O documento discute a dimensão subjetiva da aprendizagem de estudantes adultos em situação de vulnerabilidade social. Apresenta três entrevistas com estudantes em situação de rua que demonstram visões diferentes sobre a escola, apesar de terem histórios semelhantes. Enquanto um vê a escola como uma oportunidade de resgate, outro deseja concluir o ensino superior, e uma terceira vê a escola como forma de não voltar à rua. Isso ilustra como as subjetividades influenciam a aprendizagem de cada um.
Descrição original:
Resumo do artigo "A dimensão subjetiva da aprendizagem do estudante adulto em situação de vulnerabilidade social", trabalho da disciplina Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem.
Título original
Trabalho Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
O documento discute a dimensão subjetiva da aprendizagem de estudantes adultos em situação de vulnerabilidade social. Apresenta três entrevistas com estudantes em situação de rua que demonstram visões diferentes sobre a escola, apesar de terem histórios semelhantes. Enquanto um vê a escola como uma oportunidade de resgate, outro deseja concluir o ensino superior, e uma terceira vê a escola como forma de não voltar à rua. Isso ilustra como as subjetividades influenciam a aprendizagem de cada um.
O documento discute a dimensão subjetiva da aprendizagem de estudantes adultos em situação de vulnerabilidade social. Apresenta três entrevistas com estudantes em situação de rua que demonstram visões diferentes sobre a escola, apesar de terem histórios semelhantes. Enquanto um vê a escola como uma oportunidade de resgate, outro deseja concluir o ensino superior, e uma terceira vê a escola como forma de não voltar à rua. Isso ilustra como as subjetividades influenciam a aprendizagem de cada um.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - 2023
Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
Professora: Junia Moraes Lage e Silva Integrantes: Ana Júlia Medeiros Ferreira, Bruna Karlla Andrade Simões, Daniela Lins Sales, Eduarda Campos Bertuane, Fernanda Sabrina Oliveira da Conceição, Giovanna Alves Rodrigues Rezende Thomé.
A DIMENSÃO SUBJETIVA DA APRENDIZAGEM DO ESTUDANTE ADULTO EM
SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL
A condição de estudante é baseada na subjetividade dos estudantes em situações
de instabilidade social. A maneira como essas situações subjetiva o estado dos educandos escolares está impregnado na natureza dos significados subjetivos produzidos no presente, por vezes representando os estados subjetivos do processo escolar-aprendizagem.
De início, a desigualdade social faz com que muitos vivam em situação de
vulnerabilidade social, esta se caracteriza pela falta ou inadequação de bens ou recursos que poderiam ou deveriam ser fornecidos pelo Estado. Com isso, o indivíduo nesse cenário não consegue agir por não possuir bens, ou meios ou serviços públicos para ter suporte na sociedade.
O âmbito educacional é um dos mais afetados quando se trata de vulnerabilidade
social. De acordo com o IBGE, a renda é um dos fatores que determinam a evasão e o atraso escolar entre jovens de 15 a 17 anos. Esses dados ilustram algumas das complexas relações existentes entre vulnerabilidade social e escolarização. Dessa maneira, as pessoas em situação de vulnerabilidade social tendem a permanecer na mesma situação porque não têm acesso a serviços básicos como escolas. Um outro problema é que depois que os jovens saem da escola e encontram emprego para ajudar no sustento da família, a maioria deles não volta ao meio escolar, e as dificuldades que enfrentam no mundo do trabalho devido à falta de educação e qualificação continuam e agravam a situação de vulnerabilidade social que enfrentam. Em vista disso, o interrompimento desse ciclo escolar é um grande obstáculo na vida desses indivíduos.
O texto analisado tem como objetivo mostrar de que forma as subjetividades
construídas se expressam na visão de mundo de pessoas que vivenciavam experiências muito parecidas, fazendo com que elas tenham leituras de mundo e das situações diferentes.
Neste estudo, de abordagem qualitativa, a pesquisadora emerge em uma escola
pública que é focada na aprendizagem de jovens e adultos em situação de rua, ou com histórico de morar nas ruas. Lá, ela buscou participar ativamente das atividades escolares, além de entrevistar três estudantes, selecionando-os após longa observação.
É observado que mesmo que os três tenham o mesmo histórico de situação de rua, constituíram visões diferentes acerca principalmente das possibilidades no ambiente escolar.
O primeiro entrevistado, Everton, vê a escola como uma grande oportunidade de
resgate de condição mais digna de vida, e tem como principal objetivo a alfabetização, e após ela, não pretende se formar no ensino médio, e nem continuar os estudos. O desafio em sua formação é compreender a função social da escola, que não é trabalhada com ele, pela própria instituição.
O segundo entrevistado, Vidigal, tem um anseio grande em aprender a ler e
escrever, mas além disso, ele demonstra ter uma subjetividade que constitui um desejo pelo reconhecimento da sociedade no mundo do trabalho. Deseja concluir o ensino básico e também o superior, se tornar advogado. Com isso, ele não vê a escola apenas como um espaço de aprendizado vertical, mas como um espaço de desenvolvimento, também.
Na terceira entrevista, temos o caso Keyla, que vê na escola uma oportunidade de
não voltar a vida que tinha antes, como pessoa em situação de rua. Também vê a escola como um lugar de extrema importância em sua vida, onde se dedica; no passado diz ter tido muita dificuldade de aprendizado, e ela continua, mas mesmo com os problemas, ela vê na persistência um caminho de desenvolvimento também, desejando concluir os estudos básicos e ingressar na universidade federal.
Por fim, compreendemos que as diferentes visões e produções de desejos dos
participantes dialogam com o conceito de subjetividade, pois este diz que os processos de assimilação e formação de opiniões vêm da particularidade do sujeito, que é o principal autor de sua aprendizagem. Com as condições ideais do ambiente escolar, podemos pensar como considerar as subjetividades dos estudantes em seu processo, e auxiliá-los a refletir acerca de sua visão de mundo, gerando a possibilidade de um desenvolvimento. TÓPICOS PARA DEBATE
Função social da escola para além do ensinar a ler e escrever.
A escola pode ser um espaço de produção de sentidos subjetivos, relações e
vivências que constituem a subjetividade dos educandos.
Evasão escolar e a importância de políticas públicas.
Programas de incentivo voltados a crianças e adolescentes, para guiá-los à
permanência nas escolas, além de métodos de apoio familiar, já que muitos dos jovens que deixam as escolas saem justamente para ajudar financeiramente a família. REFERÊNCIAS
A dimensão subjetiva da aprendizagem do estudante adulto em situação de
vulnerabilidade social. Disponível em <https://revistas.pucsp.br/index.php/psicoeduca/article/view/50451>. Acesso em 9 de março de 2023.