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NOME DO ALUNO: GISLAINE DE SOUZA DIAS

RU: 26641 TURMA:2014

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

NONOAI

2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL

UNINTER

NOME DO ALUNO: GISLAINE DE SOUZA DIAS

RU: 26641 TURMA:2014

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de Estágio Supervisionado-EJA

apresentado a UTA-

Educação de Jovens e Adultos, no

curso de Pedagogia. Tutor local

Arlete Maria Giolo. Polo de Apoio

presencial : Nonoai

NONOAI

2015
1.Introdução:

A disciplina de Estágio Supervisionado, no curso de Licenciatura em Pedagogia


EaD, do Centro Universitário Internacional UNINTER, está relacionado as
ações que envolvam a Docência na Educação de Jovens e Adultos (EJA) com
o objetivo de observar e analisar o processo de ensino e aprendizagem do
estudante que não teve a oportunidade de frequentar a escola em idade
adequada. Pretende-se que o aluno conheça as especificidades do Trabalho
Pedagógico na Educação de Jovens e Adultos )EJA), observando,
participando, e planejando ações a serem desenvolvidas com os jovens, os
adultos e idosos que frequentam a escola.

COMO SE CONSTITUI UMA ATIVIDADE DE ESTÁGIO


SUPERVISIONADO?

A ementa proposta pela UTA: Diversidade Cultural da disciplina: Estágio-


Educação de Jovens e Adultos é conhecer as especificidades do Trabalho na
Educação de Jovens e Adultos, a docência nas escolas. Métodos e
procedimentos de ensino. Observação do desenvolvimento e aprendizagem
nas aulas da EJA. O resgate de valores e a promoção da autoestima como
proposta de reconstrução dos princípios éticos, morais e políticos direcionados
ao senso comum.

A oportunidade que o acadêmico/a tem de concretizar-se como profissional,


colocando em prática todas as experiências adquiridas durante sua vida
acadêmica é possível no estágio supervisionado.

O Estágio Supervisionado é segundo Pimenta (1997, p. 21) "as atividades


que os alunos deverão realizar durante o seu curso de formação, junto ao
futuro campo de trabalho". Como afirma Piconez (2000, p. 16) "os estágios são
vinculados ao componente curricular Prática de Ensino cujo objetivo é o
preparo do licenciamento para o exercício do magistério em determinada área
de ensino ou disciplina de 1º e 2º graus".

Sendo assim, o estágio é para fortalecer a relação acadêmica entre teoria e


prática, sendo importante instrumento de conhecimento e de integração dos/as
acadêmicos/as na realidade social, econômica e do trabalho profissional.

O Estágio Supervisionado- Educação de Jovens e Adultos, foi realizado na


Escola Estadual de Ensino Médio Maria Dulcina, localizada na Rua: José Luiz
de Moura, nº 344, na cidade de Nonoai, no Estado do Rio Grande do Sul, cep:
99 600 000, o qual o número de cadastro no CEED é: 08993. A observação
das aulas foi feita na turma T7 da EJA, nos dias 16, 17, 19, 20, 23, 24,26, e 27
de março de 2015 no horário correspondente dás- 19:00 ás 22hr e30min,
totalizando uma carga horária de: 26hr e 40min. A turma T7 corresponde ao 1º
ano do Ensino Médio da EJA, as aulas observadas foram das seguintes
disciplinas: Língua Inglesa, Artes e Ensino Religioso, com as professoras:
Adriane e Rozeli, a respectiva turma é composta por 32 alunos na faixa etária
de 18 a 55 anos.

2. Itens trabalhados no relatório de pesquisa:

2.1Identificação da Escola Estagiada:


 Localização da escola (rua, número, bairro, cep, cidade, estado,
telefone, site, e e-mail);
 Horário de funcionamento;
 Níveis/ etapas e/ou modalidade de atendimento (educação
infantil, anos iniciais do ensino fundamental, ensino médio,
educação de jovens e adultos, entre outras propostas de
trabalho);
 Número de alunos da escola;
 Período de realização do estágio;

3.Concepções Pedagógicas da Escola a respeito da EJA:

4.Descrição da análise reflexiva do Estágio Supervisionado:

4.1 Caracterização dos espaços de observação;

4.2Caracterização dos profissionais que atuam na escola estagiada;

4.3 Descrição das atividades do pedagogo;

4.4 Descrição e análise reflexiva das atividades de estágio- EJA;

4.5 O Planejamento escolar;

5.Plano de aula;

6.Considerações finais;

7.Referências;

8.Anexos;
2.Relatório de pesquisa:

2.1 Identificação da Escola Estagiada:

O estágio foi realizado na Escola Estadual de Ensino Médio Maria Dulcina,


situada a rua José Luiz de Moura, número 344, no bairro centro, cep 99600
000, localizada na cidade de Nonoai, no estado do Rio Grande do Sul. O
contato com a escola pode ser realizado através do telefone (54) 3362 1312 e
do e-mail cpm_emadu@hotmail.com.

A escola oferta atendimento no Ensino Regular Fundamental, Anos Finais,


Meio Período, Ensino Regular Fundamental, Anos Iniciais, Meio Período,
Ensino Médio, Médio Regular, Meio Período. Educação Especial: Escolas De
Ensino Fundamental Especial, Anos Iniciais, Meio Período. Educação de
Jovens e Adultos: EJA, Anos Finais, Presencial, EJA, Ensino Médio,
Presencial.

