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INTRODUÇÃO
Com o presente relatório pretende – se apresentar e discutir, de forma reflexiva e crítica todo
o processo desenvolvido pela estudante no âmbito do Estágio Pedagógico realizado na Escola
Primária do 1º e 2º Graus de São Vicente de Paulo na Cidade de Chókwe, caracterizando
mais uma etapa obrigatória na formação de todo professor, sendo elemento desafiador da
prática pedagógica e das concepções dos futuros educadores durante a formação. O relatório
focaliza a realização da prática de ensino estabelecendo a relação teoria e prática como
efectivação do processo de ensino - aprendizagem. Por isso, o estágio foi um momento
privilegiado de aprendizagem da docência, uma vez que permitiu uma inserção mais efectiva
da estudante no ambiente escolar, onde encontrou situações reais relacionadas ao processo de
ensino-aprendizagem, a organização escolar, ambiente escolar e as políticas públicas que
viabilizam o ensino. A partir destes pressupostos a estudante no Estágio Pedagógico,
procurou compreender, a partir do olhar académico, quais aprendizagens teórico-práticas são
construídas durante a experiência do estágio e como estas contribuem para o processo de
aprendizagem profissional da docência durante a formação. Procurou, buscar ainda, quais os
saberes académicos julgam necessários a quem ensina e como se percebem em relação à estes
saberes antes e depois do estágio.
Este relatório é de extrema importância, uma vez que, traz um conjunto de reflexões das
tarefas desenvolvidas ao longo do estágio e uma apreciação, com um carácter reflexivo e
contextualizado a realidade vivida pela estagiária – com os alunos, com a turma, na escola
onde decorreu o estágio.
Segundo Dias et al. (2010), o Estágio Pedagógico trata se de uma actividade curricular
antecedida pelas PPG e PPEs, que tem como objectivo colocar o formando em contacto
directo com a realidade profissional do curso em que está inscrito, proporcionando-lhe novas
aprendizagens, treino e consolidação de aquisições anteriores, troca de experiências com os
colegas em exercício de suas funções docente – educativas, através de uma tutoria e a ligação
entre a teoria e a prática.
Assim, anlisando os conceitos dos autores pode –se deprender que o Estágio Pedagógico é
uma tarefa curricular, que articula a teoria e a prática que aglutina os aspectos psico-
pedagógicos e didácticos de modo que o estudante esteja preparado para a vida profissional.
2.4 Ensino
Segundo LIBANEO (1994, p.26), o ensino é um processo que desenvolve nos alunos
capacidades, habilidades, atitudes e convicções. Consolida conhecimentos, controla e avalia o
seu rendimento.
Aula é toda situação didática na qual se põem objetivos, conhecimentos, problemas, desafios
com fins instrutivos e formativos, que incitam as crianças e jovens a aprender (LIBÂNEO,
1994- Pág.178). Cada aula é única, pois ela possui seus próprios objetivos e métodos que
devem ir de acordo com a necessidade observada no educando.
Segundo NERCI (2002) São etapas ou fases do processo de ensino e aprendizagem. Elas
apresentam sequencialmente e com uma interligação. De acordo com o conceito acima
referenciado, entende se função didáctica como passos que compõem uma aula. E podem ser
Introdução/Motivação, Mediação/Assimilação, Domínio/consolidação e controlo/avaliação.
Motivação - Segundo NERCI, é todo e qualquer trabalho escolar que consiste em predispor o
educando para os trabalhos escolares.
Segundo Moraes (2000), existem vários objectivos que o Estágio Pedagógico aconselha ao
estagiário a atingir. O autor argumenta que, o estagiário ao executar as suas actividades deve
ampliar os conhecimentos, habilidades, competências organizacionais, pedagógicas e
profissionais e atitudes a ter em conta no PEA;
Perante estas abordagens que os autores colam a superfície, pode se afirmar que, com estas
sugestões que o Estágio Pedagógico avança, o estagiário depois de as colocar na prática terá
capacidade de entender o ensino e a aprendizagem de disciplina que estará a estagiar, como
também a capacidade de observar aulas na mesma disciplina e assimilar os princípios que
orientam PEA de uma certa disciplina.
