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A GESTÃO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DOS ALUNOS

DE INCLUSÃO
Autora: Fatima Terezinha Antoczechem
Tutor externo: Mariley Duarte Rocha de Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (1730) – Estágio
17/06/2020

RESUMO

O objetivo deste trabalho é apresentar a importante função da equipe gestora


da instituição escolar, que segue a um sistema determinado por orientações
gerais, sobrevindas das Leis de Diretrizes e Bases (LDB) na alfabetização dos
alunos. Com olhar na gestão democrática, visando a inclusão de estudantes
com necessidades educativas especiais, o gestor e o pedagogo devem
contribuir com o processo de alfabetização dos alunos com necessidades
educativas especiais, observando cada setor dentro do contexto gestão
educacional e suas dificuldades. Os trabalhos feitos para um bom
funcionamento da instituição e garantir uma alfabetização com eficiência
apesar dos desafios encontrados, assim, procurou-se abordar a Lei de
Diretrizes e Bases que contempla, de forma explícita, as regulamentações
acerca da gestão escolar. Sendo assim, o trabalho foi realizando procurando
abordar material teórico, levantamento bibliográficos, por meio de livros, artigos
e observação dentro da vivência de estágio.

Palavras-chave: Gestão educacional. Inclusão. Alfabetização.

1 - INTRODUÇÃO

A ideia central deste trabalho é analisar a gestão educacional, que


envolve vários setores, entre eles, gestão pedagógica, gestão administrativa,
financeira e gestão de eficiência, com um olhar a gestão democrática. Sendo a
gestão educacional resultante de um processo de transformação social,
econômico e político, procura-se abordar a LDB - Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – Lei nº 9394/1996 (BRASIL, 1996) - no Art. 12, que
contempla de forma explícita as regulamentações acerca da gestão,
compreendendo a democratização da gestão, assim como a inclusão de alunos
com necessidades educativas especiais no ambiente escolar.
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A partir desta análise, tentou-se relacionar a temática deste trabalho a


elaboração do Projeto de Extensão “Alfabetização e Letramento em Tempos de
Ensino a Distância” que resultou na elaboração de um Trilha Pedagógica que
teve por objetivo propor uma ação de trabalho que vise a aprendizagem dos
alunos neste momento de educação a distância, relacionando o que foi
estudado e pesquisado na teoria com a possiblidade de realização na prática,
quando considera-se o trabalho da equipe gestora dentro da instituição de
ensino.
Compreender o papel do gestor e cada membro da equipe em função do
processo de alfabetização aos alunos com necessidades educativas especiais,
sendo essa a área de concentração escolhida, sabendo que é um processo
individual, pois há alunos com diferentes deficiências. Para tanto é necessário,
para atender esta diversidade, materiais pedagógicos e outros recursos,
enquanto profissionais da educação cientes das dificuldades, mas também das
diversas possibilidades para obtenção do pleno desenvolvimento do educando.
Compreender a gestão escolar como área de atuação, é entender os meios
para a realização das finalidades, princípios, diretrizes e objetivos
educacionais.
Num primeiro momento, na área de concentração escolhida. será
abordada a Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9394/1996
que contempla de forma explícita as regulamentações acerca da gestão
educacional, compreendendo a democratização da gestão escolar ,que
constitui princípio fundamental da organização e da administração das
instituições públicas de ensino, assim como a inclusão de alunos com
necessidades educativas especiais no ambiente escolar e os novos desafios e
dificuldade, analisando a percepção da gestão escolar diante da inclusão. A
seguir será apresentado o processo de alfabetização desses alunos, para tanto
busca-se esta análise por meio de pesquisas bibliográficos, artigos, revistas,
Num segundo momento disserta-se sobre a vivência do estágio, após o
Roteiro de Observação Virtual, realizado na Escola Municipal Miracy
Rodrigues de Araújo, abordando a educação inclusiva e alfabetização destes
alunos, analisando a percepção do diretor e do setor pedagógico e a
elaboração da Trilha Pedagógica, tendo como objetivo contribuir para a
aprendizagem desses alunos, contribuindo, assim, para futuros profissionais da
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área da educação, a importância do estágio e o quanto ele contribui para a


formação e melhoria do fazer docente.

2 - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No Brasil o sistema educacional é legitimado por leis específicas que


buscam viabilizar políticas que possam contribuir para o crescimento da
educação do país. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, LDB de 1996, a
gestão da educação é organizada nos sistemas de ensino federal, municipal,
estadual.
Ao que se refere à gestão escolar a LDB nos traz nos Art.12, inciso I a
VII, aos estabelecimentos de ensino, que terão a incumbência de:

I- Elaborar e executar sua proposta pedagógica.


