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A AQUISIÇÃO DA ESCRITA NO PROCESSO DE

ALFABETIZAÇÃO

Angela Aparecida Cemin da Silva


Professora Orientadora: Patrícia Kath
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED 1078) – Projeto de Ensino em Educação
27/10/2017

RESUMO

Este estudo vem constituir a realização do Projeto de Ensino em Educação, além de trazer uma
abordagem apresentando a área de concentração sobre Metodologias de Ensino e o tema a aquisição
da escrita no processo de alfabetização, em conformidade com a matriz curricular do Curso de
Pedagogia da UNIASSELVI. Justifica-se a escolha devido ao processo da alfabetização ser o período
fundamental para aquisição da leitura e da escrita, exigindo do profissional da educação uma atenção
e dedicação maior nesta fase, dando importância a uma alfabetização com qualidade por meio de
práticas pedagógicas adequadas, servindo-se dos recursos disponíveis para a contribuição neste
processo, despertando na criança o interesse pelas atividades, envolvendo-a na dinâmica do aprender.
Nesta pesquisa objetiva-se aprofundar os estudos sobre como acontece à aquisição da linguagem
escrita no processo de Alfabetização sem deixar de lado o Letramento que quando, trabalhado
juntamente com a alfabetização amplia os conhecimentos adquiridos pela criança, pois oferece a ela a
oportunidade de estar inserida na sociedade sem mesmos estar alfabetizada. Utilizaremos a
metodologia de pesquisa básica, de investigação qualitativa e de caráter exploratório na intenção de
ampliar conhecimentos e estudos e na construção de saberes. Buscou-se realizar os estudos
fundamentando-se por meio de Maria Eurácia Barreto de Andrade, (2011) em sua obra “Alfabetização
e letramento: O desvelar de dois caminhos possíveis”. Lev Semenovitch Vygotsky, (1998) em sua obra
“A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores”. Emília
Ferreiro, Ana Teberosky, (1985) na sua obra “Psicogênese da língua escrita”. Ao final pretende-se
compreender a aquisição da linguagem escrita durante o processo de alfabetização.

Palavras-chave: Alfabetização; Escrita; Linguagem.

1 INTRODUÇÃO

A área de concentração escolhida para este plano de ensino é Metodologias de Ensino e o


tema escolhido é a aquisição da escrita no processo de alfabetização. Justifica-se a escolha da área
de concentração pela diversidade de formas e meios de ensinar, porém, o modo ou o processo como
isso ocorre é fundamental para o pleno desenvolvimento da criança em todos os aspectos da sua
vida, para isso é essencial desenvolver atividades que proporcionem o aprendizado, formando a
criança em um ser crítico e reflexivo.

Justifica-se o tema, devido ao processo da alfabetização ser o período fundamental para


aquisição da leitura e da escrita, exigindo do profissional da educação uma atenção e dedicação
maior nesta fase. Este deve dar a importância de alfabetizar com qualidade por meio de práticas
pedagógicas adequadas, servindo-se dos recursos disponíveis para a contribuição no processo da
alfabetização, tendo como objetivo despertar na criança o interesse pelas atividades, fazendo com
que ela seja envolvida na dinâmica do aprender, oferecendo a ela uma atribuição social para que a
mesma aprenda de maneira prazerosa e eficaz.

O problema de pesquisa levantado refere-se à aquisição da escrita no processo de


alfabetização. Como acontece a aquisição da escrita? Sabe-se que a escrita faz parte da
comunicação do ser humano, e esta por sua vez se faz presente desde o nascimento. Essa
comunicação aos poucos vai se transformando e se aperfeiçoando conforme a criança vai
interagindo, assim, vão surgindo novas formas de se comunicar, outras maneiras de interpretar e
traduzir o mundo que a cerca.

O objetivo geral dessa pesquisa é aprofundar os estudos sobre como acontece à aquisição da
linguagem escrita no processo de Alfabetização sem deixar de lado o Letramento que quando
trabalhado juntamente com a alfabetização amplia os conhecimentos adquiridos pela criança, pois
oferece a ela a oportunidade de estar inserida na sociedade sem mesmos estar alfabetizada.

Sobre o tema A aquisição da linguagem escrita no processo de alfabetização, os objetivos


específicos são: Explanar sobre a linguagem, conceituar a linguagem escrita, apresentar os níveis da
linguagem escrita no processo de alfabetização e destacar a importância do professor como
mediador na alfabetização.

Esta pesquisa é de natureza básica, pois se busca rever e ampliar conhecimentos no campo
da Ciência, sem, contudo, buscar uma aplicação prática imediata desse estudo, aqui realizado.

Em se tratando do questionamento do problema de pesquisa sobre a aquisição da escrita no


processo de alfabetização, este se apresenta como uma investigação qualitativa, uma vez que não se
tem a intenção de coletar dados estatísticos, mas sim, ampliar saberes, aprofundar estudos com base
científica e nas experiências da vida acadêmica.
Os estudos serão aprofundados por meio de uma pesquisa de caráter exploratório, ampliando
nossos conhecimentos e estudos na construção de saberes. Buscamos embasar nossos estudos por
meio de Maria Eurácia Barreto de Andrade, (2011) em sua obra “Alfabetização e letramento: O
desvelar de dois caminhos possíveis”. Lev Semenovitch Vygotsky, (1998) em sua obra “A
formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores”. Emília
Ferreiro, Ana Teberosky, (1985) na sua obra “Psicogênese da língua escrita”. Estudou-se ainda
Jeanne Dar´C Carvalho, (2005) em sua obra “Entre a imagem e a escrita: Um diálogo da psicanálise
com a educação”. Bruna Puglisi de Assumpção Cardoso, (2012) em sua obra “Práticas de
linguagem oral e escrita na Educação Infantil”. E ainda, Marta Kohl Oliveira, (1999) em sua obra
Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio – histórico.

Dando sequência aos estudos trazemos na Seção 2 o tema Conceitos sobre linguagem. Na
seção 3 A linguagem escrita. Seção 4 A escrita na alfabetização. Na Seção 4.1 Os níveis da
linguagem escrita e na seção 5 O docente como mediador no processo de alfabetização.
Finalizaremos este trabalho com as considerações finais e referências

2 CONCEITOS SOBRE LINGUAGEM

A linguagem é um meio de comunicação, e a ela devemos dar a importância pela


necessidade humana que temos de nos comunicar, de decodificar o mundo, a realidade que nos
cerca, para assim conhecê-lo e transformá-lo, resignificando-o.

O desenvolvimento da linguagem surge espontaneamente na necessidade que temos de nos


comunicar em nosso cotidiano. Surge aí a necessidade de compreender como acontece o
desenvolvimento da linguagem nas vivencias ligadas a comunicação de forma abrangente. É por
meio da linguagem que a criança tem acesso, mesmo antes de aprender a falar, a regras, crenças e
aos valores, adquirindo os saberes de sua cultura.

