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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR

CURSO DE PEDAGOGIA

FERNANDA CRISTINA GONÇALVES CARPINÉ LIMA

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III – GESTÃO


ESCOLAR E ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

Penápolis

2021

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FERNANDA CRISTINA GONÇALVES CARPINÉ LIMA

ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO III – GESTÃO


ESCOLAR E ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

Relatório de Estágio apresentado para a


disciplina de Estágio Curricular Obrigatório- ao
curso de pedagogia da UNOPAR
Orientador: profª. Ma. Lilian Amaral da Silva
Souza

PENÁPOLIS/SP
2021

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................4

ANÁLISE DO TEXTO...........................................................................................5

ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR...............................................................7

CONHECER A ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA.............................................8

PLANO DE AÇÃO – A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS. .10

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................16

REFERÊNCIAS..................................................................................................17

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INTRODUÇÃO

O relatório é parte integrante da última etapa do estágio obrigatório do


curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Pitágoras - Unopar, o
currículo dos cursos de formação de professores tem se constituído de forma
multifacetada, com um conjunto de disciplinas isoladas entre si e sem qualquer
inter-relação com o campo de atuação profissional.
A prática do estágio tem o objetivo de fortalecer teoria e prática, ao
considerar que a formação profissional não deve ser desvinculada da pesquisa,
possibilitando dessa forma transformar a informação em conhecimento. Esta
atividade formativa propícia uma ampla visão da parte organizacional, tendo
como proposta fundamental obter o reconhecimento do cotidiano escolar no
que tange ao modo como as escolas se organizam através da gestão
pedagógica e administrativa, possibilitando analisar e refletir sobre o processo
educativo e papel do gestor.
Para novos tempos é necessária uma nova escola, inclusiva e
identificada com o processo de construção de uma vida digna para todos e de
uma sociedade mais justa. Uma escola onde a prática pedagógica seja vista
como prática de vida, de todos e com todos e permita dar significado as suas
vidas, na tarefa de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam com
sua comunidade.
O estágio não se resume a mera atividade prática, e sim atividade
teórica que permite e dá condições de instrumentalizar a práxis docente para o
debate, a intervenção, possibilitando a aproximação com o trabalho do
coordenador pedagógico.
O relatório apresenta algumas reflexões do estágio como componente
curricular na formação de pedagogos, tendo por base a análise das atividades
de estágio no contexto da gestão e organização do trabalho escolar,
devidamente adaptado em virtude da pandemia.
O grande desafio da Gestão Escolar é efetivar a descentralização de
poder, buscando uma gestão mais democrática.

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ANÁLISE DO TEXTO

O PAPEL DO PEDADGOGO EM SUAS DIVERSAS ATUAÇÕES

O ambiente educativo é vasto e contempal diferentes modalidades nos


mais diversos meios, como na família, no trabalho, na rua, na fábrica, nos
meios de comunicação, na política, na escola. Atualmente, está evidente que
para o indivíduo ser inserido no meio social e cultural se faz necessário o
processo educativo. Portanto, percebe-se aqui que a prática pedagógica vai
muito além do que apenas a docência escolar.
Segundo Libâneo (2001), os vastos campos de atuação do pedagogo
vão desde a construção civil, órgãos municipais, estaduais e federais, escolas,
hotéis, ONGs, instituições de capacitação profissional, assessoria de
empresas, museus, hospitais entre outros. Em todos os ambientes o pedagogo
atua para além de técnicas escolares ensinadas na graduação. Com base em
seus conhecimentos teóricos e práticos, o pedagogo deve agregar suas
experiências à de outros profissionais, para que, então, em seu desempenho
na gestão de pessoas e coordenação de equipe propicie o desenvolvimento e a
superação.
No ambiente escolar as atividades serão a de professor do ensino
público e privado de todos os níveis de ensino que a formação permite e dos
que exercem atividades relacionadas fora da escola convencional. Também
poderá se tornar especialista da ação educativa escolar operando nos níveis
centrais, intermediários e locais dos sistemas de ensino (supervisores
pedagógicos, gestores, administradores escolares, planejadores,
coordenadores, orientadores educacionais. O pedagogo precisa estar em
constante qualificação). Poderá ainda ser especialista em atividades
pedagógicas atuando em órgãos públicos, privados e públicos não estatais,
envolvendo associações populares, educação de adultos, clínicas de
orientação pedagógica/psicológica, entidades de recuperação de pessoas com
deficiência, etc. Poderá exercer a função de instrutor, técnico, animador,
consultor, orientador, psicopedagogo e outras.
As atividades desenvolvidas pelo educador dentro do museu, portanto,
destinam-se a permitir aos visitantes a concepção de memória cultural e sua

