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SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
Caro(a) Professor(a) do Programa Mais Alfabetização,
Este material foi desenvolvido com o objetivo de subsidiá-lo(a) no processo de alfabetização e letramento
matemático dos estudantes do primeiro e segundo ano do Ensino Fundamental. Para tanto, são
apresentadas propostas pedagógicas por meio de sequências didáticas para o ensino e a aprendizagem
da Matemática, no contexto da alfabetização e do letramento.
Nos primeiros anos de escolaridade a ação pedagógica precisa focar na alfabetização, assim como
explorar as diferentes práticas de letramento. Deste modo, tem-se o letramento como condição para
a alfabetização, sendo necessário estimular as crianças à “[...] raciocinar, representar, comunicar e
argumentar matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e
a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e
ferramentas matemáticas” (BRASIL, 2017, p. 222).
Neste contexto, é importante considerar os conhecimentos prévios das crianças, reconhecendo que são
capazes de pensar, refletir e construir conceitos matemáticos. Para isso professor (a), é preciso propor
atividades que propiciem o desenvolvimento das crianças como um todo, permitindo que as crianças
também participem durante todo o processo.
Da mesma forma, são dispostas 4 (quatro) sequências didáticas sobre o Reconhecimento dos números,
expressões algébricas e funções em suas diferentes representações; 4 (quatro) sequências didáticas
explorando a Mobilização de conceitos e propriedades numéricas, algébricas ou de funções para
estabelecer relações ou realizar operações; e 2 (duas) sequências didáticas explorando a Utilização
de conceitos e propriedades numéricas, algébricas ou de funções para resolver problemas; todas
destinadas ao 2° ano do Ensino Fundamental, somando 10 sequências didáticas.
O trabalho docente sobre a construção (utilização e mobilização) do conceito de número precisa ser
considerado como uma base importante para a ampliação do campo numérico exigido socialmente.
Sendo assim, as experiências iniciais são muito importantes, neste longo processo, sendo necessário
que a escola ajude na construção do pensamento matemático da criança.
Para isso professor (a), as atividades propostas também procuram o desenvolvimento de habilidades
previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas também de competências importantes e
necessárias para a vida em sociedade, como: a valorização e utilização dos conhecimentos sobre
o mundo físico, social, cultural e digital; a investigação de causas, elaboração e teste de hipóteses,
formulação e resolução de problemas e criação de soluções; a partilha de informações, experiências,
ideias, sentimentos para a produção de sentidos que levem ao entendimento mútuo; a formulação,
negociação e defesa de ideias, pontos de vista e decisões comuns; considerando, para isso, o exercício
da empatia, do diálogo, da resolução de conflitos e da cooperação.
Todo o conteúdo está de acordo com os conhecimentos, competências e habilidades estabelecidas pela
(BNCC) para o ensino da Matemática, no primeiro e no segundo ano do Ensino Fundamental.
É importante ressaltar que “A BNCC é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico
e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das
etapas e modalidades da Educação Básica”. (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ ). A BNCC prevê o
estabelecimento de um eixo comum em relação ao currículo da Educação Básica com a finalidade de
corrigir as desigualdades de conteúdos de ensino praticados nas escolas brasileiras.
Professor (a), desenvolva as atividades propostas de acordo com o nível de sua turma, não deixando de
considerar os objetivos da organização de seu trabalho pedagógico.
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................26
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS – 1° ANO
(EF01MA04) Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 unidades e apresentar o resultado
por registros verbais e simbólicos, em situações de seu interesse, como jogos, brincadeiras,
materiais da sala de aula, entre outros.
(EF01MA05) Comparar números naturais de até duas ordens em situações cotidianas, com e sem
suporte da reta numérica.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
Professor (a) inicie esta aula com uma roda de conversa. Pergunte aos estudantes se eles sabem o que
é uma coleção. Permita que os estudantes apresentem suas concepções, solicitando que, se possível,
dê exemplos.
COLEÇÃO: Reunião de objetos da mesma natureza, como livros, selos, quadros, carrinhos, bonecas e
tampinhas.
