FORMAÇÃO DOCENTE: CAPACITAÇÃO EM TEMPOS

REMOTOS
Autor: Jéssica Da Silva Porto1
Tutor externo: Irani Aparecida Seidler Prim2
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Letras-Português (FLEX0009) – Estágio Curricular Obrigatório III
25/11/2020

RESUMO

Este trabalho acadêmico tem por objetivo explorar abordagens metodológicas virtuais
para propiciar alternativas de aprendizagem em tempos de ensino remoto. A área de
concentração relacionada é o Professor de Língua Portuguesa com foco na educação
básica no Ensino Médio. Sabe-se das dificuldades relacionadas ao ensino nessa época
de tempos remotos (COVID-19) em contra partida a distância do ensino presencial
impulsionou para um grande marco na educação: a tecnologia. Nota-se o despreparo
dos professores em relação a capacitação docente, visto que muitos se deparam com
dificuldades em inserir a tecnologia como instrumento pedagógico. Vale fomentar que
além da capacitação docente, o professor deve sempre se manter atualizado, seja com
a formação continuada, seja como um eterno estudante/pesquisador.

Palavras-chave: Aulas remotas. Língua Portuguesa. Ensino Médio.

1 INTRODUÇÃO

Nota-se da importância das práticas pedagógicas para crianças e adolescentes

para a formação de indivíduos competentes. A qual utilizam de suas habilidades para
expressão, construção de conhecimento e consciência crítica. Desse modo o Professor
de Língua Portuguesa tem o papel fundamental em conduzir a leitura e escrita para a
comunicação e a interpretação de diferentes tipos de textos, inclusive aqueles
introduzidos em tempos remotos.

A avaliação de aprendizagem remota é uma prática pedagógica não presencial

que recentemente vem sido utilizada para a coleta de resultados no ensino. O processo
da utilização de plataformas digitais e seus aplicativos envolve o saber e a capacitação

1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Letras-Português; E-mail: portoje93@gmail.com
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Letras-Português – Polo BRUSQUE; E-mail:
irani.prim@uniasselvi.com.br
docente. As dificuldades encontradas até então, estão relacionadas a não obrigatoriedade
da capacitação docente em relação a tecnologia.

Visto a importância da temática abordada, faz-se necessário relacionar a

proposta teórica e seus documentos norteadores, com as ferramentas a serem utilizadas
nas práticas virtuais e elaboradas pelos docentes da área de concentração. A fim de
possibilitar discussões para o aperfeiçoamento da capacitação docente na área digital.

.
2 LÍNGUA PORTUGUESA: AULAS REMOTAS NO ENSINO MÉDIO

Ao dialogar sobre o contexto da eficácia do desenvolvimento educacional

brasileiro cabe salientar os desafios e limitações que o docente enfrenta durante sua
jornada de trabalho em meio a sociedade. Já que ser professor é mensurar diversas
profissões, trazer o diferente para o indivíduo e inserir essas atividades em seu
cotidiano, fomentando as especificidades de cada área, saber e poder do conhecimento.

Para MARIN (1996 apud JACOMINI; PENNA, 2016): ao analisar o exercício

da docência, suas condições de trabalho e desenvolvimento profissional com foco na
carreira, é importante enfatizar que o magistério está sendo compreendido como uma
atividade que pressupõe formação especializada e que se organiza para dar conta do
ensino nas escolas, entendendo o ensino como atividade intencional de transmissão de
elementos culturalmente valorizados, ou seja, uma parcela da atividade educacional.

Em contratempo, avaliar esse processo de aprendizagem através do uso da

tecnologia envolve um respaldo relacionado a capacitação docente afim despertar o
interesse dos alunos para um melhor desempenho envolvido em práticas virtuais. Dado
que, a tecnologia faz parte do sistema comunicacional, tornando-se parte do cotidiano
de toda uma sociedade.

Sabe-se que o Brasil está a passos lentos de uma educação pensada em volto as
tecnologias, e que, a pandemia do Covid-19 impulsiona a constantes transformações
educacionais, dentre elas o ensino/aprendizagem remotos. As maiores dificuldades
apareceram como sobressalto aos profissionais da educação, onde muitos desses
profissionais encontram-se despreparados e sem direcionamento.

