Você está na página 1de 12

FACULDADE FAVENI

GABRIELA SANTANA DA COSTA

O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

MACAPÁ

2022
FACULDADE FAVENI

GABRIELA SANTANA DA COSTA

O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à


obtenção do título especialista em O PAPEL DO PROFESSOR NA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

MACAPÁ

2022
O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

RESUMO: Este estudo tem o objetivo de abordar o papel do professor na inclusão escolar como
agente intercessor nos processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos na Educação
inclusiva, os resultados revelaram não só a dos profissionais da educação por estarem alertas ao
contexto escolar e às configurações pessoais de cada aluno, como também a necessidade de
diferenciação e parceria. Considerando que cabe ao professor o papel de atuar na Zona de
desenvolvimento Proximal do aluno com deficiência, incentivando a autonomia e a aptidão de
desenvolver, a partir de interferências e adequações curriculares as potencialidades de cada aluno,
intervenções essas que podem acontecer tanto na adaptação do material pedagógico proposto pela
escola, quanto na assistência social entre a criança com deficiência e o âmbito em que ela se encontra.
O professor tem como habilidade os materiais de recursos como forma de intervenção com a intenção
de auxiliar e intervir o acesso ao conteúdo de sala, bem como o uso de tecnologia assistiva para o
benefício da aprendizagem, oferecendo ao aluno um acesso adequado à informação dada em aula.
Considerando a influência do professor como agente importante no ensino educativo e inclusivo, os
propósitos deste trabalho foram analisar o seu papel, suas atitudes, qualificações e atitudes e
habilidades sociais frente à inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais e o método
de aprendizagem adotado a tais alunos, a fim de facilitar a inclusão destes sujeitos de forma eficiente
e satisfatória. Usou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, onde através
do qual se observa a relevância da educação inclusiva para os alunos com necessidades educacionais
especiais.

Palavras-chave: Educação Inclusiva; Papel do Professor; Formação continuada.


ABSTRACT: This study aims to address the teacher's role in school inclusion as an
intercessor agent in the development and learning processes of students in inclusive
education, the results revealed not only that of education professionals for being alert to the
school context and personal configurations of each student, as well as the need for
differentiation and partnership. Considering that it is up to the teacher to act in the Zone of
Proximal Development of the student with a disability, encouraging autonomy and the ability
to develop, based on interference and curricular adaptations, the potential of each student,
interventions that can happen both in the adaptation of the pedagogical material proposed by
the school, as well as in social assistance between the disabled child and the environment in
which he/she finds himself. The teacher has the ability to use resource materials as a form of
intervention with the intention of helping and intervening in access to classroom content, as
well as the use of assistive technology for the benefit of learning, offering the student adequate
access to the information given in classroom. Considering the influence of the teacher as an
important agent in educational and inclusive teaching, the purposes of this work were to
analyze their role, their attitudes, qualifications and attitudes and social skills regarding the
inclusion of students with special educational needs and the learning method adopted for such
students, in order to facilitate the inclusion of these subjects efficiently and satisfactorily.
Qualitative bibliographical research was used as a methodology, through which the relevance
of inclusive education for students with special educational needs is observed.

Keywords: Inclusive Education; Teacher's Role; Continuing training


INTRODUÇÃO

É um grande desafio aos professores o processo de inclusão dos alunos com


necessidades educacionais especiais, pois cabe a eles construírem novas propostas
de ensino, atuar com um olhar diferente em sala de aula, sendo o agente facilitador
do processo de ensino-aprendizagem. Muitas vezes os professores apresentam
resistência quando o assunto é mudança, proporcionando uma grande discussão de
como incluir metodologias no processo.

Quanto mais se compreende determinado assunto, mais se sente seguros


diante dele. O novo cria uma instabilidade e insegurança, exigindo reorganização e
transformação. É comum ser resistentes ao que desestabiliza, sem dúvida, as ideias
inclusivas causaram muita desestabilidade e resistência MINETTO, 2008, p. 17).

Assim, cabe aos professores buscar novas posturas e competências que


auxiliem na compreensão e intervenção das diferentes situações que encontram, além
de ajudarem na construção de uma proposta inclusiva, fazendo com que haja
modificações significativas pautadas nas oportunidades e com uma perspectiva
positiva das pessoas com necessidades especiais. Para que os resultados dos
processos de inclusão sejam alcançados, deve haver mudanças nesse processo
dentro do contexto escolar, que são feitos através da reflexão responsável e
comprometida pelos envolvidos relativo à realidade inclusiva.

