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MEU RELATÓRIO DE ESTÁGIO DA UNIASSELVI

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................04
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................... 05
ROTEIRO E REPOSTAS DAS ENTREVISTAS............................................ 09
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS EM RELAÇÃO AO PROJETOPOLÍTICO
PEDAGÓGICO DA ESCOLA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............11
DESCRIÇÃO DA OBSERVAÇÃO E ROTINA DAS ATIVIDADES DE
ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR................................................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................18
REFERÊNCIAS................................................................................................19
ANEXOS...........................................................................................................20
1. INTRODUÇÃO
O seguinte estágio realizado no Colégio Capistrano, rua
Raimundo Leôncio Rebouças- 979. Jardim Violeta. O estágio
foi realizado em individualmente. um cronograma do curso com
leitura do manual de estágio, fundamentação teórica,
conhecimento da escola campo e os projetos desenvolvidos pela
mesma,
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nunca foram tão disseminadas no contexto educacional as
defesas de várias ideologias. É provável que a escola varia entre
uma ou outra como várias escolas do Brasil.
Acreditamos que ao contrario à busca por diversas teorias na
tentativa de inovação é importante primeiramente que a escola
não se desvie do seu contexto histórico, cultural e social, não se
desvincule do seu referencial (leis educacionais).
Mesmo considerando este atraso na educação, é notória a
contribuição da legislação para os avanços e melhoria do ensino
nas escolas brasileiras.( CELI TEREZINHA WOLFF:
Supervisão Pedagógica, 2007)
O princípio básico deste trabalho será em mostrar que o
importante não é a busca por fundamentos desconhecidos, mas
sim em aperfeiçoar o que já se tem como proposta, ou seja, que
faça valer na pratica verdadeiramente às leis da educação e a
proposta pedagógica que possibilite adequação a realidade da
escola.
Em síntese, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino,
mas sim o ensino que deve potencializar a aprendizagem.
(PCN’s -vol. 1, 1997)
No decorrer do estágio, fez se necessário o embasamento
fundamentado para garantir credibilidade e segurança à equipe,
que mesmo tendo uma política administrativa e pedagógica
organizada conseguiu rever algumas situações perfeitamente
adaptáveis, porém de acordo com uma fundamentação que
atende aos seus anseios e que sejam normas e propostas
conhecidas, mas indiferentes devido à onda de ideologias que
vem tomando conta da educação e provocando mudanças na
organização e no planejamento educacional.
No cerne destas ideologias a escola pergunta-se pelo papel e
função enquanto instituição e espaço do saber. Intensifica seu
amplo contexto. por autonomia, gestão democrática e mais
recursos. Como contrapartida imediata a estas reivindicações, é
desafiada a assumir a responsabilidade no exercício de inúmeras
ações, dentre as quais está à elaboração do seu Projeto Político
Pedagógico em consonância com os planos de educação e a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Portanto o que necessitamos na verdade não são as inúmeras
ideologias ou metodologias as quais estamos acostumados a
ouvir falar, mas sim a aplicação efetiva de leis coerentes com o
nosso sistema de ensino e com o nosso período histórico como a
LDB e os Planos de Educação. A aplicação sistematizada,
refletida e principalmente praticada de uma proposta pedagógica
definida comprovadamente eficaz para nossa época como os
Parâmetros Curriculares.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais estão situados historicamente. Não são princípios atemporais.
Sua validade depende de estarem em consonância com a realidade social, necessitando, portanto, de um
processo periódico de avaliação e revisão. (PCN-vol. 1,1997)
A proposta dos PCNs. Precisa ser elaborada numa ação conjunta
entre todos os profissionais da escola explicitando a proposta no
Projeto Político Pedagógico da escola.
Apesar de apresentar uma estrutura curricular completa, os
Parâmetros Curriculares Nacionais são abertos e flexíveis, uma
vez que por sua natureza, exigem adaptações para a construção
do currículo. (PCN- vol. 1,1997)
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (9394/96):
Art. 14º Os Sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola;
II- participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares e equivalentes.