[...] diante das múltiplas funções dadas ao professor, para muitas das quais
ele inclusive não foi preparado, uma das competências mais
 importantes e indispensáveis ao professor será saber midiatizar. Como
destacado anteriormente, midiatizar não é uma competência totalmente nova
para o docente, a novidade está na quantidade de mídias disponíveis
atualmente (HACK, NEGRI, 2010, p.92).

Além do professor ter o papel fundamental como mediador de mídias,

remotamente ele necessita avaliar o desempenho/aprendizagem em relação aos
discentes. Saber utilizar uma ferramenta que possibilite uma interação no ambiente
virtual. Para isso é notório a necessidade de uma devida capacitação pôr parte do
docente para a elaboração dessas ferramentas de apoio.

A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a

graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação continuada,
ampla, as atualizações e o aperfeiçoamento. Não basta que um professor de
matemática conheça profundamente a matéria, ele precisa entender
psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade, infância, adolescência, sonho,
afeto, vida. (CHALITA, 2001, p.162).

Percebe-se que o profissional para realizar atividades pedagógicas nas escolas,

tenha uma formação continuada atrelada ao desenvolvimento profissional, juntamente,
com condições adequadas de trabalho. É imprescindível argumentar que na
contemporaneidade, o professor como mediador do conhecimento deve estar aberto as
diversas transformações durante sua docência e incluir a tecnologia como aliada em
suas pesquisas, bem como a utilização para fins pedagógicos.

É notório a importância das práticas pedagógicas para crianças e adolescentes

para a formação de indivíduos competentes. Desse modo o Professor de Língua
Portuguesa tem o papel fundamental em conduzir a leitura e escrita para a comunicação
e a interpretação de diferentes tipos de textos, inclusive aqueles introduzidos na
tecnologia.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Esta pesquisa de estágio dar-se a observação virtual das metodologias aplicadas

as práticas virtuais e a capacitação docente do profissional de Língua Portuguesa no
Ensino Médio na rede de Educação Básica. A instituição referida é a Escola de
Educação Básica Simão Jose Hess situada na Avenida Madre Benvenuta, nº 463,
Bairro: Trindade Cidade- Florianópolis/SC.
 A instituição possui sala da diretoria, 1 secretaria, almoxarifado, sala dos
professores, 19 salas de aula, sala de recursos multifuncionais para Atendimento
Educacional Especializado (AEE), biblioteca, laboratório de ciências, laboratório de
informática, 1 quadra de esportes coberta, 1 quadra de esportes descoberta, 1 pátio
coberto, 1 pátio descoberto e cozinha.

A Instituição concedente tem 1065 alunos nos seus respectivos turnos: matutino,
vespertino e noturno. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da
escola é de 5,0, enquanto o IDEB da cidade é nota 4,1.

Para o processo da construção teórica deste projeto, deu-se pela pesquisa de

artigos científicos, além da observação e coleta virtual em diferentes plataformas
virtuais como: Blogs, Facebook, Youtube e Instagram. Além de uma breve entrevista
com um dos docentes. Fora através de documentos norteadores como a BNCC (Base
Nacional Catarinense Curricular) onde ocorreu a incorporação do conteúdo a ser
elaborado no planejamento das aulas remotas.

As práticas virtuais observadas no ensino médio, foram desenvolvidas através de

um primeiro contato (via Instagram) com o professor regente de Língua Portuguesa
Evimárcio Cunha Aguiar, graduado em Letras-Português e Pós-Graduado em Literatura
Vernácula, Mestrado em Letras e atualmente exerce formação continuada em
Doutorado em Antropologia Social. O docente se encontra na área de atuação há 9 anos.

O planejamento do docente é elaborado semanalmente, embasados na BNCC

(Base Nacional Comum Curricular) e no Projeto Político Pedagógico escolar. Para
contribuir com as práticas pedagógicas virtuais o docente utiliza recursos através do
Google Drive como: Google formulários e Google apresentações.

