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RERIUTABA-CE
2022
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE-FAVENI
RERIUTABA-CE
2022
EDUCAÇÃO ESPECIAL: OS DESAFIOS DA INCLUSÃO ESCOLAR NO ENSINO
REGULAR.
RESUMO- Este trabalho tem como objetivo identificar as dificuldades e barreiras que possam surgir no
processo de desenvolvimento da Educação Inclusiva na instituição de ensino, fazendo com que seja um
atraso para aqueles alunos com necessidades especiais que estudam no ensino regular. Quando se fala em
Educação de Qualidade, refere-se a ela em sua totalidade, em todos os aspectos de ensino, pois apesar de
caminhar em passos lentos, e do muito trabalho a se fazer, alguns avanços se tem conseguido. Foi
desenvolvida uma pesquisa com um dos professores de ensino regular e a professora do AEE da Escola
Marcelo da Cunha Araújo, onde se tem vários casos de inclusão. É necessário um olhar mais direcionado
sobre a Educação Inclusiva para que esta venha a beneficiar realmente as crianças e adolescentes que dela
necessita e que o seu direito de ser respeitado e ser bem tratado seja garantido.
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rita-c-alcantara@hotmail.com
1- INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo geral identificar os desafios e dificuldades que o
professor enfrenta no dia-a-dia junto ao aluno com deficiência no ensino regular, e o
impeçam de desenvolver uma educação especial de qualidade, bem como analisar os
pontos negativos presentes nas instituições de ensino que dificultam efetivar a inclusão
nas escolas e procurar meios de diminuir essas barreiras.
1.3- Justificativa
Este trabalho justifica-se pela necessidade de conhecer sobre Educação inclusiva,
quais os desafios encontrados principalmente nas escolas públicas e como ela pode se
transformar e evoluir pois só a matricula do aluno não significa que a escola já fez seu
papel de inclusão. É um tema a ser debatido e esclarecido, pois diante das diferentes
necessidades especiais dos alunos, muitos pais ainda não tem o conhecimento necessário
e vem discutir com a escola alegando que a mesma não deveria aceitar “crianças desse
tipo” junto com os alunos “normais”, e que eles deveriam ficar em escolas só para esse
“tipo de gente”.
Infelizmente essas falas são reais, ouvidas em uma escola durante uma reunião de
pais, onde quem proferiu estas palavras foi uma mãe. Dante desta fala infeliz, a Diretora
rapidamente aproveitou a ocasião para explanar o assunto, informar sobre os direitos
destas crianças e tirar todas as dúvidas cabíveis aquele momento. Com isso vê-se a
urgência com que este tema deve ser abordado e discutido nas instituições, a fim de
palavras como essas não sejam mais proferidas e nem ouvidas, que tenhamos mais
pessoas instruídas visando ser um apoio nesta luta que necessita ser travada, para que o
direito de quem necessita seja garantido.
A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional vem nos possibilitar e
garantir que as crianças portadoras de necessidades especiais sejam atendidas, além de
algumas leis como a Lei Brasileira de Inclusão criada em 2015, com o intuito de conseguir
avanços quanto as necessidades especiais e a inclusão com pessoas com deficiência.
Esta necessidade básica vem sido defendida ao longo dos anos, é uma luta que vem
ganhando força e tem tido alguns avanços embora não os desejados em sua totalidade,
mas em partes se tem evolução. A seguir, Mantoan (2003, p. 97) nos diz que:
A educação inclusiva deve ser entendida como uma tentativa a mais de atender as
dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional e com um
meio de assegurar que os alunos, que apresentam alguma deficiência, tenham os
mesmos direitos que os outros, ou seja, os mesmos direitos dos seus colegas
escolarizados em uma escola regular.
3- DESENVOLVIMENTO
A fala de Mantoan (1997, p.120 apud DA SILVA; ARRUDA, 2014, p. 7) nos diz que:
[...] a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores
aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas
deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização
e de reestruturação das condições atuais do ensino básico.
Dessa forma concluímos que o professor é detentor do poder extraordinário de
transformação, assim esteja em constante aprendizado e aperfeiçoamento, principalmente
na área de educação inclusiva. Partindo então da importância de o professor estar em
formação e a relevância dela ser ofertada, vimos também que não basta a escola aceitar a
matrícula deste aluno com limitações, estas crianças e adolescentes serem colocados na
escola não significa que a inclusão aconteceu, isto vai muito mais além, todo o ambiente
educacional deve ser transformado e adaptado conforme a necessidade. Percebemos
essa preocupação quando Mittler diz que,
A inclusão não diz respeito a colocar as crianças nas escolas regulares, mas a as
escolas para torná-las mais responsivas às necessidades de todas as crianças; diz
respeito a ajudar todos os professores a aceitarem a responsabilidade quanto à
aprendizagem de todas as crianças nas suas escolas e prepará-los para ensinarem
aquelas crianças que estão atual e correntemente excluídas das escolas por
qualquer razão (Mitller, 2003. p.16)
A partir do exposto acima concluímos a importância do acolhimento a esses alunos,
além de aceitar a matricula, se faz necessário a adaptação do meio, a gestão ofertar apoio
pedagógico e material para que possa ser trabalhado, na sala de aula no ensino regular o
professor se atentar quanto ao plano daquele aluno, e sempre que possível envolve-los
nas situações cotidianas em sala de aula, bem como preparar uma avalição voltada ao
seu nível de aprendizagem. Mas sabemos que a realidade é muito diferente, o educador
precisa estar preparado para atender os diferentes tipos e diversidades, seja esta pela
necessidade especial, seja pela raça ou cor. Além da fala de Mittler acima, e segundo
Magalhães (2003, p. 70), “para que esta prática se
consolide, é preciso modificar a concepção de ensinar e aprender, buscando
metodologias que fomentem o respeito às diversidades”, percebemos a necessidade de
buscar novas alternativas, outras intervenções para que essa concepção antiquada de que
o aluno com necessidades especiais não aprende ou é “Café com Leite”, sejam
aniquiladas.
Diante do que se foi apresentado, percebemos o quanto a inclusão é importante,
pois Leite afirma que,
A deficiência em si não torna a pessoa com deficiência
incapacitada, mas, a sua relação com o ambiente sim. Portanto, é o meio que é
deficiente, pois esse, muitas vezes, não possibilita o acesso de forma plena a
essas pessoas, não proporcionando equiparação de oportunidade. (LEITE, 2012,
p. 51)
Portanto todo trabalho de acolher esses alunos, adaptar ambiente escolar, adaptar
planos de aula, parece coisas sem importância, mas para esses discentes é a diferença
entre o desenvolvimento e a regressão, pois é através da escola e dos professores que se
pode transformar a vida de qualquer aluno.
4- CONCLUSÃO
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar : o que é? por quê? como fazer?.
São Paulo: Moderna, 2003. — (Coleção cotidiano escolar). Disponível
em:<https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/211/o/INCLUS%C3%83O-ESCOLARMaria-
Teresa-Egl%C3%A9r-Mantoan-Inclus%C3%A3o-Escolar.pdf>. Acesso em 17 de
dezembro de 2022