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ligação com a atualidade; o mesmo irá trabalhar de forma multidisciplinar junto
à equipe que compõe o museu.
Dentro do contexto do papel de atuação do pedagogo, outro campo no
qual desempenha o papel de educador e transmite conhecimento científico são
as prisões. É um processo de educação formal que ocorre em espaço não
escolar.
Dentro dos sindicatos, o pedagogo atua planejando, executando e
coordenando projetos de educação formal, qualificando e requalificando o
trabalhador. Do mesmo modo, o turismo também pode ser reconhecido como
área de atuação do pedagogo.
Já na visão do contexto empresarial, o pedagogo atua para além de
técnicas escolares ensinadas na graduação, o desafio para esse profissional é
desenvolver estratégias que promovam a humanização dentro da empresa,
onde ele deve atuar no departamento de Recursos Humanos, para treinamento
e aperfeiçoamento dos funcionários, com foco na melhoria da prestação de
serviços e vida pessoal do indivíduo.
A Pedagogia Hospitalar nos dias atuais é um apoio a mais na área da
educação para transmitir e levar conhecimento, é um processo alternativo de
educação continuada que ultrapassa o contexto formal da escola, pois levanta
parâmetros para o atendimento de necessidades especiais transitórias do
educando, em ambiente hospitalar e/ou domiciliar.

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ANÁLISE DO REGIMENTO ESCOLAR

1. Qual a função do regimento no ambiente escolar?

R) Trata-se de um documento que fortalece a gestão escolar, onde


professores, funcionários, coordenadores, alunos e pais podem e devem opinar
para que a educação de uma escola seja melhorada e atinja excelência nos
serviços prestados por ela.
É através do Regimento Escolar que são estruturadas, definidas e
normatizadas as ações do coletivo escolar
Uma das principais funções do regimento é deixar claros os objetivos da
instituição, de como ela funciona (nível de ensino, turnos, carga horária, dias
letivos e etc.)
O documento também procura especificar os direitos e deveres de cada
seguimento, corpo docente, alunos, diretores para que cada uma saiba qual o
momento e situação devem intervir quando acontecer eventuais infrações,
sabendo assim quando agir com determinadas punições.
É extremamente importante que a equipe diretiva tenha conhecimento do
conteúdo do Regimento Escolar das instituições em que atuam, pois este
documento, em conjunto com o PPP, é o alicerce para as ações a serem
desenvolvidas no ano letivo, bem como para a regularização dos atos legais da
instituição

2. Quais aspectos são contemplados em um regimento escolar?

R) No regimento escolar são contemplados os horários que os alunos chegam


e saem regras de direitos e deveres de todos da comunidade escolar e
informações detalhadas sobre funcionamento de cada campo da escolar. Pois,
de acordo com o diretor, o foco é o aluno, e, o professor deve trabalhar de
maneira tranquila para concretizar a aprendizagem da melhor maneira
possível. Quando um professor novo chega à escola, ele precisa conhecer este
documento para que saiba como reagir dentro desse ambiente.  É um
documento dinâmico, que segue os detalhes e as características da escola,
com articulação que todos devem seguir no dia-a-dia da

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CONHECER A ATUAÇÃO DA EQUIPE DIRETIVA