Com a finalidade de produzir uma avaliação de aprendizagem online, e explicar

como é o processo de construção desse produto virtual, o projeto de extensão percorre o
programa de capacitação docente. A pesquisa envolve vídeos assistidos no Youtube em
formato tutorial para a produção desta ferramenta de apoio pedagógico.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

No que se refere a pesquisa teórica, pude observar a importância não só da

capacitação docente, mas da formação continuada para os profissionais da área da
educação. Os documentos norteadores nos direcionam, mas não nos apresentam
metodologias e suas práticas empíricas como alternativas de ensino/aprendizagem.
Portanto faz se necessário a pesquisa e aprimoramentos para cada assunto abordado.

A vivência desse estágio através de observação virtual, teve muita importância

para a minha formação, no modo que há uma maior demanda de informações a serem
coletadas para colocar em prática uma aula objetiva. Foi com esta vivência em que
aprendi produzir uma Avaliação Online através do Google Drive, utilizando como
ferramenta o Google Forms, a produzir uma Avaliação Online.

O maior desafio fora a construção do vídeo aula e edição para que a tela do
computador fosse acompanhando o passo a passo de um roteiro para a construção da
Avaliação Online. O aplicativo utilizado como ferramenta de apoio chama-se oCam,
com este programa baixado gratuitamente no computador consegui aplicar a vídeo aula
requerida. A descoberta desse aplicativo deu-se pela pesquisa de tutoriais no Youtube.

Outro grande desafio encontrado no estágio virtual, é a resistência de Diretores e

Professores no primeiro momento da apresentação do projeto de estágio. Entende-se que
as mudanças ocorrentes na educação sucedem transformações, e que as aulas remotas
estão em processo de adaptação.

Percebe-se que os profissionais estão “sambando no descontrole”, pois não

foram preparados para o ensino remoto. Ocorrendo-lhes uma sobre carga e cobrança por
resultados não só da equipe pedagógica, mas também dos pais dos alunos, além da
sociedade como um todo.

Nota-se as transformações ocorridas e necessárias para o exercício da docência.

Além da capacitação docente, o profissional da educação deve ser um mediador de
informações. Ao relacionar o professor de língua portuguesa, ele é titulado para a
mediação e interpretação de diferentes tipos de textos e contextos, para que o indivíduo
saiba lidar com as adversidades da vida.

Para isso, é necessário que o professor saiba lidar com suas adversidades,
inclusive a tecnológica. Na atualidade torna-se imprescindível a pesquisa relacionada
com a internet. Os jovens, como toda a sociedade, recebem imensas informações
diariamente, informações que nem sempre são válidas. Já as válidas nem sempre
despertam o interesse, para isso, vale salientar a importância da abordagem de
metodologias virtuais.

Concluo esta pesquisa com a importância da capacitação docente, e que, se faz

necessário a reformulação de políticas educacionais voltadas a criação de leis com um
plano de carreira mais digno aos professores para mais eficiência na docência. Assim
como a reformulação de políticas educacionais que deem um respaldo profissional e
tecnológico dentro da escola.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da educação. Base nacional comum curricular. Brasília:

MEC/SEB, p. 96, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.b
r/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso: 08 de novembro de
2020.

CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 1ª edição. São Paulo: Gente,
2001.

HACK, J. R; NEGRI, F. Escola e tecnologia: a capacitação docente como referencial

para a mudança. Revista Eletrônica Ciências & Cognição, v.15, p.92. 2010.
Disponível em:
<http://cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/271/164>. Acesso em 5
de novembro de 2020.

JACOMINI, M.; PENNA, M. Carreira docente e valorização do magistério:

condições de trabalho e desenvolvimento profissional. Revista Eletrônica Pro-
Posições, v. 27, n. 2 p.178. 2016. Disponível em:
<https://www.scielo.br/pdf/pp/v27n2/1980-6248-pp-27-02-00177.pdf>. Acesso em: 1
de nov. de 2020.

ANEXO I
ANEXO II