Por quais motivos alguém cria ou organiza uma coleção? - tente explorar motivos históricos, afetivos,
curiosos, dentre outros. Utilize os exemplos dados pelas crianças para explicar o que é coleção. Fale dos
motivos que se levar a criar uma coleção. Você pode promover, em outro momento, uma visita a museus
já que, essencialmente, se caracterizam como uma coleção. Caso sua cidade não possua museus ou a
visita seja inviável, você pode promover o encontro das crianças com colecionadores.
Professor (a), caso tenha disponível em sua escola computador e projetor, você também pode acessar
virtualmente alguns museus brasileiros e explorar algumas de suas coleções. Para isso, acesse o link:
http://eravirtual.org/
O trabalho com coleções podem contribuir para a aquisição de conhecimentos matemáticos elementares.
Verifique se as crianças compreenderam que os objetos de uma coleção precisam ser da mesma
natureza. Para isso, pergunte, por exemplo, se é possível ter tampinhas em coleções de carrinhos ou
vice-versa.
O que tem de semelhante e/ou diferente entre as coleções? Faz sentido, por exemplo, acrescentar um
selo em uma coleção de tampinhas? Por quê?
Para compreender melhor, assista ao vídeo – O que é classificar? Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=u0tWNLiwHjg
Antes de iniciar a atividade de contagem, explore possíveis critérios de classificação dos objetos
distribuídos. Depois de averiguar a compreensão das crianças acerca da noção de coleção e conversar
sobre possíveis critérios de classificação dos objetos, divida as crianças em pequenos grupos (2 ou
3 crianças) e disponibilize objetos de uma única coleção para cada grupo (tampinhas, figurinhas,
conchinhas ou carrinhos, por exemplo).
Professor (a), você pode trabalhar com mais de um tipo de coleção. Contudo, certifique-se de que tem
objetos suficientes para cada grupo, sem que misture objetos de coleções distintas. Peça, inicialmente,
que as crianças façam a estimativa de qual dos grupos tem a maior quantidade de objetos e a menor, sem
contar. Em seguida, solicite que cada grupo faça a contagem e anote a quantidade para a socialização
dos registros.
Providencie uma tabela para fazer o registro da quantidade de objetos de cada grupo. Caso os objetos
sejam diferentes, providencie mais de uma tabela para o registro.
QUANTIDADE DE OBJETOS
GRUPO 1
GRUPO 2
GRUPO 3
Na hora do registro, peça que um representante do grupo registre no quadro ou cartaz com a tabela,
providenciada antecipadamente por você, a quantidade de objetos do outro grupo. Por exemplo: o grupo
- Quantos objetos faltam para que os grupos fiquem com a mesma quantidade?
Para responder aos questionamentos, peça que as crianças discutam em seus grupos. No decorrer desta
atividade, verifique como as crianças fazem a comparação entre a quantidade de objetos de cada grupo.
Fazem desenhos? Buscam objetos? Representam o numeral?
Observe ainda se, ao fazer os desenhos representando as quantidades de objetos de cada grupo, os
estudantes precisam retomar a contagem a partir do número de objetos ou fazem por sobrecontagem
- isto é, continuam a contagem a partir da quantidade que já conheciam.
Após a discussão dentro de cada grupo, proponha a discussão coletiva dos questionamentos. Incentive
que cada grupo justifique suas respostas e procure entender o procedimento dos demais grupos.
Professor (a), explore a compreensão de coleção a partir do vídeo Quintal da Cultura – Coleção.
(EF01MA04) Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 unidades e apresentar o resultado
por registros verbais e simbólicos, em situações de seu interesse, como jogos, brincadeiras,
materiais da sala de aula, entre outros.
