IESES - INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO ESPÍRITO SANTO

WAGNER GONÇALVES DA SILVA

ATIVIDADE MODULAR
FUNDAMENTOS DO PROCESSO EDUCATIVO E DIDÁTICA

CARIACICA
2016
1 - Como o professor deve potencializar o processo educativo na sociedade
atual? Qual a importância de o docente conhecer e saber aplicar diversas
técnicas de ensino?

Sem a pretensão de imputar responsabilidade pessoal a nós professores pelo

baixo nível da aprendizagem, ou pelo fracasso dos alunos, compreendemos
que a atuação do professor é, ao mesmo tempo, causa e consequência dessa
realidade, por que em função das mudanças sociais contemporâneas, as
exigências com relação ao professor, vêm aumentando substancialmente.
Atualmente, exige-se que este, além de dominar os conteúdos das matérias
que ensina, seja mediador/ facilitador da aprendizagem, organizador do
trabalho em equipe, e que além de ensinar, zele pelo equilíbrio psicológico e
afetivo do aluno, da sua integração social, entre outras atribuições sem,
contudo, efetivarem-se mudanças significativas na formação profissional dos
professores.
Diante do exposto, perguntamos: os professores estão preparados para
responder positivamente às mudanças que lhes estão sendo exigidas? É
possível melhorar a qualidade da educação e formar o aluno para o exercício
da cidadania, sem investir significativamente na qualidade da formação
profissional dos professores?
Embora o mundo atual esteja cada vez mais exigente em todos os aspectos, a
maioria das escolas brasileiras continua conduzindo o processo ensino
aprendizagem, seguindo ainda o estilo tradicional numa forma empobrecida,
onde o professor é o sujeito ativo e o aluno passivo, ou seja, onde o professor
é quem “ensina” e o aluno é quem “aprende” sem, contudo, participar
ativamente do processo. Alunos que insistem em torna-ser sujeitos ativos do
processo ensino aprendizagem, muitas vezes são tolhidos pela incompreensão
e/ou pela intolerância.
Assim, subestimam-se a atividade mental dos alunos tirando-lhes a
possibilidade de desenvolverem suas potencialidades, capacidades e
habilidades para construírem o pensamento autônomo. Há todo um movimento
no sentido de repensar o papel da educação numa sociedade dinâmica, em
constante transformação. Procuramos, sobretudo, sair de um modelo de ensino
extremamente autoritário, sem modificações significativas há décadas, preso a
regras e sequências rígidas de exposição dos conteúdos, muito deles
obsoletos, que não atendem às expectativas da sociedade, com relação ao
desafio que é posto pelo mundo contemporâneo: educação de qualidade para
todos os alunos.
É fundamental a busca dos elementos necessários para construir um modelo
educacional dinâmico, capaz de gerar novos ambientes de aprendizagem, que
comportem as dimensões do fenômeno educativo enquanto processo de
(re)construção do conhecimento.
Essa oportunidade provém das condições oferecidas pela escola, e passa pela
formação do aluno, pela sua capacitação durante o curso regular. Quase
sempre, o curso regular constitui a única oportunidade ao alcance da maioria
dos alunos para garantir a colocação num mercado altamente seletivo.
Então percebe – se a ineficiência do ensino se manifesta em diferentes
aspectos, dentre eles, em uma insatisfação generalizada de pais e alunos com
os resultados obtidos pela escola, e implica a necessidade de uma profunda
revisão na maneira de ensinar e aprender, em mudanças nas práticas
pedagógicas dos professores, a partir da sua formação inicial. Há necessidade
de se encontrar novos caminhos. É uma possibilidade bastante viável a
proposição de um novo paradigma, que reconheça as conexões existentes
entre o processo do pensamento e de construção do conhecimento, e suas
relações com o contexto sociocultural, numa visão holística, global, sistêmica
da educação, dentro de uma perspectiva planetária. O acesso às informações
e ao conhecimento exige um sistema educacional dinâmico, aberto e que
responda satisfatoriamente aos interesses da sociedade. Repetir aquilo que foi
ensinado, não será suficiente para permitir o acesso à sociedade do
conhecimento. Novos papéis para o professor e para o aluno, com ênfase,
sobretudo, na criatividade.
Não existem, para tanto, fórmulas mágicas ou receitas, sendo necessária uma
mudança de postura do docente, uma disposição para enfrentar novos desafios
a partir das oportunidades ou experiências que facilitem o reexame das ideias
atuais, através dos processos de reflexão e discussão destas ideias e que
possam ser colocadas em prática a partir de novas ideias, novas formas de
pensar e fazer, numa forma estável.