Este trabalho é embasado na dificuldade do educador, observando os


desafios que eles enfrentam diante dos alunos com necessidades educacionais
especiais, porque nem todas as escolas ofertam subsídios para se trabalhar com
esses alunos e suas dificuldades. É um desafio de todos, sobretudo dos profissionais
na área de educação, que têm de fato que acolher esses educandos com qualidade
de ensino e responsabilidade.

Para tanto, este estudo aborda a dificuldade que o professor enfrenta na


Educação Inclusiva e Especial por meio de três capítulos, a saber: o primeiro capítulo
discute sobre “A educação inclusiva escolar’’, o segundo capítulo apresenta: “o papel
do professor andamento da aprendizagem”, e o terceiro capítulo visa reconhecer
“formação continuada do docente”.
1. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA ESCOLAR
A história da inclusão foi estigmatizada por uma dura discriminação, rejeição
e preconceito. Descreve-se que na literatura da Roma Antiga as crianças com
deficiência, nascidas no começo da era cristã, eram afogados por serem considerados
anormais e frágeis. Já na Grécia antiga, Platão conta no seu livro “A República” que
as crianças com má formação ou com deficiência eram sacrificadas ou escondidas
pelo poder público.
Educação Inclusiva significa pensar em uma escola em que é provável o
acesso e a permanência de todos os alunos e onde as estruturas de seleção e
discriminação, até então usados, são modificados por procedimentos de identificação
e retiradas das barreiras para a aprendizagem.
A Educação Especial, no Brasil, teve estreia na época do Império, iniciou
com duas instituições: Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual instituto Benjamin
Constant-IBC, e o Instituto dos Surdos Mudos em 1857, hoje chamado Instituto
Nacional da Educação-INES, os dois no Rio de Janeiro. Na segunda metade do século
XIX e começo do século vinte, as escolas especiais se multiplicaram por toda a Europa
e Estados Unidos. A Educação Especial surgiu com o método de ensino para crianças
com deficiência mental gerado pela médica italiana Maria Montessori, no início do
século XX, no entanto método Montessori foi mundialmente difundido e até hoje é
usado inclusive no Brasil, na educação pré-escolar de crianças sem qualquer
deficiência.
É um imenso desafio aos professores o sistema de inclusão dos alunos com
necessidades educacionais especiais, pois cabe a eles criarem novas propostas de
ensino, atuar com um olhar distinto em sala de aula, sendo o agente facilitador do
método ensino-aprendizagem. Muitas vezes os professores apresentam relutância
quando o assunto é mudança, ocasionando certo desconforto, talvez o que deixe o
professor mais apreensivo, seja a insegurança em relação a sua inexperiência, já que
nos cursos superiores entendeu apenas a lidar com a teoria e não teve acesso às
práticas pedagógicas, diretamente com alunos especiais.
Sendo assim, cabe aos professores buscar novas posturas e capacidades
que permitam problematizar, entender e mediar nas diversas situações que se
encontram, além de ajudarem na construção de uma proposta inclusiva, fazendo com
que haja transformações significativas pautadas nas oportunidades e com uma visão
positiva das pessoas com necessidades especiais. O professor deverá motivar um
ensino igualitário e sem desigualdade, já que quando se fala em inclusão não estamos
falando somente nos deficientes e sim da escola também, onde a variedade se
evidencia por sua particularidade, instruindo cidadãos para a sociedade.
[...] a inclusão é um motivo para que a escola de modernize e os professores
aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas
deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de
atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico.
(MANTOAN, 1997, p. 120).
Dessa forma, a educação procura teorias e práticas focadas ao ensino de
qualidade, independente de suas diferenças individuais. A constituição Federal de
1988 traz um dos essenciais objetivos importantes “promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação” (ART. 3º, INCISO IV). O artigo 205 promete a educação como direito
de todos e o pleno desenvolvimento da pessoa, formação de cidadãos para a
sociedade e qualificação capacidade profissional. O artigo 206 inciso I garante a
“igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos
primórdios para o ensino e promete que é dever do Estado, a oferta do atendimento
educacional especializado, principalmente na rede regular de ensino (ART. 208).
A educação para a diversidade supõe a preparação do professor e do
sistema educacional com valorização profissional do educador, por meio de ajuda e
estímulo o aperfeiçoamento das escolas, para a oferta do ensino, a contribuição e
parceria da Educação Especial e a promoção do trabalho em equipe. A inclusão
escolar é um tema debatido no campo educacional, e pesquisadores apontam a
necessidade de modificação da escola, para que esta se enquadre às características
de todo aluno (PROCÓPIO ET.al.,2010). A educação inclusiva colabora com as
diferenças individuais que se encontram no espaço escolar, dando ênfase para as
experiências, maneiras de compreender, obstáculos e habilidades que necessitam ser
levadas em consideração no ato educativo individualmente. Nesse sentido,
reconhece-se que é necessário formar o professor para trabalhar com a diferença, em
uma perspectiva pluralista, sendo que a formação continuada é um meio que
intensifica a formação inicial.
Esta maneira de atuação da Educação Especial não é contraditória aos
princípios da Educação Inclusiva; ao contrário, numa escola aberta à diferença as
duas sugestões se complementam. A Educação Especial estabelece-se como um
esboço consolidado de saberes teóricos e práticos, metodologias, estratégias e
recursos que são importantes para a melhoria do andamento ensino-aprendizagem
de alunos com deficiências e outros compromissos, matriculados no ensino regular.
Estar em concordância com o paradigma da inclusão em educação especial
não significa considerar todas as especificidades dos compromissos oriundos das
crianças e jovens que encontram dificuldades em sua aprendizagem. Significa, sim,
direcionar o olhar para o entendimento da diversidade, proporcionando a
aprendizagem de seus alunos e respeitando sempre as necessidades. Um educador
que domina os conteúdos importantes para o desempenho competente de suas
funções, tem a habilidade de questionar a própria prática, refletindo criticamente a
respeito da mesma.
2. O PAPEL DO PROFESSOR ANDAMENTO DA APRENDIZAGEM
A colocação professor teve início no Brasil com um decreto de Dom Pedro I,
em 15 de outubro de 1827, onde instituíam que todas as cidades, vilarejos e vilas
tivessem suas primeiras escolas, porém o acesso à educação naquela época ainda
era muito escasso, onde só quem tinha condições de contratar professores eram as
famílias mais ricas, nessa época, esses profissionais atuavam em escolas privadas
ou vendiam seus conhecimentos as famílias. Mas a partir da década 30, é que foram
aparecendo os grupos escolares onde o poder público se encarregou pela educação
das crianças e com tudo houve a ampliação dos grupos e a primeira escola de
formação superior. Desde da década de 1960 é que as mulheres chegaram as escolas
nas condições de estudante, e depois de muitas conquistas nas condições de
docente. Diante de tais necessidades especiais educacionais, o pape do professor é
de suma importância na educação inclusiva, visto que o professor é a autoridade
qualificada, conduz o processo pedagógico, cria e interfere nas condições importantes
à apropriação do conhecimento, é nessa visão de estar aberto a conhecer o outro