(EF01MA09) Organizar e ordenar objetos familiares ou representações por figuras, por meio de
atributos, tais como cor, forma e medida.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
Professor (a) inicie a aula propondo que os estudantes participem de alguns desafios. Estabeleça um
critério e forme uma fila com uma parte das crianças. Utilize como primeiro critério a altura. Ordene as
crianças da menor para a maior. Em seguida, peça que os estudantes tentem indicar quem poderia ser a
próxima criança da sequência. Faça outras proposições, como ordenar da maior para a menor criança.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/12352146/
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/12352146/
Em seguida, proponha situações de sequências1. Faça outra fila com crianças. Coloque 1 menino seguido
por 2 meninas. Repita esta sequência por, pelo menos, 2 vezes.
http://nicegasparin.pbworks.com/w/page/7472862/Atividades%20de%20Matem%C3%A1tica
A proposta é levar os estudantes a descobrirem o segredo da sequência. Outras sugestões seriam: uma
criança em pé, seguida de uma criança sentada; uma menina de cabelo solto, uma de cabelo preso; um
menino de relógio, um sem relógio; um com óculos e outro sem óculos. Se preferir, você também pode
explorar objetos da sala de aula. Crie sequências utilizando o material escolar e livros dos estudantes,
de forma que a turma tenha que descobrir o segredo, do mesmo modo que na atividade anterior. Coloque
em cima de uma mesa uma sequência de lápis, borracha e régua. Peça para que uma criança continue
a sequência usando mais 3 objetos.
Desafie os estudantes a criarem hipóteses para a construção de suas próprias sequências. Questione-
os sobre qual deverá ser o elemento seguinte da sequência, seguindo o segredo descoberto. Procure
alternar os grupos de estudantes e variar os critérios de formação de sequência.
Professor (a) trabalhe também com sequências recursivas ou de acrescentar. Por exemplo: 1 pote vazio
– 1 pote com 1 lápis – 1 pote com 2 lápis – 1 pote com 3 lápis. Pergunte qual seria o próximo pote da
sequência. Note que não estaria errado se os estudantes resolvessem iniciar a repetição da sequência, ou
seja, continuarem a sequência a partir do pote vazio. Todavia, a ideia a ser explorada nesta sequência é de
recursão, logo, tem-se que colocar, em cada vez, mais um lápis; assim, o próximo seria: 1 pote com 4 lápis.
1
As sequências envolvem uma sucessão de elementos seguindo um padrão.
10 PROGRAMA MAIS ALFABETIZAÇÃO
PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS
Já a sequência recursiva é aquela em que cada termo é formado recorrendo aos anteriores.
Professor (a), na sequência da atividade, proponha que as crianças façam sequências com números.
Oriente os estudantes a construir uma linha numérica com fichas numeradas. Para isso elas devem
receber fichas contendo números de 0 a 9 (coloque os números de acordo com o nível da
turma) de forma desordenada. Peça que as crianças façam a organização das fichas em ordem crescente
e depois decrescente.
Em seguida, solicite que as crianças façam desenhos nas fichas de modo a representar a quantidade
de cada numeral e escreva as sequências que está fazendo com as fichas. À medida que as crianças
forem ordenando as fichas, façam a leitura da sequência. Verifique se as crianças estão compreendendo
a atividade e conseguindo organizar a sequência numérica. Em caso positivo, proponha desafios em
que as crianças montem sequências, sem precisar utilizar todas as fichas, seguindo outra lógica, por
exemplo: 2, 4, 6, 8.
Professor (a), utilize com seus alunos Recursos Educacionais Digitais (RED) para desenvolver a
compreensão de sequências repetitivas. A seguir, apresenta-se o RED Sequência que pode ser
utilizado com seus estudantes.
(EF01MA04) Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 unidades e apresentar o resultado
por registros verbais e simbólicos, em situações de seu interesse, como jogos, brincadeiras,
materiais da sala de aula, entre outros.
(EF01MA05) Comparar números naturais de até duas ordens em situações cotidianas, com e sem
suporte da reta numérica.
Professor (a), conhecer os numerais e suas sequências é essencial para o aprendizado da matemática.
Inicie a aula propondo a construção coletiva de uma sequência. Para isso, providencie com antecedência
cartões numerados. Cada numeral deverá ser representado em um único cartão. Antes de definir a
quantidade de cartões da sequência, verifique o conhecimento dos estudantes. Se os estudantes sabem
contar somente até 10, providencie cartões até o numeral 30. Se souberem contar até 30, providencie
cartões até o numeral 50. Se souberem contar até 50, trabalhe com a sequência até o numeral 100.