II- Administrar seu pessoal e seus recursos financeiros.
III-Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula
estabelecidas
IV-Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente.
V-Prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento.
VI- Articular-se com as famílias, e a comunidade, criando processos
de integração da sociedade com a escola.
VII-Informar aos pais e responsáveis sobre a frequência e o
rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta
pedagógica (BRASIL, 1996).

Como nos traz a LDB, o planejamento, a elaboração e a execução de


uma proposta pedagógica é a principal das atribuições das unidades de ensino,
devendo ela, assim na sua gestão, trilhar um caminho orientado por essa
finalidade (VIEIRA,2008, p.3).
A gestão escolar, como área de educação, engloba o trabalho da
direção escolar, da supervisão ou coordenação pedagógica, da orientação
educacional e da secretária da escola, segundo o princípio da gestão
democrática, a realização do processo de gestão inclui também a participação
ativa de todos da comunidade escolar, contribuindo assim a garantia de
qualidade a todos os alunos. A democratização da gestão escolar busca
minimizar a centralização das decisões e para se ter uma gestão democrática e
participativa, todos precisam estar envolvidos no processo escolar. Uma das
conquistas históricas para gestão escolar foram as diferentes formas de
seleção da função de gestor para escolas públicas, a conquista a eleição direta
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para diretor escolhida pela comunidade escolar, representa a participação do


povo nas políticas educacionais.
Assim sendo, a proposta da gestão escolar democrática vem ao
encontro da proposta de educação escolar inclusiva, que requer a participação
de todos os profissionais da escola em benefício da inserção efetiva dos alunos
incluídos, sintonizando-se na busca de um mesmo objetivo, uma educação de
qualidade para todos que fazem parte da instituição. Ressaltando que, a gestão
democrática deve incluir todos no ambiente escolar, independentemente de
suas características particulares, assim como classes sociais, etnias,
necessidades educativas especiais, as quais, essa última, devem ser
contempladas no planejamento e na prática pedagógica.
A educação inclusiva reconhece a diversidade na escola, ao respeitar
essa diversidade a de se pensar no atendimento às necessidades educativas
individuais de cada aluno, as adaptações diante das diferenças de
aprendizagem.
Para Michels (2006) a política de educação inclusiva tem o propósito não
apenas de incluir todos, mas também de descentralizar as responsabilidades
do sistema educacional com todos os segmentos da sociedade. Neste sentido
toda comunidade escolar é parte fundamental no gerenciamento das escolas e
os professores passam a assumir um novo papel como gestores da educação.
A noção de educação inclusiva vem se transformando ao longo do
tempo, iniciativas como política de educação vêm se consolidando em um outro
olhar para a diversidade, assim como na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional prevê, no capítulo V, a educação especial como
modalidade de educação escolar a ser ofertado preferencialmente na rede
regular de ensino, dando ênfase ao atendimento das necessidades especiais
de cada indivíduo para seu sucesso escolar. Ainda que com muitos esforços,
seguem muitos desafios e dificuldades encontrados no dia a dia da gestão
escolar inclusiva.
Entre os motivos que dificultam as ações no sentido da inclusão são os
altos custos para as adaptações necessárias nos espaços físicos e para as
adaptações curriculares de grande porte, bem como nas adaptações de porte
menor na escolha de recursos e metodologias diversificadas e também a
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resistência de muitos educadores diante desse novo paradigma da educação


(Batalha, 2009).
Neste sentido, para que a inclusão de fato se concretize, é necessário
que os professores estejam preparados para lidar como cada tipo de situação
e, para realizar a educação inclusiva, onde os alunos recebam o devido apoio
para prosseguir em seus estudos. Para tanto, a gestão escolar contribui para
que ocorra o desenvolvimento de um trabalho qualificado com relação a
alfabetização dos alunos de inclusão.

2.1 - ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS DE INCLUSÃO NO CONTEXTO DA


ORGANIZAÇÃO ESCOLAR.

