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25 ideias

práticas para
sua escola
ser mais
inclusiva
Atualmente as escolas enfrentam uma mudança
bem grande de paradigmas. O ensino tradicional,
que colocava o aluno como agente passivo, sem
controle sobre seu processo de aprendizado, está
sendo deixado para trás, devido às demandas de
uma nova geração que quer se ver como
protagonista.

Muitas escolas começam a falar de ensino híbrido,


por exemplo. Modelo que coloca o aluno do centro
do processo pedagógico e agente ativo na sua
jornada de conhecimento através do uso da
tecnologia. Mas isso não é suficiente. Os alunos
querem ser agentes de mudança.

Mais do que nunca a sociedade atual encara todas


as suas fragilidades e contradições. E são os mais
jovens que estão clamando pela resolução desses
problemas e assumindo a responsabilidade de
superá-los.

Para isso, a educação é uma importante aliada,


pois é ela que irá desenvolver estudantes que no
futuro estarão em posições ativas - e até mesmo
de poder - na sociedade.

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Além disso, as próprias instituições de ensino
estão sedentas por mudanças, desejando engajar
alunos e familiares, portanto sabem que o
modelo de ensino tradicional precisa ser revisto,
uma vez que já se tornou razão de desmotivação
dos alunos.

Mas então como engajar os alunos em sala de


aula? Como fazê-los ficar mais interessados pela
comunidade escolar e pelo próprio processo de
aprendizado? Como a implementação de práticas
inclusivas pode ajudar nisso?

Continue sua leitura e encontre a resposta para


todas estas perguntas:

Qual a importância
de práticas inclusivas
nas escolas?

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Pode-se dizer que por natureza a escola é um
lugar de discussão e construção cidadã. Um lugar
onde os alunos vão, além de aprender conteúdos
como ciências, matemática e línguas, adquirir e
praticar conhecimentos que os tornarão aptos a
viver em sociedade de forma consciente, digna e
responsável.

A base para a formação de qualquer cidadão está


pautada no respeito às diferenças e liberdades
individuais. Sendo assim, é essencial que as
crianças conheçam e aprendam a conviver com as
diferenças. Até porque ser diferente é uma
qualidade inata do ser humano. Todo ser humano
é diferente, com habilidades, competências e
características próprias.

Além disso, é fundamental que os alunos se


enxerguem como cidadãos, pertencentes à
sociedade e responsáveis pelas mudanças que
eles desejam no mundo.

Muitas vezes essa perspectiva se perde em um


modelo de ensino que generaliza o corpo
estudantil. Sendo que, na realidade, cada aluno
sente individualmente como a escola e a
sociedade os impactam.

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Sendo uma geração totalmente conectada, com
conteúdo ilimitado na internet e com sua voz
amplificada pelas redes sociais, os alunos são
muito influenciados pela cultura maker, que
incentiva uma postura ativa na resolução de
problemas em diversas esferas da vida.

Propor uma política inclusiva nas escolas, seja em


sala de aula, através de metodologias inovadoras
de ensino, seja no programa de gestão escolar,
possibilitará o desenvolvimento de habilidades
pessoais e sociais de extrema importância. Elas
são voltadas ao desenvolvimento do papel cívico
dos alunos e permitem que as vozes e causas dos
alunos sejam escutadas e discutidas.

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25 ideias práticas
para sua escola ser
mais inclusiva:

01 Tornar a gestão escolar


democrática e participativa
O processo de tomada de decisões dentro da
escola sempre foi assunto da cúpula de gestores e
diretores. Estes interpretam as necessidades
escolares e propõem soluções que consideram
viáveis. Aos pais e alunos, restava seguir as regras
e se adaptar ao modelo de trabalho da escola.

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É justamente esse cenário que precisa ser
mudado para que a escola comece a ser vista
como inclusiva.

O primeiro passo é abrir a gestão para a


participação da comunidade escolar. Isso inclui
pais, alunos, professores e funcionários. Todos
têm sua visão de como a escola funciona e por
isso enxergam pontos que muitas vezes passam
despercebidos pelos gestores e podem oferecer
soluções inovadoras e eficazes.

Ter ciência dessas questões auxilia para uma


gestão escolar mais democrática, onde todos têm
voz e, por consequência, se sintam pertencentes
a essa comunidade.

Isso acaba aumentando significativamente o


engajamento com a instituição de ensino e seu
compromisso com a educação.

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02 Abrir canais de comunicação
com alunos e familiares

Para que se possa criar um ambiente acadêmico


verdadeiramente inclusivo, é necessário que a
comunidade escolar esteja aberta a contribuir.
Não existe uma fórmula pronta para
implementação do ensino inclusivo, que por sua
vez não pode ser feito em via de mão única, isto
é, dependendo apenas da gestão escolar ou
pedagógica.

A educação inclusiva é um processo que pede a


participação de todos os membros da
comunidade escolar.

Por isso, é importante estar aberto ao que as


famílias e os alunos têm a compartilhar e
contribuir com a instituição. Sendo assim, a
criação de canais de comunicação se faz
imprescindível para aplicação de práticas que
acolham a todos no âmbito escolar.

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03 Formar uma rede de apoio

Tão importante quanto criar canais de diálogo


com a comunidade escolar, é criar uma rede de
apoio de profissionais capacitados para atuar na
educação inclusiva.