Distribua os cartões de modo que cada criança da turma receba a mesma quantidade de cartões.
Professor (a) certifique-se que os cartões entregues para cada estudante não esteja em sequência. Em
seguida, inicie o preenchimento de um quadro numérico com as crianças.
https://www.soescola.com/2017/05/trabalhando-antecessor-sucessor- sequencia-numerica.html
Depois de distribuir os cartões, pergunte quem iniciará o quadro. As crianças deverão responder que
é a criança que tem em mãos o numeral 1. Peça que os estudantes verifiquem os cartões que tem em
mãos para verificar qual será o numeral seguinte. Após a construção coletiva do quadro numérico faça
os seguintes questionamentos:
Caso uma criança pense que numerais com mesmos algarismos são iguais, questione o posicionamento
e o valor de cada um. Professor (a), depois de construído, o quadro numérico pode ser utilizado para
localizar números, trabalhar as ordens crescente e decrescente, descobrir regularidades, dentre outras
possibilidades de exploração. Observe que é possível perceber regularidades em linhas e colunas do
quadro. Estas regularidades são importantes para que as crianças consigam compreender o sistema de
numeração decimal. Incentive que os estudantes façam comparações e respondam aos questionamentos,
apresentando suas hipóteses.
Todo número natural possuí um sucessor, ou seja, um número que vem depois dele. Exemplo: o
sucessor de 29 é o 30.
Também existem os antecessores que são os números que vem antes de um número natural. Exemplo:
o antecessor de 22 é o 21.
Após a montagem e exploração das características das sequências retratadas no quadro numérico, você
pode propor que cada criança preencha, individualmente, seu próprio quadro no caderno.
QUADRO NUMÉRICO
Professor (a), proponha o uso individual ou em duplas do Recurso Educacional Digital Aprender a contar.
Antes da utilização, você pode apresentar questionamentos como:
Professor (a), caso não tenha computadores disponíveis para todas as crianças, você pode usar o vídeo:
Números de 1 até 50 em português e trabalhar com a sequência numérica.
O Recurso Educacional Digital Jogo do castelo, deve ser utilizado em grupo, por até 5 crianças. O
objetivo é descobrir os números que faltam no quadro numérico. Dessa forma, os estudantes podem
compreenderem as regularidades do sistema de numeração decimal
O RED Encontre o sucessor e predecessor apresenta exercícios que podem ser trabalhos a uma melhor
compreensão da sequência numérica.
(EF01MA06) Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos de cálculo para resolver
problemas.
(EF01MA07) Compor e decompor número de até duas ordens, por meio de diferentes adições, com o
suporte de material manipulável, contribuindo para a compreensão de características do sistema de
numeração decimal e o desenvolvimento de estratégias de cálculo.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
Professor (a) inicie a aula propondo que os estudantes participem do jogo Soma 10. Este jogo pode ser
confeccionado pelas próprias crianças, para isso, providencie com antecedência cartinhas em branco.
Divida os estudantes em pequenos grupos (2 ou 4 membros). Em seguida, distribua as cartinhas em
branco (para cada criança que tiver no grupo deverão ter 11 cartinhas em branco) e peça que as crianças
escrevam, em cada cartinha, os números de 0 a 10, indicando suas quantidades.
http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com/2013/12/cartazes-para-trabalhar- numeros-e.html
Peça que as crianças juntem suas cartas com as dos colegas do grupo, embaralhem e coloque em um
montinho. A cada rodada deverá ser retirada uma cartinha do montinho. As crianças precisam verificar
se as cartas que forem retirando, a cada rodada, juntas formam 10. Os demais membros do grupo fazem
o mesmo. Caso tenha formado 10 a criança coloca a combinação de cartas exposta na mesa, para que
todo o grupo veja e confira o resultado. Caso contrário, vai acumulando cartas até que o montinho acabe.
https://cearacrescebrincando.wordpress.com/2016/04/08/veja-8-jogos-com-baralho-indicados- para-criancas-a-partir-de-quatro-anos/
O jogo acaba quando as cartas do montinho acabar. O vencedor será a criança que conseguiu fazer a
maior combinação de cartas somando 10. Ao final do jogo, peça que os estudantes confiram as cartas
que ficaram na mão e tentem somar 10.
