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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA –


8º SEMESTRE

EDUARDO CHRISTIAN LOPES MACHADO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO -CIE


Relatório Final

Breves
2018
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HELAURENE LOPES MACHADO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III -GESTÃO

Relatório de Estágio apresentado ao Curso


Pedagogiada UNOPAR - Universidade Norte
do Paraná, para a disciplina de Estágio
Curricular Obrigatório III. Ministrada pelo
tutor de sala Ana Karoline Barbosa
Gonçalves e a tutora eletrônica Simone Diniz
da Silva

Breves
2018
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................4
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DO ESTÁGIO E ATUAÇÃO DO PEDAGOGO
DIARIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO.............................................................5
ANÁLISE DO PROJETO POLITICO PEDAGOGICO E ENTREVISTA COM O
PEDAGOGO............................................................................................................7
PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO.......................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................17
REFERENCIAS.......................................................................................................18
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1. 1INTRODUÇÃO
O presente estágio gestão escolar tem por objetivo pesquisar e estudar a
equipe pedagógica (diretor, supervisor , orientador , coordenador ) e, principalmente,
ao pedagogo, que é o profissional que tem como função organizar e articular o
trabalho pedagógico na escola atuando com diferentes segmentos da comunidade
escolar, tais como: professores, funcionários, pais, alunos, direção escolar etc.
(BELL ARDO, 2009 ). Assim sendo, durante o estágio, serão observados espaços
de ação coletiva como: conselho de classe , associação de pais, reuniões
pedagógicas, reuniões de pais, entre outros.
O Estágio Gestão Escolar possibilita a inserção do futuro professor no

contexto profissional , de modo a compreender dinâmicas de funcionamento das

escolas como ambientes educativos, conhecer e aprofundar aspectos da gestão na

escola .
O referido estágio é de suma importância para instrumentalizar o estudante
de Pedagogia e futuro profissional da educação , para que o mesmo se familiarize
com a prática da sala de aula, conviva com os alunos e professores e habitue -se ao
ambiente escolar com seus problemas , desafios, dificuldades, mas também repleto
de alegria, realizações e sobretudo , cheio de crianças e jovens transbordantes de
vida e vontade de aprender.
Todo o estágio ocorreu na Escola Estadual de 1° Grau Profª Julia Barbalho.
onde foi realiza da uma pesquisa referente a escola e o trabalho pedagógico .
Escolhi esta instituição pela proximidade com minha residência , e também por estar
familiarizada com os funcionários. Esta instituição me elucidou muitos aspectos
importantes, tanto na relação entre os docentes , quanto na relação aluno -
professor, pedagogo -professor mostrando- me que muito da teoria e prática que
estudei durante meu curso não são aplicáveis, devido as divergências de condição
social e, principalmente, de personalidade dos alunos.
Portanto durante este estágio pude vivenciar diferentes práticas e formas de
trabalho com as crianças, além de entender um pouco do trabalho docente, gestor e
pedagogo.
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CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

A escola Prof.ª Júlia Barbalho situada na Rua Augusto Montenegro, s/n localizada
próxima à praia da Vila Velha, considerada de médio porte recebe alunos de classe baixa
e média sendo que um quantitativo expressivo de alunos são beneficiários do Bolsa
Família, programa do Governo Federal. Historicamente a escola vem atendendo o ensino
fundamental, e até o ano de 2014 atendeu a modalidade EJA- Educação de Jovens e
Adultos. Atualmente o sistema de ensino está organizado em ciclos, acompanhando as
mudanças instituídas pela Secretaria de Educação, sendo que a escola oferta o 1° e 2°
ciclo no ensino fundamental de nove anos e 3° e 4° ciclo na EJA. A escola é construída
em alvenaria, coberta de brasilit e forro em PVC. A escola é composta por 05(cinco) salas
de aula, 01 (uma) sala de reforço de aprendizagem, 01 (uma) sala multifuncional, 02
(dois) banheiros para os alunos, sendo um masculino e outro feminino, 01 (um) banheiro
adequado para o atendimento a pessoas deficientes, 01 (um) banheiro para os
funcionários, 01 (uma) cozinha 01 (uma) diretoria, 01(uma) sala para a coordenação
pedagógica, 01 (uma) secretaria, 01 (um) depósito (merenda, material de limpeza,
material didático e recursos pedagógicos), e 01 (uma) quadra esportiva descoberta.