4 – A história da escola: sua localização, descrição das infraestruturas
Historial da escola
A Escola Comunitária de São Vicente de Paulo nome dado a quando da sua fundação em
1993, por Padre Roberto. Foi construída para responder a demanda do processo de ensino e
aprendizagem, acolhendo alunos que apareceram vindo da zona de Bombofo a fugir da
guerra dos 16 anos que já havia se afixado neste bairro, mas que não tinha escola e igreja
perto. Os padres e irmãs Vicentinos acharam prioritário construir a escola, constituído por 3
salas de aulas e uma sala que servia de igreja para as mesma comunidade.
Numa primeira fase as salas de aulas era de construção precária (estacas e caniço cobertas de
chapas de zinco), nestas condições, a escola funcionou durante 3 anos ou por outra. Numa
primeira fase a escola funcionava com 3 professores, zelados pelas irmãs. No dia 6 de Junho
de 1996, fez se o lançamento da pedra para a construção do primeiro bloco de 6 salas
melhoradas. Em Fevereiro de 1997, foi inaugurado o bloco de 6 salas e funcionou com este
número de salas até 2009.
Quanto ao funcionamento na área administrativa, numa primeira fase, ou por outra, a gestão
estava nas mãos das irmãs de caridade.
Até ao ano 2001 os professores era contratados e pagos seus ordenados pelas irmãs, mas a
partir do mesmo ano, a responsabilidade de pagar os professores passou para o estado. a
escola continuou a funcionar na parte da direcção constituída por irmãs e que esta realidade
venho sendo destituída a partir de 2005, quando entrou o adjunto pedagógico leigo.
Sendo a directora uma irmã, a escola ainda não tinha o paralelismo pedagógico, por causa
disso, pós os alunos não tinham direito à dispensa, mas a partir de 2015, quando a escola
passa a ser dirigida por um director leigo e um pedagógico leigo, no âmbito de reformas nas
escolas antes ditas privadas, que na actualidade, segundo o Regulamento Geral de Avaliação
são chamadas de "escolas particulares", os alunos já tem direito de dispensa.
Actualmente, a escola conta com um total de 1344 alunos divididos em ciclos de
aprendizagem 1o, 2o e 3o ciclos, da 1a a 7a classes, divididos em 27 turmas, ministradas por
um total de 24 professores.
A Escola Primária do 1oe 2º graus de São Vicente de Paulo é uma escola particular, situada
no 5º Bairro da Cidade de Chókwe, Localidade de Nkavelane, Posto Administrativo de
Sede. Dista se cerca de 500m da sede da localidade. Possui 1344 alunos, que frequentam de
1ª a 5ª classes com um total de 922 alunos e os restantes são da 6ª e 7ª classe.
Figura 1: Escola Primária do 1º e 2º graus de São Vicente de Paulo
Fonte: autora/2017
Ainda importa dizer que a escola possui mastro da bandeira nacional, vitrina onde são
afixados informações importantes para o público, dispõe de casas de banho operacionais, bem
como de sala dos professores e sala de material para limpeza.
A escola possui uma creche, uma sala de reuniões, jardim, sistema de abastecimento de
água,cozinha, rampas para dicientes.
5. Efectivos discentes e docentes da Escola Primária do 1º e 2º graus de São Vicente de
Paulo
5.1.1. Turmas
No presente ano lectivo 2021, a Escola Primária do 1o e 2o Graus de São Vicente de Paulo
funciona com 27 turmas todas do curso diurno, assistidos por 24 professores, incluindo o
Director da escola e o Director Adjunto Pedagógicoque também leccionam.
O colectivo de direcção da escola é constituído pelo Director da Escola, DAP e uma chefe da
secretaria. As reuniões do colectivo da direcção são realizadas quinzenalmente, convocadas
pelo Director da escola e no fim desses encontros elaboram-se actas onde se faz o registo das
principais decisões tomadas. Para além do Colectivo de Direcção, existe o Conselho da
escola, órgão máximo que tem como missão tomar dicisões mais importantes da vida da
escola.
