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MATEMÁTICA E JOSGOS MATEMATICOS NA EDUCAÇÃO

INFANTIL
Autor: Caroline Araújo de Pinho e Itamária Moreira dos Santos Andrade
Tutor externo: Elisangela Moreira dos Santos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (3664) – Estágio Curricular Obrigatório I
03/06/2021

RESUMO

O presente paper de estágio tem objetivo refletir sobre os jogos matemáticos na


Educação Infantil e as contribuições existentes para o desempenho e desenvolvimento
da criança. Esse tema abrange vários contextos, este trabalho é realizado através de
uma pesquisa bibliográfica, O processo de ensino aprendizagem em disciplinas tida
como difíceis, necessita de ferramentas pedagógicas adequadas que atendam a
prioridade do educando, são as técnicas e os métodos que o educador utiliza que
possibilita o ensino da matemática atraente, divertindo, mantendo um padrão de
qualidade no ensino ofertado. Este artigo tem como objetivo destacar a importância
dos jogos matemáticos na educação infantil despertando uma inquietação no educador
para a busca de novas técnicas e métodos para tornar o processo de ensino
aprendizagem agradável e eficiente. O trabalho apresenta também um referencial
sobre o processo e sua importância para educação infantil, sabe-se que no momento
em que trabalhamos com crianças é preciso tomar alguns cuidados para inseri-las
neste mundo letrado., Na educação surge essa palavra “ludicidade” com o objetivo de
ampliar o ato de alfabetizar, de inserir no ato educativo um sentido social. Assim, a
metodologia utilizada para a pesquisa foi a bibliográfica.

Palavras-chave: Matemática. jogos. ludicidade.

1 INTRODUÇÃO

O ensino da matemática na educação brasileira é sem dúvida muito importante, pois


a matemática sempre foi tida na escola como algo difícil. No nosso cotidiano
exercitamos conhecimentos matemáticos, apesar da mesma ser utilizada praticamente
em todas as áreas do conhecimento.

Quando se preconiza o ensino da matemática na escola, é preciso criar situações


para que a criança vivencie experiências que a levem a construir seus conceitos, de
maneira que a mesma compreenda a relação da matemática em suas vivências. Por isso,
os jogos como estratégia de ensino aprendizagem na sala de aula é um recurso
pedagógico que tem apresentado bons resultados, pois cria situações que permitem ao
aluno desenvolver sua criatividade e participação. É nesta perspectiva, que o tema se
torna relevante, onde se busca através do ensino da matemática mostrar que os jogos e
brincadeiras são essenciais no desenvolvimento das atividades de matemática.

Desta forma, o projeto em questão nos permitirá a vivenciar grandes experiências,


com alunos da Educação Infantil. Buscamos reunir informações com o propósito de
responder ao seguinte problema de pesquisa: De que forma os jogos, em sala de aula,
podem colaborar com o ensino de matemática? Com base nisso, projeto em questão visa
contribuir para melhoria das aulas de matemática e levar o aluno a vivenciar
experiências através de jogos de forma lúdica, estimulando também o processo de
interação.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

2.1 – O histórico da Educação Infantil

Pode parecer monótono voltar anos atrás para falar um pouco da educação
infantil, mas, pense, saber como começou pode ser muito importante para compreender
o lugar que é ocupado por ela hoje na sociedade. É verídico que a história da educação
de crianças no nosso país está ligada a um importante acontecimento no Brasil, que é
finalmente entrada das mulheres no mercado de trabalho.

Sem ter alguém para deixar seus filhos, as mulheres iam em busca dàs
“criadeiras”, que eram mulheres que aceitavam cuidavam de muitas crianças ao mesmo
tempo e, na maioria das vezes, sem condições de higiene. Dessa maneira, as creches
surgiram como uma medida de ajudar essas mulheres, como um “mal necessário” para
substituir as criadeiras.

Esse começo foi um dos motivos pelos quais a creche ficou tanto tempo
associada à ideia de assistencialismo. Nas décadas de 70 e 80 essa realidade começou a
mudar com o surgimento de estudos e novas concepções sobre a infância. O primeiro
grande marco na história da educação infantil veio com a Constituição de 1988, que
reconheceu – pela primeira vez – a creche e a pré-escola como parte do sistema
educacional no país.

Em 1996 outro marco importante veio com a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (LDB), que constituiu a educação infantil como dever dos
municípios e estabeleceu sub-faixas: creche para crianças de 0 a 3 anos e pré-escola
para crianças de 4 a 6 anos. Essa lei elevou a educação infantil ao status de primeira
etapa da educação básica, exigindo uma articulação dela com o ensino fundamental.

Depois de entender o histórico da educação infantil no Brasil fica mais fácil


defini-la como a primeira etapa da educação básica e, portanto, um direito da criança.
De acordo com a LDB, essa fase da educação tem como finalidade o desenvolvimento
integral da criança “em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade”.

2.1.2 O jogo e a aprendizagem na Educação Infantil

A palavra jogo pode apresentar muitas definições e existem vários significados


para ela. Por exemplo, no Minidicionário Aurélio de Língua Portuguesa (FERREIRA,
2008), jogo é:

Atividade física ou mental fundamentada em sistema de regras


que definem a perda ou ganho, passatempo, jogo de azar, o vício
de jogar, série de coisas que forma um todo, ou coleção.
Comportamento de quem visa a obter vantagens de outrem. Jogo
de azar. Aquele em que a perda ou o ganho dependem da sorte,
ou mais da sorte do que do cálculo. (p. 497).

A maioria das pessoas associa jogo à atividade física ou mental associada a


passatempo ou divertimento, tais como jogos de bola, jogo de cartas, etc. Mas, todas
essas atividades possuem a principal característica dos jogos, que é a de obedecer a
regras previamente combinadas e possuir sempre um ganhador e um perdedor.
A definição elaborada por Huizinga (1971) é presente na maioria das pesquisas a
respeito de jogos. Segundo ele:

O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro


de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo
regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias;
dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um
sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser
diferente da vida cotidiana. (p. 33).

Para o autor, pelo fato de o jogo ser uma atividade ou ocupação voluntária, o
indivíduo deve querer jogar, e mais, deve se submeter e cumprir o tempo, o local e às
regras previamente combinadas.

Para Dinello (2004), o jogo representa:

Um âmbito de socialização, com uma grande liberdade de


inventar regras e relações, possibilitadas pelo fato de situar-se à
distância de determinismos convencionais. É a ocasião de
interiorização de atitudes, de tomar iniciativas pessoais e de dar
respostas aos demais. Por momentos, divergindo do grupo,
assumindo compromissos de lealdade com outros, o jogo
apresenta situações próprias para descobrir-se “como” o outro
ou “diferente” dos outros: ambas as percepções são necessárias
para ir construindo suas próprias referências. (p. 19).

Concordamos com o autor, que o jogo apresenta situações para o jogador


construir suas próprias referências, ou seja, descobrir suas potencialidades e compará-
las com as potencialidades dos outros jogadores. Aquele jogador que tiver a habilidade
de raciocínio mais desenvolvida, possivelmente sairá melhor num jogo.

Os jogos matemáticos têm apresentado um importante papel como recurso


pedagógico para construção do conhecimento matemático. Por isso, hoje vêm sendo
difundidos nas aulas de matemáticas em todos os níveis e ensino, inclusive no ensino
fundamental. Alguns teóricos como Piaget e Kishimoto, acreditam na sua eficiência e o
quanto pode ser determinante nas atividades.

No jogo o aluno desempenha o papel ativo na construção do conhecimento,


desenvolvendo o raciocínio, a autonomia, além de interagir com seus colegas. O jogo
ajuda na formação de atitudes, desenvolve diferentes contextos culturais percebendo e
respeitando as diferenças existentes dentro e fora do grupo. Segundo D’Ambrosio “A
matemática é uma matéria que nos ajuda a pensar com clareza e raciocinar melhor”
(1993, p.13).

No entanto, a habilidade de desenvolver o pensamento e o raciocínio pode ser


adquirida através das experiências que o indivíduo tiver com o meio em que se vive. Se
os jogos forem bem selecionados tendo como plano de fundo os conceitos matemáticos
certamente construíram um recurso pedagógico eficaz para construção de conceitos no
ensino da matemática.

Para Vygotsky (1984), os elementos fundamentais da brincadeira são: a situação


imaginária, a imitação e as regras. Segundo ele, sempre que brinca, a criança cria uma
situação imaginária na qual assume um papel, que pode ser, inicialmente, a imitação de
um adulto observado. Assim, ela traz consigo regras de comportamento que estão
implícitas e são culturalmente constituídas.

É através dos jogos e brinquedos, que a criança adquire a representação do mundo


e, é por meio dele também, que ela penetra no mundo das relações, sociais,
desenvolvendo um senso de iniciativa e auxilio mútuo.

A escola que entende que ensinar Matemática seja desenvolver o raciocínio lógico,
estimular o pensamento autônomo, desenvolver a criatividade e resolver problemas,
certamente terá que buscar novas estratégias de ensino, através de novos recursos,
criando, com isso, um ambiente que favoreça a construção coletiva do conhecimento,
onde aluno e professor possam refletir sobre as possibilidades da matemática.

