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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA
ROSENÍLVIA LUZIA SOUZA SILVA

O TRABALHO DO PEDAGOGO NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

Mato verde
2011
ROSENILVIA LUZIA SOUZA SILVA

O TRABALHO DO PEDAGOGO NOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as
disciplinas: Comunicação e Linguagem
Psicologia da Educação
Educação e Diversidade
O Trabalho do Pedagogo no Espaço Educativo

Prof: Lilian Salete, Daniela Fioravante


Fábio, Vilze Vidotte Costa

MATO VERDE

2011

1- introdução.
O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática
educativa, ligadas direta ou indiretamente á organização e aos processos de
transmissão e assimilação de saberes, tendo em vista, objetivos de formação
humana, previamente definidos em contextualização histórica.
O trabalho pedagógico está relacionado com interesses ideológicos
que interferem na vida escolar. Infelizmente diante dessa realidade, o pedagogo
ainda busca o seu espaço, porém seu papel de mediador e articulador da
multifacetada realidade político-pedagógica das escolas deve ser o ponto chave
para ele poder fazer a diferença.
Sendo ele o responsável em garantir que a função social da escola
seja plenamente realizada, ou seja, formar o sujeito para o mundo produtivo e social,
é preciso que tenhamos em mente que o do trabalho do pedagogo deve ser
predominantemente de domínio mais aprofundado das questões educacionais e
pedagógicas presentes na escola, para que possa intervir nos momentos que o
processo ensino e aprendizagem apresentarem dificuldades.

1.1 - Pedagogo na escola


Desde sua origem, o pedagogo é aquele que ensina, que sabe
empregar a pedagogia. Espera-se que saiba como ensinar e como mobilizar as
diferentes áreas do conhecimento, para assim fazer educação com qualidade. Deve
ser capaz de responsabilizar-se, com o professor, pelo pleno desenvolvimento das
potencialidades do educando, conforme determina a legislação vigente. Seu objeto
de ação é o desempenho docente, do ponto de vista das competências básicas do
professor, na operacionalização do projeto político-pedagógico da escola.
Cabe ao pedagogo exercer a liderança do sistema educacional, seja
na gestão do ensino, na supervisão ou na coordenação pedagógica. Para isso, ele
precisa sair da faculdade capaz de efetivar o trabalho coletivo na escola, sabendo
promover a integração das competências de todos, contribuindo para o crescimento
e a profissionalização dos educadores, despertando, em cada profissional, o desejo
de atuar de forma diferente, conferindo-lhe ânimo para romper com a rotina
cansativa que apaga a alegria de aprender da maioria dos alunos, construindo uma
equipe de trabalho eficiente e uma escola de vanguarda.
O pedagogo atuante favorece a formação de grupos de estudo,
fortalece a interação humana na escola, melhora o clima organizacional de maneira
significativa, estimulando o respeito mútuo e a boa convivência.
Para ter uma boa atuação no enfrentamento de suas funções no
cotidiano da escola, é necessário saber com muita clareza o que é essencial, o que
é importante e o que é acidental. Mas não basta só saber. É preciso querer e
priorizar fazer só o que é necessário a cada momento. Dando suporte á toda
comunidade escolar. Pois onde há uma vontade, há um caminho. Mas, onde existe
boa vontade, existem vários caminhos.

1.2 - O Pedagogo e a escola junto a educação inclusiva


A Educação Inclusiva vem para substituir a escola tradicional, na qual
todos os alunos precisavam se adaptar ao mesmo método pedagógico e eram
avaliados da mesma forma. Quem não se enquadrasse, estava fora dos padrões
considerados aceitáveis e era encaminhado para a classe especial, para a escola
especial ou, simplesmente, acabava desistindo de estudar.
Na Escola Inclusiva não existem classes especiais. Ou melhor, todas as classes e
todos os alunos são muito especiais para seu professor.
Essa é base da Educação Inclusiva: onde o pedagogo juntamente
com a escola passa a considerar a deficiência de uma criança ou de um jovem como
mais uma das muitas características diferentes que os alunos podem ter. E, sendo
assim, respeitar essa diferença e encontrar formas adequadas para transmitir o
conhecimento e avaliar o aproveitamento de cada aluno.