Conforme a criança se desenvolve, seu sistema sensitivo, abrangendo a visão e a audição,


vai se tornando mais aperfeiçoado, chegando a um nível linguístico e cognitivo mais eminente, à
medida que seu âmbito de socialização se amplia especialmente no momento em que ela ingressa na
escola tendo a oportunidade de interagir com as demais crianças. Quanto mais cedo à criança se
envolve nas relações sociais, mais benefício obterá a curto ou longo prazo, tendo em vista as
experiências e aprendizagens que resultam de tais interações.
Na aquisição da linguagem, o método como se desenvolve a língua, como se adquire as
primeiras palavras, a fala, enfim, é tudo um processo, embora natural, é longo e difícil. Torna-se
fundamental trabalhar os aspectos da linguagem desde a Educação Infantil, por essa razão, o
docente deve preocupar-se em trabalhar esses aspectos, levando em conta as suas implicações no
processo do ensino aprendizagem, sem esquecer que a criança é protagonista nesta ação.

Segundo Oliveira (1999, p. 42), “é a necessidade de comunicação que impulsiona,


inicialmente, o desenvolvimento da linguagem”. A linguagem se constitui na interação, através dela
a criança consegue traduzir o mundo que a cerca.

Para que ocorra a comunicação é preciso o emissor, a mensagem e o receptor. Esse sistema
de comunicação possibilita a troca de informação e a solidificação da linguagem. Entender a
comunicação humana faz-se necessário ter conhecimento sobre os diversos níveis da aquisição da
linguagem. Trabalhar com a linguagem envolve a maneira de compreendê-la.

Vygotsky (1998, p. 07) nos diz que:

A linguagem tem como objetivo principal a comunicação sendo socialmente construída e


transmitida culturalmente. Portanto, o sentido da palavra instaura-se no contexto, aparece
no diálogo e altera-se historicamente produzindo formas lingüísticas e atos sociais. A
transmissão racional de experiência e pensamento a outros requer um sistema mediador,
cujo protótipo é a fala humana, oriunda da necessidade de intercambio durante o trabalho.

Na teoria sócio interacionista que Vygotsky nos apresenta, fala que a linguagem apresenta
duas finalidades fundamentais: a de “intercâmbio cultural”, isto é, de conseguir comunicar-se com
outras pessoas, interagindo com o meio social; e a de “pensamento generalizante”, que se refere à
capacidade de conceituar, tornando a linguagem um instrumento do pensamento.

O ser humano se constrói pela linguagem, ou seja, é na interação com os demais sujeitos que
são construídas as formas de pensar através da apropriação do conhecimento da comunidade em que
o mesmo está inserido.

A linguagem é um conjunto de sinais convencionais, que nos permite realizar a


comunicação. Onde há comunicação, há linguagem. Podemos citar inúmeros tipos de linguagem,
mas iremos aqui destacar a linguagem escrita, discorrendo sobre como acontece à aquisição desta
linguagem.
3 A LINGUAGEM ESCRITA

A aquisição da linguagem escrita retrata uma atual e considerável mudança no


desenvolvimento do sujeito. O domínio do conjunto complexo de símbolos oferece novos recursos
de pensamento, visto que aumenta a capacitação da memória e os níveis de informações,
promovendo formas diferentes das crianças se relacionarem entre si e com o conhecimento.

Para Vygotsky (1988, p. 143), a aquisição da escrita é um sistema complexo que é


apresentado para a criança “muito antes da primeira vez que o professor coloca um lápis em sua
mão e mostra como formar letras”.

A linguagem escrita não é somente a reprodução da língua falada, mas também um sistema
mais organizado e metódico e é aprendida, necessitando de segmentação. Seu ensino tem como
objetivo oferecer a todos a oportunidade de ler e compreender o que está escrito. Emília Ferreiro e
Ana Teberosky, falam que a escrita é o meio de simbolizar aquilo que é significativo, gerando um
conjunto de regras próprias. A criança precisa conhecer o conjunto de regras da escrita para
aprender a escrever e esse conhecimento ocorre de maneira gradual, necessitado de uma reflexão a
respeito das características gerais da escrita.

A transmissão do conhecimento da escrita não deve se dar sem levar em conta um


conhecimento que o sujeito já possui, sem ser consciente de possuí-lo: Atualmente,
sabemos a criança que chega a escola tem um notável conhecimento de sua língua materna,
um saber linguístico que utiliza “sem saber” (inconscientemente) nos seus atos de
comunicação cotidianos. (FERREIRO E TEBEROSKY, 1985, pg. 277 apud CARVALHO,
2005, pg. 65).

A aquisição da escrita pode ser considerada como o processo que leva a pessoa a
compreensão de um sistema simbólico.

4 A ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO

Não basta apenas ensinar escrever é preciso alfabetizar e letrar o educando para que o
mesmo esteja inserido na sociedade de forma autêntica. E para que isto ocorra procuram-se
métodos para atingir um autêntico efeito prático. Mas o que é alfabetizar? Se buscarmos uma
resposta prática, podemos dizer que alfabetizar é ensinar alguém ou aprender a leitura e a escrita,
onde o aluno começa a reconhecer os sons da fala, transformando-os em letras e grafemas. Nesta
perspectiva podemos responder que letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro
de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e função social, fazendo parte da vida do
aluno.

Mollica (2007, p. 16 apud JUNG, 2012, p. 141), nos diz que:

Nas sociedades complexas, a escrita integra todos os momentos de nosso cotidiano. Sob
tal perspectiva, compreende-se que a escrita tem múltiplas funções, desde as mais
rotineiras até as que permitem acesso às esferas de poder. Assim, o letramento tem que
ser entendido como práticas sociais em que se constroem identidade e poder
extrapolando-se os limites da escrita.

O sujeito alfabetizado não é precisamente um sujeito letrado. Alfabetizado é o sujeito que


sabe ler e escrever. Letrado é a pessoa que sabe ler e escrever, e que responde propriamente às
necessidades sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no
contexto das práticas sociais da leitura e da escrita. E é assim que o educando deve ser
alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, formada de maneira ativa e grupal na
perspectiva cultural e social. A palavra letramento é empregada no modo de inserção numa
cultura letrada.

A aprendizagem inicial da língua escrita envolvem dois processos: A alfabetização que é o


processo de aprender a ler e escrever. Outro processo é o letramento que é o processo de
desenvolver as habilidades de uso da leitura e da escrita, num contexto social e cultural em que as
pessoas vivem.

Para tanto, saber o que é letramento e sua importância, junto ao processo de


alfabetização, torna-se necessário para que sejam proporcionadas aos sujeitos situações
pedagógicas para aquisição do domínio , usos em diversas funções da linguagem
escrita, além de contribuir para a construção da identidade social. Dessa forma poderá
pensar e utilizar a língua em suas várias dimensões e modalidades. (ANDRADE, 2011, p.
N/D).