Possibilitar a concentração das ideias em teorias e documentos


que de fato devam ser obedecidos e reconhecidos pela equipe foi
um dos objetivos do estágio. O qual não trouxe mais uma
ideologia para escola, mas sim fez com que esta refletisse e
buscasse dentro do seu próprio contexto, seu referencial como
instituição redescobrindo sua passagem por um momento
histórico, determinantemente capitalista com suas leis e
diretrizes, com propostas que é inerente a esse período histórico.
Nessa observação de estágio detecta-se uma variação entre uma
proposta e outra, entre uma ideologia e outra, sem definir entre o
que propriamente a escola pretende seguir. Isso é decorrente em
especial, pela ausência de seu Projeto Político Pedagógico. Por
tanto faz se necessário apenas o cumprimento de sua lei maior
(planos e LDB), no tange ao âmbito pedagógico.
A fundamentação teórica aqui expressa é de fato relacionada à
LDB e os Parâmetros Curriculares Nacionais os quais precisam
ser mais consultados dentro da escola em uma ação pedagógica
entre direção, supervisão e equipe docente.
Art. 13º Os docentes incumbir-se-ão de:
I- participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II- eleborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III- zelar pela aprendizagem dos alunos; (LDB 9394/96)

A proposta dos PCNS foi difundida no município há alguns


anos. Apesar das criticas a maioria dos educadores conhecem a
essência da proposta que é incrementar os trabalhos em sala de
aula em todas as áreas do saber tradicionalmente consolidadas o
qual é um rico material de apoio possível a ser utilizado a partir
de nossas convicções, é necessário o melhor uso possível dos
PCNS no cotidiano de nossa vida profissional.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais foi escolhido como
fundamentação por vários motivos, entretanto cito quatro deles
que são: O conhecimento que os educadores já têm sobre a
proposta, o valor histórico que possuem para nossa época, a
flexibilidade para adequação com a realidade e principalmente
por está em consonância a Lei de Diretrizes e base da Educação
atual.
Art. 3º São as seguintes Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental:
IV- Em todas as escolas deverá ser garantida a igualdade de acesso para alunos a uma base nacional
comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A
base comum nacional e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular,
que vise a estabelecer a
V- relação entre a educação fundamental e:
a) a vida cidadã através de vários aspectos como:
1.a saúde 2. a sexualidade 3. a vida familiar 4.o meio ambiente 5. o trabalho 6.a ciência e a tecnologia 7.
a cultura 8. as linguagens.
b)as áreas de conhecimento (LDB 9394/96)

Os Parâmetros Curriculares tem em suas vertentes temas


similares e de possível aplicação.
Fazer esse paralelo entre uma proposta e uma lei a ser cumprida
é de fato crucial para o desenvolvimento de um trabalho
pedagógico fundamentado e respaldado nacionalmente. Perder
tempo com teorias fantasiosas ou de cunho regressivo não
determinará a razão da existência da escola. O que determinará
com certeza é o que é proposto e seguido pela escola, de acordo
com seus valores sócio-culturais, no seu contexto histórico,
econômico e atual.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao propor uma educação comprometida com a cidadania,
elegeram baseados no contexto constitucional, princípios segundo os quais orienta a educação escolar:
Dignidade das pessoas humana, Igualdade de direitos, Participação e Co-responsabilidade pela vida
social.
(PCNS-vol. 8-1997).

Toda proposta pedagógica requer envolvimento de toda equipe e


comunidade escolar, porém a ação da supervisão e orientação é
de fundamental importância para a consolidação de determinadas
propostas.
A ação da supervisão e orientação dentro da escola e do sistema
realiza incumbências diferentes estabelecidas nas diretrizes e
bases da educação nacional. É evidente que a legislação e as
normas por si só nunca resolverão os problemas, cabe a quem é
de direito e de dever, colocá-las em prática, para beneficiar a
coletividade.
A escola observada não possui serviço de orientação e nessa
ausência de um profissional capacitado na área, não se
desenvolve dentro da escola acompanhamento constante dos
alunos através do serviço de orientação escolar (SOE) e o que é
possível fazer é somente detectar alguns problemas por
professores e equipe técnico-administrativo e participar aos pais
tais dificuldade, não havendo assim uma sistematização nesse
acompanhamento.
A supervisão e a gestão por sua vez tem o grande compromisso
de orientar, acompanhar, avaliar a implantação da legislação.
Para tanto sua proposta político pedagógica deve ser solidificada
e baseada em fundamentos aplicáveis e de conhecimento da
equipe.
Estamos certos de que os Parâmetros serão instrumentos útil no apoio às discussões pedagógicas em sua
escola, na elaboração de projetos educativos, no planejamento das aulas, na reflexão sobre a prática
educativa e na análise de material didático. E esperamos, por meio deles, estar contribuindo para sua
atualização profissional-um direito seu e, afinal um dever do Estado.
(PCNS, 1997)

