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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo elucidar a importância das práticas pedagógicas em relação ao
docente de Língua Portuguesa dentro do ciberespaço. Dada a temática abordada, essa revisão
bibliográfica discorre mudanças históricas e diferentes opiniões de autores e estudiosos em relação
ao letramento e, consequentemente o letramento digital. Nota-se as inúmeras formas de linguagem
existentes dentro do ciberespaço, ao incluir o hipertexto e a hipermídia como ferramenta de
pedagógica percorre por interpretar diferentes tipos de textos. Sabe-se que a escola prepara o
indivíduo em meio a sociedade e que para maior êxito, o Professor, como mediador faz-se
necessária a utilização das ferramentas inseridas no contexto social de seus alunos.
Palavras-chave
Letramento Digital. Práticas Pedagógicas. Hipertexto. Hiperlink.
1. INTRODUÇÃO
O desafio dos docentes está em despertar o interesse em seus alunos pelo saber crítico.
Nesse aspecto identificamos a necessidade das diferentes práticas pedagógicas relacionadas ao
Letramento, que diferente da alfabetização (decodificação e memorização de signos), aborda o
domínio da interpretação de textos e comunicação em geral. Outro desafio a ser questionado é em
relação ao acesso as essas tecnologias, devido as desigualdades sociais envolvidas em um
grupo/comunidade.
Dentro desse contexto do Letramento Digital, é impossível não falar sobres os diferentes
tipos de textos inseridos no ciberespaço. O hipertexto caracterizado por informações não lineares e
a hipermídia por diferentes tipos de textos apresentados não somente na linguagem escrita, mas sim
representadas em diferentes tipos de mídias: vídeos, sons, links e podcats. Essas multimídias tem
acabam por ter a mesma função de um texto escrito: a comunicação.
A prática da aprendizagem através da escrita e da leitura introduzida nas escolas, vem sendo
analisada historicamente como adversidade. O processo de alfabetização teve diferentes nuances no
contexto escolar com a chegada do termo letramento dos anos 80 no Brasil, tendo como objetivo
principal inserir o aluno em diversas situações comunicativas, mas não somente com o intuito de
fazer o educando aprender e a ler e escrever, mas sim do mesmo entender o que está escrito.
enfrentar o grave e reiterado fracasso escolar na aprendizagem inicial da língua escrita nas
escolas brasileiras (SOARES, 2004, p.16).
Certamente, podemos analisar que alfabetização e letramento percorrem lado a lado, já que
para o indivíduo ser um letrado, precisa saber ler e escrever, para assim dar continuidade em sua
aprendizagem e interpretação de texto no assunto abordado. Sabemos que a maioria das práticas
atualmente aplicadas na educação básica com enfoque na língua Portuguesa não tem tido êxito.
O fazer docente está atrelado a diversas perspectivas seguido por um sistema educacional
heterogêneo. Buscando conhecimento não só em sua área de concentração como também se
adequando ao funcionamento social afim de beneficiar a comunidade. Ensinar e aprender torna-se
um processo contínuo em ondulações sociais.
Nesse sentido, a tecnologia faz-se presente em vias de comunicação social: whats app,
Instagram, Facebook e blogs. Através dessa ferramenta temos um amplo acesso à informação,
introduzidas em diferentes tipos de plataformas virtuais; ferramenta que pode ser utilizada para
informação jornalística, pesquisa científica, comunicação e entretenimento. Disponível em qualquer
hora e lugar.
(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social
dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias
impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam,
quem os produziu e a quem se destinam (BRASIL, 2017, p.96).
Nota-se que a interpretação textual é uma das maiores dificuldades encontradas no processo
de ensino/aprendizagem da linguagem. Onde o professor de Ensino de Língua Portuguesa busca por
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diferentes métodos práticas de leitura e escrita. Apesar disso se percebe o desinteresse cada vez
maior sobre leitores, em constituírem tais práticas.
Conforme os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) (Brasil, 1998, p.89); “[...] a leitura
e a escrita continuam muito presentes na sociedade e, em particular, no âmbito do trabalho”. Nesse
contexto aplicar a transdisciplinaridade como ferramenta de ensino tem sido a proposta deste
documento norteador, unindo-se a área de Língua Portuguesa e Tecnologias da Informação.