O estágio foi realizado no período de 16 de março, 23 e 24 de março de 2015,


no período da noite, sendo observada a turma T7 do 1º ano do Ensino Médio
da EJA.

3.Concepções Pedagógicas da Escola a respeito da EJA:

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) guarda na sua gênese o vinculo com a


educação popular, ficando por muito tempo, compreendida como uma ação
destinada a determinados grupos sociais, assim como, associava-se a
intervenções educativas geradas por ações politicas e projetos de
temporalidade definida.

Várias são as concepções que giram em torno da constituição da EJA desde


sua primeira iniciativa na década de 40 até os dias deste novo século quando
se vivem todas as perplexidades, desafios e incertezas que o acompanham.
Exemplo disso são as novas tecnologias revolucionando a comunicação
enquanto ainda se convive com índices alarmantes de analfabetismo absoluto
e funcional atingindo enorme parcela da população brasileira.

Assim afirma-se que parte do contingente dos que foram excluídos do sistema
formal de ensino depara-se com a necessidade de realizar uma escolaridade
tardia, seja na adolescência ou em idade adulta e para tanto, procura as salas
de aula da EJA ou ensino noturno, anteriormente dedicado ao estudante
trabalhador.

Não deve ser objetivo da EJA simplesmente garantir o acesso a escolarização


já tardia, mas a permanência escolar com reflexos na qualificação da pessoa
envolvida neste processo.
A Educação de Jovens e Adultos é um campo de práticas e reflexão que
inevitavelmente transborda os limites da escolarização em sentido estrito.
Primeiramente, porque abarca processos formativos diversos, onde podem ser
incluídas iniciativas visando à qualificação profissional, o desenvolvimento
comunitário, a formação politica e um sem número de questões culturais
pautadas em outros espaços que não o escolar. (Di Pierro, Joia e Ribeiro
2005).

O certo é que, neste país, o público alvo da EJA se distribui socialmente, de


forma mais aguda, entre os pobres dos grupos de idade mais elevada, entre os
negros e, em nível especial, entre as pessoas que vivem nas zonas rurais e
urbanas. E que para estes, os investimentos e as investidas a assumirem a
ousadia de inovar para a inclusão de práticas incisivas e da escrita precisam se
subscrever enfaticamente em sala de aula.

Assim a perspectiva é enxergar a própria face e suas forças vitais, necessárias


para a mudança na condição de sujeito, atribuindo valor a promoção escolar, a
sua permanência na escola, ao desenvolvimento da aprendizagem significativa
e da qualidade do ensino que lhe oferece o sistema. Promover a EJA hoje é
reconhecer o desafio a se empreender para que nesta ação educativa se
promova o dialogo efetivo entre vários campos do saber, bem como aqueles
vinculados a vida em sociedade, os campos do trabalho, da saúde, do meio
ambiente, da cultura, da comunicação, entre outros aspectos ou assim definida:

A educação de adultos engloba todo o processo de aprendizagem, formal ou


informal em que pessoas consideradas adultas pela sociedade desenvolvem
suas capacidades, enriquecem seu conhecimento e aperfeiçoam suas
qualificações técnicas e profissionais, ou as redirecionam, para atender suas
necessidades e as de sua sociedade. (UNESCO, 2010).

Para admitir uma nova concepção para a EJA, faz-se necessário contrapor-se
ao engessamento dos sistemas escolares em geral que apresentam para esta
modalidade de ensino o distanciamento dos universos culturais do seu entorno,
reproduzindo neste uma prática a contribuir com a forma hegemônica dos
currículos, a reconhecida pela escola convencional. Muitos dos currículos
adotados pela EJA distanciam-se das necessidades educativas de adultos sem
escolarização, assim como da crescente massa jovem urbana que, em função
da dinâmica escolar do Brasil e das pressões oriundas do mundo do trabalho,
busca a EJA. Por conseguinte, esta modalidade atende insuficientemente aos
que a buscam porque, ainda concebida sob o estigma de aceleração de
estudos, esquece que estas pessoas trazem consigo uma herança arraigada
na cultura rural desvalorizada, negada ou apagada pela escola que nada de
popular consegue expressar. (Galvão e Di Pierro, 2007).

De acordo com a atual LDB, conteúdos, metodologias e formas de avaliação


devem ser organizados de tal forma que o educando possa demonstrar
habilidades e competências para dar prosseguimento aos respectivos estudos.
Essa orientação é enriquecida, pela orientação para que se contemple o
aspecto intercultural (UNESCO 1997;2010). Nessa concepção, a partir de um
eixo temático como uma rede de conhecimentos e de aprendizagem, expressa-
se por meio de planejamento sistemático e integrado, a disposição para o
diálogo entre os componentes curriculares, porque todo conhecimento é
cultural. Assim, dá-se o diálogo de uma cultura com outra cultura de tempo
diferente, de local diferente, de etnia diferente, de pontos de vistas diferentes.

