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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PROFESSORA: CYNTIA MARIA SILVA FERRINI
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO ESPECIAL

Pesquisa e Análise De Práticas Pedagógicas Na Escola Inclusiva

ALUNA: MARCILENE VARGAS VIEIRA


MATRICULA: 201907094865
DATA: 20/04//2020

MACAÉ -RJ
2020
Objetivo

✓ Relacionar conteúdos trabalhados ao longo da disciplina com o cotidiano escolar e a prática


pedagógica refletindo sobre os desafios e as possibilidades do educador atuar na construção de
uma escola inclusiva.
✓ Observar as barreiras físicas, atitudinais e comportamentais que impedem ou dificultam o processo
de inclusão na escola analisada e sobre como atuar para a superação dessas dificuldades.

Introdução Teórica

Esta pesquisa tem por finalidade demonstrar os desafios para a implantação de uma escola inclusiva
que vise o professor, o aluno, família e sociedade e como esses interagem entre si.
Devido a Pandemia causa pelo vírus Covid-19 este trabalho não pode ser feito presencialmente, pois
nos encontramos em isolamento social, sendo assim a pesquisa foi feita através do site da prefeitura de
Macaé com as informações da secretaria municipal de educação, na qual mostra como ela se comporta
frente ao processo de inclusão para pessoas com deficiências para que as escolas de sua rede se tornem
uma escola inclusiva.
A secretaria de Educação de Macaé (RJ) mantém atendimento especial para 1.227 alunos, segundo
dados do censo escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação. Os números relativos a educação inclusiva são
referentes ao ano de 2019.
Esses alunos participam de atividades com materiais pedagógicos que reforçam o aprendizado. Para o
ano letivo de 2020, a secretaria de Educação comprou cerca de 120 jogos e materiais que serão
utilizados em todas as salas e turmas regulares que com alunos especiais.

Desenvolvimento

A Prefeitura de Macaé tem investido cada vez mais na educação inclusiva, sendo para a secretaria de
educação uma das prioridades da rede municipal de ensino. A seguir vamos entender um pouco mais
de como a secretaria tem garantindo o pleno funcionamento da educação inclusiva nas escolas da rede.

✓ Acessibilidade do espaço físico da escola - recursos adaptados disponíveis para professores e


alunos
Estamos adquirindo uma vasta listagem de jogos e materiais pedagógicos para atender às unidades
escolares que possuem as Salas de Recursos Multifuncionais e Salas de Apoio Pedagógico Específico
e para as demais unidades escolares que irão complementar o trabalho desenvolvido com qualidade
por seus profissionais.
A Educação Inclusiva do município disponibiliza 52 Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), com
professores com formação em educação especial/inclusiva, a nível de Especialização.

✓ Adaptações de acesso ao currículo e adaptações no currículo oferecidas pela escola e professor -


parceria professor-escola-família-comunidade
Os avanços para assegurar o melhor atendimento a esses alunos têm sido muitos, tanto na construção
do currículo, métodos e recursos oferecidos, quanto no planejamento das ações específicas e na
ampliação do número de escolas. São 690 alunos com deficiência intelectual; 22 deficientes visuais
com baixa visão; 6 deficientes visuais cegos; 24 deficientes auditivos; 7 surdos; 52 com deficiências
múltiplas; 95 deficientes físicos; 322 com Transtorno do Espectro Autista (TEA); e 9 alunos com altas
habilidades.
A meta do secretário Guto Garcia é transformar as unidades municipais de atendimentos especiais em
um Complexo de Educação onde os alunos desenvolvam as suas potencialidades no ambiente escolar
desde a Educação Infantil até o 9º ano, convivendo com seus pares e desenvolvendo-se nas suas
peculiaridades, com educação bilíngue com o currículo regular da Língua Brasileira de Sinais (Libras)
no caso do atendimento aos deficientes auditivos.
A Educação de Macaé tem sido referência na região e até no estado devido aos investimentos nos
profissionais e nos recursos para melhor atender os alunos, envolvendo ainda os pais e a comunidade
no entorno das escolas. A rede municipal saiu na frente porque possui uma legislação municipal
específica para atender os alunos da Educação Inclusiva. O trabalho na rede inclusiva é feito em 12
salas de Apoio Pedagógico Específico (APE), com professores formados em psicopedagogia, que
atendem à demanda dos alunos com transtornos específicos de leitura e escrita, discalculia e transtornos
de déficit de atenção/hiperatividade, transtorno de conduta e transtorno global de aprendizagem.

✓ Formação do educador
A Secretaria de Educação realiza mensalmente um encontro com os professores que atuam nas salas
de recursos multifuncionais e salas de apoio pedagógico, o encontro é realizado por meio da
Coordenação de Educação Inclusiva e tem como proposta trabalhar a formação continuada desses
profissionais que atendem os alunos com deficiências de Transtornos Funcionais, Global do
Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação. Já está em fase de organização o Seminário de
Educação na Perspectiva Inclusiva, que será realizado em setembro, no mesmo período em que
acontece anualmente a Semana de Educação Inclusiva. A proposta da Semana de Educação Inclusiva
é promover a inclusão, não apenas pela atenção às necessidades educacionais específicas e
acessibilidade, mas pelo fortalecimento dos educadores no exercício da profissão.
É de suma importância o trabalho desenvolvido pelos profissionais que atuam no AEE e no APE,
realizado através das orientações, formações e acompanhamentos da Equipe da Coordenadoria de
Educação Inclusiva. O processo de inclusão está diretamente relacionado à Formação Continuada
desses profissionais, que primam por uma educação de qualidade e um sistema educacional que
reconhece e valoriza a diversidade