Professor (a) com a finalização do jogo pergunte às crianças quais números juntos podem formar
10. Socialize as conclusões no quadro, registrando possíveis adições. Permita que os estudantes
apresentem suas hipóteses e argumentem sobre suas inferências.
Ao juntar dois elementos, por exemplo, a criança que faz recontagem, precisa iniciar a contagem
do primeiro elemento para encontrar o resultado. Quando a criança percebe que uma quantidade
conhecida já está contida na outra, ou seja, não necessita contar tudo novamente, ela faz a
sobrecontagem.
Sendo assim professor (a), verifique junto aos seus alunos, quais os que, ao juntar dois conjuntos de
elementos, necessitam fazer a contagem. Assim, você poderá propor atividades que explorem melhor
seu desenvolvimento.
https://blog.psiqueasy.com.br/2018/07/05/fichas-para-desenvolvimento-do-raciocinio-logico/
Professor (a) esta atividade explora os fatos básicos da adição e o cálculo mental.
O cálculo mental é um procedimento utilizado para obter resultados exatos ou aproximados, sem
a utilização de algoritmos tradicionais. O trabalho com o cálculo mental pode contribuir com o
desenvolvimento do pensamento numérico e, consequentemente, com a capacidade de resolução de
problemas https://novaescola.org.br/conteudo/171/contas-de-cabeca-sem-errar-calculo- mental
Professor (a), assista com seus alunos o vídeo - A Dezena: Aprenda a Somar 10 de Maneiras
Diferentes.
Você também pode propor a utilização do jogo de somar. Veja que ele apresenta o numeral com sua
respectiva quantidade, o que pode ajudar os estudantes em suas resoluções.
(EF01MA05) Comparar números naturais de até duas ordens em situações cotidianas, com e sem
suporte da reta numérica.
(EF01MA06) Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos de cálculo para resolver
problemas.
(EF01MA07) Compor e decompor número de até duas ordens, por meio de diferentes adições, com o
suporte de material manipulável, contribuindo para a compreensão de características do sistema de
numeração decimal e o desenvolvimento de estratégias de cálculo.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
Em seguida, peça que os estudantes realizem a contagem e o registro da quantidade de material que
cada um recebeu. Por exemplo: após a contagem a criança verificou 18 palitinhos. Logo, ela deverá
desenhar a quantidade e registrar o numeral 18. Após o registro, peça que os estudantes separem os
palitinhos em grupos de 10. Considerando o exemplo, tem-se 1 grupo de 10 e 8 palitinhos soltos, isto é,
10+8. Pergunte aos estudantes: quantos palitinhos faltam para completar outro grupo de 10? Se formarmos
mais um grupo de 10, qual o total de palitinhos?
https://wp.ufpel.edu.br/antoniomauricio/files/2017/11/3_Caderno-3_pg001-088.pdf
Depois de fazer a contagem individual e o registro, peça que as crianças formem grupo de 4 pessoas
e juntem seus materiais. Em seguida, solicite que façam a contagem da nova quantidade disponível
em cada grupo; o desenho e o registro da quantidade de palitinhos e a organização dos palitinhos em
grupos de 10. Por exemplo: ao juntar todos os palitinhos do grupo foram identificados 56 palitinhos. Assim,
o grupo fará o registro do numeral 56 e a identificação de 5 grupos de 10 e 6 palitinhos, isto é, 50+6.
Professor (a) observe como as crianças realizam a contagem. Permita que elas apresentem suas
estratégias e hipóteses em relação a identificação das quantidades. Neste momento é importante que
os estudantes compreendam que o agrupamento pode ser realizado para facilitar a contagem.