E por um olhar voltado especificamente para a EJA, defende-se uma ação


educativa a refletir estas e outras questões sociais a partir da leitura e da
escrita tomadas como prioridade e determinantes para a inserção no contexto
de luta por justiça social. Ainda que não seja esta uma questão propriamente
nova, somente nas ultimas décadas, a formação docente a partir deste enfoque
tem se identificado como uma necessidade para o contexto educacional
brasileiro, ganhando uma dimensão cultural mais ampla (CANDAU e
MOREIRA, 2008). E, na ampliação desse conceito, sob o enfoque intercultural,
sugere-se o desenvolvimento do profissional docente pelo viés da competência
intercultural ou capacidade para o convívio com a alteridade em espaços
socioculturais caracterizados pela diversidade a exemplo do escolar da EJA
(ALMEIDA 2012).

4.Descrição da análise reflexiva do Estágio Supervisionado:

4.1 Caracterização dos espaços de observação;

A escola, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade


humana, tem por finalidade oferecer ensino público gratuito e de qualidade,
com a participação da família e da comunidade, assegurando, o
desenvolvimento integral do educando, o aprimoramento do educando como
pessoa humana incluindo a formação ética, o desenvolvimento da autonomia
intelectual, do pensamento reflexivo e critico, e da criatividade, esta é a filosofia
da escola estagiada.

Os seus objetivos é educar para construção da cidadania plena, para um


modelo de desenvolvimento social, as relações de solidariedade entre os
homens, numa perspectiva permanente da socialização do saber tornando o
cotidiano escolar agradável, corresponsável e de efetiva construção de saberes
e valores éticos e morais.

A direção da escola é exercida pelo diretor e vice-diretor. O diretor representa


legalmente a escola e administra o estabelecimento, dirigindo e
supervisionando todas as atividades realizadas em consonância com as
deliberações do Conselho Escolar, respeitando as disposições legais. O vice-
diretor, é o elemento coparticipante da direção e substituto legal. Já o Conselho
Escolar, terá funções consultiva, deliberativa, executora e fiscalizadora nas
questões pedagógico-administrativo-financeiras e será integrado por
representantes de todos os segmentos da comunidade escolar sendo que as
normas que regem o referido conselho atendem a Lei de Gestão Democrática
de Ensino Público.

A escola estagiada possui 95 funcionários trabalhando, não possui organização


por ciclos, a alimentação é fornecida aos alunos, a escola é acessível e tem
estrutura a portadores de deficiências. A infraestrutura da escola é muito bem
estruturada possuindo: sanitários externos e internos, biblioteca, cozinha,
laboratório de informática, laboratório de ciências, sala de leitura, quadra de
esportes, sala para a diretoria, sala para os professores e sala de atendimento
especial.

Os equipamentos disponíveis na escola são: aparelho de DVD, impressora,


copiadora, retroprojetor e televisão, possui ainda 30 computadores para uso
dos alunos, 4 computadores para uso administrativos internet Banda larga para
trabalhos e pesquisas. O saneamento básico da escola tem o abastecimento
de água da rede pública, abastecimento de energia da rede pública, destino de
esgoto é fossa e o destino do lixo é a coleta periódica.

4.2Caracterização dos profissionais que atuam na escola estagiada;

O educando proveniente de outra escola é submetido a adaptação de estudos,


sob coordenação da orientação pedagógica, quando forem necessários o
ajustamento e acompanhamento do novo currículo. Essa adaptação é feita
mediante utilização de diferentes formas, quais sejam aulas regulares,
trabalhos, pesquisa, entre outros.

O plano de trabalho do professor é a base para o exercício da docência onde


constam os componentes curriculares, definidos num tempo e espaço
orientados da prática pedagógica. Os planos de trabalho preveem
metodologias apropriadas para atender alunos com deficiências, transtornos
globais do desenvolvimento e/ou altas habilidades em consonância com o
Projeto Politico Pedagógico e planos de estudo.

A supervisão escolar ou coordenação pedagógica acompanha o


desenvolvimento do trabalho pedagógico, assessorando o professor na
orientação do processo de aprendizagem dos alunos. Os profissionais que
atuam na educação na escola estagiada possuem de 4 meses a 20 anos de
tempo de trabalho na escola.
4.3 Descrição das atividades do pedagogo;

A escola estagiada não possui pedagogo na EJA, então foi realizada uma
pesquisa sobre: A Importância do Pedagogo na EJA e O Pedagogo como
mediador da prática docente na EJA.

A identidade do aluno e do professor da EJA, a concepção de mundo de uma


pessoa que regressa aos estudos na idade adulta, muitas vezes após anos
afastados da escola ou mesmo daquele adulto que está começando agora sua
trajetória escolar, é bem peculiar. São pessoas que já formaram sua visão de
mundo pelas experiências vividas e que tem suas crenças e valores já
constituídos. Além disso, os alunos jovens e adultos, ao contrário das demais
modalidades de ensino, são tipos humanos diversos, com seus traços de vida,
origens, idades, vivência profissionais, históricos escolares, ritmos e estruturas
de aprendizagem diferenciadas. Vivem no mundo adulto do trabalho, tem
responsabilidades sociais e familiares e formaram seus valores éticos e morais
a partir da experiência e do ambiente da realidade cultural em que estão
inseridos. Neste contexto, o professor da EJA deve estar preparado para lidar e
agrupar essas diversas experiências trazidas pelo educando e usá-las a seu
favor e transforma-las em conhecimento significativo para o educando no
processo de ensino aprendizagem.