3- ROTEIRO E RESPOSTAS DAS ENTREVISTAS


Roteiro de questões sobre as funções que exercem na escola
para Orientador e supervisor.
Supervisor: Wenderk dos Santos Moraes
Quais as funções que exerce na escola?
Ações pedagógicas, voltadas professores, comunidade e aos
alunos.
E funções de orientador escolar devido à escola não ter esse
profissional.
Cite aspectos positivos e negativos em relação a sua função?
 Aspectos positivos são
As ações realizadas com êxito;
Experiência cada vez maior no contexto;
Possibilidade de visualizar melhor e acompanhar de perto o
desenvolvimento no que diz respeito ao aspecto pedagógico;
Proporcionar momentos onde os pais tenham a oportunidade de
participar da escola ativamente.
 Aspectos negativos são
Os anseios pela realização de atividades que você não tem
possibilidade de realizar devido à falta de estrutura e material;
Ausência da família no contexto escolar;
Acumulo de funções pela ausência de profissionais como:
orientador, psicólogo e outros.
Defina ações a serem desenvolvidas na escola para um
orientador e supervisor competente e comprometido com as
transformações sociais?
É ação voltada à permanência dos alunos na escola, são ações
voltadas ao aprendizado, como o reforço escolar.
Acompanhar os professores nas atividades dentro da escola.
Direcionar o Projeto Político Pedagógico e as ações pedagógicas.
Qual a concepção de aprendizagem que fundamenta o trabalho
na sua escola?
A concepção é voltada para o trabalho com Projetos de
aprendizagens.
Como foi a escolha da mesma e de que forma esta concepção é
materializada no “chão” da escola?
A escolha desta concepção se deu há dois anos atrás pela
Secretaria de Educação através de uma proposta lançada pela
mesma dessa concepção. Onde as escolas que adotassem a
proposta deveriam elaborar de acordo com suas dificuldades e
realidades seus projetos de aprendizagem. E a materialização da
mesma é feita juntamente com os professores.
As condições físicas de sua escola são adequadas para o
exercício pedagógico? Justifique.
Não. O número de alunos cresce anualmente e a escola não
comporta os mesmos, em três turnos. Algumas atividades
deixam a desejar devido as dependências não acomodarem os
alunos.
A ausência de alguns materiais básicos como livros, iluminação,
ventiladores e lousas adequados, dificultam a permanência de
forma efetiva do aluno em sala de aula.
A formação do corpo técnico pedagógico interfere na qualidade
do corpo docente. De que forma?
Todos do corpo técnico pedagógico possuem formação superior
e é essencial essa formação, além da experiência que conta muito
também.
Quais são as maiores potencialidades de sua escola na dinâmica
do cotidiano escolar? Exemplifique.
A união da equipe na realização das ações e eventos dentro da
escola.
A sua escola possui Projeto Político Pedagógico?
Não. Pretendemos inicia-lo no próximo ano.
Na ausência do Projeto Político Pedagógico que planejamento
norteia o ano letivo e a prática pedagógica destinada à
implementação do ensino?
O Regimento Interno, o Plano de Desenvolvimento da Escola
com projetos de aprendizagens e ações que visam à participação
dos pais e organização da instituição.
4- ANÁLISES DAS ENTREVISTAS EM RELAÇÃO AO
PROJETOPOLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA E
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A qualidade da atuação da escola não pode depender somente da vontade de um ou outro professor. É
preciso a participação conjunta dos profissionais (orientadores, supervisores, professores polivalentes e
especialistas) para a tomada de decisões sobre aspectos da prática didática bem como sua execução.
(PCN’s vol.1-1997)