A presença dos alunos com necessidades educativas especiais na rede


regular de ensino traz aos professores e gestores modificações em seu
trabalho. A fim de melhor atendê-los, promovendo assim o aprendizado, a
escola deve utilizar diversos instrumentos pedagógicos, buscando sempre o
desenvolvimento intelectual e a autonomia desses educandos.
Sabendo que toda criança pode ser alfabetizada, porém, sempre
existirão diferenças quanto ao tempo de apropriação do sistema de escrita
(SEA) sendo assim, a ela deve ser oportunizada o acesso ao conteúdo dos
demais colegas, mas para facilitar sua compreensão devem-se criar materiais e
encaminhamentos alternativos compatíveis com suas possibilidades (BRASIL,
2012).
Para que os alunos com necessidades educativas especiais possam
participar de um ambiente escolar inclusivo, cabe aos gestores das instituições,
assim como das secretarias de educação municipais, estaduais e federal
oferecerem e incentivarem treinamento e capacitações aos seus educadores,
tendo assim como objetivo um aprimoramento na qualidade do ensino. Assim
como adotar medidas pedagógicas em diversos âmbitos do currículo escolar,
devendo este ser reflexivo, passivo, para que possa apropriar as peculiaridades
dos alunos, como é trazido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs):

[...] possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de


aprendizagem dos alunos. Pressupõem que se realize a adaptação
do currículo regular, quando necessário, para torna-lo apropriado às
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peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não um novo


currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação
para que atenda realmente a todos os educandos. Nestas
circunstâncias, as adaptações curriculares implicam a planificação
pedagógica e as ações docentes fundamentadas em critérios que
definem o que deve aprender, como e quando aprender, que formas
de organização do ensino são mais eficientes para o processo de
aprendizagem, como e quando avaliar o aluno (BRASIL, 2002, p.33).

Pensando na ampliação e qualidade de ensino dos alunos de inclusão,


além de um bom currículo, a escola tem como objetivo contemplar em seu
Projeto Pedagógico (PPP) a missão para melhor seus alunos, buscando meio
para aqueles que necessitam de acompanhamento especial, proporcionando o
desenvolvimento psicopedagógico, que é de suma importância para que
melhor desempenhem suas atividades.
Neste sentido a nova política de educação inclusiva estabelece que os
alunos com necessidades especiais frequentem o ensino regular e no contra
turno deverão receber atendimento diferenciado em espaço preparados, que
são chamados “sala de recursos”, em cumprimento ao direito do aluno como
previsto na resolução nº 2 de 2001 do Conselho Nacional de Educação.
Nas salas de Recursos Multifuncionais o foco do trabalho é pedagógico
e preparar o aluno para desenvolver habilidades e utilizar instrumentos de
apoio que facilitem o aprendizado nas aulas regulares, onde cada aluno tem
um plano pedagógico exclusivo, com as atividades que deve desenvolver em
sala de aula, com olhar no processo de alfabetização destes alunos
Há de se compreender que muitas vezes o aprendizado acontece de
forma mais lenta, o que exige do professor maior estímulo com metodologias
inovadoras. Compreender cada aluno na sua individualidade faz com que o
professor busque reverter as limitações imposta, além de valorizar a
diversidade. Para Vygotsky (1997) é preciso entender que o adulto/professor
mediador deverá construir novas situações estratégicas a fim de atender às
necessidades especializadas dos seus alunos:
“O trabalho do professor deve priorizar o desenvolvimento intelectual e a
autonomia do aluno com deficiência, não enfatizando atividades mecânicas e
sem o desenvolvimento de funções psicológicas superiores com a
aprendizagem significativas” (VYGOTSKY,1997, p.59).
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A contribuição mais importante de Vygotsky nesse trilhar é, sem dúvida,


o reconhecimento de que as limitações do aluno com necessidades educativas
especiais têm origem em suas respostas sociais. Daí a necessidade de serem
articuladas estratégias mais interessantes no que se refere a alfabetizar a
criança com deficiência intelectual ou dificuldade de aprendizagem.
Soares (2002) afirma que o aprender a ler e a escrever deve
proporcionar não somente o conhecimento das letras e de como decodificá-las,
mas sim apresentar a possibilidade de dilatação dos modos de expressão e de
comunicação possíveis, reconhecidas, indispensáveis e legítimas em um dado
contexto cultural. Assim, a escola deve ser um espaço de ensino e
aprendizagem, que busque, em seu processo de alfabetização, um ensino que
respeitem diferentes visões, que possibilite a construção de uma cidadania
ativa, para isso, a equipe diretiva precisa estar alinhada nas ações do
professor, assim como a família do educando. Enfatizando o caráter individual
da alfabetização e o caráter social do letramento, Soares nos traz que:

Indivíduo ou grupos sociais que dominam o uso da leitura e da escrita


e, portanto, têm habilidades e atitudes necessárias para uma
participação viva e competente em situações em que prática de
leitura e/ou escrita têm uma função essencial, mantêm com os outros
e com o mundo que os cerca, formas de interação ,atitudes,
competências discursivas e cognitivas que lhes confere num
determinado e diferenciado estado e/ou condição em uma sociedade
letrada (SOARES,2002,p.146).