Os perfis dos alunos da EJA da rede pública são na maioria trabalhadores


proletariados, desempregados, dona de casa, jovens, idosos, portadores de
deficiências especiais. São alunos com suas diferenças culturais, etnias,
religião, crenças.

Para esses alunos, a escola deve ser um espaço de sociabilidade, de


transformação social e de construção de conhecimentos. Conhecimentos
sustentados na perspectiva daqueles que aprendem saberes diversos e que
tenham especialmente um significado, pois sabemos que muitas vezes este
aluno vem cansado do trabalho, é mãe e precisa sair mais cedo porque tem
que buscar a criança na escola, em fim, buscam o que acham necessário ao
acréscimo do seu aprendizado. Em sala de aula, é clara a preocupação do
aluno em saber se o conteúdo ministrado vai ou não servir no seu dia a dia.

Como esse educando já vem com uma experiência de vida, o professor deve
levar em conta essa bagagem ao preparar seu conteúdo devido cada um dos
seus educandos te a sua peculiaridade. Ao voltar a sala de aula, ele faz buscas
além do conteúdo, buscando também mecanismos que promovam um
desenvolvimento pessoal, ou seja, o aluno jovem e adulto encontra-se muitas
vezes aberto a novas descobertas.
Sabemos que a modalidade da EJA tem as suas especificidades. Portanto, os
profissionais da Educação de Jovens e Adultos podem representar um
importante avanço nas politicas de acesso e permanência dessa modalidade
de ensino, pois ela pode representar o elo entre as politicas e uma possível
efetivação destas na prática pedagógica do professor.

O professor da EJA atualmente traça o seu perfil na busca de ampliar suas


habilidades e competências específicas para desenvolver uma boa prática
pedagógica em seu trabalho. A formação técnica faz parte da competência que
o professor deve trazer na sua formação acadêmica, mas muitas das vezes
precisamos buscar na formação continuada um complemento para saber
conduzir os ensinamentos dentro da complexidade dessa sociedade de
conhecimentos (EJA). A aprendizagem já é um processo envolvente por
natureza, por ser um professor da EJA exige uma maior interação,
compreensão e receptividade as expectativas dos alunos. Por isso, a
disponibilidade se faz necessária porque muitas vezes nos deparamos
mediando conflitos e restaurando a autoestima desses educandos.

Para obter êxito nas atividades profissionais, enumeramos habilidades que


podem aprimorar nossas ações pedagógicas: boa comunicação,
relacionamento interpessoal e liderança, isso possibilita o desenvolvimento de
um fazer pedagógico coerente às necessidades desses educandos.

O perfil do professor da EJA é muito importante para o sucesso do aluno que


vê o professor como um modelo a seguir. Dentre as atribuições do professor
está o compromisso em mostrar que a EJA é uma educação possível e capaz
de mudar significativamente a vida de uma pessoa, permitindo a esta
reescrever a sua história e, também, compreender melhor o aluno e sua
realidade diária, acreditando nas possibilidades do ser humano, buscando seu
crescimento pessoal e profissional.

Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade especifica da


educação básica que se destina a inclusão escolar de um público que, por
motivos diversos, foi excluído da educação durante sua infância ou
adolescência. Essa modalidade de ensino não se define pelo turno que é
ofertada, mas pela sua configuração com vistas a atender as especificidades
dos sujeitos que pretende abranger.

Com o passar do tempo, notamos que a identidade do aluno da EJA vem


sofrendo modificações dentro da proposta apresentada nos estudos da
contextualização histórica da EJA. Hoje, segundo estudos e experiências
vivenciadas, já encontramos educando adolescente (15anos) com defasagem
série-idade e regularização do fluxo escola nas dependências do ensino da
EJA.
Por isso, a identidade do aluno da EJA apresenta uma diversidade muito
grande porque são alunos trabalhadores na sua grande maioria, sem tempo
para estudar e om autoestima baixa. Ao chegar a escola, deparam-se com
diferentes culturas, etnias, religiões e crenças, isso as vezes faz com que eles
não consigam socializar-se e continuar os estudos, ou seja, esses alunos são
diferentes entre si, tanto que diz respeito aos seus ciclos de vida, são alunos
que tem uma cultura própria.

Cabe ao educador da modalidade da EJA a busca permanente por qualificação


para desenvolver ações pedagógicas que atentam as necessidades dos
educandos jovens e adultos e suas experiências socioculturais. O professor
deve estabelecer o aprendizado com base na realidade do educando,
propondo apropriação dos conteúdos a partir das histórias relatas por seus
alunos. Portanto, o primeiro passo para uma experiência bem-sucedida
consiste em saber quem são esses alunos, onde e como vivem e qual é o seu
histórico de vida. Nóvoa diz que: “O aprender continuo é essencial e se
concentra em dois pilares: a própria pessoa como agente, e a escola como
lugar de crescimento profissional permanente (2002, p.23)”.

A organização do trabalho pedagógico é condição para a organização do


processo ensino aprendizagem. Esta afirmativa compreende o processo de
planejamento da construção do conhecimento, de reflexão sobre as diversas
formas de oportunizar ao aluno a compreensão de uma determinada disciplina
e componente curricular.

