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Avaliação e Intervenção
Pedagógica
Tema 07 – Intervenção Pedagógica
para crianças com Deficiências
Bloco 1

Tatiana dos Santos


PARA ENTENDER AS INTERVENÇÕES
PEDAGÓGICAS PARA A EDUCAÇÃO
INCLUSIVA, FAZ-SE NECESSÁRIO
COMPREENDER O PRÓPRIO
CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Contexto histórico da
educação inclusiva
EXTERMÍNIO

INCLUSÃO EXCLUSÃO

INTEGRAÇÃO SEGREGAÇÃO
A inclusão implica uma mudança de
paradigma educacional, que gera uma
reorganização das práticas pedagógicas:
planejamentos, formação de turmas,
currículo, avaliação, gestão do processo
educativo (MANTOAN, 2011, p. 37).
Quais as políticas norteadoras?

A Política Nacional de Educação Especial na


Perspectiva da Educação Inclusiva, ao
determinar quem é o público-alvo da
educação especial, rompe com as práticas que
rotulavam várias crianças com dificuldades de
aprendizagem como deficientes.
O público

Deficiência

Altas
habilidades

Transtorno Global
do
Desenvolvimento
As pessoas com deficiência

Aquelas que têm


impedimentos de longo
prazo, de natureza física,
mental ou sensorial que, em
interação com diversas
barreiras, podem ter
restringida sua participação
plena e efetiva na escola e
na sociedade.
Espectros de deficiência

Definida por alterações significativas,


tanto no desenvolvimento intelectual
Deficiência
como na conduta adaptativa, na forma
intelectual
expressa em habilidades práticas,
sociais e conceituais.
Definida pela associação de dois ou mais
Deficiência
tipos de deficiência
múltipla
(intelectual/visual/auditiva/física).
Consiste na perda bilateral, parcial ou total,
Deficiência de 41 dB ou mais, aferida por audiograma
auditiva nas frequências de 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000
Hz e 3.000 Hz.
Espectros de deficiência
Perda auditiva acima de 71 dB, aferida
Surdez por audiograma nas frequências de 500
Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz.
Acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor
olho, com a melhor correção óptica; os casos
nos quais a somatória da medida do campo
Baixa visão
visual em ambos os olhos for igual ou menor
que 60º; ou a ocorrência simultânea de
quaisquer das condições anteriores.
Acuidade visual igual ou menor que 0,05 no
menor olho, com a melhor correção óptica;
Cegueira
ausência total de visão até a perda da
percepção luminosa.
Espectros de deficiência
Trata-se de deficiência única, caracterizada
pela deficiência auditiva e visual
Surdocegueira concomitante. Essa condição apresenta
outras dificuldades além daquelas causadas
pela cegueira e pela surdez.
Definida pela alteração completa ou parcial de um
ou mais segmentos do corpo humano, acarretando
o comprometimento da função física, apresentando-
se sob a forma de paraplegia, paraparesia,
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
Deficiência física triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
ostomia, amputação ou ausência do membro,
paralisia cerebral, nanismo, membros com
deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzem
dificuldades para o desempenho das funções.
Avaliação e Intervenção
Pedagógica
Tema 07 – Intervenção Pedagógica
para crianças com Deficiências
Bloco 2

Tatiana dos Santos


Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência visual
Recursos para intervenções pedagógicas
para alunos com deficiência visual