Na entrevista o supervisor relata as suas dificuldades em


coordenar ações pedagógicas e ações de orientação escolar, além
de algumas situações que o mesmo descreve na entrevista como
pontos negativos no desenvolvimento de sua função.
Verifica-se que a rotatividade da supervisão na escola este ano é
um fator que deve ser levado em conta, quanto à execução dos
projetos e ações voltados a esta função que passou pelas
seguintes mudanças:
No inicio do ano devido às mudanças políticas houve troca de
governo e como é de praxe houve a mudança total do corpo
técnico-administrativo ficando a escola com uma diretora, uma
vice-diretora e duas supervisoras.
Em março, uma das supervisoras é transferida e o supervisor
entrevistado Wenderk dos Santos Moraes assume a supervisão, o
qual está capacitado para a função. Porém no segundo semestre
há novamente alterações, onde se faz uma mudança na direção,
ficando a vice-diretora na direção à senhora Judite Soares Melo e
assumiu o atual vice-diretor Adonias Sousa de Oliveira, houve
ainda uma outra mudança na supervisão, pois a supervisora que
iniciou o ano na escola saiu e assumiu a senhora Glória .
Com todas essas mudanças analisadas, pretendo mostrar a
dificuldade da elaboração do Projeto Político Pedagógico, que
claro não justifica, contudo não deixa de ser um aspecto
negativo, pois qualquer profissional precisa de tempo para se
estabelecer, tomar “consciência” do que é relevante para escola e
a partir da organização funcional da mesma, elaborar ações
pedagógicas e administrativas, pois, além disso, terá que realizar
ações integradas com a Secretaria de Educação, resolver
situações de cunho financeiro, eleição do Conselho Escolar,
resolver problemas do alunado, dá continuidade ao
planejamento... Em fim são situações que podem está
perfeitamente ligadas ao PPP, contudo o Projeto Político exige e
requer discussão, análise, reuniões, contato com a comunidade e
com Conselho Escolar, etc. E algumas ações citadas são em
caráter de urgência e obviamente dificulta essa elaboração.
Os supervisores de acordo com as suas funções, como as ações
pedagógicas voltadas aos professores, comunidade e aos alunos e
ainda tendo que executar ações “limitadas” (diga-se de
passagem) na área de orientação é visível a dificuldade em
coordenar a equipe estando esta dividida em quatro turnos.
Definir horários para encontros sem prejudicar o andamento das
aulas dificulta certas ações da supervisão.
Ao elaborar seu projeto educativo, a escola discute e explicita de forma clara os valores coletivos
assumidos. Delimita suas prioridades, define os resultados desejados e incorpora a auto-avaliação ao
trabalho do professor. Assim, organiza-se o planejamento, reúne-se a equipe de trabalho, provoca-se o
estudo e a reflexão contínuos, dando sentido às ações cotidianas, reduzindo a improvisação e as
condutas estereotipadas e rotineiras que muitas vezes, são contraditórias com os objetivos educacionais
compartilhados. (PCN’s- vol. 1 1997)

Existe para tanto a necessidade de executar ações planejadas nos


momentos em que a equipe discute e programa suas ações. Pois
há uma dificuldade na execução de determinadas ações dentro da
escola que necessitaria de atitude e iniciativa dos supervisores.
Esperar unicamente que a equipe docente tome a iniciativa é
deixar as coisas no improvável e no que é mais cômodo fazer.
O professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como ensinar e avaliar, a fim de possibilitar
o planejamento de atividades de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus
objetivos. É a partir dessas determinações que o professor elabora a programação diária de sala de aula
e organiza sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades
cognitivas dos alunos.
(PCN’s volume I 1997)

A ação da supervisão dentro da escola realiza incumbências


diferentes. Estas incumbências estão nas diretrizes e bases da
educação que exerce a coordenação do trabalho pedagógico,
articulando, acompanhando e orientando as atividades educativas
integrantes da equipe escolar. É importante que ação pedagógica
incentive a equipe na realização das atividades em conjunto.
Que a supervisão coordene dentro da escola a formação
continuada, a troca de experiências, a união da equipe, que
conquiste sua equipe, assim como o professor precisa conquistar
seu aluno, não pela proteção de a ou b, mas pela segurança que
devem passar para a equipe no momento em que direciona as
ações com conhecimento e fundamentação, no momento em que
realiza dentro da escola ações coletivas e de valorização das
habilidades que muitos têm e não mostram ou nem descobriram
tais habilidades pela falta de oportunidade que não se dá.
Os professores precisam se sentir mais responsáveis pelas ações
dentro da escola. São louváveis algumas ações observadas dentro
da escola como, por exemplo, uma manhã alegre, quando cada
professor executou uma determinada atividade. Porém precisa
ser mais que isso. O professor precisa ser induzido pela
supervisão a coordenar e executar projetos dentro da escola fazer
este se sentir co-autor das ações. Outro exemplo em que à escola
deu alguns passos nesse sentido foi à elaboração dos micros
projetos dentro da escola, mas faltou da supervisão induzir e
cobrar das equipes a realização dos projetos que não
aconteceram apesar de serem ações do Pano de
Desenvolvimento da escola. Ao contrario disso a equipe técnica
por situações já citadas teve que conduzir outras ações
emergenciais.
A escola tem como base seu Plano de Desenvolvimento Escolar
(PDE) que visa uma sistematização em todos os âmbitos da
escola.
A elaboração do PDE-Escola representa para a escola um momento de análise de seu desempenho, ou
seja, de seus processos, de seus resultados.
É uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a converter as
prioridades em metas, a decidir o que fazer para alcançar essas metas, a medir se os resultados foram
atingidos e a avaliar o próprio desempenho. (PDE-MEC-2008)