As relações entre trabalho e educação variam conforme as culturas e épocas.


A cada época o mundo social impõe concepções em um universo conceitual,
sendo este resultado de sua historicidade, de todo processo social e não de
ações pontuais.

O pedagogo e a organização do trabalho pedagógico: Para Libâneo (2010) a


pedagogia ocupa-se de fato, dos processos educativos, métodos, maneiras de
ensinar, ela é um campo de conhecimentos sobre a problemática educativa na
sua totalidade e historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da
ação educativa. Para o referido autor o pedagogo é o profissional que atua em
várias instancias da prática educativa direta ou indiretamente ligada a
organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e
modos de ação.

Neste contexto a organização do trabalho pedagógico é um ato educativo


intencional, sendo uma atividade humana intencional e ao mesmo tempo uma
prática social. Intencional no sentido de ser uma ação com objetivo para tal fim,
a construção de um determinado conhecimento.

Na educação de jovens, adultos e idosos, a aprendizagem não ocorre de


maneira imediata e instantânea e nem, apenas, pelo domínio de
conhecimentos específicos ou informações técnicas; a aprendizagem requer
um processo constante de envolvimento e aproximações sucessivas, amplas e
integradas, fazendo com que o educando possa, a partir das reflexões sobre
suas experiências e percepções iniciais, observar, reelaborar e sistematizar
seu conhecimento acerca do objeto em estudo.

O pedagogo como mediador da prática docente na educação de jovens,


adultos e idosos atua na perspectiva de desenvolver ações para garantir que a
organização do trabalho pedagógico seja desenvolvida de acordo com a
legislação vigente e o contexto desta forma de oferta de ensino. Ao mesmo
tempo, este não deve ser responsabilizado pelo processo de organização
pedagógica no espaço escolar, mas sim assumir o papel de mediador no
contexto escolar. Assim mediador do processo de organização do trabalho
pedagógico conta com a comunidade escolar para o desenvolvimento das
ações, bem como do seu planejamento.

4.4 Descrição e analise das atividades de estágio:

O estágio observatório Educação de Jovens e Adultos, foi realizado na turma


do 1ºano do Ensino Médio (T7), é uma turma composta por 32 alunos e estes
na faixa etária de 18 a 53 anos de idade. O espaço observado é amplo bem
aconchegante, limpo, oferecendo ótimas condições estruturais, limpeza e
organização, a sala de aula tem um espaço onde é exposto os trabalhos
realizados pelos alunos da EJA, estes alunos comparecem todos os dias na
aula não tem por costume faltar uma noite de aula e são trabalhadores, donas
de casa, mãe de família. Jovens, em fim é uma mistura de pessoas e
personalidades, mas todos com um único objetivo, uma única meta continuar,
se esforçar e alcançar o alvo vencer mais essa etapa de suas vidas.

As aulas observadas foram trabalhadas com a turma duas disciplinas: artes e


língua inglesa. Na aula de artes a professora trabalhou bastante música pois,
como ela mesma falou “música é uma artes!” Os alunos são muito ativos, a
grande maioria participou das atividades propostas pela professora, ela por sua
vez sempre incentivando, encorajando os alunos a não desistirem de seus
sonhos, apoiando e incentivando a continuar com os estudo pois, sabemos que
dificuldades e obstáculos não faltarão para desanimar e talvez fazer com que o
aluno desista.

“A questão da socialização, alguns alunos não são muito sociáveis, tem


vergonha de se expressar de participar das atividades propostas, nesse caso
seria cantar uma musica, e esses alunos mais retraídos” são alunos com algum
problema em casa certa dificuldades que enfrentam no seu dia a dia” relatou a
professora, já outros a timidez faz parte de sua personalidade.
Na aula de Língua Inglesa a professora começou a sua aula recapitulando a
aula anterior, depois começou aplicar novo conteúdo que foi os dias da semana
na língua inglesa, formou frases com os alunos que leram sem timidez e sem
medo de errar, pois como disse um aluno: “se não arriscar nunca saberá nada!”

Os conteúdos trabalhados em sala de aula com os alunos da EJA, são


trabalhados e expostos para estes conforme as condições de cada aluno, o
professor sempre respeita os limites dos alunos, não apressando e nem
acumulando informações, pois nem todos tem facilidade em aceitar, aprender
e por em prática o que foi lhe exposto.

Em fim a turma observada é uma turma muito produtiva, ativa e com um


objetivo a ser alcançado, que sem dúvida nenhuma com o esforço que fazem e
com a ajuda mais que importante dos professores que não são apenas
educadores, mas são amigos, companheiros, incentivadores são aqueles que
todos os dias injetam uma dose de animo, coragem e motivam os alunos a
prosseguir em frente até alcançar seus objetivos e sonhos.

Mais uma vez concluo e tenho certeza absoluta que nós humanos somos
dependentes uns dos outros, pois o aluno sozinho não consegue nada e o
professor da mesma forma, assim cada um com uma parcela de cooperação,
ajuda um ao outro com um pouquinho daquilo que carregam em sua bagagem
a vida, e assim juntos e unidos alcançam e chegam ao alvo.