1) Principais atribuições do diretor escolar

· Administrar os recursos da instituição: É preciso conhecer os pontos fracos e


fortes da escola e decidir como os recursos financeiros serão empregado
· Coordenar o projeto pedagógico: Todo o corpo docente está sob
responsabilidade do diretor escolar e a qualidade do ensino oferecido depende
disso. O diretor deve acompanhar de perto o projeto pedagógico e a evolução
dos alunos e dos professores.
· Participar da comunidade: A escola está inserida em uma comunidade, por
exemplo. E cabe ao diretor fazer com que a instituição faça parte dessa
comunidade. Apoiar projetos, criar eventos e oferecer serviços à comunidade;
· Prezar pelo bom relacionamento entre os membros da equipe escolar,
garantindo um ambiente agradável;
· Conduzir a elaboração do Projeto Político Pedagógico, o PPP, mobilizando
toda a comunidade escolar nesse trabalho e garantindo que o processo seja
democrático até o fim;
O diretor escolar é referência para todos aqueles inseridos no ambiente de
ensino. Esse profissional precisa ser estratégico e ter bom senso, saber se
preocupar com os problemas certos e equilibrar administração e pedagogia em
todos os seus planos. Essa é a chave para o bom desenvolvimento de uma
educação de qualidade.

2) A atuação do profissional quanto ao atendimento aos alunos e aos


docentes

Quanto ao atendimento dos alunos, o diretor tem a função de intervir


quando houver algum conflito, sempre tomando o cuidado para resolver a
situação da melhor maneira possível, comunicar aos pais sobre o acontecido.
O diretor também tem a função juntamente com a sua equipe pedagógica de
procurar ferramentas para que a escola seja a mais harmoniosa possível e o
aprendizado aconteça de maneira eficaz.
Quanto ao atendimento ao docente sempre buscam atender aos
pedidos de materiais.

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Fazer reuniões, chamar representantes de pais e alunos para que
saiba o que fazer com determinado acontecimento, pois é importante para o
convívio escola/ comunidade.
É necessário saber orientar, motivar e ouvir os docentes, buscando
sempre a melhor maneira de comunicação para que não ocorra
desentendimentos.

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4 PLANO DE AÇÃO – BULLYING

Escola: Escola Estadual Paulo Freire

Descrição da situação-problema

O Bullying é visto como um conjunto de atitudes que podem ser de


violência física e/ou psicológica, de cunho intencional e repetitivo, exercido por
um agressor contra uma ou mais vítimas que não conseguem se defender. Um
jogo psicológico e subjetivo de poder.
Ele não é apenas um problema relacionado ao âmbito escolar, sua
extensão se tornou um problema de saúde pública, expandindo-se aos estudos
de psicologia e a área médica.
Suas ações são provocações de formas degradantes e ofensivas,
ocorrendo de maneira intencional, envolvendo: humilhação, agressão,
palavrões, ameaças, isolamento, exclusão, chantagem, entre outras situações.
Geralmente ocorre por meio de “brincadeiras”, usam isso como desculpa, pois
na verdade o verdadeiro propósito é de maltratar e intimidar o outro.
Para que o bullying ocorra algumas pessoas tem que estar envolvidas,
e quando esse fenômeno ocorre cada uma dessas pessoas é conhecido por
uma nomenclatura especifica as quais serão explicadas a seguir: O agressor,
a pessoa que provoca o bullying, responsável pelas atitudes agressivas é
chamado de bully;  o coletivo desses agressores, que é o grupo de pessoas
que provocam esse fenômeno, são chamadas de bullies e  por fim, tem a
vítima, aquela pessoa que está sofrendo com isso.
O perfil das vítimas pode ser dividido em três categorias: a primeira
categoria são as vítimas típicas, normalmente são crianças retraídas, tímidas,
introvertidas e com repertório de habilidades sociais fracas, além disso,
características físicas também complementam esse perfil, como altura, peso,
uso de óculos e/ou aparelho, espinhas deficiência física e qualquer outro
aspecto que possa fugir “do padrão de beleza”, além disso apresentam pouca
habilidade social.
A segunda são as vítimas provadoras, aquelas capazes de provocar
em seus colegas reações agressivas contra si mesmas, mas não conseguem
responder aos revides de forma aceitável, ou seja, até conseguem se defender