Encontrar um método que faça com que a alfabetização seja satisfatória nos primeiros anos
da escolaridade é uma ação muito importante que o professor deve ter. É fundamental que a
alfabetização ocorra no mesmo aspecto que o letramento para assim atingir o bom êxito do aluno
nesta fase.

Andrade (2011, n/d), nos descreve ainda que é tempo de repensar a alfabetização, refletindo
novas concepções e novos paradigmas que atendam às exigências sociais e culturais.

O grande desafio da escola na busca de uma nova concepção de alfabetização é


possibilitar o processo de letramento junto à aquisição da escrita, para que se possa
assumir um papel significativo e ir além das palavras e frases. É buscar um processo que
possa produzir sentido e significado na formação do sujeito crítico e com poder de
participação social.

4.1 OS NÍVEIS DA LINGUAGEM ESCRITA

Antes mesmo de saber ler e escrever formalmente, a criança possui suas ideias particulares
de como ler e escrever. Ao entendermos que ao chegar à escola, a criança traz consigo muitos
conhecimentos a respeito da leitura e da escrita, desenvolvidos através das suas vivências,
possibilitamos a ela a oportunidade de realizar leituras e escritas de acordo com suas capacidades e
conhecimentos que foram adquiridos até aquele momento.

Os estudos realizados por Emília Ferreiro e Ana Teberosky, apresentam-nos que a criança
adquire a habilidade de ler e a escrever devido ao desafio que lhe é apresentado, ou seja, ela precisa
ser desafiada, assim será capaz de confrontar suas possibilidades sobre leitura e escrita com outras
hipóteses que lhe serão oferecidas.

As autoras ainda nos direcionam para as hipóteses que a criança constrói neste processo e
definem níveis de desenvolvimento da escrita desde o momento em que a criança compreende qual
a importância da escrita e para que serve, isto é, qual a sua utilidade. Somente se compreende e se
alcança à escrita quando se possui o conhecimento a cerca da função da escrita e quando chegamos
à conclusão que o desenho não é o mesmo que a escrita.

A escrita é uma reprodução gráfica com significações. De acordo com a psicogênese da


língua escrita, os níveis de desenvolvimento são os seguintes: nível pré-silábico, silábico, silábico-
alfabético e alfabético.

4.1.1 Nível Pré-silábico

Neste nível a criança não relaciona a escrita com a fala, ela realiza sua escrita através de
rabiscos, desenhos, números e letras empregando-as de forma aleatória. As características principais
deste nível são: A criança supõe que a escrita representa o objeto e não o seu nome; usa critério
quantitativo sendo necessárias muitas letras para escrever o nome de coisas grandes, e um pequeno
número de letras para escrever o nome de um objeto pequeno. Utilizam critério qualitativo
acreditando que usando apenas as letras do seu nome podem escrever tudo; realizam a leitura de
modo global, lendo a palavra como um todo.

FIGURA 1 – NÍVEL PRÉ-SILÁBICO

FONTE: Disponível em: < http://cantinhodacoordenadoraanarita.blogspot.com


.br/2011/06/niveis-da-escrita-segundo-emilia.html >. Acesso em: 14 set. 2017.

Pelo fato da escrita ser tão descabida gera na criança muitos conflitos cognitivos, surgem
muitas dúvidas e desafios, que vão conduzindo a criança na busca de explicações e soluções.
Também podemos perceber avanços neste nível, quando a criança consegue diferenciar o desenho
da escrita, quando ela reconhece as letras e seus sons, identifica e escreve o próprio nome, identifica
o nome dos colegas e reconhece que são usadas letras diferentes em posições diferentes.

4.1.2 Nível Silábico

A criança alcança o nível silábico ao perceber e descobrir, pensando e refletindo o que


representa a escrita. Ela já apresenta consciência da relação entre escrita e fala, entre as noções
gráficas e sonoras das palavras, usam uma letra para representar cada fonema, buscam dar valor
sonoro às letras. Pode usar uma letra para cada palavra, ao escrever frases. Nesse nível a criança já
compreende a palavra como um todo, formado por partes que ao seu entendimento são as letras e as
sílabas. Ainda faz uso dos métodos qualitativo e quantitativo, os quais se apresentam no nível pré-
silábico. Apresenta a tendência de escrever uma frase usando apenas um sinal gráfico, relacionado à
palavra. Exemplo: CVLO para CAVALO.
FIGURA 2 – NÍVEL SILÁBICO

FONTE: Disponível em: < http://ensinar-aprender.com.br/2011/07/niveis-de-


desenvolvimento-da-escrita.html >. Acesso em: 14 set. 2017.

Diante disso a criança começa apresentar conflitos e se questionar sobre sua escrita, se ela
está correta como a sua pronúncia, como ajustá-la com a fala? Apresenta dúvidas quanto à
quantidade de letras necessárias para escrever a palavra. Outro ponto conflitante é de que a outra
pessoa não consegue entender o que ela escreveu. Também se sentirá desafiado ao perceber que sua
escrita não é igual ao que a professora escreveu. Assim a criança se sente desafiada e se põem a
buscar novas hipóteses para sanar suas dúvidas fazendo assim novas tentativas.

Alguns avanços são notórios desta fase como a compreensão de que a escrita descreve os
sons da fala, a percepção da necessidade de mais de uma letra para a maioria das sílabas, o
reconhecimento dos sons das letras.

4.1.3 Nível Silábico- alfabético

Esse nível é uma passagem do silábico para o alfabético. A escrita é um tanto alfabética, a
criança inicia a escrever alfabeticamente várias sílabas e para outras continua silábica. Percebe que
a sílaba tem duas letras e num momento posterior que existem sílabas com mais de duas letras,
apresenta dificuldades na separação das palavras quando escreve frases. Aqui muitos costumam
dizer que a criança engoliu letras, o que na verdade é neste nível do processo da aquisição da
escrita, que a criança começa a acrescentar letras seja no meio ou no final das palavras.

Ele percebe ao comparar sua escrita com a escrita das revistas, jornais, livros ou demais, que
necessita aprimorar sua escrita. A criança começa a compreender a função social da escrita que é a
comunicação e já consegue conhecer o valor sonoro de quase todas as letras, apresenta solidez na
escrita das palavras, entende que cada letra está em concordância aos menores valores sonoros da
sílaba, busca adequar a escrita à fala, realiza leitura com ou sem ilustração, se preocupa com
conteúdos ortográficos, faz a separação das palavras quando escreve frases, produz textos de
maneira padronizados.