Importa dizer que a escola funciona no regime de dois turnos (manha e tarde). O 1º turno
inicia as 7h e termina as 11h20min, funcionando com as classes: 2ª, 4ª , 5ª e 7ª classes,
enquanto que o 2º turno começa as 12h10min e termina as 16h30min, com 1ª , 3ª e 6ª classes.
A duração média de cada turno é de 4h30 min e de 34 semanas lectivas durante o ano lectivo.
No que concerne a horários critérios de elaboração e distribuição. Os horários são elaborados
por uma comissão de docentes indicada pela direcção pedagógica e
posteriorimentedistribuidos pelos docentes, observando o desempenho de cada um.
Os horários são elaborados ainda tendo como base o número de turmas e número de
professores. Em relação ao cumprimento das cargas horárias previstas nos documentos
normativos e orientadores. A distribuição das cargas horárias das disciplinas cumpre as
disposições previstas no plano curricular do ensino Básico, no regulamento do ensino Básico,
bem como no estatuto do professor.
De acordo com o RESB, o professor no 3º ciclo tem a carga horária obrigatória de 24 tempos
semanais e no 1º e 2ºciclos, uma turma. essas cargas são cumpridas escrupulosamente.
7.2 Estruturas de gestão dos turnos e de turmas
Durante as planificações quinzenais, reuniões com professores, bem com nos seminários de
capacitação pedagógica na ZIP, a escola tem vindo a agendar algumas sessões de estudo de
documentos normativos. Nessas sessões, tem-se dado maior ênfase ao estudo do
Regulamento de Avaliação, Regulamento Interno da Escola, Novo estatuto dos Funcionários
e Agentes do Estado, Estatuto do Professor entre outros.
Foram realizadas ainda as sementeiras de Feijão Vulgar, Alho e Rama de Batata -doce.
Devido a pandemia da Covid-19, no ano lectivo 2021 não foram desenvolvidas actividades
desportivas, contudo nos anos passados, antes da doença ao nível do desporto escolar eram
realizados jogo com potencialidades físicas e psicológicas, que contribuiam para o
desenvolvimento global dos alunos, pelo que, era um espaço privilegiado para fomentar
hábitos saudáveis, competências sociais e valores morais, de entre os quais se destacam a
responsabilidade, a disciplina, a tolerância, o respeito e a perseverança.
A aula começou com a introdução e motivação a professora saudou os alunos e fez o controlo
da assiduidade, procurou saber os pré-requisitos do tema além disso a professora motivou os
seus alunos. Após este momento.
Em segundo seguiu a fase da Mediação e assimilação a professora deu conhecer a cerca do
tema e a professora mostrou domínio da matéria;
A aula foi boa a professora com uma voz audível conseguia dominar a turma e os alunos
juntando as letras conseguiam ler correctamente as sílabas.
A prática da correcção de exercícios nos cadernos de alunos da 2ª classe precisa ser discutida
como função formativa no processo de avaliação. Partindo desse princípio, é possível afirmar
que a prática da correcção pode e deve ser utilizada como processo avaliativo na função
formativa, pois contempla as dimensões nos seguintes aspectos: É um processo que
possibilita obter informações sobre as aprendizagens dos alunos. Por intermédio das
correcções, pode-se observar a natureza dos erros dos alunos como elemento que oferece
pistas sobre as formas de pensar as questões propostas nas actividades. Como os alunos
escrevem, o que indagam, o que respondem e como desenvolvem o pensamento são
elementos essenciais para o professor conhecer melhor o aluno. Numa perspectiva
construtivista do conhecimento, esses elementos situam os alunos nos diferentes estágios das
estruturas operatórias.
Para a realização da planificação das aulas envolve um conjunto de actividades que partem da
planificação trimestral, quinzenal e por fim a planificação diária. Cada uma destas três
actividades exerce sobre o processo educativo uma grande acção que tornam a mais
organizada e séria, adequando ao contexto do meio onde ela ocorre. A planificação trimestral
realiza-se no princípio de cada trimestre. Os planos elaborados apresentava as seguintes
características:
Serviam como guia de orientação;
Apresentavam ordem sequencial dos conteúdos;
Apresentavam objectividade;
Apresentavam coerência e flexibilidade.