A proposta percorre pelo crescimento dos meios de comunicação na sociedade, e que para a
escola cabe a tarefa de recepção de tais meios: “A recepção é um processo, não é o ato de usar um
meio. Inicia-se antes dele, com as expectativas do sujeito, e segue-se a ele, pois incorpora os
comentários e discussões a respeito do que foi visto” (Brasil, 1998, p.89).
O leitor atual desfruta de mais formatos de textos, diferentes do escrito, atrelados a imagens
e sons, como por exemplo: a televisão, o cinema, os celulares e os aparelhos digitais. Tais formatos
despertam interesse, ampliando a capacidade de absorção dos temas apresentados numa dada
sociedade.
Letrar o indivíduo na era digital, é uma necessidade, é entender que a tecnologia faz se
presente e que está para facilitar a comunicação e convivência em sociedade. O conceito é novo, os
desafios são novos, cabe-nos então ampliarmos nossas ferramentas para a aplicação dos objetivos.
Para alcançar algum grau de letramento digital, as pessoas precisam aprender várias ações,
que vão desde gestos e o uso de periféricos da máquina até a leitura dos gêneros de texto
mais sofisticados que são publicados em ambientes on-line e expostos pelo monitor
(RIBEIRO,2017, p.19).
Em dado momento em que as inovações tecnológicas estão presentes cada vez mais em
meios sociais, é essencial que os professores integrem esta nova tecnologia em suas práticas
pedagógicas. Nesse aspecto MACHADO (2002, p.194) faz a analogia em relação as possíveis
ferramentas a serem utilizadas como práticas pedagógicas:
Por muitos anos, vídeo cassete e gravadores eram os únicos instrumentos que os
professores tinham à disposição em suas aulas de língua estrangeira. No entanto, o uso
desses dispositivos tecnológicos era limitado a prática da habilidade auditiva e auxiliava,
indiretamente, à prática das habilidades de escrita e de expressão oral. Mais recentemente, o
computador começou a fazer parte da sala de aula, possibilitando uma prática mais efetiva
das quatro habilidades, ou seja, as habilidades oral, escrita, auditiva e de leitura. Através do
computador o aluno pode entrar em um mundo ilimitado de possibilidades, no qual há uma
gama enorme de informações que são atualizadas a todo momento.
Sabe-se que a escola prepara as crianças e adolescentes a para serem indivíduos que usam do
saber para melhor detrimento em sociedade. Visto isso, é imprescindível a utilização do mundo
digital em práticas pedagógicas. No que se refere ao ensino da língua portuguesa, estudos da
linguística defendem por introduzir as hipermídias nas metodologias que permeiam a prática de
ensino.
A atual sociedade, é a da informação, somos bombardeados de informação em seus ambientes
virtuais que, em diferentes gêneros textuais, acaba por provocar diversas inquietações. Inclusive
também, aos modos de se relacionar e interagir socialmente e linguisticamente.
Para Santaella (2001, p.1), o século XXI será lembrada no futuro, a entrada dos meios de
comunicação na era digital, onde todas as mídias recorrem a transformação, como se o mundo
tivesse se transformando em um mundo digital. E em suas palavras Santaella aponta:
Isso é conseguido porque as informações contidas nessas linguagens podem ser quebradas
em tiras de 1 e 0 que são processadas no computador e transmitidas via telefone, cabo ou
fibra ótica para qualquer outro computador, através de redes que hoje circundam e cobrem
o globo como uma teia sem centro nem periferia, ligando comunicacionalmente, em tempo
quase real, milhões e milhões de pessoas, estejam elas onde estiverem, em um mundo
virtual no qual a distância deixou de existir (SANTAELLA, 2001, p. 1).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho acadêmico, buscou instruir, com base fundamentada o estudo da Linguística, a
relação entre as diferentes práticas de ensino virtual atrelado ao profissional de língua portuguesa. É
importante mencionar que a pandemia (COVID-19), devido ao distanciamento social impulsionou a
novas práticas educacionais. A metodologia aplicada foi através de pesquisa bibliográfica,
exercendo abordagens sob influências de diferentes tipos de textos, classificados como hipertextos e
hipermídias.
A pesquisa também se deu por base na pesquisa ação baseada na vivência de estágio em
duas escolas ocorridas no ano 2020, através de observações e entrevistas virtuais das metodologias
aplicadas as práticas virtuais do profissional de Língua Portuguesa na rede de ensino da Educação
Básica. As instituições referidas foram a Escola de Educação Básica Professor João Boos –
Guabiruba/SC e na Escola de Educação Básica Simão Jose Hess situada na Cidade-
Florianópolis/SC.