A falta de material pedagógico que o supervisor mencionou na


entrevista dificulta alguns avanços, para tanto existe um paralelo
enquanto falta livro para o educando a escola dispõe de internet
banda larga e data show que na observação percebi que poucos
professores usam, alguns por não saberem mesmo e outros talvez
não consigam relacioná-los a suas atividades. Daí um exemplo
claro da ação da supervisão em ensinar como usar e propor
sugestões de como adequar os conteúdos ao uso desse material
atrativo e de grandes possibilidades metodológica.
As ações de permanência do aluno na escola envolvem a prática
do reforço na escola. Mas o reforço por si só não facilitará a
permanência desse aluno o que é impressidivel é a elaboração de
projetos voltados a uma educação diferenciada e que sejam
atrativos para os mesmos assegurando sua permanência de
acordo com suas habilidades e limitações. São ações voltadas ao
aprendizado, projetos de conhecimento sócio-cultural, ações
envolvendo dificuldades como leitura, escrita e raciocínio lógico.
Direcionar o Projeto Político Pedagógico e as ações entre
comunidade e escola, também é um desafio claro da gestão e
equipe escolar.
Quanto ao planejamento verifiquei que o que existe é na verdade
uma preocupação em manter uma unidade em meio
à diversidade, tipo característico da população tucuruiense.
Na educação básica basear-se pelo o planejamento como único
referencial de construção pedagógica é limitar os amplos
aspectos que o educando pode oferecer, que escola e a
comunidade têm com filosofia de vida, o que dever ser
considerado como norte para realização de qualquer ação ou
planejamento. É necessário que o currículo na educação básica
valorize um paradigma curricular que possibilite a
interdisciplinaridade, para abrir novas perspectivas no
desenvolvimento de habilidades, para dominar concepções
pedagógicas, que foram sinalizadas pela proposta curricular nos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Os temas estão vinculados
ao cotidiano da maioria da população, além dos temas
transversais como ética, meio ambiente, pluralidade cultural,
trabalho, consumo e saúde.
5- DESCRIÇÃO DA OBSERVAÇÃO E ROTINA DAS
ATIVIDADES DE ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO
ESCOLAR
A escola Governador Fernando Guilhon está localizada no bairro
Terra Prometida s/nº, o qual é um bairro distante do centro da
cidade e como tal possui uma comunidade com sérios problemas
relacionados com o tipo de vida de todos os moradores como:
desemprego, saneamento básico, iluminação, segurança entre
outros.
Está em processo de adaptação com a lei do Fundamental de
nove anos/11.274(06/02/ 2006), tendo hoje alunos no 1º ano e 2º
ano, 3ª e 4ª série, 1ª e 2ª etapa (Educação de jovens e adultos).
Na área externa encontra-se um cemitério e residências.
Inclusive existe uma preocupação da escola em relação ao
contato dos alunos com o cemitério, pois os mesmos pulam o
muro deste.
Na área interna a estrutura que atende a uma clientela
aproximada de mil e trezentos alunos, não é completa e nem
suficiente para todos. A qual está distribuída em quatro turnos
com 11 turmas pela manhã, 11 turmas no intermediário, 11
turmas pela tarde e a noite.
A escola possui oito dependências, 11 salas de aula, um banheiro
masculino e um banheiro feminino para os alunos, dois
banheiros para funcionários e as dependências refere-se a uma
secretaria, sala dos professores e uma sala para direção, vice-
direção e supervisão, uma sala de leitura com um limitado
acervo bibliográfico, a maioria voltado à literatura infantil, uma
sala de informática com número insuficiente de computadores,
uma pequena cozinha, três depósitos, sendo dois de alimentos e
outro com alguns materiais, um pátio coberto, porém com uma
área também insuficiente para acomodar e desenvolver
atividades para alunos de um único turno.
A atual estrutura da escola já não é suficiente para sua clientela.
O que se percebe é que a escola foi construída para atender a
uma quantidade pequena de alunos, já que na data de sua
construção (01/1982) não existiam os novos bairros e invasões
próximos à mesma, que é recorrente do aumento populacional já
tão bem conhecido pelos moradores antigos da cidade, devido às
obras relacionadas à Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Em contra
partida verifica-se também o descaso dos governantes com a
situação, pois hoje no quesito estrutura a escola deixa a desejar,
não só na falta de espaço nas dependências, mas também na
qualidade da construção e de materiais como carteiras, lousas,
lâmpadas, ventiladores e alguns materiais pedagógicos. O
curioso é o grande espaço existente na escola em área
descoberta, o qual é utilizado pelos alunos e professores para
fazer recreação, (torneios) aulas de Educação Física ou
simplesmente usado na hora da entrada, recreio e saída para os
mesmos correrem à vontade.
São desconfortáveis algumas situações para as crianças e que é
impossível de não se notar, tais como: lanchar em pé ou pelos
cantos com a vasilha nas mãos, não ter espaço coberto para
brincar na hora do recreio e ter que ficar ao sol, carteiras
inadequadas, salas sem iluminação e ventilação insuficiente.
Faltam livros para os alunos, pois a maioria não tem o livro
didático de direito doado pelo MEC e não tem acervo
bibliográfico para pesquisa dos alunos.
Contudo vale ressaltar que os professores e funcionários têm
acesso a internet banda larga para pesquisa, o que é muito
importante principalmente para o educador que poderá pesquisar
assuntos atuais sobre as disciplinas que lecionam, possui também
um data show que pode ser um instrumento de grande valor
quando bem utilizado na inovação das aulas acompanhando
assim os avanços tecnológicos que tanto atraem crianças, jovens
e adultos.
O corpo técnico-administrativo que assumiu esse ano tem
buscado alternativas possíveis para os avanços no aspecto
pedagógico, bem como a administração da política educacional
numa busca constante pela interação entre todos que compõe a