Segundo NERCI (2002), plano de aula é uma reflexão sobre o trabalho a ser realizado na sala
de aulas. Então pode se afirmar que o plano de aula como um guião que o professor usa para
se orientar no exercício da leccionação das suas aulas.
Nestas sessões, a estudante participou na elaboração dos planos quinzenais, onde debatia-se e
seleccinava-se contúdos a leccionar no periódo de quinze dias. Procurou-se perceber do
modelo de plano de aulas usado na instituicão. A planificação diária acontecia geralmente em
casa, que depois era analisada pela professora metodóloga.
Nas sessões de elaboração de material didáctico, havia ajuda mútua entre pprofessores, na
escolha do material didático adequado para cada conteúdo e classe. Por exemplo, na
introdução letra era feito um desenho de um objecto cuja letra incial do nome é a letra em
estudo e eram feitos vários cartazes para a ilustração da letra em estudo.
9.7. Aulas assistidas dadas por um colega mais avançado
Nesta aula, foram empregues métodos de ensino tais como (A Elaboração Conjunta,
Trabalho Independente). Quanto aos meios utilizados foram:caneta, quadro, pauzinhos, giz e
apagador.
Com a sala limpa, a professora bem apresentada trajada de bata. No primeiro momento da
aula, os alunos e a professora corrigiram TPC, e foram convidados a fazer recapitulação da
aula anterior. Esta motivação foi ao mesmo tempo realizada a consolidação da aula passada.
Durante a leccionação com uma voz abrangente conseguia dominar a sua turma e havia uma
colaboração activa por parte dos alunos. Para ajudar os alunos na identificação da dezena
agrupava dez pauzinhos e para identificação da unidade espalhava os pauzinhos em um.
Explorou ainda os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema, de seguida fez-se a
síntese para consolidando a aula.
No que tange às actividades extra-aulas a estudante orientou e participou na limpeza das salas
de aula, nas actividades de produção escolar, isto é, na rega das culturas junto com alunos da
turma.
As aulas foram organizadas sequencialmente como consta nos planos analíticos das
disciplinas e seguiam a seguinte estrutura: Introdução e motivação; mediação e assimilação;
domínio e consolidação e controlo e avaliação.
Os objectivos de cada aula eram traçados com base ao tema patente no programa do ensino
do 1º Ciclo do Ensino Primário e por outro lado olhando pelas competências básicas traçadas
para a classe.
Os conteúdos foram desenvolvidos com base nos objectivos traçados para cada aula e em
consideração aos meios de ensino existentes, usando – se e o programa do ensino do 1º Ciclo
do Ensino Primário.
Para concretizar os objectivos traçados para cada aula, bem como valorizar o pré
conhecimento do aluno, foram usados métodos, tais como expositivo, logo no início da aula o
e durante o decurso da aula; elaboração conjunta que geralmente consistia em chuva de ideias
a partir de uma ou mais questões colocadas pela professora (estagiária) aos alunos; e trabalho
independente e ou aos pares ou em grupo durante a resolução das questões colocadas e forma
de debate e ou exercícios.
Os principais meios usados foram: livro do aluno, giz, quadro, apagador cartaz, pauzinhos,
e pedrinhas.
10. Considerações finais sobre o estagio.
10.1 . Conclusões
O professor deve explicar os alunos qual objectivos específicos da aula logo no início da aula,
como forma de fazer perceber a importância do conteúdo que vai ser tradado, estimulando
assim o interesse destes alunos pela aula.
O método de elaboração conjunta na maioria parte das aulas leccionadas durante o estágio
pedagógico foi dominante e fundamental do processo do ensino - aprendizagem, buscando-se
o conhecimento de maneira colectiva.
10.2. Sugestões
Sugiro que:
Para que o estagiário perceba melhor os problemas existentes no aluno, o tempo de estágio
fosse relativamente maior, no mínimo três meses. Pois, é com a identificação dos problemas
que se podem traçar novas metas para a melhoria do PEA.
PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças C. Docência no ensino superior.
São Paulo: Cortez, 2002. v. 1.
NÉRICI, Emideo G. Didáctica: Uma introdução, 14ª ed. Editora Ática, Sao Paulo, 1991.