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Calton André Amone

TRABALHO INDIVIDUAL DE PESQUISA

Licenciatura em ensino de Geografia

Docente: Mestre Amílcar Jotamo

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2021
Calton André Amone

TRABALHO INDIVIDUAL DE PESQUISA

Trabalho a ser apresentado na


faculdade de ciência da terra e
ambiente.

Docente: mestre Amílcar jotamo

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2021
Introdução

A prática docente tem como fundamento o conhecimento que o professor desenvolve ao longo
do seu processo de formação e da sua vida profissional. Esse conhecimento implica no modo de
pensar, sentir e agir como professor. Tendo como base esse pressuposto, esclarecemos que
presente texto tem como objetivo evidenciar como os professores de educação física
compreendem as diferenças que existem entre os alunos.

A intenção desta pesquisa é analisar como se dá a aprendizagem diante das condições de pobreza
e qual a ação da escola, bem como a contribuição do pedagogo nesse processo. Em classes
menos favorecidas a baixa renda familiar tem como consequência uma alimentação inadequada e
moradia precária sem condições de descanso ou ambiente adequado para o estudo. Além disso, a
maioria dessas pessoas só tem contato com livros e outros bens culturais de um modo geral
quando vão para escola e veem nela a oportunidade de mudar as suas condições de vida. No
entanto, muitas vezes quando chegam à escola se deparam com um ambiente com problemas,
causados principalmente pela falta de recursos que comprometem a infraestrutura e o trabalho
educacional.

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Importância da pedagogia no desenvolvimento das competências centrais dos professores
no processo de ensino e aprendizagem.

A pedagogia como teoria de educação, busca equacionar de alguma maneira o problema da


relação educador-educando, de modo geral ou no caso especifico da escola a relação professor
aluno, orientando o processo de ensino e aprendizagem.

Assim, não se constituem como pedagogia aquelas teorias que analisam a educação pelo aspeto
de sua relação com a sociedade não tendo como objetivo formalizar diretrizes que orientam a
atividade educativa.

A pedagogia se preocupa sempre com os estudos das ideias de educação e dos processos que
envolvem técnicas para melhorar, aperfeiçoar e estimular capacidades, graças ao profissional de
pedagogia que a formação profissional e pessoal de uma pessoa é moldada.

O processo de ensino e aprendizagem acontece a partir da aquisição de conhecimento,


habilidades, valores e atitudes através do estudo, do ensino ou da experiencia.

A constituição do conhecimento em sala de aula deve-se constituir de forma gradual, adequando-


se a cada estagio de desenvolvimento do aluno.

O professor deve oportunizar situações de aprendizagem que o aluno participe ativamente desse
processo, ainda que a fonte desse conhecimento possa estar tanto no exterior (meio físico, social)
como no seu interior.

Com respeito e cuidados, com o processo de maturação de cada fase, o professor pode oferecer a
atividade e estímulos adequados que possibilitem o desenvolvimento cognitivo.

Segundo Pilleti, ensinar é provocar o desequilíbrio da mente do estudante/aluno para que ele
busque o reequilíbrio, numa reconstrução de novos esquemas, ou seja, que ele aprenda.

Segundo Zabala (1998, P,13) um dos objetivos de qualquer bom profissional consiste em ser
cada vez mais competente em seu oficio. Geralmente se consegue esta melhoria profissional
mediante o conhecimento e a experiencia, o conhecimento das variáveis que interessa na pratica
e a experiencia para domina-las.

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E importante que os educadores internalizem a convicção de que um trabalho mantenedor de
bons resultados acontece quando sua dedicação é total, limitando não somente em sala de aula
junto aos seus alunos, mas na procura para inovar a sua pratica.

O saber não chega sem a procura, e os docentes precisam se conscientizar de que o fazer
pedagógico só tem eficiência quando mudar as praticas educativas buscando atender as
necessidades reiais e urgentes dos alunos.

Para Zabala a melhoria da nossa atividade profissional, como as outras as demais, passa pela
analise do que fazemos, da nossa pratica e do contraste com outras praticas.