Esse estágio observatório na EJA foi um momento de grande aprendizagem


com os alunos e professores, reforçando algumas convicções e outras certezas
e experiência que nasceram a partir desse trabalho realizado. O caminho da
educação está cada vez mais difícil de persistir, mas como uma equipe unida
com determinação consegue-se alcançar o alvo.

4.5 Planejamento Escolar:

Os objetivos da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio é garantir


acesso, permanência e aprendizagem gratuita aqueles que não tiveram acesso
na idade própria, oportunidades educacionais. Considerando as características
de cada educando, seus interesses, seu ritmo, condições de vida e trabalho,
através da construção de currículo flexível com garantia de qualidade
pedagógica assegurando a articulação ente os saberes vividos e os escolares.

Disponibilizar aos sujeitos jovens e adultos os bens socioculturais acumulados


pela humanidade sendo que tais conteúdos devem ser resinificados
resgatando-se sua importância no processo de ensino e aprendizagem
entendendo-se como saberes culturais, conceitos, explicações, habilidades,
linguagens, fatos, valores, crenças, sentimentos, atitudes, interesses, condutas,
raciocínios, para o desenvolvimento do educando e de sua formação integral.
Superar a fragmentação do currículo, através da construção do conhecimento
de forma interdisciplinar e de diferentes metodologias que considerem os
sujeitos com suas histórias e vivências. Proporcionar aos educandos a reflexão
sobre a cidadania, favorecendo a formação de indivíduos críticos e conscientes
de seus direitos e deveres capazes de se tornarem agentes transformadores
da realidade.

A estrutura curricular por totalidades do conhecimento subordina as partes


componentes curriculares ao todo, na busca da compreensão aprofundada dos
fenômenos sociais, culturais e naturais que são experiências pela humanidade.
Assim propicia a ruptura com a fragmentação e hierarquização arbitrárias dos
conhecimentos escolares em uma perspectiva interdisciplinar.

A prática educativa da escola visa uma compreensão cientifica e filosófica da


realidade em que vive, através de momentos de aprendizagem, que
oportunizem reflexão sobre si mesmo e o mundo, buscando as transformações
pessoais e profissionais almejadas. Dentro da prática pedagógica, os
conteúdos são desenvolvidos através de projetos, atividades interdisciplinares
que são planejados pelo grupo de professores a um nível geral e também em
reuniões de conselho de classe.

Nas reuniões pedagógicas tem a oportunidade de discutir a importância de


determinados conteúdos, a fim de priorizar os que são fundamentais, buscando
técnicas e formas de aplica-los de forma mais significativa e integrada a
realidade dos alunos. Cabe ao professor organizar e planejar as situações de
ensino e aprendizagem. A escola fará planejamento trimestral com a
participação de todos os professores, neste planejamento, são estabelecidos
alguns projetos, atividades e eventos que são desenvolvidos ao longo do ano
letivo.

As atividades são realizadas de modo interdisciplinar, buscando padrões mais


altos de qualidade, com conteúdo mais significativo e integrado. Aos
educadores cabem práticas pedagógicas diversificadas comtemplando as
habilidades, competências e necessidades dos educandos. Além disso,
proporcionarão aos alunos, atividades que tenham caráter de confronto,
desafio e experimentação, para que o aluno sinta necessidade da busca e o
prazer do encontro, e seja encorajado a ser, a conhecer, a fazer e a conviver.

A ação pedagógica está diretamente relacionada a adoção de processos


flexíveis, atendendo as características e necessidades dos jovens e adultos, de
forma integrada com a comunidade. A socialização do saber elaborada, a
integração com o grupo e a eliminação das práticas excludentes e
classificatórias são prerrogativas ao ensino.

O plano de estudo é elaborado com base no Projeto Pedagógico e Regimento


Escolar, envolvendo a comunidade escolar, integrando as áreas do
conhecimento humano, as especificidades dos educandos e as demandas da
realidade. Os planos de Estudos são flexibilizados e adaptados para alunos
com deficiências, transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades.
Devendo ter a aprovação do Conselho Escolar e da Mantenedora.

Já a orientação educacional é exercida pelo orientador educacional


assessorado pelo conselheiro de turma. O orientador educacional coordena a
ação que visa integrar o aluno ao processo ensino-aprendizagem, ao meio
ambiente como, também, proporcionar condições que facilitem a integração
entre Escola-Família-Comunidade.
5.Plano de Aula:

O que é um plano de aula?

Uma previsão do que será lecionado:

Ao adentrar em uma sala de aula o professor deve sempre ter em mente o que
irá lecionar para aquela turma, ele deve saber o conteúdo, de que maneira vai
abordar o assunto, quais os recursos didáticos necessários para aquela aula e,
acima de tudo, ter uma aula bem preparada. Todo esse preparo tem um nome
específico e chama-se plano de aula. Um plano de aula é um instrumento de
trabalho do professor, nele o docente especifica o que será realizado dentro da
sala, buscando com isso aprimorar a sua prática pedagógica bem como
melhorar o aprendizado dos alunos.