Freire afirma que:
O ideal é que na experiência educativa, educandos, educadoras e
educadores, juntos ‘convivam’ de tal maneira com os saberes que eles vão
virando sabedoria. Algo que não é estranho a educadores e educadoras.
(FREIRE, 2005, p. 58).
Sendo assim, cabe aos professores buscar novas posturas e capacidades
que permitam problematizar, entender e mediar nas diferentes condições que se
encontram, além de contribuírem na construção de uma sugestão inclusiva, fazendo
com que haja transformação significativas pautadas nas oportunidades e com uma
visão positiva das pessoas com necessidades especiais. Por isso é importante o papel
docente na interpretação do aluno, no segmento em sala de aula e na busca
incessante de aprender e melhorar a si mesmo em sua prática atualmente, para
edificar uma escola que corresponda adequadamente a alunos com qualidades,
talentos e ritmos diferentes de aprendizagem, não basta apenas que tenham
professores e demais profissionais que uma escola normal representa. Faz-se
necessário que os profissionais especialmente os professores, estejam capacitados
para executar essa função, atendendo a real necessidade de cada educando. Frente
a isso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/1996, artigo
62, coloca:
A formação de docentes para atuar na educação básica far -se-a em nível
superior, em curso de licenciatura e graduação plena, em universidades e
institutos superiores de educação admitida, como formação mínima para o
exercício do magistério na educação infantil e nas quatros primeiras séries
do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
(BRASIL, 2006).
A atuação pedagógica é um processo de investigação, estudo e de recurso
de problemas, por isso muitas vezes o professor se encontra com inúmeros
obstáculos, que devem ser resolvidos para ultrapassar os limites impostos,
requerendo do professor a procura por novas estratégias, buscando identificar as
possibilidades de cada aluno com intuito de encontrar as habilidades para que esse
aluno possa aprender junto com os demais e vencer seus próprios limites.
Além do professor, a família dos alunos com necessidades educacionais
especiais pode participar a todo o momento do processo de ensino-aprendizagem
dessas crianças, visto que, o tripé escola-família-comunidade é importante, dado que,
através dessa colaboração os professores têm a oportunidade de melhor aceitar o seu
educando e suas particularidades, despontando a partir daí uma troca de
conhecimentos a fim de disponibilizar o melhor aprendizado a todos, já que sozinho
não poderá efetivar uma escola fundamentada numa concepção inclusivista.
De acordo com Silva (2010) “um bom relacionamento entre família e
professores amplia as possibilidades e cria novas formas de atividade e afetividade”.
O modo que professor e aluno se comunicam cria a afetividade que faz com que essa
relação se fortifique ainda mais. O aprendizado desse aluno se dá no dia a dia, porque
é através prática que se constrói o saber e a afetividade.
3. FORMAÇÃO CONTINUADA DO DOCENTE
A formação continuada dos docentes nos dias de hoje tem como objetivo o
processo efetivo e contínuo de aperfeiçoamento dos conhecimentos importantes a
atividades dos educadores certificando um ensino de qualidade cada vez maior aos
seus alunos. Segundo a pedagogia é obrigação não só da academia, mas do ambiente
onde a ação ocorre, uma formação, neste sentido, está aberta a novas aprendizagens,
novos maneiras de ser, de aprender e de se relacionar, estimulando também as ideias
e capacidades de cada um proporcionando vivências que possam ajudar os
professores e alunos a desenvolverem a sensibilidade, reflexão e perceberem seus
saberes (de senso comum) às novas situações vividas na sala de aula. Como ponto
de início para compreender, processar e modificar a realidade contexto escolar.
Para Morin (2000), o professor tem a responsabilidade de educar-se sobre
o mundo e sobre a cultura dos estudantes para que possa corresponder às questões
e curiosidades deles, preenchendo lacunas entre o mundo do professor adulto, o
mundo do aluno criança e jovem, na maioria das vezes em contato com as tecnologias
e o conhecimento escolar. Os conteúdos presentes nas tecnologias da comunicação,
em particular na televisa, oferecem elementos para expressão e compreensão de
processos sociais, pois trazem para a cena situações, conflitos e contextos a serem
discutidos e refletidos pelos sujeitos escolares, também espectadores, muitas vezes
com obstáculos para compreender a orientação do professor.
O professor deve procurar ser um leitor que, além de entender e dialogar
com o texto é capaz de descobrir o valor e o prazer da leitura, descobrindo os vários
sentidos possíveis de um texto. Deve ser também, um produtor de textos, “autor”, que
além de escrever frases e palavras, têm o conhecimento para compor textos, encarar
os desafios de suas produções e sentir o gosto pela probabilidade de dar vida aos
seus pensamentos, fantasias e ideias. Ter essa competência poderá proporcionar
também o desenvolvimento do prazer de escrever e ler dos alunos. Nesse sentido, a
formação do professor está em constante mudança. Antes, o trabalho do professor
era ensinar um corpo de conhecimentos estipulados e legitimados pela ciência e pela
cultura, a escola detinha o monopólio da informação e do conhecimento. A
transferência de valores e a tarefa de educar para a cidadania estavam a cargo da
família. Todavia, a profissão do professor mudou, ou seja, saiu de um mundo de
certezas, de verdades a serem ensinadas para um contexto de incertezas.
Considerando como concepção necessária da formação continuada, a
transformação segundo Hargreaves (2002) nos diz que ela é um processo que
contorna o aprendizado, reflexão e planejamento. Abrange valores, conceitos e
propósitos associados ao que sendo transformado. Há dessa forma, se faz necessário
de se fazer parte constituinte dessas modificações e as elaborando dentro de um
contexto mais abrangendo de reflexão. Desta forma:
Os professores não alteram e não devem alterar suas práticas apenas porque
uma diretriz lhes é apresentada, e eles se sentem forçados a cumpri-las. Eles
não podem evocar novas práticas a partir de nada ou transpô-las de imediato
do livro didático para a sala de aula. Os profissionais necessitam de chances
para experimentar a observação, a modelagem, o treinamento, a instrução
individual, a prática e o feedback, a fim de que tenham a possibilidade de
desenvolver novas habilidades e de torna-las uma parte integrante de suas
rotinas de sala de aula. (HARGREAVES, 2002, p. 114).
A formação continuada assim entendida como uma perspectiva de
transformação das práticas no âmbito dos docentes e da escola propicia a
experimentação do novo, do diferente a partir de experiências profissionais que
acontecem neste ambiente e tempo direcionando um processo contínuo de
transformação e mediação na realidade em que se introduz e predomina esta
formação.
Acredita-se que os professores têm a missão ética e moral de fazer-se
conscientes do impacto que eles têm sobre seus alunos. Esse impacto de qualquer
professor existe, e o mesmo não pode fechar os olhos para essa realidade. Tal
importância não se dá apenas na linha dos saberes e do desenvolvimento intelectual,
reflete também no desenvolvimento social e emocional dos alunos. Pode-se
influenciar também no desenvolvimento moral, na percepção dos próprios valores
sociais e na percepção para saber o que eles querem ou planejam fazer da sua vida
no futuro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base na pesquisa pautada observa-se que teve um grande avanço


