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LETRAMENTO DIGITAL: A IMPORTÂNCIA DAS

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Jéssica Da Silva Porto¹


Roberta Rodrigues Marques²

RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo elucidar a importância das práticas pedagógicas em relação ao
docente de Língua Portuguesa dentro do ciberespaço. Dada a temática abordada, essa revisão
bibliográfica discorre mudanças históricas e diferentes opiniões de autores e estudiosos em relação
ao letramento e, consequentemente o letramento digital. Nota-se as inúmeras formas de linguagem
existentes dentro do ciberespaço, ao incluir o hipertexto e a hipermídia como ferramenta de
pedagógica percorre por interpretar diferentes tipos de textos. Sabe-se que a escola prepara o
indivíduo em meio a sociedade e que para maior êxito, o Professor, como mediador faz-se
necessária a utilização das ferramentas inseridas no contexto social de seus alunos.

Palavras-chave
Letramento Digital. Práticas Pedagógicas. Hipertexto. Hiperlink.

1. INTRODUÇÃO

Sabe-se da importância das práticas pedagógicas para crianças e adolescentes para a


formação de indivíduos competentes. A qual utilizam de suas habilidades para expressão,
construção de conhecimento e consciência crítica. Desse modo o Professor de Língua Portuguesa
tem o papel fundamental em conduzir a leitura e escrita para a comunicação e a interpretação de
diferentes tipos de textos, inclusive aqueles introduzidos na tecnologia.

O desafio dos docentes está em despertar o interesse em seus alunos pelo saber crítico.
Nesse aspecto identificamos a necessidade das diferentes práticas pedagógicas relacionadas ao
Letramento, que diferente da alfabetização (decodificação e memorização de signos), aborda o
domínio da interpretação de textos e comunicação em geral. Outro desafio a ser questionado é em
relação ao acesso as essas tecnologias, devido as desigualdades sociais envolvidas em um
grupo/comunidade.

A questão envolve como professores e alunos podem beneficiar-se do uso da tecnologia no


ensino da língua portuguesa? Nos dias atuais, a tecnologia faz parte do sistema comunicacional,

1 Jéssica Da Silva Porto


2 Roberta Rodrigues Marques
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Letras Português (FLZ4600) – Projeto de Ensino -
23/06/2021.
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tornando-se parte do cotidiano de toda uma sociedade. Nesse contexto de ensino/aprendizagem


relacionado a Língua Portuguesa é necessário abordar um novo conceito: o Letramento Digital.

Dentro desse contexto do Letramento Digital, é impossível não falar sobres os diferentes
tipos de textos inseridos no ciberespaço. O hipertexto caracterizado por informações não lineares e
a hipermídia por diferentes tipos de textos apresentados não somente na linguagem escrita, mas sim
representadas em diferentes tipos de mídias: vídeos, sons, links e podcats. Essas multimídias tem
acabam por ter a mesma função de um texto escrito: a comunicação.

Visto a importância da temática abordada, faz-se necessário relacionar a proposta teórica e


seus documentos norteadores, assim como as abordagens didáticas que possibilitem a utilização de
práticas virtuais relacionadas a área de concentração. Em seguida, a representação dos métodos
utilizados para essa pesquisa de cunho científico, para além de explanar discussões, alcançar os
objetivos requeridos.

2. ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA: LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

A prática da aprendizagem através da escrita e da leitura introduzida nas escolas, vem sendo
analisada historicamente como adversidade. O processo de alfabetização teve diferentes nuances no
contexto escolar com a chegada do termo letramento dos anos 80 no Brasil, tendo como objetivo
principal inserir o aluno em diversas situações comunicativas, mas não somente com o intuito de
fazer o educando aprender e a ler e escrever, mas sim do mesmo entender o que está escrito.