Nessa fase a criança é a protagonista do processo de aprendizagem, pois a partir de seu


conhecimento anterior, vai adquirindo novos conhecimentos através do contato com a escrita.
Ainda nesta etapa alguns conflitos são vividos pela criança como um questionamento, por que
escrevemos de uma maneira e falamos de outra? Como diferenciar letras, sílabas e frases? Como
aprender as normas da língua escrita? A criança enfrenta estes desafios de forma ativa, comparando
e compreendendo as semelhanças e as diferenças, sendo obrigada a buscar novas possibilidades de
aprendizagem.

FIGURA 3 – NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO

FONTE: Disponível em: < http://ensinar-aprender.com.br/2011/07/niveis-de-desenvolvi


mento-da-escrita.html >. Acesso em: 14 set. 2017.
4.1.4 Nível alfabético

A criança nesse nível já exerce relação sonora das palavras, escreve da maneira que fala,
mas precisa descobrir que nem sempre se escreve como se fala. Esconde letras quando mistura a
hipótese alfabética e silábica, demonstra dificuldades e problemas na ortografia. O alfabetizando
precisa descobrir que muito além da pronúncia e da escrita, existe um sistema composto por regras,
e que a escrita precisa seguir essas regras, requerendo do mesmo, muita dedicação e um longo
aprendizado.

FIGURA 4 – NÍVEL ALFABÉTICO

FONTE: Disponível em: < http://ensinar-aprender.com.br/2011/07/niveis-de-desenvolvi


mento-da-escrita.html >. Acesso em: 14 set. 2017.

Alcançar o nível alfabético, não quer dizer que a criança conheça todas as letras com seus
respectivos sons. Ela pode ser considerada alfabética conhecendo apenas algumas letras e
compreendendo que o sinal gráfico deve representar o fonema. Nesta fase, a criança se sente
encorajada a exercer a escrita, porque constata que os outros entendem suas palavras.
5 O DOCENTE COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

A sala de aula é um ambiente de interações, de comunicação entre professores e alunos,


entre alunos, interação com o conhecimento: conexão escola, sociedade, cultura e vida. É necessário
respeitar e acolher o aluno com suas experiências cotidianas, levando-o a se envolver e se
comprometer com o meio, para transformá-lo. De outra parte, o professor traz para o ambiente
escolar, a sua história e suas experiências. A integração do conhecimento acontece com a formação
de vida desses autores, não dividindo a teoria e a prática, a totalidade e a singularidade, a ciência e a
vida.

Descrevemos a importância do professor como mediador no processo de aprendizagem com


as palavras de Colello (2006, p. 4 apud JUNG, 2012, p. 127): “Cabe ao professor despertar
interesses, fomentar a atividade reflexiva, apoiar o desenvolvimento, estimular o ambiente rico em
experiências ou interações e promover a ação pedagógica facilitadora para a elaboração de novas
ideias, concepções e hipóteses”.

O professor não deve se acomodar, mas sim buscar estar bem preparado para ser um
verdadeiro mediador no processo de ensino aprendizagem, despertando um interesse no aluno por
meio de interação. O professor tem que ansiar aprimorar seu conhecimento por meio de formações
contínuas de qualidade, nunca se dando por satisfeito com o saber que já detém. E por sua vez,
buscar desenvolver uma relação estreita com o aluno e desejar sinceramente passar este saber de
modo compreensível, sendo flexível e se adaptando as dificuldades do aluno individualmente.

Segundo Nadal ( 2007, p. 20 ):

Não se pode negar que é papel do professor trazer ao aluno as informações e conhecimentos
produzidos historicamente e disponíveis. Entretanto, não se trata simplesmente de repassá-
los mecanicamente aos alunos, uma vez que o papel social da escola é permitir a
apropriação crítica, criativa, significativa e duradoura do conteúdo. Tal compreensão
permite redefinir a essência da atividade de ensino como um processo de mediação. O
professor assume, neste contexto, o papel de mediador entre o sujeito e o objeto de
conhecimento que estão a sua disposição na sociedade.

O profissional da Educação tem de centrar sua prática docente no desenvolvimento da


autonomia de suas crianças, intervindo e explicando, com uma linguagem clara e objetiva, os
preceitos e os princípios que conduzem as relações sociais e não falar apenas sobre o que deve ou
não deve ser feito.
O professor precisa usar métodos que são capazes de conduzir a criança a pensar,
despertando nela a curiosidade, fazer com que a criança se sinta feliz no ato de pensar e
refletir. Não se trata de o professor alfabetizador entender de métodos clássicos de
alfabetização, mas de tomar decisões relativas a diversas ordens de fatores. A palavra
“metodologias” se refere a um conjunto amplo de decisões relacionadas ao como fazer e
implica decisões relativas a métodos, à organização da sala de aula e de um ambiente de
letramento, à definição de capacidades a serem atingidas, à escolha de materiais, de
procedimentos de ensino, de formas de avaliar, sempre num contexto da política mais
ampla de organização do ensino. (FRADE, 2007, p. 32 apud JUNG, 2012 p. 130)

É preciso haver bons exemplos dos profissionais da educação que compõem a base escolar
para que o trabalho desenvolvido não seja perdido. Necessitamos advertir que uma das maneiras
mais eficientes de ensinar é através do exemplo, que são apreciados pelos alunos no decorrer das
aulas. Não adianta o educador pedir que não gritem, se ele mesmo grita para chamar a atenção de
um aluno. Pedir que o aluno respeite o colega, se o educador o trata com arrogância. Concluímos
este tópico relacionando o papel do professor com as seguintes palavras:

Na atividade docente, faz parte do fazer bem fazer o bem. Fazer o bem significa elevar a
vida coletiva, impedir a desertificação do futuro, não acatar a esterilização dos sonhos, isto
é, fazer com que a vida possa ir ao máximo das suas possibilidades. Portanto, essa
capacidade de fazer bem traz dentro dela a necessidade de fazer o bem. (CORTELLA,
2015, p. 9)

Em se tratando de aprender e ensinar, observa-se que o professor é portanto, uma


peça essencial para que a alfabetização aconteça efetivamente, ele deve ser o mediador entre o
aluno, a linguagem escrita e o letramento.

6 METODOLOGIA

Esta pesquisa é de natureza básica, pois se busca rever e expandir conhecimentos na área da
Ciência, sem, contudo, buscar uma aplicação prática imediata desse estudo, aqui realizado.

Em se tratando do questionamento do problema de pesquisa sobre a aquisição da escrita no


processo de alfabetização, este se apresenta como uma investigação qualitativa, uma vez que não se
tem a intenção de coletar dados estatísticos, mas sim, ampliar saberes, aprofundar estudos com base
científica e nas experiências da vida acadêmica.

