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PRÁTICAS INCLUSIVAS

O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR

Fabiana Pereira dos Santos


Professor-Tutor Externo: Lenira Maria
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso: Educação Especial Turma: FLX1095 – Prática do Módulo III
25 /11 /2018

RESUMO

O artigo tem a proposta de refletir a respeito do papel do professor na educação inclusiva,


ressaltando algumas leis que contribuíram para garantir o direito de alunos com necessidades
educacionais especiais. A declaração de Salamanca, declaração de Guatemala, declaração de
Jomtien iniciaram avanços importantes na legislação da educação inclusiva. O presente artigo tem
como objetivo fazer uma análise da educação especial e o papel do professor no processo de
inclusão, destacando toda a trajetória histórica da educação especial no Brasil, os desafios e os
avanços alcançados. Explanando a busca por seus direito. Diante disso, esse estudo tem como
ponto principal o estudo critico da educação inclusiva juntamente com o papel que o professor
exerce e suas práticas inclusivas de forma mais consciente e responsável, valorizando cada
indivíduo com suas características peculiares. E possível fazer uma educação inclusiva através do
comprometimento de todos que fazem parte do processo escolar, a igualdade a valorização da
diversidade e a adaptação dos espaços são fatores determinantes para a educação exclusiva.

Palavras-chave: Educação especial, inclusão, professor, aluno.

1 INTRODUÇÃO

Conhecer a história da educação inclusiva nos dará um maior entendimento do que acontece
hoje na sociedade. As dificuldades sempre existiram, mas nunca fomos tão inclusivos como nos
dias atuais, embora se tenha muito a melhorar.
Conhecer a história da educação inclusiva e embarcar numa situação de preconceito e
exclusão, pois era assim que as pessoas eram tratada A formação de professores na esfera da
educação inclusiva ainda é pouco explorada e estudada. Tal formação veio integrando e
respaldando num contexto histórico com contradições. Os processos de formação docente para a
educação especial na perspectiva inclusiva só terão sucesso caso os professores estiverem aliciados
e dispostos através das suas experiências pedagógicas a motivação para a reflexão, a construção de
conhecimentos, que abordem as especificidades de desenvolvimento de todos os alunos de uma
realidade educacional especial inclusiva.
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Com a criação da legislação obteve um processo de evolução na garantia de vida e de


qualidade para as pessoas com necessidades especiais.
Dessa forma o presente trabalho tem por objetivo investigar a importância do papel do
professor no processo de inclusão escolar.
O presente trabalho ficou subdividido da seguinte forma: Primeiro a análise da história da
educação inclusiva no Brasil e o papel do professor no processo de inclusão escolar.

2. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASI L

Os documentos que orientam as políticas públicas relacionadas ás necessidades especiais são


relativamente recentes dentre eles podemos citar. A Declaração de Salamanca realizada na Espanha
em 1994 na qual teve como objetivo formalizar a atenção educacional aos alunos com necessidades
especiais.

A declaração de Jomtien realizada na Tailândia, os países assumiu o compromisso de trazer


novas definições e abordagens sobre as necessidades básicas de aprender. Nesta declaração os
países assumem, conforme Hennemann(2012,s.p), que:

A educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens declaram,


também, entender que a educação é de fundamental importância para o desenvolvimento
das pessoas e das sociedades sendo um elemento que pode contribuir para conquistar um
mundo mais seguro, mais sadio.

A declaração de Guatemala teve como objetivo a eliminação de todas as formas de


discriminação contra pessoas portadoras de deficiência, as pessoas portadoras de deficiência tem os
mesmos direitos, inclusive o de não ser submetido a discriminação com base em sua deficiência.

Essas declarações forma importantes para a composição da legislação brasileira, uma vez
que o abandono de crianças com deficiências nas ruas eram comum, assim como nas rodas de
expostos e portas de conventos e igreja.

. A história da educação especial no Brasil teve início no século XIX, com o surgimento de
grupos assistencialistas que prestavam atendimento as pessoas que apresentavam algum tipo de
deficiência, porém o atendimento educacional especializado só teve início no século XX primeiro
com a criação do Instituto de Meninos Cegos que hoje e o atual Instituto Benjamin Constant e
depois o Instituto dos Surdos-Mudos hoje o atual Instituto Nacional de Educação de Surdos. O
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surgimento dessas instituições foi considerado um grande marco na história do atendimento


especializado.

Mesmo com a conquista alcançada os objetivos não estavam sendo cumpridos, pois com
uma população de 15.848 cegos e 11.595 surdos apenas 35 cegos e 17 surdos eram atendidos nas
instituições, causando o atendimento isolado as deficiências visuais, auditivas e em menor
quantidade às deficiências físicas, nem se falava sobre a deficiência mental, as pessoas que tinha
essa deficiência eram consideradas como os infortúnios ambientais.

