Você está na página 1de 16

Desafios da inclusão escolar

no ensino regular
Licenciatura em Pedagogia

Rosiane Elias de Macêdo


Yollanda Gabriela da Silva Aquino

Caruaru – PE
2023
INTRODUÇÃO
A escola, espaço de formação e produção do conhecimento, que tem como
objetivo atender as necessidades de qualquer indivíduo que necessite ou não de apoio
para desenvolver em diferentes aspectos escolar e para que os alunos se apropriem do
saber com autonomia.

A efetivação da inclusão exige a superação de vários desafios, tais como:


estabelecimento de novas formas pedagógicas, capacitação dos professores, os alunos,
a família e a própria criança deficiente precisa participar ativamente de seu processo
de inclusão.
A participação dos pais é fundamental para o desenvolvimento, aprendizagem e
interação da criança no contexto escolar. Visto que, a inclusão não se limita a colocar
a criança dentro da escola, é preciso que ela consiga interagir de acordo com suas
potencialidades com outras crianças.

É importante salientar que educar é um ato de amor, onde o professor tem que ir
além do conhecimento teórico, pois é preciso percepção e sensibilidade para
identificar as necessidades do aluno.
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
A partir da década de 70, as escolas comuns passaram a aceitar alunos
“deficientes” em salas comuns, portanto estes alunos teriam que adaptar-se aos
métodos de ensino que eram impostos. Essa adaptação do aluno poucas vezes
acontecia.

No final da década de 80, após a nova Constituição Federal de 1988, é que
vemos os primeiros movimentos em direção à educação inclusiva no Brasil,
passando a existir somente um tipo de educação: educação para todos, sem
exclusão de classes sociais, raça e cor.
A inclusão de pessoas com deficiência na escola, no trabalho e na sociedade
em geral, é uma questão presente nas leis e no discurso dos educadores,
familiares, e de alguns seguimentos da comunidade.

“Na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida
dificilmente ensina: respeitar as diferenças, esse é o primeiro passo para construir
uma sociedade mais justa” ( MANTOAN, 2005, p. 24).
PROBLEMA DA PESQUISA
• Com a integração na sala de aula dos estudantes com
Necessidades Educacionais Especiais (NEE), quais as principais
dificuldades e impasses presentes no dia a dia no espaço escolar
na efetivação da educação inclusiva?
OBJETIVOS
• OBJETIVO GERAL:

 Apontar os principais desafios que permeiam o discurso e a


ação de profissionais envolvidos com a questão da inclusão
em escolas de ensino regular.
• OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Conhecer a realidade da educação inclusiva no Brasil;
 Identificar a função da escola na perspectiva da inclusão na educação;
 Apontar o modo como as escolas regulares estão sendo preparadas para a
tarefa de incluir crianças com NEE;
 Investigar o papel dos pais nesse processo;
 Assinalar a contribuição da formação continuada para a efetivação da
inclusão na escola regular.
METODOLOGIA
•Este trabalho é de cunho bibliográfico e de campo. Sendo que, na
primeira parte, está voltado ao estudo da arte, no qual foram levados
em consideração pesquisas, livros, revistas, artigos periódicos e
materiais disponíveis de sites da internet.

•Na segunda etapa, a pesquisa de campo, o presente trabalho


debruçou-se em um estudo com uma abordagem quali-quantitativa,
envolvendo professores e gestores das escolas que fizeram parte do
campo de estudo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
• Para a elaboração desse trabalho, tivemos como suporte teórico os
autores: Werneck (1997), Sanchez (2005), Mantoan (2001), Silva (2006),
Carvalho (2004), como também o estudo da Declaração de Salamanca.
• Sanchez (2005), ao tratar da educação inclusiva afirma que esta visa
apoiar as qualidades e necessidades de cada um e de todos os alunos da
escola. Ele enfatiza a necessidade de se pensar na heterogeneidade do
alunado como uma questão normal do grupo/classe.
• Werneck (1997) destaca que “Incluir não é favor, mas troca. Quem sai
ganhando nesta troca somos todos nós em igual medida.” (p. 58).
Com o propósito de fundamentar esse trabalho não podemos deixar de
citar algumas das principais leis sobre a Educação para crianças com
Necessidades Educacionais Especiais:
•Constituição de 1988;
•Capítulo da LDB, de 1996, sobre Educação Especial;
•Decreto nº 3.298, de 1999, regulamentada a Lei nº 7.853, de 24 de
outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência;
•A Lei 10.172, de 2001, aprova o Plano Nacional de Educação que
estabelece vinte e oito objetivos e metas para a educação das pessoas
com necessidades educacionais especiais;
• Vale destacar, entre tantos, o documento considerado mundialmente
um dos mais importantes que visa à inclusão social: a Declaração de
Salamanca (Espanha, 1994), resolução das Nações Unidas que trata
dos princípios, política e prática em educação especial. A Declaração
de Salamanca (Espanha), foi o documento de origem e referência
para a educação inclusiva no mundo (1994, p.15):
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Há uma considerável gama de publicações envolvendo a inclusão e
seus aspectos relevantes. Esse número de estudos, infelizmente, não
reflete no número de professores capacitados para lidarem com a
inclusão, como apontam os diversos estudos e pesquisas, inclusive a
pesquisa de campo realizada neste trabalho.

Para desenvolver uma nova perspectiva de educação, com


características de inclusão, não basta a escola ser sensível ao fenômeno
inclusão, é preciso haver mudanças estruturais, metodológicas
organizacionais do ambiente escolar para receber, estimular, manter e
educar alunos com NEE.
 É necessário uma reflexão ainda maior sobre o papel da escola inclusiva,
pois para incluir é preciso aceitar as diferenças individuais como uma qualidade e
não como um obstáculo, valorizando esta diversidade humana pela importância
para o enriquecimento de todas as pessoas envolvidas.

 Deixar um aluno com necessidades educativas especiais em uma sala


regular e não atender as suas necessidades, não é inclusão, pois as
dificuldades existem e quando passamos a observá-la de forma crítica, o
trabalho pode ser mais bem planejado.
 Sabe-se que tratar de inclusão escolar é divergente, não se tem um
único método, ou fórmula para ter êxito no que tange a proposta
inclusiva. Propor medidas, conceitos e reavaliações educacionais sobre
como ensinar e como aperfeiçoar os docentes para esse tipo de
educação torna-se a ferramenta imprescindível ao alcance dos objetivos
que a escola inclusiva propõe ao aluno atípico.
   
REFERÊNCIAS
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Sobre princípios, políticas e práticas na área das
necessidades educativas especiais. 1994. Disponível em:
<http//portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf> Acesso em: 05 de jun. 2016.
 
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo. Cortez, 1995.
 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér (Org.) A Integração de Pessoa com Deficiência. São Paulo:
SENAC, 1997.
 
RUBINSTEIN, E. R. A queixa escolar na atualidade. In: RUBINSTEIN, E. R. O estilo de
aprendizagem e a queixa escolar: Entre o saber e o conhecer. Casa do Psicólogo, 2003.
  
SANCHEZ, P. A. A Educação Inclusiva: um meio de construir escolas para todos no século
XXI. Revista Inclusão. Brasília, Vol.1, n. 1, out./2005.
 
SILVA. Adilson Florentino. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais
especiais: deficiência física. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Especial, 2006.
 
WERNECK, Cláudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro:
ED. W. V. A, 1997.

Você também pode gostar