É uma pesquisa de caráter exploratório quanto aos seus objetivos, uma vez que, como
acadêmica estamos dando início aos trabalhos na área das ciências, sendo, por conseguinte uma
pesquisa com aspectos profundos do saber. Vale ressaltar ainda que como procedimentos técnicos,
nos recorremos de uma ampla busca bibliográfica em livros, artigos científicos, caderno de estudos
e informações disponíveis na internet.

Outra fonte de busca neste estudo foram as atividades práticas como os seminários, os vários
estágios e trocas com os professores regentes nas instituições escolares e em nossa própria sala de
aula nos encontros presenciais.

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

7.1 ESTÁGIO I – OS VALORES HUMANOS E A EDUCAÇÃO INFANTIL

O estágio I na Educação Infantil foi realizado no Centro Municipal de Educação Infantil


Professor Reimar Ehlert com a turma do pré. Neste estágio foi trabalhado a alfabetização e o
letramento como uma função social, desenvolvendo com as crianças atividades que as levassem a
refletir sobre o problema levantado. Nesta etapa vivenciaram-se os valores éticos e morais, pois,
trabalhar estes valores na Educação infantil é determinante, uma vez que a infância é o alicerce da
vida. A vivência, as atitudes, a conduta na vida adulta serão produtos daquilo que foi vivido e
aprendido durante a infância.

O processo de alfabetização inicia já nos primeiros anos de vida, e na educação infantil este
processo precisa ser uma conexão das crianças com o mundo real. Através da leitura e da escrita
inseri-las num contexto de práticas sociais vasto, rico e permeado de múltiplas linguagens, as quais
levarão à linguagem escrita.

O desenvolvimento das atividades foi elaborado a partir dos livros de literatura da Coleção
Construindo o caráter, da Editora Todo livro. O projeto veio de encontro às especificações
elencadas segundo a proposta das diretrizes curriculares para a educação infantil da Rede
Municipal de ensino do município de Pomerode (2012, p. 24) que diz que:

Para tanto, é preciso que se organizem propostas e projetos que: Provoquem situações de
aprendizagem que privilegiem o pensar da criança; Levem em consideração os
conhecimentos prévios das crianças, adequando-os aos seus interesses e faixa etária;
Propiciem conceitos de maneira significativa e funcional para as crianças, colocando-lhes
problemas o mais próximo possível das práticas cotidianas reais; Ofereçam oportunidade
para as crianças terem contato com grande variedade de informações, artefatos e invenções
culturais; Estimulem a autoestima e o autoconceito em relação às aprendizagens, ou seja,
que as crianças sintam prazer em aprender e que tomem consciência de que aprenderam
algo mais; Ajudem as crianças a se tornarem cada vez mais autônomas em suas
aprendizagens; Sejam desafiadores para as crianças oportunizando a busca de novos
conhecimentos.

Toda ação pedagógica precisa ser apresentada para a criança com a intenção de ter uma
função social na vida da mesma.

Seguindo as orientações da Proposta Curricular Municipal, foi planejado a realização da


escolha do líder da sala. Foi um momento gratificante! Cada um escreveu seu nome em um papel,
dobrou e colocou na caixa. Todos participaram entusiasmados. Foi retirado na caixa dois papéis e
escrito no quadro o nome dos escolhidos para candidatos a líder. Souberam exercer muito bem a
sua cidadania, escrevendo no papel o nome do seu candidato escolhido para ser o líder da sala.
Aqui se percebeu a importância de um bom planejamento, embasado sempre nos documentos que
norteiam a educação e a importância do professor sempre trabalhar a autonomia das crianças sendo
mediador do conhecimento.

Dessa maneira o projeto veio ao encontro da realidade, onde se trabalhou a temática sobre
liderança e escolhas, ensinando para as crianças princípios éticos, morais e políticos, como seus
direitos e deveres no exercício da cidadania.

A aprendizagem somente será significativa se houver a elaboração de sentido e se essa


atividade acontecer em um contexto histórico e cultural, pois é na vida social que os
sujeitos adquirem marcos de referência para interpretar as experiências de aprender a
negociar os significados de modo congruente com as demandas da cultura. A presença do
outro, adultos ou pares, e a coerência de interações com conflitos, debates, construções
coletivas são fonte privilegiada de aprendizagem. (BARBOSA; HORN, 2008, p. 26).

A experiência do primeiro estágio foi de muita ansiedade e insegurança. Mas foram


momentos bem proveitosos. Nos momentos das refeições conversamos bastante sobre os alimentos
que eram oferecidos. Muitas crianças não comiam determinado alimento, e através do diálogo
foram convencidos a experimentar o alimento. Alegria muito grande em vê-las provando do
alimento e gostando do mesmo. Pois, assim no diz Wada (2004, p.40) “Não se pode impor o gosto
por alguma coisa, mas sim possibilitar que as pessoas conheçam e, então, tenham direito de
escolha para esperimentar, se apropriar e gostar”.

Na elaboração das DCNEIs - Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, que


orientam a organização das propostas pedagógicas na educação infantil, destacam-se três
princípios norteadores:
a)Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao
Bem Comum; b) Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício da
Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática; c) Princípios Estéticos da Sensibilidade,
da Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais.
(BRASIL, 1999. p. 1).

Vive-se hoje em uma sociedade em que cada vez mais os valores éticos e morais estão sendo
esquecidos. A tecnologia, os meios de comunicação e a ciência vivem um cenário de
desenvolvimento acelerado, enquanto o desenvolvimento interior do ser humano parece regredir,
não proporcionando igual desenvolvimento no campo da ética e da moral.

Diante desta crise ética e moral que afeta a sociedade, o valores humanos estão sendo
esquecidos. O Ser humano é dotado de grande inteligência, detentor de grandes conhecimentos,
capaz de grandes descobertas científicas e capaz também de discernir o que é certo e o que é
errado através do livre arbítrio que possui. Por outro lado é dotado pelos instintos da carne, das
paixões e das más inclinações, o que resulta a ação dos seus atos egoístas, deixando-se levar pela
ambição, avareza, orgulho, cinismo, cobiça inveja e outros mais. Um ser que se torna negligente
diante do cumprimento dos seus deveres e obrigações, tornando-se corrompido, diante da
sociedade em que vive.

A educação infantil tem como finalidade a formação integral do ser humano. Aqui está a
base orientadora para o professor exercer seu papel com responsabilidade, fazendo a diferença na
vida dessas crianças. Durante a realização deste estágio, foi trabalhado muito a afetividade, a
autonomia da criança, o falar sempre a verdade, a musicalização, foram momentos gratificantes pra
mim e de muita alegria pra as crianças. A interação minha com eles na brincadeira foi maravilhosa.
Percebeu-se que os professores precisam entrar no clima, ser criança junto com eles, agindo assim
ganham a atenção das mesmas, além de ganhar a confiança e o carinho.