A alfabetização é essencial para o desenvolvimento pessoal e social de


todas as pessoas, um direito humano e social para construção de uma
sociedade mais inclusiva e sustentável. É preciso que tanto a escola quanto ao
professor esteja preparada para receber esses alunos e dar-lhes o apoio
pedagógico necessários para a fim de ter uma aprendizagem de qualidade e
significativa.

3 - VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
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Após o levantamento bibliográfico, que fundamentou a prática de


estágio, partiu-se para a prática. Devido ao período de Pandemia do COVID19,
o estágio foi realizado por meio da efetivação de um plano especial para esse
período, evitando assim prejuízo a formação.
Primeiramente foi realizado o Roteiro de Observação Virtual que
substituiu o roteiro de observação e pode ser contemplado e preenchido por
meio da obtenção de dados da instituição de ensino concedente - Escola
Municipal Professora Miracy Rodrigues Araújo, localizado na rua José
Bassa,1175, Bairro Sitio Cercado, pertencente a Regional Bairro Novo, na
cidade de Curitiba Paraná. Assim, se pode preencher o Roteiro trazendo mais
informações sobre a escola escolhida.
Por meio do levantamento de dados sobre a escola, conseguiu-se os
seguintes dados: a escola possui 18 salas dispostas em 2 corredores, entre
elas a biblioteca, sala de informática, atendimento pedagógico, sala dos
professores, sala de recursos, sala de planejamento e estudos, sala
multifuncional, sala ateliê de artes. Conta com quatro repartições de banheiros,
sendo um adaptado para portadores de necessidades especiais, outro para
alunos da educação infantil.
Com dois pátios e quadra de esporte coberta, área com areia para
recreação e aulas de educação física, onde também se encontra um parquinho.
Atualmente a escola conta com 618 (seiscentos e dezoito) alunos entre os
turnos manhã e tarde.
Sobre o Conselho Escolar, é um órgão colegiado de natureza
deliberativa, consultiva e fiscal. Tem como objetivo estabelecer, acompanhar,
avaliar e realimentar o projeto pedagógico. Participam do conselho, como
presidente, a senhora Denise Fabiana (Diretora) e Vice-presidente o Sr. Léo
Tomazi, participam também equipes pedagógicas, docentes, equipes
administrativas e/ou auxiliares de serviços e, também, com a participação
também de alguns pais de alunos.
O Projeto Político Pedagógico é o principal documento da escola, nele
estão descritas as concepções e princípios e tudo o que envolve a vida escolar
da unidade. As principais concepções da Escola são princípios filosóficos e
pedagógicos, buscando a formação plena do indivíduo, estimulando o
pensamento crítico e criativo.
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Para o processo de aprimoramento da prática pedagógica e


administrativa, os professores reúnem-se para avaliação da prática pedagógica
frequentemente em conselhos de classes, reuniões, permanências, entre
outros, bem como ações educativas complementares, tendo como premissa a
construção e vivência da democracia, assegurando o debate, a reflexão, o
estudo e a valorização constante, estabelecendo novos rumos e ações
pedagógicas. A escola atende a Educação Básica nas etapas da Educação
Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, organizado em ciclos de
aprendizagem. Fornece também atendimento a Educação Especial.
Na Educação Infantil as crianças aprendem por meio de relações
educativas e pedagógicas que vivenciam no espaço pedagógico, a criança no
seu próprio tempo, em um ambiente espontâneo, desafiador e seguro. Os
educadores visam trabalhar com musicalização, vídeos, leituras de histórias e
brinquedoteca.
No Ensino Fundamental os alunos desenvolvem o domínio progressivo
da leitura, escrita e do cálculo como instrumento que possibilitará a
compreensão e solução de problemas apresentados na sociedade,
desenvolvendo a capacidade de reflexão e criação.
Após a obtenção e preenchimento de dados, relacionando-os a temática
escolhida para efetivação do Estágio, a prática foi também relacionada e
realizada por meio da escolha de um dos Projetos de Extensão, com o tema
“Alfabetização e Letramento em Tempos de Ensino a Distância”. Desta forma
conseguiu-se fazer uma relação com o que se havia estudado com possíveis
práticas por meio da elaboração do Produto Virtual Trilha Pedagógica que
trouxe possiblidades de trabalho de acordo com o tema escolhido (escreva
como foi para você realizar isso) a serem abordamos e realizados neste
período de pandemia.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