Segundo Tardif (2002.P.118) em entrar em sala de aula de aula, o professor penetra em um


ambiente de trabalho construído de interação humana. Um dos grandes desafios do
professor/educador é de penetrar no mundo real de cada aluno, isso acontece quando o aluno
consegue acreditar no trabalho que os mesmos realizam com autoria dos seus fazeres.

O fazer pedagógico de qualidade protocola os alunos, eleva a sua auto-estima, fazendo o próprio
educando confiar em suas potencialidades e apesar de muitos virem de uma realidade muito
cruel, somente e através do trabalho desenvolvido pelo professor conseguem acreditar que é
possível mudar sua qualidade de vida.

Processo de ensino e aprendizagem

O processo de ensino de aprendizagem acontece com o contato com a primeira sociedade

(família) que a criança tem suas primeiras aprendizagens. Nesse contato a criança cria seu
próprio estilo de aprendizagem, que terá modificações á medida que a mesma tenha convívio
com outros contexto. Segundo Almeida (1999.P.48).

Cada estagio de afetividade, ou seja, as emoções, o sentimento e a paixão, pressupõem o


desenvolvimento de certas capacidades, em que revelam um estado de maturação.

Portanto, quanto mais habilidades se adquire no campo de racionalidade, maior é o


desenvolvimento da efetividade.

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Objetivos de formação de alunos

Toda a ação de formação deve ter objetivo claramente definidos e previamente fixados, as razoes
que justificam estas posições são variadas e estão diretamente relacionadas com as vantagens que
dai advém para aprendizagem em geral, e ainda para todos os intervenientes no processo de
formação, formandos e formadores.

Os objetivos de formação de alunos indicam os resultados esperados de uma aprendizagem


visada, os objetivos são um dos fatores de clarificação de toda formação. Não há formação eficaz
sem se ter uma ideia precisa, do que se pretende que os formandos fiquem a saber no final da
formação.

A definição prévia dos objetivos de formação do aluno torna mais claro o que se pretende
alcançar com as ações e em deixar o aluno mais intelectual com as ações de formação, a
determinação precisa das capacidades que os alunos devem adquirir ou desenvolver com uma
determinada ação de formação, assegura uma maior clareza e objetividade de procedimentos no
processo formativo, seja ela geral ou especifica.

Situando-se no âmbito da educação ou formação profissional, é sempre um processo que


pretende promover mudanças, no caso especifico a formação e qualquer ação de formação

Situação social dos alunos na escola básica e as diferenças individuais de cada aluno

A diversidade individual da criança no processo de aprendizagem é vista no


comportamento social da criança, uns agitados, outros tímidos, outros nem tímidos e nem
agitados, tidos pela escola como alunos normais. A escola, se não estiver orientada por uma
conceção pedagógica que reconhece os agitados e os tímidos como diferentes, poderá
comprometer todo o desenvolvimento da criança, pois padronizará todos a partir do padrão de
aluno que deseja.
Organizar o processo de ensino-aprendizagem a partir da ideia de igualdade, que é quando não se
reconhecem as diversidades individuais e culturais em sala de aula, é fortalecer a desigualdade
social, marca latente da sociedade moderna capitalista. O ritmo de aprendizagem não se faz igual
para todos, os temas problematizados não são entendidos da mesma maneira por todos e ao
mesmo tempo. É necessário que o professor/educador conheça as manifestações do pensamento

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infantil, para identificar o estagio em que o aluno se encontra e ter uma noção bastante clara de
qual é a dificuldade sendo ela normal, problemática, anormal (patológica).

A educação se da em diferentes espaços e a escola é um dos quais a criança e o aluno pobre, tem
mais acesso, sendo a principal forma de educação.

O facto é que a escola precisa encarrar a pobreza como uma realidade e que o sistema de
educação deve desempenhar esforços no sentido de tornar a aprendizagem possível e adequada
as reais necessidades dos alunos.

