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SELVÍRIA - MS
2023
FAC – FACULDADE CERQUILHO
SELVÍRIA - MS
2023
INCLUSÃO ESCOLAR E O PAPEL DO PROFESSOR
Daniela da Silva Leite1
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO - O presente artigo tem como objetivo relatar os desafios do professor em trabalhar
com um aluno de necessidades especiais na sala de aula regular de ensino. Diante deste contexto far-se-
á uma reflexão sobre os desafios e perspectivas ao longo do ano letivo, e para que haja de fato uma
educação inclusiva com um ensino e aprendizagem significativos é imprescindível que os professores
além de uma boa didática, carisma, busquem capacitação, aperfeiçoamento e formação continuada, a fim
de proceder a mediação e integração ao receber alunos com necessidades educacionais especiais,
visando um ensino que respeite as diferenças e particularidades de cada indivíduo. Outro fator que tem
que ser considerado é o bom relacionamento do professor com o educando.
1 INTRODUÇÃO
1 Dany_leite20@hotmail.com
O presente trabalho se debruça sobre uma temática de grande importância, pois
compreende que a Educação Inclusiva é uma realidade no Brasil, contudo, necessita
que sejam aparadas algumas arestas para que o aluno com deficiência seja
efetivamente incluído neste processo de ensino e aprendizagem.
Pretende-se também apresentar a importância desses alunos no ensino regular,
com acompanhamento de pessoas especializadas, assim como, a formação do
professor para que consiga preparar aulas que contemplem as especificidades destes
alunos, desenvolvendo-os em suas competências e habilidades.
Portanto, abarcar uma temática tão complexa é fundamental para compreender o
processo de exclusão que muitos sofrerem na sociedade, não obstante, entender o
sujeito em sua totalidade e como parte da sociedade.
Vejo que na minha cidade não é diferente também já foi incorporado no Projeto
Político Pedagógico, porém, vejo que os professores ainda encontram muita dificuldade
em trabalhar com aluno de inclusão todos temos muito ainda que aprender. A maioria
dos professores com mais tempo em uma instituição de ensino, não querem trabalhar
com os alunos de inclusão, pois ele requer mais atenção e materiais diferenciados.
Entretanto, sem fugir do conteúdo trabalhado no currículo vigente e muitos
alunos não conseguem acompanhar o ritmo dos demais alunos tendo a necessidade de
uma pessoa para auxiliá-los o tempo todo, o que para alguns professores com mais
experiência gera um certo desconforto.
Os professores da maioria das instituições de ensino são favoráveis à integração
dos alunos especiais, contudo, ficam divididos diante das proposições que lhe são
impostas no ato deste ato, pois não recebem somente crianças com atrasos mentais,
mas também crianças com fracassos escolares, devidos a diversos fatores.
Esta aceitação corre mais facilmente nos professores mais jovens, na qual
consideram a integração incontestável, e estes têm atitudes mais favoráveis referente
ao assunto, visto que, percebem que falta uma dimensão em sua intervenção na ação
educativa. Já aos professores mais experientes, a concepção do novo, do diferente
pode gerar comportamentos, no qual serão obrigados a mudar seus modos habituais de
ser e de fazer o ensino, e conseguintemente ficam receosos quanto ao que vai ser
modificado com a inclusão educacional.
Para que o educador “drible” sua insegurança em sala e trabalhe de forma a
garantir a transmissão e a assimilação dos conhecimentos é primordial que ele
desenvolva métodos específicos para que se obtenha o resultado esperado. O autor
Libâneo (1994, p.150), nos dá uma definição sobre o que vem a ser o método: “O
conceito mais simples de “método” é o de caminho para atingir um objetivo. (...). Os
métodos são, assim, meios adequados para realizar objetivos.”, e ainda:
O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da
aprendizagem dos alunos, utiliza intencionalmente um conjunto de
ações, passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos de
métodos de ensino. (LIBÂNEO, 1994, p. 150)
3. SISTEMA ESCOLAR
[...] O ambiente escolar deve ser um lugar que acolha o indivíduo e o grupo, que
propicie a ação e a reflexão. Uma escola ou uma creche é antes de tudo, um
sistema de relações em que as crianças e os adultos não são apenas
formalmente apresentados a organizações, que são uma forma da nossa
cultura, mas também a possibilidade de criar uma cultura. [...] É essencial criar
uma escola ou creche em que todos os integrantes se sintam acolhidos, um
lugar que abra espaço às relações.
Além disso, é preciso que o professor converse com seu aluno, procure saber de
seus interesses, suas preferências, assim, o acolhimento pode começar com uma
postura interessada e amigável do professor. Autistas costumam ser bastante enfáticos
nos seus interesses, sendo necessário, portanto, conciliá-los de alguma forma com os
conteúdos trabalhados, para capturar sua atenção.
As relações entre professor/aluno/conteúdo não são estáticas, mas dinâmicas,
pois se trata da atividade de ensino como um processo coordenado de ações docentes.
Paulo Freire em seu livro Pedagogia do Oprimido (1987), deixa-nos entender que a
relação professor (opressor) e aluno (oprimido) ou vice-versa têm a finalidade de que a
relação professor-aluno nesse processo de ensino-aprendizagem gira em torno da
concepção da educação, tendo uma perspectiva de que quando todos se unirem na
essência da educação como prática de liberdade, ambos abrirão novos horizontes
culturais de acordo com a realidade e imaginação de todos os indivíduos, seguido das
diferentes culturas de cada um.
O professor em muitos casos é visto como força estimuladora para despertar
nos alunos uma disposição motivadora para determinado assunto. Essa relação de
“ídolo” do aluno para com o professor estimula sentimentos, instiga a curiosidade,
principalmente quando o professor cativa seu o aluno facilita muito o seu trabalho,
porque quando o aluno confia no professor ele relata de forma sugestiva um
acontecimento, faz uma leitura expressiva de um texto, e assim sucessivamente, ocorre
o crescimento desta cumplicidade entre professores e alunos.
Esta relação se estende nos demais parágrafos do mesmo artigo, quando se lê:
§ 3º Os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e do
respeito mútuo em que se assenta a vida social devem iniciar-se na Educação
Infantil e sua intensificação deve ocorrer ao longo da Educação Básica.
§ 4º Os sistemas educativos devem envidar esforços promovendo ações
a partir das quais as unidades de Educação Infantil sejam dotadas de condições
para acolher as crianças, em estreita relação com a família, com agentes sociais
e com a sociedade, prevendo programas e projetos em parceria, formalmente
estabelecidos. (BRASIL, 2010)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS