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OFICINAS PEDAGÓGICAS

Priscila Souza Costa¹


Silvana de Fátima dos Santos¹
Silvia Claudia Dias¹
Maria das Neves Silva²

RESUMO

O presente artigo, versa sobre as oficinas pedagógicas no processo de ensino de aprendizagem


considerando que estas oferecem desenvolvimento social, além de possibilitar a troca de
experiências. A relevância desse estudo está na importância e necessidade de formação de
professores capazes de adotar diferentes estratégias para uma aprendizagem mais significativa,
em geral, trazendo consigo muitos questionamentos e a criação de oficinas tornando seu
aprendizado mais dinâmico, onde através da ludicidade, de jogos, na formação de grupos de
estudos, com auxilio do docente. Dessa forma, permitem que os participantes ampliem os
conhecimentos adquiridos em sala de aula e os relacionem com o cotidiano. Como instrumentos de
apoio didático e pedagógico, as oficinas visam superar as dificuldades dos alunos de forma
descontraída, sem a pressão da sala de aula, deixando o aluno mais à vontade para participar. A
questão fundamental das oficinas é inovar e transmitir os conteúdos de uma forma mais simples e
descontraída, trazendo o assunto escolar para o cotidiano dos alunos. Mostrando-os que o
aprender e o ensinar não são práticas mecânicas, mas sim práticas prazerosas e divertidas. Os
dados foram coletados por meio de pesquisas.

Palavras-chave: Oficinas Pedagógicas – Docente – Didático

1. INTRODUÇÃO

Um dos requisitos mais importantes a serem levados em consideração pelo professor no


processo ensino-aprendizagem é o de desenvolver meios de dinamizar a assimilação de conteúdos
por parte dos alunos. Cabe ao professor planejar e refletir sobre quais são os melhores métodos
e/ou abordagens a serem utilizadas para que haja uma aprendizagem significativa, portanto, “o
professor deverá ser um verdadeiro construtor do saber coletivo, organizando e propondo as
melhores ferramentas facilitadoras para que os estudantes se apropriem do conhecimento”
(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 69). Qualquer estratégia de ensino pode agregar valores ao
processo de ensino e de aprendizagem, na medida em que estão diretamente ligadas ao objetivo
proposto (RODRIGUES, 2007), portanto, as estratégias de ensino são capazes de dinamizar a
aprendizagem dos alunos no sentido de torná-la mais significativa. Uma das estratégias de ensino
capazes de dinamizar a aprendizagem dos alunos são as oficinas pedagógicas, porém, o que viria a
ser uma oficina? E qual a sua importância pedagógica? Para Schulz apud Viera e Volquind (2002,
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia ( 3304) – Prática do Módulo I – 29/11/2021
2

p. 11) a oficina se caracteriza como sendo “um sistema de ensino-aprendizagem que abre novas
possibilidades quanto à troca de relações, funções, papéis entre educadores e educandos”. Portanto,
aderir às oficinas de ensino pode ser considerado um meio de articular e integrar saberes.
O projeto das oficinas é uma forma de avaliação do aluno e do professor em relação ao
conteúdo e às aulas ministradas, pois através delas o professor pode avaliar cada aluno de forma
mais informal, adentrando-se a cada participação do aluno e, a partir dessa interação, perceber se o
conteúdo foi transmitido de acordo com o planejado. As oficinas pedagógicas têm como objetivo
ser um instrumento de apoio didático-pedagógico que visam suprir as dificuldades de
aprendizagem relacionadas com o conteúdo em questão.
As oficinas pedagógicas permitem uma análise da realidade de cada aluno sem a fuga do
conteúdo que deve ser abordado, além de permitir o intercâmbio de experiências, em que o saber
não se constitui apenas no resultado final do processo de aprendizagem, igualmente presente no
processo de construção do conhecimento. São situações de ensino e aprendizagem de forma aberta
e dinâmica, sendo uma valiosa forma estratégica para a formação tanto dos educadores, quanto
para os discentes. Com as oficinas, os professores tanto ensinam quanto aprendem. Há uma troca
mútua de conhecimentos de forma descontraída, na qual ambos os lados saem renovados de cada
etapa escolar.
Este é o sentido e o papel das oficinas, onde os educadores transferem para a coletividade
o saber do aluno, transpondo barreiras de um ensino tradicional, transmitindo-o informações a
partir da interaçãp com o grupo. Sobressai-se a questão da inovação, da superação de barreiras em
uma educação engessada, onde os alunos podem comparar exoeriências inserindo-se em um
ambiente de reflexão constante, frente aos desafios enfrentados pelo grande grupo. É importante
para tal, que o docente institua novas práticas, para que não haja uma estagnação no ensino.
Da mesma forma pela constante utilização e troca de conteúdos, os docentes passam por
um processo de formação e atualização para que possam atender as demandas dos alunos. Como
principais características podemos destacar o diálogo, uma aprendizagem ativa, normalmente
destinam-se à um tema ou dificuldade do grupo.
Assim, ao longo do trabalho serão analisados aspectos voltados às oficinas pedagógicas,
sua importância, aos jogos matemáticos no auxílio do ensinamento da matemática, importância de
trabalhar-se as medidas para a educação infantil e destacar a importância do jogar para o
aprendizado do educando.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Quando um educador propõe um jogo, além dos objetivos cognitivos a serem alcançados,
3