nas instituições de ensino para inclusão dos alunos com necessidades educacionais
especiais, fazendo com que os professores procurassem novos paradigmas e novas
maneiras de ensinar, a fim da inclusão de todos no ensino regular, aprimorando a
autonomia e independência desses alunos.
Ensinar um ensino que considere a diversidade das pessoas e
compreender com isso, desfrutando de conhecimentos traçado por cada um na
esperança de um alcance interpessoal, pois possibilidade de aprendizagem dessas
pessoas está diretamente pautada no proposito de aprender, incentivado pelo
professor e por todos os sujeitos que se relacionam, proporcionando a obtenção de
novas funções cognitivas que será necessário para sua trajetória escolar, sem
independente de suas capacidades e/ou necessidades.
A inclusão requer uma mudança nas políticas educacionais e de execução
de projetos educacionais do sentido excludente ao sentido inclusivo, formando um
ambiente onde a prática não necessita estar limitada a um sistema paralelo de
educação. Para que os professores possam executar na educação inclusiva é
importante que aconteçam modificação estruturais e pedagógicas, quebrando
barreiras e abrindo portas para os alunos com vários tipos e graus de dificuldades e
capacidades.
É evidente a importância de ser leitor e produtor de texto para o
desenvolvimento pessoal e profissional dos educadores, mais, especialmente, dos
professores dos Anos Iniciais e Educação Especial, por ser este profissional
responsável por inserir, formalmente, as crianças, jovens e adultos no contexto
escolar.