1.3 A adaptação do professor nessa nova postura da escola


Sabemos que, no geral, os professores são bastante resistentes às
inovações educacionais, como a inclusão. A tendência é de se refugiarem no
impossível, considerando que a proposta de uma educação para todos é válida,
porém utópica, impossível de ser concretizada com muitos alunos e nas
circunstâncias em que se trabalha, hoje, nas escolas, principalmente nas redes
públicas de ensino.
A maioria dos professores tem uma visão funcional do ensino e tudo
o que ameaça romper o esquema de trabalho prático que aprenderam a aplicar em
suas salas de aula é rejeitado. Também reconhecemos que as inovações
educacionais abalam a identidade profissional, e o lugar conquistado pelos
professores em uma dada estrutura ou sistema de ensino, atentando contra a
experiência, os conhecimentos e o esforço que fizeram para adquiri-los.
Os professores, como qualquer ser humano, tendem a adaptar uma
situação nova às anteriores. E o que é habitual, no caso dos cursos de formação
inicial e na educação continuada, é a separação entre teoria e prática. Essa visão
dicotômica do ensino dificulta a nossa atuação, como formadores. Os professores
reagem inicialmente à nossa metodologia, porque estão habituados a aprender de
maneira incompleta, fragmentada e essencialmente instrucional. Eles esperam
aprender uma prática inclusiva, ou melhor, uma formação que lhes permita aplicar
esquemas de trabalho pré-definidos às suas salas de aulas, garantindo-lhes a
solução dos problemas que presumem encontrar nas escolas inclusivas.
Se de um lado é preciso continuar investindo maciçamente na
direção da formação de profissionais qualificados, não se pode descuidar da
realização dessa formação e estar atento ao modo pelos quais os professores
aprendem para se profissionalizar e para aperfeiçoar seus conhecimentos
pedagógicos, assim como reagem às novidades, aos novos possíveis educacionais.
Hoje o curso de pedagogia traz em si o germe da segregação, sendo
construído historicamente pela separação entre uma pedagogia para os “normais” e
uma pedagogia para os “diferentes”, como pode ser constatado no posicionamento
de Cartolano, que diz:
 
A educação especial não tem se constituído, em geral, como parte do
conteúdo curricular de formação básica, comum, do educador; quase
sempre é vista como uma formação especial reservada àqueles que
desejam trabalhar com alunos com “necessidades educativas especais”,
diferentes, indivíduos divergentes sociais, deficientes. (1998, p. 30)
  
Dessa maneira a formação diferenciada tem contribuído para reforçar
a exclusão, delegando os alguns um saber específico, que por sua vez é destinado a
instituições específicas, separadas do contexto social. Houve uma
institucionalização da exclusão no atendimento às pessoas com deficiência,
produzindo dois tipos de professores e diferenciando a educação em “normal” e
“especial”, com total desarticulação entre elas mesmas. Este fato gera um cenário
no qual professores que atuam em classe regular não sabem atuar com crianças
com deficiência, e professores que atuam em classe “especial” não sabem atuar em
classe regular.

1.4 - As dificuldades encontradas na escola pelo aluno portador de


necessidade especial
Todos os indivíduos portadores de necessidades especiais devem ter
garantido o seu direito de acesso e permanência no ensino regular, possibilitando,
assim, uma vida independente e uma postura critica perante os fatos ocorridos no
cotidiano. Mas infelizmente, alunos portadores de necessidades especiais ainda
encontram dificuldades para relacionar-se com os demais colegas de sua escola,
pois ainda há preconceitos.
Cabe a escola e ao pedagogo, organizar projetos e ações para que
seus alunos conscientizem-se de que todos, independentes das suas dificuldades,
são iguais. Assim, com a ajuda dos demais membros da coordenação o grupo de
alunos passará a ter um melhor desempenho no seu ambiente escolar, podendo
apresentar êxito em seus estudos.

CONCLUSÃO

Enfim, o pedagogo é aquele que domina a sistemática das formas de


organização do processo cultural da escola (Saviani, 1985) e é na conquista dessa
profissionalidade que devemos continuar trabalhando cada vez mais para uma
educação de qualidade com mais oportunidades a inclusão junto ao coletivo dos
profissionais da escola.
Contudo, cabe agora ao pedagogo e a comunidade escolar o
entendimento de que através da reflexão sobre sua própria prática, estes poderão
produzir novos conhecimentos que colaborem para a melhoria de sua própria
identidade. E, por conseguinte para a qualidade na educação, através de um maior
comprometimento com a educação democrática e com a inclusão social, a favor das
transformações sociais necessárias á socialização do conhecimento.

Referências:
AMARAL, Lígia A. Conhecendo a Dficiência . São Paulo: Robe, 1995.
CARTOLANO, Maria Teresa. Formação do educador no curso de pedagogia: A educação especial.
IN: Cadernos CEDES, nº 46 – Setembro, 1998. UNICAMP/ Campinas, São Paulo.

LIBÂNEO, José Carlos. O que é pedagogia, quem é o pedagogo, o que deve ser o curso de
pedagogia. In: PIMENTA, Selma Garrido (Org.) Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas.
São Paulo: Cortez, 2002.

UNICAMP/Universidade Estadual de Campinas /


Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Reabilitação de Pessoas com Deficiência - LEPED/

FE/ Unicamp- Maria Teresa, Eglér, Mantoan.

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