Já no seculo XX, havia segregações, escola para ricos e escola para pobres, onde somente quem
tinha condições favoráveis é quem dispunha de uma boa educação.

O pedagogo tem a missão de educar os olhares para os processos educativos e/ou pedagógicos
dentro e fora da escola, contribuindo com a aprendizagem. É função deste, também conhecer os
alunos e a realidade da comunidade em que está inserido, bem como suas demandas
educacionais. Além da interação com sua equipe e com os conteúdos pedagógicos,
metodológicos e curriculares, servindo de ponte no intuito de que o ensino e aprendizagem
caminhem juntos de forma significativa na construção do conhecimento.
É fato que a pobreza influencia na aprendizagem, mas não é a única responsável, os problemas
são bem mais complexos e interferem direta e indiretamente na educação. As políticas
educacionais não atendem satisfatoriamente as necessidades básicas de grande parte das escolas,
empobrecendo o sistema educacional no que se refere aos subsídios necessários para o bom
funcionamento das escolas. a educação e a pobreza são temas discutidos pelos órgãos
governamentais e na sociedade civil, por um outro lado a educação como sendo a fundamental
para o futuro do país, por um outro lado a pobreza como barreira para essa educação.

Discute-se problemas de exclusão social e politicas que contornem estas situação, porem essa
preocupação em resolver o problema acaba mascarando uma realidade preocupante, e
normalização de olhares, tornando o ainda mais difícil a compreensão das verdadeiras
necessidades de esta realidade tao presente.

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Encontrar pessoas em condições sub-humanas já se torna tao normal que não causa mais tanta
indignação, não por falta de humanização, mais por isso ter se tornado algo comum. Todos tem a
mesma capacidade de aprender, o que interfere são as condições sociais.

Para esta aprendizagem um aluno pobre que não tem acesso ao mesmo recurso que outro com
melhores condições, sabe-se que esse não vai desenvolver da mesma forma, oque não quer dizer
quer dizer que não possa aprender o mesmo conteúdo.

Nenhuma escola não consegue sozinha produzir uma sociedade justa Dubet (2004,P,545), de
facto, seria necessário um esforço coletivo com o propósito de equilibrar as desigualdades
existem dentro da escola, ou seja, encontrar um forma de compensa-las, distribuindo melhor as
vantagens e benefícios que estão ao alcance de poucos.

Abordando a questão de desigualdade social na escola, que foi intensificada devido a demanda
tecnológica que exige cada vez mais qualificação do sujeito como um todo, sendo a escola um
dos principais meios para a criança pobre educar-se, é fato que precisa tomar a consciência e
adequar-se a essa realidade.

A escola pode ser um agente modelador de transformação desse cenário, voltando os olhares
para a realidade do aluno fomentando essas mudanças em cada um dos seus educandos, com
praticas educativas que possibilitem uma reflexão acerca da própria condição e das
possibilidades de transformação a partir de si próprio.

As diferenças individuais de cada aluno também têm vindo a preocupar, o principal propósito
desta pesquisa foi para despertar nos profissionais de educação a terem um olhar mais carinhoso
e atencioso para as necessidades e dificuldades de cada um dos alunos que cruze o seu caminho,
buscando instigar a sua cognição, através do respeito de suas peculiaridades.

Considerando a relevância deste assunto procurou-se discutir a organização interna de cada aluno
como forma de reconhecer como ele percebe o mundo. Os estilos de aprendizagens são
abordados como formas intrínsecas de aprendizagem e as estratégias de ensino de modo que
possam respeitar os estilos de aprendizagens do aluno, para que o aprender seja significativo. O
referencial teórico selecionado deve ser devido em três capítulos.

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O primeiro refere-se a base da organização interna do individuo, considerando a personalidade, o
temperamento, motivação e a inteligência, sendo o segundo aborda o conceito dos estilos de
aprendizagem e as influencias dos estilos de ensino neste contexto, e a terceira é dedicada as
estratégias de ensino e formas de planeamento que respeitem os estilos de aprendizagem dos
alunos.