esperamos que a criança possa ser capaz de socializar, criar e explorar a criatividade, interagir e
aprender. Brincar e jogar não são passatempos, trata-se de atividades fundamentais para construção
do conhecimento sobre o mundo. Os jogos e as atividades lúdicas ajudam a reconhecer as
potencialidades de cada criança, desenvolver o raciocínio, expressar ideias, pensamentos e
emoções, permite ainda que a criança entre em contato com seu próprio corpo e com suas
possibilidades de movimentação desenvolvendo assim sua consciência corporal e seu
autoconhecimento.
PIAGET (1967), “fala que o jogo possibilita a construção do conhecimento,
principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operacional”. A importância dos jogos e
brincadeiras, na prática pedagógica educativa auxilia na educação e no desenvolvimento do aluno,
além de possibilitar a troca de experiências. O objetivo das oficinas pedagógicas é incentivar e
superar as dificuldades dos alunos de uma forma descontraída e como instrumentos de apoio
didático e pedagógico. Abordando também a importância da ludicidade como método no processo
de aprendizagem e desenvolvimento, dessa forma, permitem que os participantes ampliem os
conhecimentos adquiridos em sala de aula e os relacionem com o cotidiano. Mostrando que o
aprender e o ensinar não são práticas mecânicas, mas podem ser práticas prazerosas e divertidas.
A brincadeira não deveria ser entendida como uma atividade secundária ou como um
“mero passatempo” das crianças. Ao contrário, deveria ser valorizada e estimulada, já que tem uma
importante função pedagógica. Ao utilizar o jogo em sala de aula o professor deve ter o cuidado
para entender as limitações de seu aluno. Essas experiências fornecem aos alunos componente
simbólico e material, que contribuem para a construção dos processos cognitivos, motores,
estéticos, éticos e socioafetivos, assim como desenvolve seu comportamento no momento de
socialização.

Os jogos representam uma fonte de conhecimento sobre o mundo e sobre si mesmo,


contribuindo para o desenvolvimento de recursos cognitivos e afetivos que favorecem o
raciocínio, a tomada de decisões, a solução de problemas e o desenvolvimento do potencial
criativo. (LOPES, 2000, p. 32).

É necessário que a escola favoreça e promova o ensino e a aprendizagem, estimulando


todos os profissionais (professores, gestores, administrativo) a adotarem como metodologia a
prática de atividades lúdicas, criando um ambiente educador, e favorecendo o processo de aquisição
de autonomia de aprendizagem. Exige um repensar da escola para que se adapte ao aluno e não
ocorra o inverso. O professor necessita de formação e criatividade para adotar diferentes estratégias
de ensino e também precisa conhecer os alunos para estabelecer os meios de aprendizagem que
deve aplicar, pois é por meio da avaliação que o educador pode reconhecer as melhores estratégias
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didáticas para uma aprendizagem mais significativa.


KULISZ (2004) “confirma que o professor precisar selecionar e planejar os materiais
utilizados em sala de aula”. Cabe ao professor o processo de aprendizagem a partir de jogos e
brincadeiras levando em conta os vários fatores como social, cultural e a história de vida de cada
educando, com características pessoais, sensoriais, motoras e psíquicas, para que possa dar a devida
atenção e atender da melhor forma possível proporciona ao aluno uma participação efetiva no
processo de ensino aprendizagem, se tornando um momento ímpar de crescimento pessoal e
coletivo. Podem ser utilizados jogos, brincadeiras, leitura, música. O professor nesse momento é o
influenciador do desenvolvimento do aluno, e suas atitudes vão interferir diretamente no
estabelecimento do conhecimento.
“O lúdico permite um crescimento de uma forma integral e uma visão ampla do mundo
mais realista, por meio de descobertas e da criatividade” (TIEDT; SCALCO, 2004, p.123).
Um professor em sala de aula precisa incluir em sua prática pedagógica atividades que
ampliem o vocabulário e linguagem, desenvolvam seus pensamentos lógicos, associem quantidade
e número, identifiquem conceitos de tamanho de objetos (pequeno, médio e grande) e de quantidade
(pouco, muito), pensem sobre coisas reais e imaginárias, estimulem a capacidade de associação e
domínio motor e viso-motor. façam os alunos pensarem em relação ao tempo: passado, presente e
futuro.
Nesse momento de jogos e brincadeiras, o aluno tem a oportunidade de estabelecer
entendimento no processo de sua aprendizagem. Para os profissionais que trabalham com educação
inclusiva, é de extrema importância estabelecer intervenções pedagógicas. Os jogos e brincadeiras
desempenham neste momento um papel também de intervenção, pois se espera que a criança com
deficiências se desenvolva de forma que possa trazer benefícios em vários aspectos. Não adianta
nada deixar a criança com deficiência fazer rabiscos descontextualizados ou atividades de colagem,
sem uma participação ativa no grupo-classe.
Os jogos e brincadeiras possibilitam maior interação também entre o aluno com deficiência
e o grupo de crianças no ambiente escolar. Nas brincadeiras as crianças adquirem experiências e,
nelas acontecem as trocas de conhecimentos, que são imprescindíveis ao seu desenvolvimento,
respeitando e diminuindo as diferenças e limitações de cada um. A inclusão significa pensar na
diversidade presente em nossas escolas, na necessária mudança de visão sobre o ensino, entendendo
que as políticas educacionais precisam contemplar todos os cidadãos, independente das diferenças.
Assim, a educação Inclusiva afirma que a inclusão requer um novo olhar para o aprendiz e para a
sua escolarização.
É enorme a influência do brincar no desenvolvimento da criança. As atividades lúdicas
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podem contribuir para o desenvolvimento intelectual da criança, até mesmo as que apresentam
dificuldade de aprendizagem. Mesmo a contação de histórias pode ser de diversas formas, pois
mesmo que a criança não tenha oralidade ou possua um impedimento motor que não permita a
coordenação e o movimento das mãos, em consequência de alguma deficiência. pode contar de
outras formas: por meio de um escriba ou de uma ferramenta de tecnologia assistiva.

Os jogos, historicamente, são de grande valor, não apenas pelo interesse que
universalmente despertam nas crianças, mas também pela alegria que manifestam ao
jogar... os jogos trazem, ainda, a grande vantagem de oferecer, ao que deles participam
excelentes oportunidades para o desenvolvimento físico, mental, emocional e social.
(NEGRINE,1994, p.13).

Referente aos jogos e brincadeiras para a aprendizagem, o lúdico nesse processo promove
o encontro entre o brincar e o aprender, deixando de ser um mero passatempo garantindo o
desenvolvimento cognitivo da criança em todos os seus aspectos. São destacados exemplos de jogos
que trabalham a cognição, coordenação motora fina, habilidades manuais, raciocínio lógico-
matemático, linguagem, memória, atenção, dentre outras habilidades básicas que proporcionarão o
pleno desenvolvimento infantil.
Sendo assim, a prática pedagógica deve ter suas especificidades levadas em conta, tendo
consciência de quem é esse aluno, seus interesses e de que forma ele aprende. Destacamos ainda
que ao tratarmos das brincadeiras e jogos, não nos referimos apenas aos que ajudam na
aprendizagem do sistema alfabético, mas também aos que auxiliam na aprendizagem de conteúdos
de outros componentes curriculares.

Figura 1 – Crianças fazendo brincadeiras pedagógicas

Fonte: http://www.objetivocarapicuiba.com.br/wp-content/uploads/2018/01/feature-images-gallery-001.jpg
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Além das disciplinas do currículo obrigatório as oficinas pedagógicas fazem parte da vida
escolar do aluno, desenvolvendo um trabalho unificado e contextualizado através de atividades que
proporcionam ao aluno os conhecimentos visando sua formação integral.

2.1 AS OFICINAS PEDAGÓGICA NO CONTEXTO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS

Muitos professores ainda possuem uma espécie de “barreira” que os impedem de


desenvolver metodologias inovadoras em sala de aula, isso caracteriza um comodismo ao
qual a educação vem assumindo ao longo dos anos, o processo de ensino e 5 aprendizagem
se reduz a um mero discurso unilateral, onde o professor é o orador e o aluno o ouvinte.
As atividades práticas são um exemplo de metodologia que pode facilitar a assimilação de
conteúdos, tornando assim a aprendizagem mais significativa, pois as atividades práticas
proporcionam aprendizagens nas quais o aluno não poderia aprender apenas com aulas teóricas
(ANDRADE; MASSABNI, 2011).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998) descrevem as atividades práticas
como um importante elemento para a compreensão ativa dos conceitos cientificos, pois os
participantes podem estabelecer uma relação mais significativa com assunto ou o objeto de
estudo, tornando assim, a aprendizagem dos participantes mais significativa, segundo a visão
de Rosalen, Rumenos e Massabni (2014):

As atividades práticas são importantes quando ensinadas de forma a trabalhar a


busca e resolução de problemas, pois assim os alunos passam de meros espectadores
à protagonistas de seu ensino, podendo experimentar e deduzir resultados, criando
maior capacidade de argumentação e indução, e finalmente formando verdadeiros
cientistas.

Entretanto, para que uma atividade prática possa contribuir de forma positiva para a
aprendizagem do aluno, é fundamental que essa atividade esteja acompanhada de um momento
de reflexão e discussão de idéias sobre a prática em si (POSSOBOM; OKADA; DINIZ,
2003). Embora as atividades práticas possuam um grande potencial pedagógico, muitos
professores ainda não as utilizam por várias razões, entre elas, podemos citar a falta de
materiais e recursos para a realização das mesmas ou até mesmo a falta de tempo do
professor ao planejar a realização de tais atividades (BORGES, 2002). Cabe citar também,
que a falta de preparo do professor pode caracterizar uma razão para a não utilização desse
tipo de atividade em sua aula.
Para Andrade e Massabni (2011), as aprendizagens proporcionadas pelas atividades
práticas dependem do modo como estas são planejadas e conduzidas, pois para que o aluno
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possa construir conceitos, é necessário que essa atividade possua um caráter investigativo e
questionador das idéias e conhecimentos prévios dos alunos. As oficinas pedagógicas são
exemplos de atividades que proporcionam aprendizagens oriundas da interação entre teoria e
prática. Podemos então, dizer que uma oficina, representa uma atividade prática onde se
trabalha com resolução de problemas que 6 levam em consideração os conhecimentos
teóricos e práticos dos alunos (MARCONDES, 2008).
A interação entre o pensar e o agir requer um conjunto de fatores que irão
impulsionar um indivíduo a executar conscientemente uma determinada tarefa, essa é a
característica principal de uma oficina pedagógica, pois trata-se de uma forma de construção
de conhecimento por meio de uma ação, sem é claro, desconsiderar sua natureza teórica
(PAVIANI; FONTANA; 2009). Desse modo, pode-se afirmar que uma oficina pedagógica
provê uma interação mais significativa entre os participantes e o objeto de estudo. Para
Valle e Arriada (2012) as oficinas pedagógicas proporcionam a construção do conhecimento
por meio da relação ação-reflexão-ação, fazendo o aluno vivenciar experiências mais
concretas e significativas baseadas no sentir, pensar e agir. É necessário ressaltar também
que, para Moita e Andrade (2006) as oficinas pedagógicas são capazes de promover a
articulação entre diferentes níveis de ensino e diferentes níveis de saberes, sendo assim, essa
atividade serve como meio de formação continuada de educadores e como base para a
construção criativa e coletiva do conhecimento de alunos. Fato esse, que é afirmado pelas
ideias de Souza e Gouvêa (2006), onde destacam que a oficina também serve como um
meio de contribuição para a formação continuada de professores, por se tratar de uma
atividade de curta duração que a longo prazo age como meio de formação contínua.

3. METODOLOGIA

Para elaborar o presente artigo, foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, sites e
outros documentos de caráter digital com a finalidade de contemplar o tema voltado para oficinas
pedagógicas, a qual teve como base a consulta em livros elaborados por autores reconhecidos.
As alunas reuniram informações e pesquisas e foram feitas conversas informais
virtualmente, devido ao cenário que ainda estamos vivendo, pois nem todos retornaram sua rotina,
mesmo virtualmente, juntamos as informações para formular esse artigo.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Foi possível observar através deste artigo a grande importância em que se tem ao aplicar
oficinas pedagógicas no dia a dia dos alunos, é atentar-se ao modo com que uma atividade
prática é aplicada, prestando sempre uma atenção especial ao planejamento da mesma e ao
modo como essa atividade é encerrada, para que não caracterize uma atividade meramente
mecânica.
Cabe ressaltar que a prática pedagógica do professor deve estar sempre em
constante transformação, pois a formação de um professor é um processo contínuo que se
estende para além da graduação. Desta forma nota-se que quando um professor opta por essas
ferramentas usando de sua criatividade e amor, com certeza consegue obter resultados
positivos, em favor de seus alunos.
Como já falado, atividades práticas tais como as oficinas pedagógicas possuem o
potencial de promover um maior interesse e motivação do aluno, Otaviano, Alencar e
Fukuda (2012) apud Cunha (2006), declaram que o professor deve ser capaz de tornar as
suas aulas mais atraentes, na medida em que estimulem seus alunos, os conduzam a
criticar, pesquisar e descobrir conhecimentos em sala de aula. E com as oficinas
pedagógicas isso se torna possível já que as mesmas se baseiam em situações vivenciadas
pelos alunos em seu cotidiano (SANTOS, 2007).

5. CONCLUSÃO

Acreditamos que a oficina pedagógica constitui-se num importante dispositivo


pedagógico para a dinamização do processo de ensino-aprendizagem, particularmente por sua
praticidade, sua flexibilidade diante das possibilidades de cada escola e, mais que tudo, por
estimular a participação e a criatividade de todos os seus integrantes. Conseqüentemente, as
oficinas pedagógicas são situações de ensino e aprendizagem por natureza abertas e
dinâmicas, o que se revela essencial no caso da escola pública, instituição que acolhe
indivíduos oriundos dos meios populares, cuja cultura precisa ser valorizada para que se
entabulem as necessárias articulações entre os saberes populares e os saberes científicos
ensinados na escola.
Neste texto, desenvolvemos uma reflexão sobre a construção do conhecimento na escola,
além disso, concorre para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem e, neste, para a formação e
o trabalho docentes. Esse recurso ainda estabelece ou aprimora vínculos interpessoais na
própriaescola.
Por tudo isso, afirmamos que as oficinas pedagógicas servem de meio tanto para a
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formação contínua do(a) educador(a) escolar quanto para a construção criativa e coletiva do
conhecimento por alunos e alunas, professores e professoras que trabalham na escola pública. Essa
metodologia é pensada com o olhar voltado para a formação desses(as) profissionais de ensino, no
contexto de um modelo epistemológico que supõe o conhecimento como um processo (cri)ativo de
apropriação e transformação da realidade.

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