Foi realizado o jogo do carinho e foi muito proveitoso, pois houve a interação e a troca de
afetos. Um abraço, um beijo na bochecha ou um abraço e um beijo. Alguns de início demonstraram
uma leve timidez, mas foram todos participativos. Segundo Lima (1984, p. 30): “A educação, pois,
compreende também a afetividade (regulação do fluxo energético e criação das escalas de valores).
A educação da afetividade é a dinâmica de grupo (evolução entre os indivíduos) e o grau de
interesse que a tarefa pedagógica desperta”.
7.1.1 O Educador Como Exemplo E Mediador Desses Valores

O professor deve trabalhar esses princípios desde a primeira infância, ajudando seus alunos
a tornarem-se cidadãos do bem, através de ações reflexivas. Eis aqui um dos desafios
contemporâneos.

É fundamental criar um ambiente escolar onde a criança possa ter a oportunidade da


participação na vida pública, tendo o conhecimento da realidade em que está inserida, os conflitos
e interesses que a cerca.

O professor tem a responsabilidade de passar uma formação moral, uma formação de valores
aos seus alunos, sendo ele mesmo o primeiro a dar exemplos com atitudes éticas e morais. Todo
ser humano necessita de bases morais bem definidas. Assim sendo saberá agir ao se deparar com
os conflitos e problemas que encontrará durante sua vida pessoal, profissional e social.

Na atividade docente, faz parte do fazer bem fazer o bem. Fazer o bem significa elevar a
vida coletiva, impedir a desertificação do futuro, não acatar a esterilização dos sonhos, isto
é, fazer com que a vida possa ir ao máximo das suas possibilidades. Portanto, essa
capacidade de fazer bem traz dentro dela a necessidade de fazer o bem. (CORTELLA,
2015)

A criança começa a criar a sua identidade na faixa dos 3 aos 6 anos e este é o momento que
o profissional da educação precisa se preocupar em apresentar assuntos relacionados aos valores
humanos. O profissional da Educação Infantil tem de centrar sua prática docente no
desenvolvimento da autonomia de suas crianças; intervindo e explicando, com uma linguagem clara
e objetiva, os preceitos e os princípios que conduzem as relações sociais e não falar apenas sobre o
que deve ou não deve ser feito.

A importância de se trabalhar os valores humanos a partir da Educação Infantil é projetar


uma sociedade mais justa e igualitária, sem grandes conflitos. O trabalho com valores humanos não
dá-se por força, por arrogância e nem por autoritarismo e sim através do afeto, da paciência, da
ludicidade, rodas de conversas diárias e em todos os momentos em que forem necessárias as
intervenções do educador.

Oferecer uma educação focada para os valores humanos é um requisito que toda instituição
carece de um estudo intenso, pois os mesmos necessitam estarem presentes nos relações diárias da
instituição. Para isso, é fundamental que a equipe de docentes da instituição se reúna objetivando
discutir a melhor maneira de trabalhar esses valores, buscando-se o exercício desses conceitos e a
prática dos mesmos.

É preciso haver bons exemplos dos profissionais da educação que compõem a base escolar
para que o trabalho desenvolvido não seja perdido. Necessita-se advertir que uma das maneiras
mais eficientes de ensinar é através do exemplo, que são apreciados pelos alunos no decorrer das
aulas. Não adianta o educador pedir que não gritem, se ele mesmo grita para chamar a atenção de
um aluno. Pedir que o aluno respeite o colega, se o educador o trata com arrogância.

É obrigação da escola e do professor trabalhar para uma educação permeada nos valores
humanos, e estes precisam estar presentes nos conteúdos que dissertem a pluralidade cultural, o
respeito às diversidades culturais, etnias, crenças e outros. Criar situações para que a criança se
sensibilize com o próximo: isso pode ser oferecido de forma lúdica através de brincadeiras, através
da música e da contação de histórias, desenvolvendo a compaixão que é a via para se chegar à
moralidade.

Segundo (COMENIUS apud LIBERAL 2002, p. 145) afirmava que o papel da escola era
formar homens sábios na mente, prudentes nas ações e piedosos no coração; apoiada nos pilares da
inteligência, memória e vontade, a formação dos homens deve abarcar, a instrução, a virtude e a
piedade. É urgente trabalharmos estes valores a partir da Educação Infantil e projetar uma
sociedade mais humana, igualitária, sem violência e sem conflitos.

Todo momento vivenciado nesta trajetória propiciou compreender o valor do estágio na


formação docente, pois se constatou que o estágio possibilita ressignificar os saberes, as reflexões
sobre a própria conduta e a edificação da identidade de cada ser humano, pois estamos todos em
busca de aprendizagem e conhecimento para todo o processo. Deve-se dar o melhor de si na sala de
aula, pois tudo o que ali se ensina é marcado na vida de cada criança presente. Todo esse processo
de descobertas e aprendizagem foi essencial para a minha formação acadêmica, construção, não só
profissional, como também pessoal, pois possibilitou refletir sobre a importância do papel do
professor no processo de mediação do conhecimento.

A grande dificuldade do estágio foi à execução total do projeto de intervenção. As crianças


não eram preparadas, ou não gostavam de conversas muito formais. Pois todas as vezes que
conversamos sobre os valores, era pouca a atenção e o interesse delas. O tempo foi pouco para
trabalhar mais amplamente este tema, pois poderia trabalhar outros assuntos. Na realização deste
estágio percebeu-se a capacidade de atuar como professora, além de muita criatividade e dinâmica.
Um grande obstáculo que era a insegurança e a timidez foi vencido. Realizaram-se com a turma
muitas coisas aprendidas durante os estudos.

Diante do que foi observado e constatado na vivência deste estágio, pode-se dizer que para
que a Educação cumpra com seu papel, necessita-se de professores preparados, capazes de oferecer
à criança oportunidades para o seu pleno desenvolvimento. O professor precisa sair da sua zona de
conforto. Precisa-se de professores que estejam abertos às mudanças, que possuem acima de tudo o
querer. O querer fazer bem aquilo que faz, oferecendo o seu melhor naquele momento, o querer
buscar novos conhecimentos, o querer traçar novos desafios, e acima de tudo o professor precisa
querer fazer e ser a diferença na vida de cada criança confiada ao seu trabalho. A educação não
precisa de professores que preferem colocar um desenho para a criança assistir, sendo que ela já
tenha assistido várias vezes, não acrescentando nada no desenvolvimento da mesma. A educação
precisa sim, de profissionais capazes de elaborar atividades que desafiem a criança levando-a ao
pleno desenvolvimento.

7.2 ESTÁGIO II – A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO PROCESSO DE


ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS

A palavra Lúdica tem origem latina, deriva de ludus (jogo). Por isso ao se pensar
etimologicamente sobre ludicidade saberemos que a palavra está relacionada às atividades
espontâneas e prazerosas, ou seja, às brincadeiras.