Dificuldades de assimilação de devido a condições sociais culturais diversificadas dos


alunos

Segundo Santrock (2009), cultura pode ser compreendida como um conjunto de conhecimentos
que o ser humano adquire no convívio social, conhecimentos e costumes compartilhados no
grupo social ao qual está inserido, comportamento, línguas, crenças e outras manifestações de
um grupo de pessoas em particular, manifestações resultantes de interações entre grupos de
pessoas e seus ambientes ao longo de muitos anos.
A capoeira é uma dança cultural trazida pelos negros ao Brasil, em um período onde estes eram
escravizados, obrigados a abandonar seus costumes e crenças, assim como capoeira vários ritmos
são de influência negra no país. A educação em pleno século XXI ainda não é considerada uma
prioridade na política governamental, o que se traduz nos desafios de financiamento e gestão da
educação. Talvez sejam questões governamentais, políticas e administrativas ou até culturais. Ou
então, além de todas as dificuldades reais que a pobreza traz, haja também a barreira
comportamental de comodismo, achando que sempre foi assim, que não é possível mudanças,
pensamento que provém tanto da parte do sujeito como da própria comunidade educacional.
A relação pobreza e escola estão intimamente relacionadas. As condições sociais interferem na
aprendizagem escolar, e as desigualdades sociais se traduzem, de forma geral, em desigualdades
escolares, e vice-versa.

É inegável a necessidade de se estabelecer ações interventivas diante de problemas sociais, seja


esta uma prática de violência física ou psicológica causada por pré-conceito, diante aos
problemas sociais é totalmente relevante que o professor procure motivar a construção do saber
de maneira integrativa, para que o aluno possa se assimilar, processar, selecionar, investigar,
interpretar, as informações de conscientização, através de recursos visuais, sonoros, e outros,
considerando que a inserção de projetos inovadores e dinâmicos é totalmente relevante no
processo de combate aos problemas sociais relacionados com a diversidade cultural, onde através

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do ensino da capoeira como de outras práticas culturais se tornam capazes de desenvolver a
sensibilidade dos alunos para que possam compreender e desenvolver a valorização a diversidade
cultural, combatendo assim qualquer tipo de pré-conceito e violência relacionada com o fator
cultural.

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Conclusão

É fato que a pobreza influencia na aprendizagem, mas não é a única responsável, os


problemas são bem mais complexos e interferem direta e indiretamente na educação. As políticas
educacionais não atendem satisfatoriamente as necessidades básicas de grande parte das escolas,
empobrecendo o sistema educacional no que se refere aos subsídios necessários para o bom
funcionamento das escolas. E é também sobre essa pobreza associada à educabilidade que esta
pesquisa pretende refletir, com o intuito de identificar as principais contribuições que o pedagogo
pode ter nesse processo, as possibilidades e limitações para a aprendizagem mesmo em
condições adversas, a fim de minimizar o problema da falta de condições básicas necessárias
para a aprendizagem escolar, tanto das crianças quanto das escolas.

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Bibliografia

O trabalho teve como pesquisa nas seguintes fontes:

 GENTILI, P. Educar na esperança em tempos de desencanto / Pablo Gentili, Chico


Alencar. – 7. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
 MACEDO, R. M. de A. O processo de desenvolvimento humano explicando porque
somos tão iguais e tão diferentes! In: CARVALHO, M. V. C. de. Temas em Psicologia e
educação. Autêntica: Belo Horizonte, 2006.
 AMORIM,C,C;MONTEIRO ,A,M,L Resiliencia: factores que facilitam e dificultam o
trabalho docente.UFPE.s/d.
 CONNELL,R.W.Pobreza e educação. In:GENTIL,P.Pedagogia de exclusão: crise das
escolas publicas.petrolipolis, RJ;Voces, 1995.
 LÜCK, Heloísa. As exigências do novo milênio ao ensino brasileiro. Gestão em Rede,
Brasília: CONSED, n. 74, p. 13 – 18. Nov. 2006.

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