A escola Profª Júlia Barbalho, funciona nos horários: 7hs as 11hs, das 11hs às 15hs e das
15hs às 19hs, com o quantitativo de 339 alunos distribuídos em 15 turmas, sendo 09
turmas de 1° ciclo, 06 (seis) turmas de 2° ciclo.

A escola possui em seu sistema organizacional: 01 diretor, 01 secretaria, 01 vice-diretora,


02 coordenadores, 07 auxiliares, 02 agentes de vigilância, 17 serventes, 03 agentes de
portaria.

O corpo docente desta unidade de ensino é constituído de 21 professores, dos quais, 17


possuem nível superior e 04 estão em processo de formação.

A escola atende ainda, o Programa Mais Educação do Governo Federal, o qual funciona
fora do estabelecimento escolar, ou seja, em um imóvel alugado pela Secretaria Municipal
de Educação. É mantido em parte pelo sistema municipal, que garante além do aluguel do
imóvel a remuneração de alguns profissionais e merenda escolar. Os recursos
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pedagógicos e equipamentos são assegurados pelo Governo Federal através de verbas


via PDDE escola. Os monitores são voluntários da comunidade que se dispõem a
contribuir com o desenvolvimento das atividades no programa.

O Programa desenvolve atividades como teatro, iniciação musical por meio de flauta
doce, pintura e desenho, orientações de estudos e leituras e atividades voltadas para o
esporte e lazer.

A escola Julia Barbalho recebe recursos das esferas Federais, através do Programa
Dinheiro Direto na Escola- PDDE, administrado pelo Conselho Escolar e pela Direção da
escola. No decorrer do ano letivo a escola recebe apoio material da Secretaria Municipal
de Educação e promove eventos com fins lucrativos, visto que os recursos federais não
são suficientes.

Os coordenadores da escola cumprem às oito horas diárias, se organizaram de


maneira que sempre se encontram e ficam um determinado período juntos
articulando estratégias para o melhor funcionamento e desenvolvimento da
instituição escolar. Os demais funcionários também cumprem seu horário
corretamente.

O gestor da escola desenvolve inúmeras funções, ao chegar na escola o mesmo


passa nas salas de aula para verificar se está em condições favoráveis para os
professores e alunos realizarem seus trabalhos, resolve a situação do cardápio da
escola, quando falta materiais para a limpeza o mesmo sai pra resolver, resolve as
situações administrativos (assina os documentos e etc.), quando necessário recebe
os pais e os alunos. Ele possui um papel imprescindível no contexto escolar. O
gestor precisa ser um profissional extremamente eficiente e qualificado, que tenha
uma visão humanista e democrática, em prol de uma educação que venha contribuir
e favorecer o processo de ensino aprendizagem dos educandos e no bom
funcionamento dos outros segmentos da escola.
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ANALISE DO PROJETO POLITICO PEDAGOGICO E ENTREVISTA COM O


PEDAGOGO

A supervisora tem carga horária de 40 horas semanais, sendo uma agente de


possíveis soluções fazendo a integração da comunidade com a escola. Pedagogo é
um educador profissional da Pedagogia, capaz de atuar em espaços escolares e
em não-escolares, na implantação do ensino de sujeitos em diferentes fases de
desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo.
A sua função é planejar , executar, coordenar, acompanhar e avaliar tarefas
próprias do setor da Educação como a docência do ensino infantil e fundamental,
coordenação pedagógica, orientação educacional e gestão e , ainda, acompanhar e
avaliar projetos e experiências educativas em ambientes como empresariais, o nos,
sindicatos, movimentos sociais, hospitais e outros . É seu trabalho também ser
articulador , motivador , logo que deve discutir , conhecer, refletir e optar por
determinadas praticas ou encaminhamentos, organizar a forma como os membros
da equipe escolar irão desenvolver a sua atividade educativa
No ambiente escolar sua presença é obrigatória , seja no setor público ou
privado, podendo atuar como professor de séries iniciais e educação infantil,
supervisor de ensino, diretor de escola , coordenador pedagógico, orientador
educacional e , conforme suas especializações, psicopedagogo escolar . Seu papel
é fundamentalmente estimular a formação critico –social dos sujeitos, fortalecendo a
mediação entre diferentes atores do processo pedagógico a partir da integração
interdisciplinar , integração família, comunidade e escola e promover ações que
reforcem o respeito à diversidade e à inclusão social.
A aprendizagem é um dos principais objetivos de toda pratica pedagógica, e a
compreensão ampla do que se entende por aprender é fundamental na construção
de uma proposta de educação, também mais aberta e dinâmica, definindo por
conseqüência, a praticas pedagógicas transformadoras .
A organização do trabalho pedagógico é baseada nas estratégias dos
projetos elaborados, com base no ensino para a compreensão, pois tem a finalidade
de favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares
em relação “ao tratamento da informação” e aos diferentes conteúdos em torno de
problemas ou hipóteses que facilitam a os alunos a construção de seus
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conhecimentos, a transformação procedente dos diferentes saberes disciplinares em