Mas qual a importância da brincadeira no processo de desenvolvimento humano? Sabe-se que


a brincadeira desenvolve habilidades físicas, afetivas, sociais e intelectuais. Isso porque ela
desenvolve a criatividade e a autonomia da criança, além da responsabilidade e o respeito à
diversidade, promovendo as necessárias adaptações sociais e favorecendo o processo de
comunicação, que são as técnicas indispensáveis para a socialização da criança.

De acordo com Melo (2011, p. 41), “a ludicidade estimula uma aprendizagem com
enriquecimento de experiências, pois possibilita um trabalho interdisciplinar em que se
desenvolve habilidades de reflexão, lazer, pode transformar-se em fonte de conhecimento e parte
integrante da atividade educativa”.
Pode-se trabalhar com a ludicidade em todas as disciplinas. O lúdico é sempre bem vindo
para gerar interesse no educando, despertando o seu raciocínio, fazendo com que o educando seja
desafiado e possa construir o percurso do seu pensamento para chegar a um determinado
resultado.

O lúdico como recurso pedagógico direcionado à alfabetização se dá de diversas maneiras.


Uma forma lúdica são os jogos, pois estimulam o desenvolvimento de determinadas áreas e
promovem aprendizagens significativas. Sobre a atividade lúdica Kishimoto, (2002, p. 146 apud
MELO, 2011, p. 42) diz que: “[...] por ser uma ação iniciada e mantida pela criança, a brincadeira
possibilita a busca de meios, pela exploração ainda que desordenada, e exerce papel fundamental
na construção do saber fazer”.

Assim podemos afirmar que:

A criança desenvolve brincadeiras e aprende jogos. Pode também aprender brincadeiras


com seus pares ou cultura, e, com isso, desenvolver habilidades, sentimentos ou
pensamentos. O mesmo ocorre nos jogos: ao aprendê-los, desenvolvemos o respeito mútuo
(modos de se relacionar entre iguais), o saber compartilhar uma tarefa ou um desafio em
um contexto de regras e objetivos, a reciprocidade, as estratégias para o enfrentamento das
situações-problema, os raciocínios. (MACEDO, PETTY, PASSOS, 2007, p. 10).

O brincar, enquanto promotor da capacidade e potencialidade da criança, precisa ocupar


espaço especial na prática pedagógica, tendo espaço privilegiado na sala de aula. A brincadeira e os
jogos precisam estar presentes na escola. É por meio das brincadeiras que iniciam o
desenvolvimento da motricidade, a atenção, a sociabilidade, a imaginação e a criatividade. É
urgente retomar o valor do brincar no processo de aprendizagem. Necessita-se ter a mente aberta ao
lúdico, reconhecendo a sua grande importância como condição de desenvolvimento integral da
criança.

7.2.1 A Importância Do Professor Como Mediador No Processo Da Alfabetização Com Práticas


Lúdicas

Faz parte do trabalho docente, despertar o interesse do educando, oferecendo a ele um


ambiente apropriado para as interações e práticas das atividades, desenvolver ações pedagógicas
que estimulem a sua reflexão e suas ideias.
O que se observa hoje é que as crianças são muito ativas, então o que o professor precisa é
elaborar atividades que chamem a atenção de seus alunos, fazendo com que eles se sintam atraídos
por aquilo que lhes são oferecidos, e é aqui que entra a importância do lúdico no ambiente escolar.
Não só com a intenção de atraí-los mas também de oferecer-lhes atividades diferentes, fazendo do
ambiente escolar, uma ambiente agradável favorecendo o ensino e a aprendizagem.

Conforme nos apresenta Ferraz e Fuzari (1993, p.86 apud SILVEIRA 2012, p. 11), “Brincar
na infância é o meio pelo qual a criança vai organizando suas experiências, descobrindo e recriando
seus sentimentos e pensamentos a respeito do mundo, das coisas e das pessoas com as quais
convive”.

As brincadeiras e os jogos possuem importantes condições de desenvolvimento e


aprendizagem, proporcionando ao aluno conhecimentos, habilidades e competências no campo da
linguagem, dos valores, da cognição e da sociabilidade. Isto é, é nas brincadeiras e nos jogos que as
crianças se tornam agentes de sua prática social, estabelecendo com autonomia suas atitudes e
interações, realizando planos e métodos de atuações conjuntas, elaborando regras de participação e
convivência social.

Nessa perspectiva, as brincadeiras e os jogos se tornam recursos pedagógicos de grande


importância e indispensáveis no desenvolvimento da criança, visto que, no brincar e no jogar as
crianças adquirem habilidades fundamentais para aprimorar seu processo de alfabetização e
letramento.

A vivência deste estágio realizou-se na Escola Básica Municipal Almirante Barroso, com a
turma do terceiro ano vespertino. Foram elaboradas no período da prática do estágio, atividades
lúdicas vinculadas aos conteúdos de Matemática e de Língua Portuguesa, de forma que pudessem
desenvolver e aprimorar as capacidades e competências dos alunos do terceiro ano do ensino
fundamental. Porém as experiências não foram tão agradáveis, uma vez que, os alunos não eram
acostumados com essas práticas em sala de aula, nesse caso, foi difícil manter a ordem e a
disciplina dos alunos durante a realização dos jogos e das brincadeiras, pois, os mesmos não
possuíam o espírito de cooperação.

Outro fator negativo dessa experiência foi a má acolhida da professora regente, pois a
mesma demonstrou várias vezes que não gostava que interagisse muito com as crianças, não sendo
muito favorável a ludicidade na sala de aula, pois as preferia quietinhas, com a cabeça baixa
escrevendo no caderno.

Foi lamentável perceber a dificuldade de pôr em prática o que diz a teoria sobre a ludicidade
em sala de aula. Dificuldade em ultrapassar a barreira dos pensamentos dos professores atuantes,
pois, quando a turma se agitava as professoras das turmas vizinhas se sentiam incomodadas e
fechavam as janelas. Passando pelas experiências dos estágios pode se dizer que a ludicidade é
fundamental no cotidiano da sala de aula, porém é mais fácil trabalhar com a ludicidade na
educação infantil, pois o ambiente e os profissionais são acostumados com isso, em contra partida
não existe isso nos anos iniciais, percebe-se que a ludicidade incomoda os profissionais que ali
trabalham, pois sai da rotina da turma e gera certa agitação.

Nos estudos realizados, constatou-se a importância e a responsabilidade do docente de


incentivar e proporcionar às crianças ao seu desenvolvimento integral, comprovando que a
Brincadeira representa uma das linguagens mais significativas das crianças, por estimular
competências afetivas, intelectuais e sociais na sua realização.

O brincar revela a estrutura do mundo da criança, como se organiza o seu pensamento, às


questões que ela se coloca como vê o mundo à sua volta. Na brincadeira, a criança explora
as formas de interação humana, aprende a lidar com a espera, a antecipar ações, a tomar
decisões, a participar de uma ação coletiva (BRASIL, 2007, p. 9).