O plano de aula funciona como um instrumento no qual o professor aborda de


forma detalhada as atividades que pretende executar dentro da sala de aula,
assim como a relação dos meios que ele utilizará para realização das mesmas.
De maneira bem sintetizada pode-se dizer que o plano de aula é uma previsão
de tudo o que será feito dentro de classe em um período determinado. É
importante lembrar ao professor que a elaboração de um plano de aula não o
isenta de preparar as aulas a serem ministradas, pelo contrário, ele deve
sempre preparar uma boa aula, apresentando um esquema e uma sequência
lógica dos temas trabalhados.

Um plano de aula tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo


programático que será trabalhado durante o ano, o semestre, o trimestre, etc. e
nele ainda deverá constar o número de aula e o tempo necessário para cada
assunto abordado dentro da disciplina. É importante ressaltar que o plano de
aula deve ser encarado como uma necessidade e não como exigência ou
obrigação imposta pela coordenação do colégio.

Apesar de ser uma ferramenta que descreve detalhadamente os elementos


necessários para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, o
professor não deve ficar escravo dela, ou seja, ele pode se afastar do plano de
aula sempre que os alunos tiverem necessidade, por exemplo, se o professor
de física está lecionando a matéria de calorimetria que estava elaborada no
plano de aula e sente a necessidade de fazer uma demonstração experimental
para melhor fixação de conteúdo dos alunos, ele pode fazer sem medo, pois
nem sempre é possível seguir à risca o plano.

Por Marco Aurélio da Silva

Equipe Brasil Escola.


Plano de aula:

Estagiario: Gislaine de Souza Dias

Escola: Escola Estadual De Ensino Médio Maria Dulcina

Disciplina: Lingua Portuguesa

Turma: T7 (1º ano Ensino Médio-EJA)

Sala: 39

Professor Regente: Adriane Cerezolli

Horário da aula: 19h30min às 22h30min

Conteúdo:

Língua Portuguesa: Leitura, debate e produção de texto.

Até que ponto as redes sociais e a internet potencializam o aprendizado?

 Levar o debate para a turma com a proposta para produção de texto


sobre os benefícios da tecnologia para os estudos;
 Discutir com os alunos o papel da tecnologia nos estudos. Em muitos
casos, ajudam a estudar em grupo e a tirar dúvidas de forma mais
instantânea. Em outros, são principal motivo de distração e perda de
foco;
 Até que ponto as redes sociais e a internet potencializam o
aprendizado?

Desenvolvimento da aula:

1ª etapa

Leia com seus alunos a reportagem “A turma está a um clique”, da revista


VEJA, de 13 de agosto de 2014. Em seguida, peça para apontarem as
evidências apresentadas no texto que mostrem o panorama do uso das
ferramentas virtuais para os estudos, justificando com trechos do texto. Eles
devem ressaltar os seguintes tópicos:

 O crescente uso das redes sociais e mensagens virtuais, em detrimento


das reuniões de estudo presenciais: “73% dos universitários brasileiros
usam a rede social e 58% utilizam serviços de mensagem de texto para
estudar. Só 5,6% persistem na presença física dos colegas”.
 Em paralelo, a oferta cada vez maior de cursos online: “Um dos mais
destacados indicadores do fenômeno é a multiplicação dos cursos online
gratuitos de universidades de primeiríssima linha, que vêm estimulando
a formação de classes globais com alunos na casa das centenas de
milhares”.
 O aumento do número de sites e aplicativos para facilitar o aprendizado
pelo virtual: “No Brasil, o Passei Direto (...), fundado há dois anos no Rio
de Janeiro, arrebanhou 1 milhão de usuários no primeiro ano e hoje
congrega 2 milhões” e “O precursor foi o Ebah, criado em 2006 (...). Hoje
a plataforma tem 3 milhões de usuários e está presente ainda em
Portugal, Angola e Moçambique”.
 Pesquisa internacional aponta que o uso do computador tem relação
com o resultado na escola: “Uma pesquisa realizada com estudantes de
41 nacionalidades pela OCDE (...) mostrou que os mais bem-sucedidos
no colégio são os que têm o hábito de usar o computador em casa;
fazendo isso, eles passaram a dedicar 30% mais tempo aos estudos”.

2ª etapa

Após a identificação dos dados sobre o tema, verificar com seus alunos se o
que está dito na reportagem tem relação com o dia a dia deles.

 Questionar se fazem uso das redes sociais e de sites especializados -


como os citados no texto - para estudar.
 Quais ferramentas são mais utilizadas?
 Qual a frequência de uso?
 Todos utilizam?
 Alguém gosta mais de reuniões presenciais?
 Quais os motivos para as respectivas preferências?
 Anotar no quadro as respostas, como uma síntese do debate.

3ª etapa

Em seguida, seguir na mesma linha metodológica da primeira etapa e pedir


para os alunos identificarem no texto os trechos que apresentam os prós e os
contras do uso da internet para estudo em grupo. Eles devem destacar os
seguintes pontos:

Aspectos positivos

 “A interatividade virtual veio facilitar o exercício da atividade intelectual,


estimulando habilidades altamente valorizadas em nosso tempo”
 “Dialogando com desconhecidos e destrinchando uma montanha de
informações, o estudante desenvolve a capacidade de produção em
equipe, de liderança e de autonomia”.
 “no horário que quiserem, estejam onde estiverem e ainda por cima com
um vastíssimo material à disposição”.
 “Transferir o estudo para o ambiente virtual é uma espécie de
socialização do aprendizado”
 “posso comparar métodos e explicações diferentes e chegar
rapidamente a conclusões que, sozinho, levaria muito mais tempo para
alcançar”.