conhecimento próprio .
O pedagogo tem por finalidade ajudar a escola a escolher a melhor forma do
aluno obter o conhecimento . Assim ele deve ter contato direto com o professor e
questionar quais as dificuldades que ele está encontrando e buscar junto com o
professor a melhor forma de ajudar a dificuldade em questão ele também deve
conhecer os alunos, para que seja mais fácil a escolha da forma de ensino.
Não estou dizendo que o professor é subalterno do pedagogo e nem que não tem
autonomia para isto, mas o pedagogo tem o objetivo de auxiliar e fazê -lo perceber
questões na qual ele ainda não percebeu.
O pedagogo hoje tem muito a contribuir na organização do espaço
pedagógico. O Pedagogo é um educador, com intenção política, onde deve fazer do
espaço escolar um espaço de conquistas, de construções coletivas. Pode o
pedagogo, através da apropriação/transmissão dos conheci mentos, desmitificar a
escola , contribuindo para que seja um espaço de transformações, onde educandos
e educadores, possam partilhar saberes , e construir efetivamente a prática
pedagógica articulada aos anseios da sociedade. Quando o aluno tem motivação,
pode absorver qualquer informação, independente da origem, assim, o Pedagogo
pode contribuir na for mação dos docentes para que possam estar melhor
“preparados" para que o discípulo surja, para que o educando entenda e
compreenda o que precisa aprender e como irá aprender .
O pedagogo tem uma função importantíssima no processo ensino aprendizagem ,
visto que é um especialista em educação , portanto deve ler, estudar, escrever ,
articular teoria e prática fazendo e refazendo sua práxis pedagógica. Deve
contribuir para que a escola seja um espaço em que a disciplina, a ética, a cidadania
permeiem os conhecimentos necessários à formação humana. Contribuir com
encaminhamentos metodológicos, sugestões de leituras, dinâmicas junto aos
docentes para que tornem sua aulas atrativas, onde o aluno perceba a importância
do ato de aprender sendo uma ação que envolve aluno e professor, uma vez que se
um deles , aquele que ensina ou aquele que aprende, tiver uma variável, obter-se-á
modificações no resultado. Ou seja, algo i rá acontecer, mudanças poderão
surgir.
Assim o Pedagogo poderá direciona r o ato de aprender traduzindo -se em um ato
de receber informações, de compor em partes e compreender, assimilar a
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informação compreendida transformando -a em conhecimento e assim, que os


sujeitos do processo, possam usar o conheci mento, transformando -o em sabedoria
Há muito que se fazer enquanto Pedagogo na escola hoje , mas sobretudo deve
fazer-se mestre, despertando a vontade de ensina r e aprender. A educação é práxis
e se manifesta em um conjunto de práticas educativas, assim para educar é
necessário trocas de experiências e reflexão conjunta sobre elas. O Pedagogo pode
propiciar espaços de convivência entre os docentes , estabelecendo caminhos de
pesquisa, estudo, integração, seriedade , compromisso e responsabilidade por uma
educação democrática e competente.

PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO


TEMA: LEITURA E LETRAMENTO

JUSTIFICATIVA
Diante de um diagnóstico feito na escola, observamos algumas dificuldades nos
alunos do 1º ao 5º ano, dentre elas: leitura, escrita e interpretação de textos, e fez-se
necessário a elaboração desse projeto que visa desenvolver uma maior
aprendizagem na alfabetização e no letramento de maneira significativa e lúdica.
Serão trabalhadas atividades com a participação de todos os alunos no processo de
ensino e aprendizagem, com métodos lúdicos e recursos audiovisuais para que o
ensino se torne mais eficaz. O letramento que compreende o domínio da leitura e da
escrita como contato com o mundo, é o foco central desse projeto.
Tendo em vista os resultados do diagnóstico das turmas, que foi a primeira etapa do
projeto, foi definido um plano de trabalho com as metas gerais a serem
desenvolvidas durante as próximas etapas. Foram definidas também ações e
atividades tendo por base as competências necessárias e que deveriam ser
garantidas no processo inicial de alfabetização e letramento.
Ao trabalhar a construção dessas competências, acreditar-se-á que cada aluno será
capaz, ao longo do desenvolvimento do trabalho, de identificar os diferentes
portadores de textos bem como seus usos sociais. Esse projeto será mais um passo
dado em prol do aluno, evitando principalmente que ele perca o estímulo na sala de
aula. Dessa forma, acredita-se que haverá uma melhora substancial nas produções
de textos e, conseqüentemente, melhor resultados nos estudos, de modo geral.
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SITUAÇÃOPROBLEMA
Viver num ambiente letrado, onde são cultivadas e exercidas práticas sociais
relativas à leitura e à escrita, permite à criança desenvolver conceitos e
competências funcionais relacionados à escrita, assim como garantir que as
crianças efetivamente aprendam a ler e escrever assim que entram na escola é o
objetivo de todo alfabetizador, no entanto isso se tornou um grande desafio.
Dessa forma, quais questionamentos a trabalhar:
* Por que muitos de nossos alunos passam pelo Pré-escolar e vão do 1º ao 5º ano
sem aprender a ler e escrever?
* De que forma a leitura, a escrita e a produção de textos terá significado para o
aluno?
* Como intervir no processo ensino-aprendizagem?
* Que estratégias fará o aluno ler, escrever e produzir um texto satisfatoriamente?

DURAÇÃO DO PROJETO
9 meses ou até que todas as etapas sejam concluídas com êxito.
PÚBLICO ALVO
Alunos do 1º ao 5º ano da Escola ……
OBJETIVO GERAL
Contribuir no processo de alfabetização e letramento dos alunos através de
atividades lúdicas, que alimentem o imaginário infantil e contribuam para o
desenvolvimento da leitura e escrita;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
* Adquirir competência na leitura e escrita;
* Conhecer alguns portadores de texto;
* Escrever ortograficamente correto;
* Saber interpretar vários tipos de texto;
* Reconhecer o jogo como ferramenta didática imprescindível no processo ensino
aprendizagem;
* Planejar atividades lúdicas voltadas para o domínio do sistema alfabético, leitura e
produções de textos.

EMBASAMENTOTEÓRICO
Desde os primórdios da civilização o homem busca habilidades que lhe tornem mais
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útil a vida em sociedade e que lhe possam tornar mais feliz. A criação de
mecanismos que possibilitassem a disseminação de seu conhecimento tornava-se
um imperativo de saber/poder, que ensejava respeito e admiração pelos
companheiros de tribo.
Daí o surgimento das inscrições rupestres, simbologia, posteriormente e num
estágio mais avançado das civilizações, os hieróglifos e as esculturas que
denotavam sua própria e mais nobre conquista: a conquista de ser.
Nesse contexto surge a escrita e a leitura como imanentes à própria história da
civilização.
A criação dessa disponibilidade, que chamamos escrita e leitura, cria outras
disponibilidades, pois ela é a básica, dela provém as demais. Através da leitura e da
escrita o homem conseguiu estreitar os laços de afetividade com seus semelhantes,
harmonizar os interesses, resolver os seus conflitos e se organizar num estágio atual
da civilização, com a abstração a que nominamos “Estado”. O homem se organizou
politicamente.
Mas voltando-nos ao campo do conhecimento humano, que é o que por ora nos
interessa, o mito poético que sempre embalou o homem, a fantasia dos
deuses, descortinaram as portas do saber, originando a busca da informação, do
saber humano, do seu prazer.
Com o desenvolvimento da linguagem, a força das mensagens humanas
aperfeiçoou-se a tal ponto ser imprescindível à sua própria existência. A busca do
conhecimento tornou-se imperativa para novas conquistas e para o estabelecimento
do homem como ser social, como centro de convergência de todos os outros
interesses.
Na busca desse conhecimento, que se perpetua ao longo da história da civilização,
percebe-se que quanto mais cedo o homem iniciar, mais cedo germinará bons
resultados. Ou seja, a infância como uma fase especial de evolução e formação do
ser, deve despertar-lhe para este mundo, o mundo da simbologia, o mundo da
leitura.
No dizer de Bárbara Vasconcelos de Carvalho:

“O conto infantil é uma chave mágica que abre as portas da inteligência e da


sensibilidade da criança, para sua formação integral. O que fez Andersen o grande
escritor universal e imortal foram as estórias ouvidas quando criança.”
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Por outras palavras, a imaginação humana é imperiosa para a construção do


conhecimento, e conhecimento também é arte, daí a importância da Educação
Infantil para enriquecer essa imaginação da criança, oferecendo-lhe condições de
liberação saudável, ensinando-lhe a libertar-se no plano metafísico, pelo espírito,
levando-a a usar o raciocínio e a cultivar a liberdade e o hábito da leitura.
Nessa caminhada na construção do conhecimento humano, não é de se olvidar a
relatividade da importância dos livros didáticos, muitas vezes o único acesso
disponível para a maioria do público infantil, sobre o que passaremos a discorrer nas
próximas linhas.
No que se refere à Escola e aos objetivos da leitura ou ao “Para que ler na escola?”,
pode-se afirmar que ainda não existe nos currículos conhecidos e analisados, uma
concretização de um pressuposto geral básico, qual seja, o da articulação entre a
função social da leitura e o papel da escola na formação do leitor. Se
dimensionarmos essa função social como sendo a necessidade do conhecimento e
a apropriação de bens culturais, a leitura funciona, em certa medida, um meio e não
um fim em si mesma. Daí a importância do papel da escola em relação à leitura, que
é o de oferecer aos alunos mecanismos e situações em que eles “aprendam a ler e,
lendo, aprendam algo”.
Oportuna a citação:
“ A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos
culturais do povo, e ir além do ensinar a ler e a fazer as quatro operações. Precisa
investir em bons livros, considerando que a cultura de um povo se fortalece muito
pelo prazer da leitura; e a escola representa a única oportunidade de ler que muitas
crianças têm. É necessário propiciar nas salas de aula e na biblioteca a dinamização
da cultura viva, diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de
pensar, agir e sentir do povo brasileiro.” (BRAGA,1985,P.7)
O conceito básico de leitura, nesse contexto, passa ser então a “produção de
sentido”. Essa produção de sentido, por conseguinte, é determinada pelas condições
socioculturais do leitor, com os seus objetivos, seus conhecimentos de mundo e de
língua, que lhe possibilitarão a leitura.
Nesse sentido, a construção do conhecimento, segundo entendimento de alguns
autores como elemento principal, se efetivará pelo hábito da leitura, uma vez
inserida e enfatizada no contexto escolar. Afinal, é principalmente através da leitura
que os alunos poderão encontrar respostas aos seus questionamentos, dúvidas e
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indagações, sobretudo no que concerne aos caminhos por onde penetram na


construção do seu conhecimento, e não apenas vinculados e dependentes de uma
metodologia tradicional.