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e brigar quando se sentem ameaçadas ou são atacadas, mas suas respostas
são insuficientes para afastar o agressor.
A terceira e última é a vítima agressora, são crianças ou adolescentes
que em algum momento sofreram com esse fenômeno e tornam-se agressores
de outras crianças que lhes aparentam serem mais fracas. Ela sofreu
constantemente sendo agredida, ameaçada e isolada por um agressor mais
forte ou mais popular que ela, e para ela a forma de compensar seu sofrimento,
é buscando fazer com outras crianças aquilo que já lhe aconteceu.

Proposta de solução:

 Serão feitas observações para que se possa deparar com tais situações


e observar como o corpo docente e funcionários da escola reagem
frente a atos de bullying, onde serão tratadas, suas conseqüências e
possíveis intervenções, esclarecendo e conscientizando os educadores
sobre esse fenômeno, organizar uma reunião com os pais convidando
para palestra sobre o tema desenvolvido;
 Dia da família na escola, neste dia haverá gincanas promovidas pelos
alunos com seus familiares, palestras, apresentações sobre o tema em
questão. Confecção de faixas e cartazes anti bullying. Todas as matérias
trabalharão com a transdiciplinaridade;
 Elaboração de uma reportagem fictícia sobre bullying, exibição do filme:
Bullying: provocações sem limites, promovendo ao final uma roda de
conversa e reflexão sobre o contexto do filme, que resultarão em uma
redação sobre o filme assistido;
 Leitura e discussão de textos relacionados ao bullying. Exibição de
slides educativos sobre bullying, selecionando por ano de escolaridade.
Elaboração de um jornal mural com notícias sobre o tema em questão,
realizar na hora do intervalo jogos com as turmas, estimulando a
cooperação e solidariedade.

Objetivos

 Promover as escolhas e as possibilidades para superar os problemas


do bullying dentro e fora da  escola;

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 Resgatar os valores éticos e morais;
 Conscientizar os alunos que todos somos iguais e que o respeito é uma
das principais bases em que se fundamenta o convívio humano e
conseqüentemente a construção de um mundo melhor;
 Levar os alunos a reconhecerem a importância da escola para o acesso
aos saberes construídos historicamente pelo ser humano e para viver e
conviver com amigos e diferentes pessoas;
 Conscientizar os alunos que os direitos de uma pessoa são para serem
respeitados e que atormentar uma pessoa é tirar dela a alegria de viver
e ser feliz; 
 Conscientizar os educadores, alunos, pais e comunidade em geral de
que o bullying não pode acontecer na escola e em nenhum outro
ambiente.
 Mostrar as conseqüências do bullying com o agressor e a vítima,
mobilizando-os para o desenvolvimento de uma cultura de paz,

Abordagem teórico-metodológica

O termo Bullying provém da língua inglesa (bully = “valentão”) que se


refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais, físicas, intencionais e
repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente. E são exercidas por um ou
mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou
agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender,
sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez


que não se deixa confundir com outras formas de violência. Isso se
justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas,
talvez a mais grave, seja a propriedade de causar traumas ao
psiquismo de suas vítimas e envolvidos.” (FANTE, 2005, p.26).

Seguindo esse conceito compreende-se o bullying como um


comportamento ligado a agressividade física, verbal ou psicológica, exercida de
maneira continua dentro do ambiente escolar ou fora dele.
Embora ocorra muito nas escolas, não é um fato restrito ao
âmbito escolar, podendo ser encontrado em qualquer segmento da sociedade. 