Sem a colaboração da família no processo escolar da criança o risco que ela


corre é bem maior, pois além de problemas escolares ela também terá na vida como
um todo. Se a família e o professor dedicarem juntos com certeza terão melhor
resultado diante da situação oferecida, pois os mesmos são os maiores responsáveis
pelo processo de aprendizagem e ensino das crianças. A sociedade espera que a
escola seja uma aliada inclusiva para que, juntos, consigam propagar informações
sobre as necessidades especiais e vencer as dificuldades daqueles que a apresentam

Enfim, observa-se a relevância do professor nesse processo, pois através


dele que os alunos aprendem a viver com as diferenças e diversidades na sala de
aula, fazendo com que haja um aprendizado voltado ao entendimento e a afeição
mutua, onde não haja discriminações, pois não existem pessoas melhores e nem
piores devidos às suas particularidades, o que existe são diferenças que necessitam
ser vencidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília,


DF, 23 dez. 1996.

Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. São


Paulo, ed. Revista dos tribunais, 1989.

FREIRE, P. Pedagogia da autônoma: saberes necessários à pratica educativa.


13. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

HARGREAVES, A. Aprendendo a mudar: O ensino para além dos conteúdos e da


padronização. Porto Alegre: Artmed, 2002.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 4. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.

MANTOAN, Maria Tereza Eglér. O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2009.

MORIN, Edgar. Os setes saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. São


Paulo: Cortez / UNESCO, 2000.

PROCÓPIO, Marcos Vinicius Rabelo; BENITE, Cláudio R. Machado; CAIXETA,


Rafael Ferreira; BENITE, Anna M. Canavarro. Formação de professores em ciências:
Um diálogo acerca das altas habilidades e superdotações em rede colaborativa.
Revista Eletrônica de Enzenanza de las Ciências, v. 9, n. 2 p. 435-456, 2010.

SILVA, A. M. Educação especial e inclusão escolar: História e Fundamentos. Curitiba:


Ibpex, 2010. (Série Inclusão Escolar). 215 p.

Você também pode gostar