Atividades que exploram agrupamentos e trocas permitem que os estudantes percebam semelhanças
e diferenças presentes em situações de contagem, o que pode favorecer a abstração e a compreensão
do sistema de numeração decimal. Desta forma, mais importante do que fazer as crianças memorizarem
os termos como unidade, dezena e centena, é preciso possibilitar o entendimento das necessidades de
se trabalhar com a base (dez).
A base dez é o cerne do Sistema de Numeração Decimal (SND). Para um melhor entendimento do SND
a criança precisa ler, escrever, comparar, compor, decompor e operar a partir de agrupamentos de 10.
https://wp.ufpel.edu.br/antoniomauricio/files/2017/11/3_Caderno-3_pg001- 088.pdf
Professor (a) continue explorando a composição e a decomposição dos números. Proponha a construção
de uma régua das dezenas2 com as crianças. Para isso, você precisará providenciar, em quantidade que
seja suficiente para a sua turma, os seguintes materiais:
Depois de distribuir o material para cada criança, faça, juntamente com sua turma, a régua das dezenas.
Após a construção da régua, leia, juntamente com os estudantes, a sequência das dezenas construída
no papel, como forma de conferir a ordem da colagem. Verifique se as crianças sabem ler as dezenas
representadas na régua. Em caso negativo, explique como esta leitura é feita. Para isso, você pode
explorar a regularidade do SND: entre 10 e 90 (dezenas exatas). Pode-se observar que, a partir do
quarenta, temos QUArENTA, CINQuENTA, SEssENTA, e assim por diante;
2
Esta atividade foi adaptada do site da nova escola, tendo sido proposta pela professora Mara Mansani. As fichas foram disponibilizadas pela autora
no seguinte link: https://nova-escola- producao.s3.amazonaws.com/Nu9sSYjFWqfusKBRb4phfeYcbejkf6Ns3s3SjhPxzC8yXT7ZkA8Q rYDehGGm/blog-
PROGRAMA MAIS ALFABETIZAÇÃO 23
de-alfabetizacao-regua-das-dezenas-algarismos-e-ficha.pdf
Explique para as crianças a atividade. Diga que irá ditar um número e, em seguida, é preciso fazer sua
composição com o uso da régua e dos algarismos que estão guardados no saquinho ou envelope.
Por exemplo: ao ditar o número 28, o estudante deverá procurar na régua a dezena 20 e sobrepor o
algarismo 8 no 0, formando o número. Você pode questionar quais dezenas são maiores e/ou menores
do que o número 28. Permita que os estudantes comparem o que fizeram e expliquem como o número
se formou.
Ao ditar novos números, peça que as crianças façam a composição e a comparação com o número
ditado anteriormente. Procure escolher números que possam ser relacionados a valores conhecidos,
como o número do sapato de José. Peça que as crianças registrem todos os números ditados no caderno
(28 = 20 + 8), pois facilita o entendimento de como os números são formados, e a atividade do ditado se
amplia e ganha mais significado.
Professor (a) assista ao vídeo Conhecendo os conceitos de dezenas e unidades por meio de uma
história. Dezenas e Unidades (1º Ano Manhã) e conheça uma história que pode ser contada a seus
alunos para explicar a necessidade do agrupamento de unidades.
O vídeo Como fazer uma casinha de dezenas e unidades mostra uma forma de trabalhar com
agrupamento (adição) a partir da representação de quantidades. Embora seja uma forma interessante
de se trabalhar em sala de aula, só deve ser trabalhada com a turma depois da compreensão do SND.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Base Curricular Comum. Brasília:
MEC, 2017.
COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Matemática. São Paulo: Ática, 2000.
LORENZATO, S. Para aprender Matemática. 2. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2008. Coleção
Formação de Professores.
MAGINA, S. et al. Repensando Adição e Subtração: Contribuições da teoria dos Campos Conceituais.
São Paulo: Proem, 2001.
PIAGET, J. e INHELDER, B. Gênese das Estruturas Lógicas Elementares. Rio de Janeiro: Ed. Zahar,
1983. 3 ed. 356p.
SMOLE, K. C. S. Textos em Matemática: Por que não? In: SMOLE, K C. S e DINIZ, M. I. Ler, escrever e
resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.