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Segundo Fante (2005) o bullying escolar se resume em insultos,
intimidações, apelidos constrangedores, gozações que magoam
profundamente, acusações injustas, atuações em grupo que hostilizam e
ridicularizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos
físicos, psíquicos, danos na aprendizagem. De acordo com Neto (2004), as
conseqüências relacionadas ao bullying podem ser físicas ou emocionais, de
curto ou longo prazo, gerando dificuldades na aprendizagem, dificuldades de
convívio social e também problemas emocionais. 
Na maioria das vezes, as vitimas do bullying é pessoas que estão
fora dos padrões considerados "normais" para a sociedade opressiva, como
obesidade, deficiência física, inteligência acima da media ou dificuldades de
aprendizagem. E os agressores desde muito cedo já apresentam sinais, pois
na maioria das vezes não aceitam regras e possuem em sua personalidade
traços de desrespeito com grandes tendências de praticar atos de maldade em
relação aos seus colegas e também ao educador.
“As manifestações de desrespeito, ausência de culpa e remorso pelos
atos cometidos contra os outros podem ser observadas desde muito
cedo, por volta dos 5 a 6 anos. Essas ações envolvem maus-tratos a
irmãos, coleguinhas, animais de estimação, empregados domésticos
ou funcionários da escola” (SILVA, 2010, p.44).

Os agressores geralmente são as crianças com estrutura física


avantajada, os populares, aqueles que não aceitam ser contrariados ou
frustrados que, ao sair da escola, manifestam atitudes violentas, inclusive em
alguns casos violência físicas, as quais imprimem em relação a crianças do
sexo oposto. Nas escolas podem-se distinguir três classes: os populares, que
na maioria das vezes são os agressores; os neutros que são os
telespectadores, que assistem as agressões e ficam caladas por medos de se
tornarem as próximas vitimas e; por fim, os excluídos, que são as vítimas
escolhidas pelo agressor, as quais sofrem agressões físicas e morais
diariamente e na maioria das vezes não denunciam aos pais ou professores
por medo e vergonha.
E De acordo com Fante (2005), grande parte das testemunhas sente
simpatia pelos alunos alvos do bullying e condena o comportamento dos alunos
autores. Em uma sala de aula em que há casos de bullying a grande maioria é
denominada testemunhas. Uma pesquisa realizada pela ABRAPIA mostra que

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29% dos autores cometem as agressões por brincadeira sem se darem conta
dos danos emocionais que causam nas vítimas. As conseqüências referentes
ao bullying são variadas, não cabe somente às vitimas, mas também aos
agressores e as testemunhas que podem sofrer as conseqüências tanto no
âmbito emocional quanto na aprendizagem, tudo depende de como as vítimas
vão receber as agressões e de como vão reagir a seus agressores. Com isso
muitas crianças acabam deixando de ir para a escola, acabam pedindo para
mudar de sala, sofrem queda de rendimento escolar, manifestam uma baixa
estima, e um déficit de concentração.
Na escola, o bullying trata-se, portanto de um fenômeno
comportamental, que atinge o ego de suas vítimas, envolve e vitimiza as
crianças, tornando-as reféns da ansiedade e insegurança e que interfere
negativamente nos seus processos de aprendizagem, devido à excessiva
mobilização de emoção, medo, de angústia e raiva reprimida. Por essa razão é
que os educadores devem estar atentos a todas as atitudes entre os alunos,
inclusive no relacionamento entre eles, visando apurar se de fato são
brincadeiras ou atitudes que podem afetar a parte psicológica do aluno,
prejudicando assim o processo educacional da criança. Mas segundo a
pesquisa realizada pela ABRAPIA no ano de 2003 a maioria das agressões
ocorreu no interior da sala de aula na presença do professor. Baseado nesse
dado fica claro que os professores precisam conhecer o que é o bullying e
quais as suas conseqüências.
O professor deve então passar para os alunos a importância do
respeito mútuo, do diálogo, da justiça, da solidariedade e trabalhar as
diferenças e os direitos das crianças em sua sala de aula, tornando a escola e
a sala de aula um ambiente favorável a todos, desempenhando uma
aprendizagem diferenciada a todos os alunos. 
   Geralmente as vítimas de bullying apresentam alguns
comportamentos que podem ser notados pelos professores e por seus pais que
são:  falta de interesse pelos estudos, dores de cabeça, principalmente na hora
de ir para a escola, percam e má conservação de materiais escolares,
hematomas pelo corpo, exclusão nos ambiente social, falta de amigos e medo
em excesso. Portanto pode se afirmar que a educação e o caráter de uma
criança esta nas mãos de seus educadores, sejam eles os pais ou professores.