Para muitos adultos alfabetizados, a aquisição da escrita parece ser uma tarefa
simples. Uma vez dominada a sequência de letras, seu traçado e nomeação,
bastaria apenas o conhecimento do som que corresponde a cada uma destas letras
para que, depois, combinando-as, pudessem ser formadas palavras e frases. A
própria origem da palavra analfabeto, aquele que não domina o alfa ou o beta, ou
seja, aquele que não domina sequer as duas primeiras letras do alfabeto, traz
consigo esta idéia. Esta concepção, que reduz a escrita a um mero código de
transcrição gráfica, não resiste, no entanto, a um exame mais detalhado, do ponto
de vista psicológico. Sendo a linguagem escrita um sistema simbólico, sua
aprendizagem vai requerer um aprendiz que reconstrua as relações entre as
representações fonológicas e as representações ortográficas da língua. Esta é uma
tarefa complexa. Dada a sua natureza social, as convenções da escrita não são
evidentes por si mesmas.
O processo inicial de aquisição da escrita está intimamente relacionado à
escolaridade, embora com ela não possa ser confundido. As práticas sociais
relativas à leitura e escrita transcendem não só os limites da escola como, também,
precedem a matrícula da criança no sistema formal de ensino. Há mais de duas
décadas, somam-se evidências acerca da natureza gradual e dinâmica segundo a
qual o processo de aquisição da língua escrita ocorre. (Ehri, 1999; Ferreiro e
Teberosky, 1985; Read, 1986).
Segundo as reflexões expostas por CAGLIARI (1993) a escrita é algo que o
ser humano se envolve desde cedo em sua vida, e de acordo com o contexto sócio
– cultural que homem vive o aprendizado da escrita se efetiva segundo
determinados padrões, assim, a sociedade letrada que vivemos exige o domínio da
escrita e alguma atividades no cotidiano ela é necessária, sendo que a escola é o
local onde é mais expresso sua presença.

PERCURSOMETODOLÓGICO
Será utilizada a abordagem sócio-interacionista, permitindo que a criança tenha
oportunidade de construir sua aprendizagem com as intervenções pertinentes.
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Portanto, será aplicada uma metodologia que favoreça o desenvolvimento da


criança nas diversas fases da alfabetização, respeitando suas características
individuais e necessidades pessoais. Também serão valorizadas as diversas
contribuições que os diferentes métodos de alfabetização oferecem.
Através do resultado do diagnóstico das turmas foi definido um plano de trabalho
com metas a serem desenvolvidas no dia-a-dia na sala de aula.
Nos 1º anos os professores trabalharão reforço com aqueles alunos que tem
dificuldades com as letras do alfabeto.
Nos 2º anos haverá um reagrupamento, os alunos já alfabetizados ficarão com uma
professora, enquanto os não alfabetizados ficarão em outra sala com outra
professora, para que as mesmas possam fazer um trabalho mais intensificado com
os alunos, suprindo as reais necessidades dos mesmos.
Nos 3º, 4º e 5º anos, de certa forma, também haverá um reagrupamento, só que
apenas num período da aula (antes ou depois do recreio), assim os alunos que
estão com as mesmas dificuldades são alfabetizados por monitores ou estagiários.
Estarão sendo desenvolvidas atividades diariamente na sala de aula com materiais
concretos como: alfabeto móvel, fantoches, jogos de rimas, jogos de memória com
escrita/desenho entre outros.
Empréstimos de livros, onde o aluno leva para casa e determina o dia de entrega.
Piquenique da leitura, onde os alunos vão à Praça, à quadra de esportes ou em
outro lugar e levam lanches e livros de história infantis.
Estaremos trabalhando atividades diversificadas visando a participação de todos os
alunos no processo de ensino aprendizagem, priorizando a leitura e a escrita.

RECURSOS:
Livros literários e informativos, fantoches, malas de histórias, álbuns de figurinhas,
cartazes, desenhos, filmes, folders, gráficos, revistas de histórias em quadrinhos,
ilustrações, jornais, quadro de giz, revistas, televisão, vários gêneros textuais, varal
didático, etc.

AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica e processual, para que o professor possa rearticular
sua prática de acordo com as necessidades da turma. Serão observados os
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seguintes aspectos: participação, interesse, desempenho, engajamento e


colaboração.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

ATIVIDADES
Elaboração da Proposta do Projeto de Intervenção
Reunião para exposição do projeto com professores, monitores, estagiários e pais
de alunos
Primeira etapa: Diagnóstico dos alunos
Segunda etapa: preparação de material didático (jogos, atividades, cartazes, textos,
etc.)
Terceira etapa: reagrupamento dos alunos
Quarta etapa: execução do projeto de intervenção

SUGESTÕES DAS LETRAS DAS CANTIGAS DE RODAS PARA SEREM


TRABALHADAS

PROPOSTA DE TRABALHO: ATIREI O PAU NO GATO

VERSÃO ORIGINAL

ATIREI O PÁU NO GATO TÔ TÔ


MAS O GATO TÔ TÔ
NÃO MORREU REU REU
DONA CHICA CÁ
ADMIROU-SE SE
DO BERRO, DO BERRO QUE O GATO DEU
MIAU !!!!!!