Em síntese, o que se propõe é, em primeiro lugar, a necessidade de reconhecimento da


especificidade da alfabetização, entendida como processo de aquisição e apropriação do
sistema da escrita, alfabético e ortográfico; em segundo lugar, e como decorrência, a
importância de que a alfabetização se desenvolva num contexto de letramento - entendido
este, no que se refere à etapa inicial da aprendizagem da escrita, como a participação em
eventos variados de leitura e de escrita, e o consequente desenvolvimento de habilidades de
uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes
positivas em relação a essas práticas; em terceiro lugar, o reconhecimento de que tanto a
alfabetização quanto o letramento têm diferentes dimensões, ou facetas, a natureza de cada
uma delas demanda uma metodologia diferente, de modo que a aprendizagem inicial da
língua escrita exige múltiplas metodologias, algumas caracterizadas por ensino direto,
explícito e sistemático-particularmente a alfabetização, em suas diferentes facetas-outras
caracterizadas por ensino incidental, indireto e subordinado a possibilidades e motivações
das crianças; em quarto lugar, a necessidade de rever e reformular a formação dos
professores das séries iniciais do ensino fundamental, de modo a torná-los capazes de
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enfrentar o grave e reiterado fracasso escolar na aprendizagem inicial da língua escrita nas
escolas brasileiras (SOARES, 2004, p.16).

Certamente, podemos analisar que alfabetização e letramento percorrem lado a lado, já que
para o indivíduo ser um letrado, precisa saber ler e escrever, para assim dar continuidade em sua
aprendizagem e interpretação de texto no assunto abordado. Sabemos que a maioria das práticas
atualmente aplicadas na educação básica com enfoque na língua Portuguesa não tem tido êxito.

2.1 LÍNGUA PORTUGUESA: PRÁTICAS VIRTUAIS

O fazer docente está atrelado a diversas perspectivas seguido por um sistema educacional
heterogêneo. Buscando conhecimento não só em sua área de concentração como também se
adequando ao funcionamento social afim de beneficiar a comunidade. Ensinar e aprender torna-se
um processo contínuo em ondulações sociais.

Nesse sentido, a tecnologia faz-se presente em vias de comunicação social: whats app,
Instagram, Facebook e blogs. Através dessa ferramenta temos um amplo acesso à informação,
introduzidas em diferentes tipos de plataformas virtuais; ferramenta que pode ser utilizada para
informação jornalística, pesquisa científica, comunicação e entretenimento. Disponível em qualquer
hora e lugar.

Introduzir a tecnologia por meio de metodologias aplicadas às práticas virtuais no Ensino da


Língua Portuguesa possibilita a interpretação e compreensão de diferentes tipos de textos,
ampliando habilidades dos alunos e preparando-os para lidar com as adversidades em sociedade.
Para tal fim, faz-se necessário seguir documentos norteadores como a BNCC (BASE NACIONAL
COMUM CURRÍCULAR) em que explanam objetivos fundamentais a aplicação docente:

(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social
dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias
impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam,
quem os produziu e a quem se destinam (BRASIL, 2017, p.96).

Nota-se que a interpretação textual é uma das maiores dificuldades encontradas no processo
de ensino/aprendizagem da linguagem. Onde o professor de Ensino de Língua Portuguesa busca por
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diferentes métodos práticas de leitura e escrita. Apesar disso se percebe o desinteresse cada vez
maior sobre leitores, em constituírem tais práticas.

Esse desinteresse representa a dimensão em que o acesso à informação sem orientação é


apresentado. As crianças atuais já simulam diversas informações ao mesmo tempo, através do
tablet, celular e computador. Crescem e dominam a tecnologia mas não se cria um vínculo de
interpretação em superar e filtrar as adversidades de seu cotidiano.

Conforme os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) (Brasil, 1998, p.89); “[...] a leitura
e a escrita continuam muito presentes na sociedade e, em particular, no âmbito do trabalho”. Nesse
contexto aplicar a transdisciplinaridade como ferramenta de ensino tem sido a proposta deste
documento norteador, unindo-se a área de Língua Portuguesa e Tecnologias da Informação.

A proposta percorre pelo crescimento dos meios de comunicação na sociedade, e que para a
escola cabe a tarefa de recepção de tais meios: “A recepção é um processo, não é o ato de usar um
meio. Inicia-se antes dele, com as expectativas do sujeito, e segue-se a ele, pois incorpora os
comentários e discussões a respeito do que foi visto” (Brasil, 1998, p.89).

O leitor atual desfruta de mais formatos de textos, diferentes do escrito, atrelados a imagens
e sons, como por exemplo: a televisão, o cinema, os celulares e os aparelhos digitais. Tais formatos
despertam interesse, ampliando a capacidade de absorção dos temas apresentados numa dada
sociedade.

Falar sobre o ensino da Língua Portuguesa na atualidade, transcorre para além da


alfabetização (decodificação e memorização de signos), traz uma perspectiva de letrar o aluno.
Onde um indivíduo letrado usa de suas habilidades para construir conhecimento e lidar com as
adversidades de seu cotidiano.