comunidade escolar. Para isso assumem suas funções de acordo
com as disposições das mesmas, assumem papéis distintos na
falta de alguns profissionais relevantes para o bom andamento do
processo educativo.
O corpo técnico-administrativo é composto por uma diretora
com formação superior e cursando complementação em
Pedagogia, um vice-diretor com formação superior e cursando
complementação em Pedagogia, um supervisor capacitado para a
função com Pedagogia e uma supervisora também com formação
superior.
A supervisão exerce função fundamental dentro da escola no que
diz respeito às atividades pedagógicas, onde sua atuação de fato
se faz necessário.
Sendo o planejamento anual e o Plano de Desenvolvimento da
Escola um referencial importante na execução de projetos e
ações da escola e estando os supervisores cientes de suas funções
junto à equipe docente, verifica-se a preocupação dos
supervisores em basear-se pelos mesmos.
Porém, o planejamento de curso a muitos anos no município é
unificado, numa organização que não está veiculado aos Projetos
Políticos Pedagógicos das escolas (as que possuem, não é o
caso.) ou outros projetos voltados à realidade da escola.
Dentro da escola organizam-se os conteúdos de forma também a
unificar e nivelar as turmas num contexto de unidade, para que
bimestralmente se faça uma prova única, contextualizada e
adotada por todos da mesma série ou ano. O que a escola executa
é um parâmetro baseado numa perspectiva de integração e
seguindo o perfil de unificação das atividades e eventos
escolares da rede municipal.
O mais importante, no entanto, nas dificuldades é encontrar
alternativas que amenizem ou solucionem situações de
desconforto, limitações e infra-estrutura. O que é demonstrado
pelos professores e equipe ténico-administrativo.
A criatividade dentro desse espaço cheio de inadequações surge
diariamente como forma de superação.
As alternativas são explicitas nas organizações dos horários,
cronogramas e atividades dos alunos, no revezamento de espaço
e de material, materiais alternativos da própria vivência do
aluno, pesquisa panorâmica do espaço do aluno através da
visualização, convívio e conhecimento. O professor que percebe
a dificuldade na sistematização e no repasse de seus conteúdos
busca meios, interage, pesquisa e encontra no mundo do seu
aluno e nos conhecimentos do mesmo as soluções mais criativas
para superar questões relacionadas ao espaço físico, de processos
e de aprendizagem.
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio proporcionou análise das situações do cotidiano
escolar que subsidiará nossa atuação na área administrativa e
pedagógica.
Oportunizou relacionar os conhecimentos obtidos em curso, com
a pratica do estágio na área de Gestão e Supervisão Educacional.
Com uma percepção mais analítica do que crítica, pois algumas
situações na área da gestão e da supervisão são de difícil
aplicação pelos profissionais da área, devido não ter um serviço
de orientação e de outros profissionais.
Acredito que a Orientação Educacional completa a ação da
Supervisão e da escola como um todo. A parceria
desses profissionais dentro da instituição escolar minimizaria
algumas dificuldades que não estão voltadas aos recursos
materiais, à estrutura escolar ou tão pouco com a organização
política da escola e sim com aspectos emocionais e
comportamentais.
O Supervisor Escolar é uma “peça” fundamental, em virtude da
área pedagógica que é a essência do seu trabalho escolar ser
também a essência do trabalho dentro da escola.
De nada adiantarão às leis, as propostas, as metodologias se a
gestão e a supervisão pedagógica não direcionar ações viáveis ao
cumprimento de qualquer proposta como por exemplo o Projeto
Político Pedagógico.
Ao fundamentar seu trabalho com os referenciais que temos hoje
no país, como as leis educacionais e as propostas para as áreas de
conhecimentos, os gestores e supervisores não estarão somente
sistematizando as ações dentro da escola, mas sim cumprindo
determinações legais, decididas a partir de resultados obtidos na
avaliação da rede educacional, debates e estudos acerca dos
problemas. É o que os órgãos educacionais verdadeiramente
espera que se faça.
O PNE consolida um desejo e um esforço histórico de mais de
60 anos, e é a realização do sonho de diversos educadores.
( CELI TEREZINHA WOLFF: Supervisão Pedagógica-2007)
É obvio que os objetivos propostos não se efetivarão em curto
prazo. Para tanto existe a necessidade do comprometimento de
todos os profissionais, e disponham de tempo e recursos,
sabendo que mesmo em condições boas de recursos, dificuldades
e limitações sempre estarão presentes, pois na escola manifestam
os conflitos existentes na sociedade.
7 – REFERÊNCIAS
BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros curriculares nacionais:
introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília:
MEC/SEF, 1997.
BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros curriculares nacionais:
apresentação dos temas transversais e ética . Brasília: MEC/SEF,
1997.
BRASIL. MEC/PDE. Plano de Desenvolvimento da Escola:
estudo e treinamento. Brasília: MEC/PDE, 2008.
EMEF FERNANDO GUILHON. Plano de Desenvolvimento da
Escola. PDE, 2009.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
NACIONAL. Disponível em:
‹http://portal.mec.gov.br/arquivospdf/ldb.pdf›. Acesso em: 22 de
setembro de 2009.
Losso,Adriana Regina Sanceverino.Caderno de Estudos:
orientação educacional, Centro Universitário Leonardo Da
Vinci. – Idaial: ASSELVI,2008.
Martins, Josinei.Caderno de Estudos:currículo: teoria e prática,
Centro Universitário Leonardo Da Vinci. – Idaial:
ASSELVI,2008.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO .Disponível
em:www.mieib.org.br/legis/pne.doc. Acessoem 30 de setembro
de 2009.
Wolff, Celi Terezinha. Caderno de Estudos: supervisão
pedagógica, Centro Universitário Leonardo Da Vinci. – Idaial:
ASSELVI,2007.
ANEXOS 
( fichas com as perguntas e respostas da entrevista e fichas
do estágio)

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