2ª VERSÃO

NÃO ATIRE O PAU NO GATO, TO…


PORQUE ISSO, SO…SO
NÃO SE FAZ, FAZ, FAZ…
JESUS CRISTO, TO…TO
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NOS ENSINA, NA…NA


A AMAR, A AMAR OS ANIMAIS
AMÉM!

3ª VERSÃO

NÃO ATIRE O PAU NO GATO, TO…


PORQUE ISSO, SO…SO
NÃO SE FAZ, FAZ, FAZ…
O GATINHO – NHO…NHO
É NOSSO AMIGO – GO-GO
NÃO DEVEMOS
NÃO DEVEMOS
MALTARATAR OS ANIMAIS
MIAU!

PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA DA MÚSICA: ATIREI O PAU NO GATO

1. Colocar a letra na 1ª versão no quadro;

2. Colocar o CD para as crianças ouvirem e cantar com elas;

3. Questionar: sobre o que fala a cantiga? Se é correto o que está sendo tocado na
música? Se eles conhecem outras maneiras de cantar essa mesma cantiga?

4. Realizar a leitura coletiva apontando as palavras e cantando com as crianças;

5. Colocar a letra na 2ª versão no quadro.

6. Colocar a letra na 3ª versão no quadro.;

7. Fazer também com as crianças a leitura coletiva da cantiga na 2ª e 3ª versões;


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho do pedagogo não se limita ao exercício de atividades isoladas, é um


trabalho diversificado que exige competência e comprometimento para eficiência em
sua execução. Durante o estágio em gestão escolar, pudemos acompanhar um
pouco do dia a-dia da coordenação pedagógica e ainda, desenvolver um trabalho de
intervenção por meio da elaboração de um plano de ação voltado aos grupos de
estudo do colégio e as dificuldades que Impediam o bom desenvolvimento do
trabalho coletivo.
Esta ação nos permitiu conhecer uma das muitas ações do
pedagogo e pensar estratégias que pudessem contribuir com a melhoria do trabalho
dos grupos de estudos.
A disciplina de Estágio supervisionado naGestão Escolar
proporcionou uma experiência muito válida, nos permitiu pensar e repensar a prática
pedagógica.
Parece-nos clara a contribuição que essa experiência de estágio nos proporcionou,
pois por meio dele o aluno pode identificar novas estratégias para solucionar
problemas que talvez não imaginasse que fosse encontrar na área profissional. É
pelo estágio que se desenvolve de uma maneira mais eficaz o raciocínio, a
capacidade e o espírito crítico, além da autonomia para investigação das atividades
desenvolvidas no campo de trabalho, sendo uma oportunidade para a escolha da
área de atuação dos futuros profissionais.

REFERÊNCIAS
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MERCADO, Elisangela. Estágio Supervisionado de Gestão Escolar no Curso de


Pedagogia: Proposta de atualização do Projeto Político Pedagógico da Escola
Pública. 2011. Disponível em: www.anpol.org.br. Acesso em: 10-04-2017 às
08h:30m.
PORTEL. Projeto Político Pedagógico. Escola Estadual de 1º Grau Profª Julia
Barbalho. 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e terra, 1996.
GUIMARÃES, Hercules Honorato.
O gestor escolar e suas competências: a liderança em discussão
Disponível em: <http://www.anpae.org.br/iberoamericano2012/Trabalhos/Hercule
GuimaraesHonorato_res_int_GT8.pdf> Acesso em 01/11/2014.
LOPES, Rosana. A identidade do pedagogo como organizador do trabalho
pedagógico escolar. 2013.
MELLO, E.F.F.; TEIXEIRA, A.C. A interação social descrita por Vigotski e a sua
possível ligação com a aprendizagem colaborativa através das tecnologias de rede.
IX ANPED Sul, 2012
19

ANEXOS

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