Aspectos negativos

 “Requer, porém, um grande esforço de concentração para não se


desviar do objetivo e tornar a coisa pura perda de tempo: quem se deixa
levar pela tentação de passar uma mensagem ou postar uma selfie no
meio da labuta vai perceber que, no fim, aprendeu muito pouco”.

4ª etapa

Feito o mapeamento dos pontos argumentativos da questão, perguntar aos


alunos se, em suas experiências, concordam com o que foi posto. Incentivar o
debate crítico.

 Há outros pontos positivos do uso das tecnologias online para estudar?


E negativos? É consenso na turma? Quem discorda? Por quê?
 Da mesma forma, faça uma lista no quadro com os principais
argumentos levantados.

Resumindo

 Leitura do texto
 Identificação dos principais pontos factuais do tema
 Debate sobre a realidade dos alunos
 Identificação dos eixos argumentativos do texto
 Debate argumentativo com a problematização sobre os possíveis
benefícios do uso das tecnologias virtuais para estudar

Avaliação

Pedir aos alunos para escrever um texto argumentativo, que responda à


pergunta: "O uso de tecnologias virtuais ajuda ou atrapalha os estudos?".
Orientar os alunos para utilizarem os dados apresentados no texto e os
argumentos levantados pela classe. Além disso, incentivar o uso de outras
informações novas.

Referencias:

 http://cemeafontoura.blogspot.com.br/
 http://revistaescola.abril.com.br/
 prezi.com/s4qqeqqm6q5e/estudos-conectados/
6.Considerações finais:

Ao terminar o estágio que desenvolvi na Educação de Jovens e Adultos (EJA),


pude perceber aspectos de grande relevância para a minha formação enquanto
estudante do Curso de Pedagogia que poderá também desenvolver suas
práticas nessa modalidade de ensino, tão cheia de particularidades.

Um ponto importante que observei nesse estágio foi o olhar para evasão
escolar. A evasão é um grande problema que a modalidade (EJA) enfrenta
dentro das escolas. A maior parte dos estudantes alega cansaço físico, pois
além de trabalhar o dia inteiro e ainda ter que estudar pela noite, por isso falta
às aulas e às vezes desmotivam e evadem da escola. Muitos estudantes do
sexo feminino, abandonam a escola pelo motivo de que os maridos não
aceitam que estude, afirmando que está indo a escola em busca de
namorados.

Outro ponto forte que leva o estudante da (EJA) a deixar a escola é a não
aprendizagem, e isso está ligado diretamente às metodologias que o professor
desenvolve a formação do professor e principalmente a uma inexistência de
uma Política Educacional delimitando com clareza o fazer pedagógico nas
classes de Jovens e Adultos, fatores institucionais baseadas na escola, tal
como métodos de ensino inapropriados.

Findando este estágio na (EJA) percebi a importância de um trabalho com


projeto, no entanto esse projeto tem que ser significativo, onde possa perceber
que ele está para essa classe, desfavorecida historicamente, e que precisa ter
suas estruturas restabelecidas com dignidade e respeito. Não cabe mais,
olharmos para uma modalidade de ensino pensando em ensinar a silabar
palavras soltas, onde não atribuía valor social, cultural. A classe de Educação
de Jovens e Adultos tem que ser respeitada, honrada por ter principalmente em
seu corpo pessoas idosas, trabalhadores desfavorecidos em outrora por algum
motivo social, familiar ou financeiro que desestruturou o caminhar na escola
desses cidadãos, essa defasagem precisa ser corrigido, amenizada,
reestruturada de alguma forma ou maneira, no entanto não da mais para
ensinar nessa modalidade que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a
posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a
uva e quem lucra com esse trabalho (FREIRE, 1991, P 18).

“... Em um grau muito mais elevado do que as crianças os adultos já dispõem


de um amplo universo de conhecimentos práticos e concepções mais ou
menos cristalizadas sobre diversos aspectos da realidade social e cultural. Em
relação a esse ponto, o desafio seria identificar a natureza desses
conhecimentos práticos e desses supostos estilos cognitivos próprios, e
investigar de que modo poderiam ser mobilizados para as aprendizagens
tipicamente escolares, ou, em outra perspectiva, de que maneira os conteúdos
da escola deveriam ser modificados para se adequar a esse modo de pensar
próprio que os jovens e adultos desescolarizados já teriam forjado ao longo da
vida”. (RIBEIRO, 1999 P 191).
7.Referencias:

Revista: Escola abril (Tecnologia nos estudos)

Livro: Educação de Jovens e Adultos: Maria Antônia de Souza

O Estágio no Curso de Pedagogia vol. 2 ( Mônica Caetano Vieira da Silva,


Sandra Terezinha Urbanetz)

Retirados da Internet:

seduc.mt.gov.br/.../Relato-de-Experiencia-do-Estagio-Supervisionado

www.efdeportes.com/

www.pergamum.udesc.br

www.recantodasletras.com.br

www.sbemrn.com.br/site/III%20erem/.../PT_Silva_Carvalho_e_Lima
8. Anexos:

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