Letrar o indivíduo na era digital, é uma necessidade, é entender que a tecnologia faz se
presente e que está para facilitar a comunicação e convivência em sociedade. O conceito é novo, os
desafios são novos, cabe-nos então ampliarmos nossas ferramentas para a aplicação dos objetivos.

Para alcançar algum grau de letramento digital, as pessoas precisam aprender várias ações,
que vão desde gestos e o uso de periféricos da máquina até a leitura dos gêneros de texto
mais sofisticados que são publicados em ambientes on-line e expostos pelo monitor
(RIBEIRO,2017, p.19).

2.2: MULTILETRAMENTOS: HIPERMÍDIA E HIPERTEXTO COMO PRÁTICAS


DIDÁTICAS-METODOLÓGICAS
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Em dado momento em que as inovações tecnológicas estão presentes cada vez mais em
meios sociais, é essencial que os professores integrem esta nova tecnologia em suas práticas
pedagógicas. Nesse aspecto MACHADO (2002, p.194) faz a analogia em relação as possíveis
ferramentas a serem utilizadas como práticas pedagógicas:

Por muitos anos, vídeo cassete e gravadores eram os únicos instrumentos que os
professores tinham à disposição em suas aulas de língua estrangeira. No entanto, o uso
desses dispositivos tecnológicos era limitado a prática da habilidade auditiva e auxiliava,
indiretamente, à prática das habilidades de escrita e de expressão oral. Mais recentemente, o
computador começou a fazer parte da sala de aula, possibilitando uma prática mais efetiva
das quatro habilidades, ou seja, as habilidades oral, escrita, auditiva e de leitura. Através do
computador o aluno pode entrar em um mundo ilimitado de possibilidades, no qual há uma
gama enorme de informações que são atualizadas a todo momento.

Sabe-se que a escola prepara as crianças e adolescentes a para serem indivíduos que usam do
saber para melhor detrimento em sociedade. Visto isso, é imprescindível a utilização do mundo
digital em práticas pedagógicas. No que se refere ao ensino da língua portuguesa, estudos da
linguística defendem por introduzir as hipermídias nas metodologias que permeiam a prática de
ensino.
A atual sociedade, é a da informação, somos bombardeados de informação em seus ambientes
virtuais que, em diferentes gêneros textuais, acaba por provocar diversas inquietações. Inclusive
também, aos modos de se relacionar e interagir socialmente e linguisticamente.
Para Santaella (2001, p.1), o século XXI será lembrada no futuro, a entrada dos meios de
comunicação na era digital, onde todas as mídias recorrem a transformação, como se o mundo
tivesse se transformando em um mundo digital. E em suas palavras Santaella aponta:

Isso é conseguido porque as informações contidas nessas linguagens podem ser quebradas
em tiras de 1 e 0 que são processadas no computador e transmitidas via telefone, cabo ou
fibra ótica para qualquer outro computador, através de redes que hoje circundam e cobrem
o globo como uma teia sem centro nem periferia, ligando comunicacionalmente, em tempo
quase real, milhões e milhões de pessoas, estejam elas onde estiverem, em um mundo
virtual no qual a distância deixou de existir (SANTAELLA, 2001, p. 1).

Ao falar em linguagens, a linguística explana em relacionar a hipermídia como múltipla


informação em um ciberespaço através de sons, imagens, textos e outras representações que
demandam uma mesma informação na cultura digital. O hipertexto está relacionado nesse meio de
comunicação que propõe de grosso modo informações não lineares. Ao relacionar as tais práticas
pedagógicas BARBOSA, ARAÚJO E ARAGÃO (2016, p.6) explanam:
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No âmbito educacional, recursos gráficos computacionais têm facilitado a inserção de


diferentes modos e recursos semióticos, tais como texto verbal (nos quais se incluem a
tipografia – cores, tipos, estilo e tamanho da fonte – e a própria organização textual),
imagem (estática e em movimento) e sons, na criação de hipertextos voltados para a
elaboração de materiais didáticos (impressos e digitais).

