratégias de aprendizado para
quem ver no professor o único caminho para uma sociedade mais justa e inclusiva.

REFERÊNCIAS

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Disponível em:< http://www.cedipol.org.br/salamanca.htm/.


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GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT-IBC. Disponível em: http://www.ibc.gov.br/. Acesso em: 6
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LEI nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe do Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
providências. Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/18069.htm>. Acesso em: 23
ago. 2011.
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Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em 26 ago.2011.
MANTOAN, Maria Tereza Égler. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (Coord.). Os
professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão construindo uma sociedade para todos. 3. Ed. Rio de
Janeiro: WVA, 1999.
VYGOTSKY, Lev S. Fundamentos da defectologia. Obras escogidas V. Madri: Visor, 1997.
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