✓ Adequação do Projeto pedagógico e Planejamento Individualizado


A superintendente de Educação Integrada, Janaína Pinheiro, explicou que Macaé também oferece aos
alunos que necessitam do profissional de apoio, o Auxiliar de Serviços Escolares (ASE). Segundo ela,
esses alunos são avaliados pela equipe pedagógica da unidade escolar, incluindo professores de
Atendimento Educacional Especializado (AEE)) e de Atendimento Pedagógico Especializado (APE),
juntamente com a Equipe de Coordenação de Inclusão. “Vale lembrar que nem todo aluno público-
alvo da Educação Especial/Inclusiva necessita de ter um profissional de apoio lado a lado. Primamos
pela autonomia do aluno no ambiente escolar, que é o verdadeiro objetivo de uma educação inclusiva”,
A rede municipal de ensino de Macaé já vem implementando, desde 2017, o Plano de Ensino
Individualizado (PEI), pela equipe da Coordenadoria de Educação Inclusiva. Contemplado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN nº 9.394/1996), "o PEI detalha a necessidade de
adaptações e adequações curriculares cotidianamente para as práticas pedagógicas que devem ser
desenvolvidas pelos professores e os demais profissionais das unidades escolares, cada um com o seu
papel, porém, conectados para o melhor atendimento a esses alunos”, explicou Janaína.

✓ Comunicação e interações entre aluno-aluno e professor-aluno


cabe ao professor analisar e aplicar a melhor forma de trabalhar com esse aluno o mantendo incluso ao
meio, mesmo com sua deficiência. Há um constante investimento no desenvolvimento intelectual e
emocional do aluno a fim de responder suas necessidades numa perspectiva de sucesso, que não pode
ser definido de forma linear e sim, de acordo, com a singularidade de cada aluno. Busca que os
profissionais da Educação tenham mais informações sobre a metodologia que deve ser seguida para
que os alunos portadores de necessidades especiais tenham suas potencialidades desenvolvidas como
qualquer aluno do ensino regular. Os professores têm que saber conviver com os alunos que apresentam
diferenças, hoje, a inclusão na sala de aula regular é prevista em lei.
Para isso é fundamental que a criança esteja inserida na sala de aula participando com os outros alunos
em atividades comuns e deslocando-se à Sala de Recursos para as atividades mais específicas com
Professor de Apoio Educacional quando necessário.
✓ Processo de avaliação
avaliação inclusiva:
Currículo, apostila e programas podem e devem ser diferenciados de acordo com a necessidade
educativa especial do aluno:
• Provas com conteúdos diferentes;
• Adaptação de conteúdo;
• Trabalhos extras;
• Prova oral
Aqueles alunos que estão impossibilitados de acompanhar o currículo terão seu relatório
acompanhado dos trabalhos realizados em classe e na Sala de Recursos.
Os demais alunos portadores de necessidades educativas especiais têm suas notas baseadas não apenas
nas suas produções curriculares, mas também na sua forma de interagir consigo mesmo e com o
mundo a sua volta. São considerados:
• Relacionamento social;
• Atividades diversas realizadas em classe e em casa;
• Participação em sala de aula;
• Expressão de suas ideias e opiniões;
• Avaliações individuais com base nos conteúdos definidos pelo professor da classe

Segundo a secretaria de educação há um olhar diferenciado no trabalho com esses alunos, fruto de
treinamentos e o atendimento no dia a dia que tornam gratificante no sentido de perceber os avanços
que essas crianças estão tendo na construção de sua autonomia, se desenvolvendo dentro de sua
limitação, alguns aprendem a pegar ônibus sozinho, desenvolvem bem a leitura e até a trabalhar com a
família contribuindo na geração de renda. São os saberes da escola que preparam esses alunos para a
vida. Isto é o melhor da nossa atividade, poder contribuir para o desenvolvimento deles dentro e fora
da escola.

Conclusão

✓ Relação teoria/prática: - Estabelecer relações entre o que foi observado na atividade realizada e o
conhecimento construído ao longo das aulas de Educação Inclusiva

Educação Inclusiva parte do princípio que o aluno tem de estar inserido no contexto social com acesso
a tratamentos específicos como fisioterapia, estímulos e estratégias de ensino para salas de aula regular
e de suporte. A discussão sobre inclusão/exclusão social está presente no cenário atual brasileiro e
vem mobilizando um amplo debate sobre os mecanismos socioculturais que viabilizam, dificultam ou
impedem o acesso permanente aos direitos políticos, civis e sociais a todas as pessoas que compõem a
sociedade.
No município, a proposta da Educação Inclusiva da rede municipal é reforçar atendimento educacional
especializado, fortalecendo assim o processo de inclusão nas classes comuns de ensino regular com
recursos pedagógicos e tecnológicos.
O respeito às possibilidades e limites devem ser alvo de atenção não só do professor da rede, mas da
família, que muitas vezes não sabe como tratar de forma adequada um portador de necessidade especial.
A prioridade é abranger questões da família como as dificuldades e vivências dos familiares de
portadores de necessidades especiais.
Portanto é notório que a prefeitura de Macaé tem investido de forma direta na educação inclusiva,
assim como se fala que deve ser de acordo com os conteúdos estudados nas aulas.
Somente uma ação pedagógica consciente e conjunta poderá superar as barreiras que possam surgir no
processo de construção de uma escola inclusiva e acessível a todos os alunos. Conhecer os meios e as
mediações que favoreçam esse processo e é esse o principal objetivo de estudo da disciplina.

Referências Bibliográficas

PREFEITURA DE MACAE. Http://www.macae.rj.gov.br/semed - Educação Inclusiva. Disponível


em: www.macae.rj.gov.br. Acesso em: 17 abr. 2018.

ARQUIVO DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO ESPECIAL – WEB AULA ESTACIO

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