Percebe-se os desafios e os benefícios inseridos através das práticas pedagógicas ao professor


de língua portuguesa em relacionar diferentes gêneros textuais em suas múltiplas facetas dentro do
ciberespaço e seus multiletramentos. A inserção e orientação de tais práticas como incentivo a
busca do saber, e consequentemente, a um pensamento crítico, de um indivíduo letrado.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho acadêmico, buscou instruir, com base fundamentada o estudo da Linguística, a
relação entre as diferentes práticas de ensino virtual atrelado ao profissional de língua portuguesa. É
importante mencionar que a pandemia (COVID-19), devido ao distanciamento social impulsionou a
novas práticas educacionais. A metodologia aplicada foi através de pesquisa bibliográfica,
exercendo abordagens sob influências de diferentes tipos de textos, classificados como hipertextos e
hipermídias.

A pesquisa também se deu por base na pesquisa ação baseada na vivência de estágio em
duas escolas ocorridas no ano 2020, através de observações e entrevistas virtuais das metodologias
aplicadas as práticas virtuais do profissional de Língua Portuguesa na rede de ensino da Educação
Básica. As instituições referidas foram a Escola de Educação Básica Professor João Boos –
Guabiruba/SC e na Escola de Educação Básica Simão Jose Hess situada na Cidade-
Florianópolis/SC.

Além dos matérias disponibilizados pelos docentes foi possível através de muita pesquisa
tanto em sites acadêmicos (Google Acadêmico e Scielo) quanto em plataformas virtuais: Youtube,
Podcast’s, fóruns e blogs. Fora possível relacionar a importância de impulsionar as práticas
pedagógicas por meio da tecnologia que em detrimento, está relacionada as práticas de linguagem
da atual sociedade.

Ao utilizar vídeos do Youtube e os áudios em formato Podcast como ferramentas de


pesquisa de ensino/aprendizagem, acaba por inserir o indivíduo a leitura e interpretação de diversos
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tipos de textos. Outra ferramenta virtual muito utilizada nesse momento de distanciamento social
observada através da vivência de estágio é a Avaliação do Google Forms (ferramenta do aplicativo
Google Drive).

Um dos objetos de análise desta pesquisa acadêmica é uma avaliação de aprendizagem


elabolada pela plataforma digital do Google, utilizando o aplicativo Google Drive. Criada durante a
vivência do estágio. Nela, através do hipertexto e da hipermídia é possível realizar diversas ações de
construção do conhecimento, além de possibilitar o acesso a dado conhecimento, para todos aqueles
que possuem um aparelho digital.
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Figura 1

FONTE: PRODUÇÃO ACADÊMICA, 2021.

Nota-se o exemplo na figura 1, os hipertextos (informações não lineares) e hiperlinks (links


e vídeo) presentes na prática pedagógica utilizada pelos docentes nesse momento de distanciamento
social. Ao elaborar a Avaliação de Aprendizagem é possível elencar tanto em perguntas ou
respostas, a utilização de links que direcionam a outras plataformas digitais, afim de auxiliar nas
dificuldades dos alunos.

Dado o exposto, nota-se o feedback da resposta (opcional), criado pelo docente. Ao


efetuar sua avaliação e selecionar a questão exibida, caso o aluno selecionar a alternativa incorreta,
automaticamente surge o link: ‘Não foi dessa vez! Acesse o vídeo e tire suas dúvidas!’, em
sequencia o vídeo com a explicação (opcional), criado pelo docente .

Outro objeto de análise desta pesquisa acadêmica é uma plataforma educacional digital
chamada: Crieatividade (representado na figura 2). Uma plataforma virtual sem fins lucrativos
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criada em 2020 por Thiago Santos Da Silva graduado em Ciências Sociais pela UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina) com o objetivo de instigar o saber e a criatividade.

Figura 2

FONTE: CRIEATIVIDADE.ORG-BRASIL 2020

É visível as várias opções que o indivíduo possui ao acessar tal plataforma, adquire adentro
da transdisciplinaridade, visto que ocorre a proposta de buscar e/ou compartilhar conhecimento em
9 inteligências múltiplas: lógico-matemática, linguística, musical, corporal-cinestésica, visual-
espacial, naturalista, existencialista, intrapessoal e interpessoal.