A intervenção precoce do professor e da família através da


estimulação visual trabalha com a visão residual da criança.
Esses programas são comuns de 0 a 6 anos de idade. “Na
Intervenção criança vidente, a visão é o agente desencadeador da
Precoce motivação para a realização de movimentos e ações. A criança
com deficiência visual necessita de intervenção para que sejam
nela despertados o desejo, a curiosidade e a motivação para
agir sobre o ambiente” (GAGLIARDO e NOBRE, 2009, p.18).
Trabalho desenvolvido para estimular a visão residual
da criança. Normalmente os professores desenvolvem
Estimulação
brinquedos, objetos utilizados no dia a dia com
visual
contraste, estimulando a visão dos bebês desde os
primeiros meses de vida.
No período de alfabetização e também para os demais anos
escolares alguns cuidados devem ser tomados em sala de aula,
como a utilização dos recursos não-ópticos, que para Conde,
1998, “são dispositivos não-ópticos que não envolvem lentes,
podem ou não ser especificamente projetados para crianças
deficientes da visão e não têm que ser prescritos por um
Recursos ópticos
especialista”.
e não-ópticos
São exemplos de recursos ópticos: óculos bifocais ou
monofocais; sistema de telemicroscópios; lupas manuais e de
apoio.
Recursos não-ópticos: software leitor de tela, mesa adaptada,
lápis e canetas adaptadas, acetato, cadernos com pautas
ampliadas, etc.
O sistema Braille, composto por 6 pontos em relevo que
formam 63 combinações. Com o sistema Braille é
possível fazer letras, números, símbolos químicos e
Recursos
matemáticos.
Pedagógicos
O Ábaco que sofreu adaptações para ser utilizado pelas
pessoas cegas, dando origem ao sorobã e ao ensino da
Matemática.

Área de estudo que trabalha com a educação e reabilitação de


pessoas com deficiência visual. As técnicas dividem-se em:
Orientação e
Técnica de Bengala, Guia vidente, Cão-guia, Técnicas de
Mobilidade
autoproteção, Localização de objetos e Reconhecimento de
espaço.

São atividades do dia a dia que, quando trabalhadas, propiciam


Atividades da à criança com deficiência visual condições e hábitos de
vida diária autossuficiência que a permitem participar ativamente do
ambiente em que vive.
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência visual
Recursos para intervenções pedagógicas
para alunos com deficiência visual

A intervenção precoce do professor e da família através da


estimulação visual trabalha com a visão residual da criança.
Esses programas são comuns de 0 a 6 anos de idade. “Na
Intervenção criança vidente, a visão é o agente desencadeador da
Precoce motivação para a realização de movimentos e ações. A criança
com deficiência visual necessita de intervenção para que sejam
nela despertados o desejo, a curiosidade e a motivação para
agir sobre o ambiente” (GAGLIARDO e NOBRE, 2009, p.18).
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência auditiva
Recursos de Intervenção Pedagógica para crianças com Deficiência Auditiva

Desenvolve o processo de ensino e aprendizagem com o aluno surdo,


adotando a mesma proposta curricular do ensino regular com
adaptações que possibilitem sua inclusão.
Proposta
Oferece formação pedagógica aos professores.
Pedagógica
Disponibiliza ambientes de aprendizagem com estimulação visual
favorecendo o letramento do aluno com surdez, contribuindo com o
processo de alfabetização.
Propicia acesso ao currículo, utilizando sistemas de comunicação
alternativos, como a Língua Brasileira de Sinais, a mímica, o desenho,
a expressão corporal.
Princípios do Garantir a contratação de Intérprete da Libras para mediar a
bilinguismo comunicação professor x aluno e aluno x aluno.
Interagir com os profissionais da educação especial, a fim de qualificar
os processos de aprendizagem.
Considera a Libras a primeira língua do aluno surdo.
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência auditiva

Avaliação
Utiliza técnicas, procedimentos e instrumentos de
compatível com
avaliação compatíveis com as necessidades do aluno surdo,
as especificidades
sem alterar os objetivos da avaliação e o seu conteúdo.
semânticas

Acomoda os alunos com deficiências auditivas na primeira fila na


Respeita as
sala de aula.
necessidades
O professor fala sempre olhando para o aluno, permitindo a leitura
individuais.
orofacial quando for o caso.
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência física
RECURSOS PARA ATIVIDADES DE ALIMENTAÇÃO