Além dos matérias disponibilizados pelos docentes foi possível através de muita pesquisa
tanto em sites acadêmicos (Google Acadêmico e Scielo) quanto em plataformas virtuais: Youtube,
Podcast’s, fóruns e blogs. Fora possível relacionar a importância de impulsionar as práticas
pedagógicas por meio da tecnologia que em detrimento, está relacionada as práticas de linguagem
da atual sociedade.
tipos de textos. Outra ferramenta virtual muito utilizada nesse momento de distanciamento social
observada através da vivência de estágio é a Avaliação do Google Forms (ferramenta do aplicativo
Google Drive).
Figura 1
Outro objeto de análise desta pesquisa acadêmica é uma plataforma educacional digital
chamada: Crieatividade (representado na figura 2). Uma plataforma virtual sem fins lucrativos
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criada em 2020 por Thiago Santos Da Silva graduado em Ciências Sociais pela UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina) com o objetivo de instigar o saber e a criatividade.
Figura 2
É visível as várias opções que o indivíduo possui ao acessar tal plataforma, adquire adentro
da transdisciplinaridade, visto que ocorre a proposta de buscar e/ou compartilhar conhecimento em
9 inteligências múltiplas: lógico-matemática, linguística, musical, corporal-cinestésica, visual-
espacial, naturalista, existencialista, intrapessoal e interpessoal.
Para a prática da proposta, o indivíduo (aluno) necessita acessar algum aparelho digital,
efetuar seu cadastro e selecionar a opção desejada. Nota-se no painel do canto esquerdo as opções
aleatoriamente disponíveis, um clique na opção desejada para a interação com a página virtual. Ao
selecionar uma das inteligências múltiplas automaticamente será direcionado a linha de objeto de
estudo.
Ao fazer a análise das imagens acima, representadas pelas figuras 1 e 2, é possível observar
os recursos gráficos (tipologias, cores, estilo da fonte e a organização dos textos). É visível as várias
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opções que o indivíduo possui dentro do ciberespaço. Para a prática da proposta, o indivíduo
(aluno) necessita acessar algum aparelho digital (tablet, celular, computador) e selecionar seus
links.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Outro confronto é o pouco tempo que o docente possui para planejar as aulas . Visto a
necessidade a ampliação de horas-aula para também corrigir as redações dos estudantes. Em relação
ao fazer docente (e sua capacitação) na atualidade tecnológica, percebe-se a necessidade de um
profissional da área computacional e uma quantidade de computadores que dê conta razoavelmente
da quantidade de alunos por turma.
5. CONCLUSÃO
Para letrar o aluno através de práticas pedagógicas virtuais, mais precisamente na educação
básica, há um longo caminho a percorrer. Por mais que na teoria temos documentos norteadores que
enfatizam sua importância e discernimento, sabe-se da precariedade da infraestrutura nas escolas e
as ferramentas com que o indivíduo utiliza para tal fim, além do despreparo dos próprios docentes,
evidenciando nossa desigualdade social.
Concluo esta pesquisa, que para alcançar o objetivo final, de instruir o aluno a ser
digitalmente letrado, é necessário a reformulação de políticas educacionais voltadas a criação de leis
com um plano de carreira mais digno aos professores, auxílio na capacitação docente, para mais
eficiência na docência. Assim como a reformulação de políticas educacionais que deem um
respaldo profissional e tecnológico dentro da escola.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da educação. Base nacional comum curricular. Brasília: MEC/SEB, p. 96,
2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.b
r/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso: 28 de mar. de 2021.
CORRÊA, D; MACHADO, L. T. Línguas: Ensino e ações. In: COSTA, M.; MENDES, A.;
ZANATTA, M.; ZIPSER, M. NUSPPLE/ DLLE/CCE. Integração entre tecnologia e sala de aula.
Florianópolis, 2002, p. 194.
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SANTAELLA, Lucia. Novos Desafios da Comunicação. Lumina - Facom/UFJF - v.4, n.1, p.1-10,
jan/jun 2001. Disponível em pdf:< https://www.ufjf.br/facom/files/2013/03/R5-Lucia.pdf>. Acesso
30 de mar. de 2021.
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro,
n.25, p5-17, abr. 2004. Disponível em < https://doi.org/10.1590/S1413-24782004000100002>.
Acesso em 27 mar. 2021.