Assim sendo, observou-se durante a experiência do estágio que as atividades desenvolvidas


com os educandos, baseavam-se na utilização folhas com atividades impressas, leitura de textos e
recortes, não evidenciando a função social dos assuntos trabalhados, não levando em consideração a
importância da ludicidade no processo de ensino e aprendizagem.

7.3 ESTÁGIO III - A GESTÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Apresentamos o que no diz Penin, (2002, p. 17 apud BUSS, 2013, p. 8), “[...] que a escola
representa a instituição que a humanidade criou para socializar o saber sistematizado”. Assim
sendo, a função da escola varia, pois ela deve relacionar os diversos momentos da história, as
culturas, de acordo com a região e povos que constituem a comunidade escolar.

Ainda segundo a concepção de Wittmann, (2004, p. 16 apud BUSS, 2013, p. 8), “[...]
função da escola é garantir educação aos estudantes, contribuindo para que se tornem sujeitos,
isto é, autores e senhores de suas vidas. Isto significa criar oportunidades para que eles decidam,
pensem, tornem-se livres e responsáveis, autônomos, emancipados”.

A escola insurge como uma instituição essencial para a construção do indivíduo, da mesma
forma como insurge para o progresso da sociedade e da humanidade. A escola como entidade
social possui objetivos e metas, aplicando e reconstruindo os conhecimentos produzidos pela
sociedade.

Atribui-se à escola a responsabilidade de oportunizar um ambiente onde se divide e


multiplica o processo de construção do conhecimento, buscando transformar esse
ambiente num espaço especializado para o desenvolvimento das capacidades intelectuais
dos sujeitos que por ela passam. (BUSS, 2013, p. 10).

Este ambiente de aprendizagem e desenvolvimento abrange todas as experiências vistas


nesse processo, considerando significativos os padrões relacionais, aspectos culturais,afetivos,
cognitivos, históricos e sociais, os quais estão implantados nas relações entre os diversos
segmentos e nas interações.

7.3.1 Gestão Escolar

A gestão escolar é fundamental no desenvolvimento da qualidade do aprendizado de uma


instituição de ensino, além de ser uma concepção pouco conhecida, é de muita importância, pois
estão cada vez mais rigorosas, as qualidades reivindicadas nas escolas.

Consequentemente, a gestão escolar cuida das atribuições que escola possui, cumprindo as
normas comuns dos procedimentos. Cada instituição precisa elaborar e executar o seu
planejamento pedagógico, conduzir o quadro de profissionais e seus bens materiais, suas finanças,
preocupar-se com o ensino-aprendizado dos educandos, oferecendo meios para a melhoria de seus
estudos e proporcionar um processo de integração articulado com as famílias e a comunidade.

Simplificando, o centro da gestão escolar é a demanda por resultados, pela condução,


atingir a primazia do ensino em todos os níveis de escolaridade, enfatizando a qualidade do
currículo.
A vivência do estágio em gestão escolar está sendo realizado na Escola Básica Municipal
Amadeu da Luz. Até o momento foi concluído somente a observação com a gestora e o orientador,
elaborados os questionários e enviados para os mesmos.

O que se percebeu durante os dias de observações pode-se dizer a gestora está envolvida o
tempo todo em função da administração material e o orientador envolvido em resolver conflitos
entre alunos e problemas que ocorrem na escola. Percebeu-se que o orientador tem pouco tempo
disponível para o acompanhamento pedagógico.

8 CONCLUSÃO

Para concluir este trabalho, acredita-se na importância de retomar a questão de estudo que se
colocou inicialmente. Durante os estudos pode-se observar o quanto as atividades simples, aplicadas
aos alunos em sala de aula, podem trazer um grande resultado no aprendizado e na aquisição da
escrita, mediante a uma metodologia bem aplicada e as intervenções adequadas do professor.
Observou-se ainda que a troca de ideias e experiências entre os docentes podem trazer inúmeros
benefícios não somente aos professores, mas também aos seus alunos, pois dessa maneira, podem-
se repetir as experiências que geraram bons resultados e rejeitar ou adequar as que não alcançaram
os objetivos desejados.

Pode-se constatar o quanto os discentes aprendem em um ciclo, e que a atuação do


profissional da educação é fundamental no processo da aquisição da linguagem escrita. Dessa
maneira, pode-se notar que o professor é capaz de intervir na aprendizagem e desenvolvimento de
seus alunos, decidindo, escolhendo e realizando ações e realizações que atendem as necessidades de
cada um em particular.

É imprescindível que o professor compreenda e aprenda a respeitar as diversidades existentes


em sala de aula e a individualidade de cada um de seus alunos. Por isso na elaboração do
planejamento escolar, deve abarcar ações e reflexões que contemplem a aprendizagem escrita, a
oralidade e as atividades lúdicas, pois, quando se ensina uma criança a ler e a escrever, a mesma
está conhecendo as práticas de letramento de uma sociedade, pode-se dizer que ela está em processo
de alfabetização. Assim sendo, durante este processo de desenvolvimento das habilidades das
crianças, se faz necessário que as aprendizagens aconteçam de forma lúdica, pois nessa fase o valor
simbólico dos objetos ao seu entorno, pode ser de grande importância e facilitar a aprendizagem no
plano concreto.
Quando não desenvolvida de forma adequada a escrita e a fala no período da alfabetização a
criança encontrará sérias dificuldades com a leitura, que é a consumação do objetivo de quem
escreve. Muitos fatores são incluídos no processo de alfabetização, e quanto mais consciente o
docente estiver sobre como se dá o processo de aquisição do conhecimento, de como o aluno se
posiciona em situações de desenvolvimento emocional, como está evoluindo o processo de
interação social, mais possibilidades o professor terá para conduzir de maneira agradável e
produtiva o processo de ensino e aprendizagem.

Acredita-se que as inteligências e competências se conectem. Ao desenvolvermos uma


habilidade específica, outras também estarão sendo aprimoradas. Por isso é imprescindível que as
crianças estudem, brinquem, descubram seus limites e potenciais, pensem e criem coisas materiais e
abstratas, tenham um bom relacionamento, tenham as mais extraordinárias experiências e sintam
que cada dia estão crescendo e evoluindo como cidadãos letrados, inseridos em na sociedade.

Dessa maneira se almeja para que todas as crianças iniciantes na caminhada escolar e
educacional tenham acesso a boas escolas e principalmente bons profissionais, pois agora se tem a
certeza de que para que a alfabetização aconteça, são necessárias além de uma boa formação,
paciência, amor, experiência e muita dedicação. O sucesso da alfabetização está no empenho e
dedicação do profissional da educação, mas como assegurar que este profissional irá dar o seu
melhor para que isto aconteça?
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