Para a prática da proposta, o indivíduo (aluno) necessita acessar algum aparelho digital,
efetuar seu cadastro e selecionar a opção desejada. Nota-se no painel do canto esquerdo as opções
aleatoriamente disponíveis, um clique na opção desejada para a interação com a página virtual. Ao
selecionar uma das inteligências múltiplas automaticamente será direcionado a linha de objeto de
estudo.
Ao fazer a análise das imagens acima, representadas pelas figuras 1 e 2, é possível observar
os recursos gráficos (tipologias, cores, estilo da fonte e a organização dos textos). É visível as várias
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opções que o indivíduo possui dentro do ciberespaço. Para a prática da proposta, o indivíduo
(aluno) necessita acessar algum aparelho digital (tablet, celular, computador) e selecionar seus
links.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

As dificuldades encontradas pelos docentes em re-construir novas metodologias de ensino


está relacionada ao ensino tradicional baseado em livros didáticos, deixando de lado o cenário
contemporâneo. Nota-se que a interpretação textual é a grande dificuldade dos alunos, o
desinteresse dos estudantes nesse sistema de ensino engessado acaba por ocupar o lugar da busca do
conhecimento nos indivíduos, refletindo na evasão escolar e consequentemente em analfabetos
funcionais.

Outro confronto é o pouco tempo que o docente possui para planejar as aulas . Visto a
necessidade a ampliação de horas-aula para também corrigir as redações dos estudantes. Em relação
ao fazer docente (e sua capacitação) na atualidade tecnológica, percebe-se a necessidade de um
profissional da área computacional e uma quantidade de computadores que dê conta razoavelmente
da quantidade de alunos por turma.

Vale mencionar a importância da utilização de tais recursos, ao abordar o estudo da


linguística atrelado as comunicações através do hipertexto e hipermídia é possível aplicar objetos de
estudos de diferentes modos, por meios de artigos científicos, arquivos de áudio, vídeos, imagens
além da interação através de fóruns. Com um clique o indivíduo tem o poder de direcionar sua
pesquisa diretamente para o objeto de estudo, facilitando o acesso e otimizando seu tempo.

5. CONCLUSÃO

Para letrar o aluno através de práticas pedagógicas virtuais, mais precisamente na educação
básica, há um longo caminho a percorrer. Por mais que na teoria temos documentos norteadores que
enfatizam sua importância e discernimento, sabe-se da precariedade da infraestrutura nas escolas e
as ferramentas com que o indivíduo utiliza para tal fim, além do despreparo dos próprios docentes,
evidenciando nossa desigualdade social.

Ao utilizar hipertextos e hipermídias nas práticas pedagógicas do ensino da Língua


Portuguesa acaba por transceder por uma perspectiva de um ensino não tradicional (grámatica
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normativa). Um ensino adentro do cotidiano do indivíduo, seja no ônibus ouvindo um Podcast ou ao


assistir um vídeo no canal do Youtube permite a otimização de seu tempo a caminho da escola/
trabalho, afim de direcionar a pesquisa da determinada informação.

O professor na atualidade é um mediador, que organiza e orienta seus alunos, pensar em


uma estratégia pedagógica virtual transdisciplinar e coletiva, acaba por oportunizar o contexto
social do aluno. Reforço que a proposta aqui, é de relacionar o contexto social dos alunos ao utilizar
o ciberespaço afim de oportunizar melhor entendimento em suas ações, pesquisas e criações através
da tecnologia.

Concluo esta pesquisa, que para alcançar o objetivo final, de instruir o aluno a ser
digitalmente letrado, é necessário a reformulação de políticas educacionais voltadas a criação de leis
com um plano de carreira mais digno aos professores, auxílio na capacitação docente, para mais
eficiência na docência. Assim como a reformulação de políticas educacionais que deem um
respaldo profissional e tecnológico dentro da escola.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Vânia Soares; ARAUJO, Antonia Dilamar; ARAGAO, Cleudene de Oliveira.


Multimodalidade e multiletramentos: análise de atividades de leitura em meio digital. Rev. bras.
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Terceiro e Quarto ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, p.89, 1998. Disponível em:
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CORRÊA, D; MACHADO, L. T. Línguas: Ensino e ações. In: COSTA, M.; MENDES, A.;
ZANATTA, M.; ZIPSER, M. NUSPPLE/ DLLE/CCE. Integração entre tecnologia e sala de aula.
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RIBEIRO, Ana. Letramento Digital: Um Tema em Gêneros Efêmeros. Universidade Federal de


Minas Gerais (UFMG). Revista da ABRALIN, v.8, n.1, p. 19, jan./jun. 2017. Disponível em:<
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Acesso em 27 mar. 2021.

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