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Dessa forma, temos um grande desafio, o de conscientizar
professores, pais e alunos, sobre a importância desse tema e desenvolver
estratégias preventivas, como a prática da solidariedade, empatia, cooperação,
tolerância, respeito às diferenças, amizade e compaixão, caracterizando assim
a atitude de amor das instituições de ensino e da família, buscando construir a
paz.

Recursos:

- Data show;
- Faixas;
- Cartazes;
- Jogos.

Considerações finais

O bullying é a forma de violência que está mais presente no dia a dia


da vida estudantil. Esse fator é visto como um mal aparentemente invisível que
em geral só é identificado quando se está atento aos seus sinais. Trata-se de
um tema crescente, porém ainda pouco explorado.
As escolas identificam apenas algumas possíveis características do
bullying e dos personagens nele envolvidos, pelo fato do mesmo ser muito
mais complexo do que se possa imaginar, tendo características diversas, pois
se trata de uma violência repetitiva e intencional, que às vezes aparece
escondida em pequenos atos, comprometendo o desenvolvimento do aluno,
queda de rendimento escolar e um possível isolamento.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado na área de gestão escolar proporciona ao


aluno a oportunidade de conhecer, vivenciar e colaborar, junto à equipe gestora
na identificação dos problemas que existem dentro do ambiente escolar e na
discussão das ferramentas de superação desses obstáculos, fortalecendo a
confiança e a participação.
O trabalho do pedagogo não se limita ao exercício de atividades
isoladas, é um trabalho diversificado que exige competência e
comprometimento para eficiência em sua execução. Durante o estágio em
gestão escolar, pude conhecer alguns documentos que fazem parte do
ambiente escolar e ainda, desenvolver um trabalho de intervenção por meio da
elaboração de um plano de ação voltado aos professores e funcionários da
escola.
Esta ação me permitiu conhecer uma das muitas ações do pedagogo e
pensar estratégias que pudessem contribuir com a melhoria nas relações
interpessoais. A disciplina de Estágio supervisionado na Gestão Escolar
proporcionou uma experiência muito válida, fazendo com que eu
desenvolvesse de maneira ampla o pensar e o repensar das práticas
pedagógicas.

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REFERÊNCIAS

Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à


Adolescência. Programa Anti-bullying.
Disponível em www.abrapia.org.brwww.bullyingonline.org. Acesso em: 17 set
2019.

BEANE, Allan I. Proteja seu filho do bullying. Rio de Janeiro. Editora


BestSeller. 2010.

CARVALHO, Marília Pinto. Violência nas Escolas: O Bullying e a


Indisciplina. 2010. Disponível em www.observatoriodainfancia.com.br. Acesso
em : 17 set 2018.

FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: Como prevenir a violência nas escolas


e educar para a paz. São Paulo. Editora Verus. 2005, 224p

 FREIRE, Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que Fazer, Teoria e prática em


educação popular, Petrópolis RJ: Vozes, Ed. 1989.

GOMEZ, Maria Teresa. Propostas de Intervenção na Sala de Aula. São


Paulo.    Editora Madras. 2003

NETO, A.L. Diga não ao bullying. 5 ed. Rio de Janeiro, ABRAPIA, 2004.

SALVIANI, D. Ensino público como local de trabalho. São Paulo, Cortez e


autores associados, 1990
.

SILVA, Ana Beatriz B. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de


Janeiro. Editora Objetiva. 2010.

VEIGA, I. P. A. Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas:


Papirus, 1998.

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