Golbert, (2002, p. 25) enfatiza:

É essencial reconhecer a que os processos de aprendizagem de


matemática e seus produtos, assim como os modos matemáticos
de pensamento, são inteiramente sociais, e que a criança constrói
ativamente sua compreensão matemática, à medida que participa
de processos coletivos, na sala de aula.

Os jogos, ultimamente, vêm ganhando espaço na área educacional, numa tentativa


de trazer o lúdico para integrar o espaço escolar. O que se observa com frequência é que
a maioria dos professores busca com a sua utilização tornar as aulas mais agradáveis,
com intuito de fazer com que a aprendizagem se torne algo significativo e, ao mesmo
tempo, prazeroso. Além disso, as atividades lúdicas podem ser consideradas como
instrumentos que estimulam o desenvolvimento do raciocínio, levando o aluno a
enfrentar situações de conflito relacionadas com o seu cotidiano.

3 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO

3.1 METODOLOGIA
O Local escolhido para realização do estágio foi uma escola privada está localizado
no Conjunto Habitacional Urbis III, Caminho 06, nº 19 no bairro da Urbis em São
Sebastião do Passé – Bahia. CEP: 43.850-000. Telefone: (71) 3655-5270. É uma
instituição particular, funciona nos turnos matutinos e vespertinos, nas seguintes etapas:
Educação Infantil de (cinco) anos de idade e do Ensino Fundamental de 1º ao 5°Ano.

Funcionamento: Vespertino/ Educação Infantil; Matutino/ Ensino Fundamental. A


escola tem um total de 58 alunos sendo 50 alunos na Educação Fundamental e 8 na
Educação Infantil.

Devido estarmos em período de pandemia não acontecerá nosso estagio presencial.


Portanto, será aplicada uma metodologia que favoreça o desenvolvimento da criança nas
diversas fases respeitando suas características individuais e necessidades pessoais.
Utilizaremos o projeto de abstração, memorização e raciocínio com jogos de tabuleiro, o
qual será feito através de um e-book.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Compreendemos que um estágio virtual, não é a mesma coisa de um presencial, mas


com o mesmo sentido trabalhamos nos esforçamos para darmos o melhor. Sentimos
falta de estar ali em sala de aula com os alunos aplicar o que foi pesquisado e vê os
resultados dos nossos esforços.
Contudo concluímos nosso projeto que teve como base uma escola privada que funciona
nos turnos matutinos e vespertinos, nas seguintes etapas: Educação Infantil de (cinco)
anos de idade e do Ensino Fundamental de 1º ao 5°Ano. Funcionamento: Vespertino/
Educação Infantil; Matutino/ Ensino Fundamental. A escola tem um total de 58 alunos
sendo 50 alunos na Educação Fundamental e 8 na Educação Infantil.
Para concluirmos nosso projeto utilizamos o programa de metodologia e estratégia de
ensino e de aprendizagem, incluindo o projeto de extensão o qual escolhemos um e-
book como produto virtual e que teve como tema: abstração, memorização e raciocínio
com jogos de tabuleiro, o qual abrange várias áreas do ensino que inclui ensinar com a
ludicidade.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

Obtivemos vários desafios na construção do nosso projeto um principal foi o


fato de não ser presencial, pois quando estamos em sala de aula as coisas fluem melhor.
O fato de ser virtual não impediu de realizarmos nosso estagio, fizemos pesquisas
virtuais as quais obtivemos muitas informações a aprendíamos coisas novas a cada dia,
o tema jogos matemáticos na educação infantil, foi um tema muito amplo que nos
ajudou tanto no conhecimento quanto nas possibilidades de ensinar brincando
obtivemos muitas ideias, e quanto mais pesquisávamos, a nossa mente se abria para
novas maneiras de ensino, utilizamos artigos, livros, e professora que estava passando
por essa experiencia.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, P.N. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo, SP:
Loyola, 1995.
DALLABONA, Sandra Regina. O Lúdico na Educação Infantil: Jogar, Brincar,
uma forma de educar. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG. Vol. 1. n. 4 –
jan-mar./ 2004. 107-112.
D’AMBROSIO, U. c Etnomatemática: um programa. A Educação Matemática em
Revista, 1(1). Blumenau, SC: SBEM, p. 5 - 11. (1993).
DINELLO, R. Os jogos e as ludotecas. Santa Maria: Pallotti, 2004
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio: o minidicionário da Língua
Portuguesa. 6 ed. Curitiba: Positivo, 2008.
GOLBERT, C. L. Novos rumos na aprendizagem da matemática: conflito, reflexão
e situações problemas. Porto Alegre: Mediação, 2002.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento de cultura. São Paulo:
EDUSP, 1971.
VYGOTSKY. L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1984
ANEXO I
ANEXO II

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