Bandejas com recorte para copos e pratos que devem ser


presos sobre a mesa para evitar que escorreguem ou
caiam em cima da criança.
Pratos com ventosas e com bordas altas para a comida e o
prato não caírem.
Copos com duas alças e com bases mais pesadas.
Talheres, pentes e escovas de dente adaptados quanto ao
tamanho e dimensões, engrossando o cabo para melhor
preensão do material.
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência física
RECURSOS PEDAGÓGICOS

Lápis com diâmetro engrossado por várias camadas de fita crepe,


espuma, epóxi ou outros materiais.
Evitar o uso de cadernos, pois não podem ser bem fixados à mesa,
pela diferença de altura em relação a mesa.
Usar papel maior do que o sulfite (A4), como a cartolina.
O papel deverá estar muito bem fixado nas quatro pontas.
As atividades preparadas pelo professor deverão ter traçado
espesso, feito com pincel atômico e em tamanho grande.
Usar preferencialmente canetas escuras (preta ou azul).
Utilizar material grande para trabalhar as formas geométricas
(preferencialmente de madeira).
Alguns alunos necessitarão de uso de uma prancha elevatória que
aproxima a folha e melhora sua visualização da atividade.
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência física
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA

Cartões e pranchas de comunicação alternativa para


crianças com comprometimento de fala.
Vocalizadores, recursos tecnológicos que contêm as
pranchas de comunicação com voz e que ajudam a
comunicação das pessoas em seu dia a dia.

RECURSOS DE ACESSIBILIDADE FÍSICA

Projetos arquitetônicos com rampas de acesso, corrimão,


portas compatíveis com cadeiras de rodas, elevador,
mobília específica e banheiros adaptados.
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência intelectual
Trabalhar sempre com o concreto, pois normalmente as crianças com
deficiência intelectual demoram um pouco mais para abstrair o conhecimento.

Repetir as atividades para que ele possa acompanhá-las e compreendê-las,


respeitando o seu tempo.

Garantir, sempre que necessário, professora de apoio pedagógico, pois a


intenção é que o professor consiga desenvolver o trabalho pedagógico com o
auxílio dos próprios alunos e não de alguém específico para aquele aluno com
deficiência.
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência intelectual
Garantir adaptação curricular com propostas que valorizam a potencialidade das
crianças, buscando estratégias de mediação a fim de propiciar o pleno
desenvolvimento e participação das crianças.

Oportunizar a troca de saberes entre pares, bem como entre crianças de diferentes
faixas etária e que apresentam estágios de desenvolvimento diferenciados,
propiciando compensação social.

Orientar a família e conhecer as necessidades de cada aluno, a fim de propor


estratégias diversificadas que oportunizem a aprendizagem em diferentes níveis.
Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência múltipla
Intervenção Pedagógica para crianças com Deficiência Múltipla

Motivar e organizar interação e formas de comunicação com a criança, integrando-a


ao grupo.

Planejar, em conjunto com o professor especializado, atividades significativas, lúdicas e


funcionais que despertam o interesse da criança.

Ajudar a criança a realizar coisas que sozinha não daria conta de fazer.

Ajudá-la a explorar o meio e a brincar ativamente.

Evitar subestimá-la ou superprotegê-la.


Intervenções pedagógicas para
alunos com deficiência múltipla
Ajudá-la a desenvolver a independência no lanche, na higiene e no brinquedo.

Adaptar as atividades de linguagem, simbólicas, histórias, atividades de


pesquisa e artes para que possa participar ativamente.

Avaliar e reavaliar, em conjunto com o professor especializado, família e


equipe, os avanços, as dificuldades, as estratégias e as intervenções
necessárias.

Participar da elaboração do projeto político pedagógico (PPP) e do plano de


desenvolvimento educacional (PDE) do centro de educação infantil,
contemplando as necessidades específicas e educativas especiais.

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