As observações e prática no estágio supervisionado visaram a


importância do trabalho da equipe de gestão escolar, das responsabilidades do
cotidiano e refletir sobre as diversas situações que levam o gestor e toda
equipe da instituição buscar em conjunto, habilidades para lidar com o
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inesperado. Nesta vivência de estágio tanto na observação, quanto nas horas


práticas, é o momento em que o acadêmico envolve trocas entre
teorias/práticas, ou seja, compreender as teorias no exercício da prática, é
neste momento do estágio que aparecem as dúvidas, que levam o acadêmico
a refletir as possibilidades em como agiria para resolver tais problematizações
que aparecem no dia a dia de uma instituição.
Ao que se pode acompanhar, mais do que preencher dados ou fichas,
arquivar documentos rotineiros, se vê na gestão escolar a preocupação de
compreender os sujeitos e as situações, para assim agilizar as ações
pedagógicas, assim como as rotinas administrativas, tendo uma visão sempre
democrática. Diante das dificuldades dentro da instituição, é lidar com as
tenções, e as contradições do cotidiano escolar, pois nem sempre existem
canais e rotinas claras de comunicação com a equipe, neste sentido, vemos
que ,ainda que se afirme que tenha uma gestão democrática, não é suficiente,
a de se pensar e procurar sempre efetivo exercício.
Os estagiários, ao adentrarem o espaço escolar, devem ter um olhar
crítico e investigativo no processo de observação, as atividades de gestão
observadas e analisadas no decorrer do estágio nos fazem perceber que
administrar uma escola não é uma tarefa fácil e requer preparação e
dedicação. O gestor, ao mesmo tempo que deve ter pulso firme, não deve
deixar de olhar a democratização, discutindo os problemas com toda equipe
escolar e também da comunidade escolar, sabendo ouvir sugestões e críticas,
avaliando com cuidado para que tenha um olhar amplo sobre cada situação e
que todos se sintam participantes nas tomadas das decisões.
De fato a educação inclusiva requer a constituição de um novo olhar que
rompa com a visão determinista, afirma Montan (1992, p,6) "os alunos que
recebem um apoio intelectual conduzido por um professor devidamente
preparado, são capazes de desenvolver condutas inteligentes". Assim, uma
gestão que presta todo apoio ao professor desses alunos, dando condições,
materiais e atendimento as suas questões específicas, certamente alcançarão
as potencialidades destes alunos.
O momento do estágio possibilitou não somente a compreensão das
teorias estudadas, mas, principalmente, a reflexão sobre a prática, levando a
um pensar amplo, ouvindo críticas, avaliando diversas situações, obtendo
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assim a compreensão do funcionamento de uma gestão e as dificuldades


vivenciadas dentro da instituição, acompanhando também o trabalho de
alfabetização de alunos de inclusão. Neste momento de estágio refletimos que
o profissional de educação nunca pode deixar de ser pesquisador, investigativo
e reflexivo.

REFERÊNCIAS

BATALHA, Denise Valduga. Um breve passeio pela Política Nacional de


Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva brasileira. Anais do
IX Congresso Nacional de Educação - Educere. III Encontro Sul brasileiro
de Psicopedagogia. PUC-PR.2009.Disponível
em;<http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009 /anais/

BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9394/1996.


Disponível em:<http//.www.planalto.gov.br/ccivil_3/leis/L9394.

BRASL. Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN: Adaptações


Curriculares em Ação. Secretaria de Educação Especial. Brasília:
MEC/SEESP,2002.

MONTAN, Maria Tereza Egler. A construção da inteligência nos deficientes


mentais: um desafio, uma proposta. Caderno Educação Especial. Santa Maria
VI, p. 107-114,1992.

MICHELS, Maria Helena, Gestão, formação docente e inclusão: eixos da


reforma educacional brasileira que atribuem contornos a organização escolar.
Revista Brasileira de Educação. V11.n. 33. set./dez. 2006.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:


Autêntica,1998.

VIEIRA, Sofia Lerche. Gestão, Avaliação e Sucesso Escolar. Recorte da


trajetória cearense. Estudos avançados.V.21, n.60, São Paulo, 2007.

VYGOTSKY, L. S. O desenvolvimento dos Processos Psicológicos


Superiores. São Paulo, Martim Fontes.1997.
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ANEXO 1
PROJETO DE EXTENSÃO – TRILHA PEDAGÓGICA

ANEXO 2
TERMO DE AUTORIZAÇÃO

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