Nos anos 50 o governo federal assumiu o atendimento educacional especializado, com a


criação de campanhas voltadas especificamente para esses fins, a primeira foi a Campanha para a
Educação do Surdo Brasileiro, em seguida a Campanha Nacional da Educação e Reabilitação do
Deficiente da Visão, depois a Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes
Mentais a qual tinha como objetivo a reabilitação e assistência de todos os deficientes mentais.

3- O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR

O papel do professor na inclusão e determinante para contribuir no processo educativo, uma


vez, que ele é quem direciona o processo pedagógico para o aprimoramento do conhecimento, e o
mesmo avance para superar as barreiras que esse impõe, o professor tem o objetivo de buscar o
aprimoramento de suas práticas, através de cursos, livros, o diálogo com outros profissionais da
área, elaboração de atividades variadas, sempre respeitando as diferenças e inteligências múltiplas.

Para que o atendimento aos alunos com necessidades especiais seja adequado e preciso, que
os professores seja capacitado para exercer tal função, tenha embasamento de conhecimentos
teóricos e práticos para que sua atuação seja eficaz sempre atendendo a necessidade específica de
cada aluno.

Essa formação e importante para o atendimento especializado e possibilita novas práticas


interdisciplinar da atuação nas salas de ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de
atendimento educacional especializado dentro outros meios de atendimentos.

E de suma importância a formação de professores, assim como o comprometimento com a


educação e o sucesso de seus alunos, para se obter uma escola inclusiva: a socialização do aluno, o
ensino e a aprendizagem, e preciso que todos que compõe a comunidade escolar diretores,
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coordenadores, professores, funcionários, técnicos, secretários e prestadores de serviço estejam


comprometidos com a missão da escola.

A oferta dos serviços especializados destinadas aos alunos com necessidades educacionais
especiais e garantido pela Resolução CNE/CEE nº 02/2001. Na qual determina em seu artigo 2º:

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se


para o atendimento aos educando com necessidades educacionais especiais, assegurando as
condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.

O professor desenvolve seu papel com muitos desafios diante dos alunos com necessidades
educacionais especiais. A sua contribuição é atender esses alunos com qualidade e igualdade, para
que os objetivos e o desenvolvimento se efetivem e fazendo com que a sociedade valorize a
diversidade humana.

Algumas estratégias deverão ser adotadas pela comunidade escolar para que tenhamos uma
escola inclusiva com base em Silveira e Nascimento (2013) essas ações são imprescindível:

 Realizar adaptação curricular com materiais também adaptados.


 Interação entre profissionais (psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta) para orientar
o trabalho do professor.
 Investir em formação continuada dos professores.

A interação e a comunicação facilitadas ajudam o desenvolvimento de amizades e o trabalho


com os colegas. Os alunos aprendem a ser sensíveis, a compreender, a respeitar e a crescer
confortavelmente com as diferenças e as semelhanças individuais entre seus pares (STAINBACK,
1999, p. 23).

Para Mittler (2003, p. 35) “A inclusão implica que todos os professores têm o direito de
esperar e de receber preparação apropriada na formação inicial em educação e desenvolvimento
profissional contínuo durante sua vida profissional”
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REGISTRO FOTOGRÁFICO

“A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades. Paulo Freire”

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão no Brasil teve um longo caminho percorrido cheio de preconceito, no início as


pessoas eram vistas como aberrações que precisavam ser isoladas do convívio social. Se o professor
acreditar que incluir é destruir barreiras e que ultrapassar as fronteiras é viabilizar a troca no
processo de construção do saber e do sentir, ele exercerá seu papel, fundamental, para assegurar a
educação inclusiva que todos nós desejamos, semeando assim um futuro que sugerirá menos
discriminação e mais comunhão de esforços na proposta de integrar e incluir.
Mesmo diante das dificuldades, cabe a cada professor fazer a diferença e cumprir o seu
papel na educação. É necessário que o professor busque se aprimorar teoricamente para que a sua
prática seja a mais eficiente possível, é necessário o comprometimento dos professores no processo
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de inclusão de alunos com deficiência. Não basta que haja numa escola a proposta de inclusão, não
basta que a estrutura física da escola esteja adequada. Esses são fatores favoráveis, mas não
fundamentais. É necessário que o professor esteja disposto a socializar-se e permitir-se interagir
com seus alunos.

REFERÊNCIAS

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Princípios, Políticas e Prática em Educação


Especial. Espanha, 1994.

HENNEMANN A.L. Trajetória da Educação Inclusiva. 2012. Disponível em: < http:
//neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2012/04/trajetória-da-educacao-
inclusiva.html> acesso em 11-10-2018

http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/Ana_Paula.pdf

http://revistapontocom.org.br/edicoes-anteriores-artigos/o-papel-do-professor-na-educacao-inclusiva.

JÚNIOR, E. M. 50 anos de Políticas de Educação Especial no Brasil:movimentos,


avanços e retrocessos. 2012. Disponível
<http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/14
64/670>. Acesso em 10-11-2018

Livro língua brasileira de sinais da Uniasselvi

Livro educação inclusiva da Uniasselvi

MITTLER, P. Educação Inclusiva: Contextos Sociais. São Paulo: Artmed, 2003.

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