Se necessário, isso pode incluir o trabalho de


psicólogos e psicopedagogos, médicos, entre
outros. Dessa forma a instituição de ensino pode
se preparar e oferecer todo o suporte necessário
para os alunos e também para a equipe escolar.

04 Elaborar um plano
político-pedagógico
adequado
Implementando práticas de ensino inclusivo na
escola, obviamente que esta precisará de um
plano político-pedagógico adequado.

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Para elaborar um plano do tipo, a primeira coisa
a se fazer é justamente ouvir a comunidade
acadêmica. Pais e alunos naturalmente trarão
seus anseios e necessidade para a discussão.

Isso ajudará o gestor pedagógico a estabelecer


os objetivos do plano pedagógico e traçar as
melhores estratégias com base nas metodologias
mais adequadas e viáveis para a realidade da
instituição.

05 Planejamento contínuo

Um plano político-pedagógico bem


fundamentado e estruturado é de extrema
importância para o sucesso de práticas de ensino
que sejam verdadeiramente inclusivas. Porém, é
importante salientar que cada pessoa possui um
processo de aprendizagem diferente,
respondendo aos estímulos educacionais de
formas distintas.

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Portanto, é muito importante que o
planejamento esteja aberto ao aprimoramento
contínuo. As modificações devem ser feitas à
medida que os professores forem identificando
carências a serem sanadas e a comunidade
escolar vá manifestando suas necessidades.

06 Planejar um currículo
flexível

Assim como o planejamento político-pedagógico,


o currículo escolar também precisa ser flexível
para se adequar melhor às demandas que irão
surgir durante o processo educacional.

Obviamente, seus currículos terão uma base


sólida e uma linha a ser seguida, mas precisam
também ter espaços para algumas alterações
que porventura venham a ser necessárias.

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A flexibilidade que se fala aqui está ligada a
adequação de metodologia, uso de novas
ferramentas de ensino e materiais pedagógicos,
entre outros, que mudam a dinâmica mas não o
conteúdo planejado.

Além disso, pode ser que seja necessário


trabalhar alguns conceitos a mais ou ainda
explicá-los de forma diferenciada. Tudo isso
mexe na questão de currículo e cronograma, e
por isso estes devem ser pensados de forma a
permitir essas possibilidades.

07 Uso de planos educacionais


alternativos

É comum que durante o processo de ensino


alguns alunos precisem de uma atenção especial
por parte do professor.

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Nessas ocasiões é interessante a ideia de
trabalhar com planos educacionais alternativos,
elaborados especialmente para um aluno
específico, pensados segundo seu ritmo de
aprendizado e necessidades pedagógicas.

08 Aplicar um método de
avaliação contínua
As avaliações são sempre uma parte importante
da jornada pedagógica. É através dela que os
professores conseguem verificar o quanto foi
aprendido pelos alunos e se eles têm condições
de dar continuidade a seus estudos passando
para os próximos conteúdos.

Já comentamos nesse material que cada pessoa


possui um processo diferente de aprendizado.
Por isso, o ideal é avaliar o aluno de forma
contínua, sem comparações com outros
estudantes, levando em conta sua trajetória
individual e como foi sua evolução no processo
de assimilação do conteúdo e produção de
conhecimento.

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Dessa forma, cada estudante pode ser avaliado
sob uma perspectiva mais justa, que leva em
consideração sua individualidade, indo contra o
processo de ensino massificado, que generaliza
os alunos e seus processos de aprendizado.

09 Usar uma metodologia que


foque nas competências

Ao tentar solucionar alguma dificuldade que o


aluno venha a ter em sala de aula, boa parte das
metodologias de ensino acaba focando
justamente em alguma limitação ou obstáculo de
aprendizagem que o aluno venha a apresentar.
Essa abordagem definitivamente não é inclusiva.

Ao invés de focar nas limitações, uma boa forma


de encarar isso é utilizar metodologias que
foquem nas competências dos alunos, no que
sabem e podem fazer, em como seu raciocínio se
desenvolve.

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Dessa forma é possível estimular as habilidades
individuais de cada um e ainda utilizá-las como
instrumento para superar os obstáculos dentro
de seu processo de aprendizagem.

10 Diversificar formas de
promover a interação
entre os alunos

Incentivar as habilidades sociais dos alunos faz


parte dos desafios de qualquer sala de aula. Cada
fase do ensino apresenta seus próprios pontos a
serem trabalhados, variando de acordo com o
nível de maturidade da turma.

O fato é que promover essa competência dos


estudantes não precisa ser uma tarefa presa na
mesmice.

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Diversificar a forma como os alunos interagem é
fundamental para que desenvolvam suas
habilidades sociais e isso é ainda mais
importante para alunos que não conseguem
fazer isso naturalmente. Seja por pura timidez ou
porque possuem dificuldades para socializar.

Muitas vezes, uma abordagem diferente pode


transformar essa experiência e trazer ótimos
resultados.

11 Trabalhar com materiais


pedagógicos diversos

Os clássicos caderno, caneta, lápis, borracha e


livro, apesar de eficientes, podem não ser
suficientes para muitos alunos, sobretudo os
mais novos. Por isso, o professor precisa
encontrar soluções melhores para atrair os
estudantes e transmitir o conteúdo da disciplina.

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Trazer para a sala materiais pedagógicos
diferenciados é uma excelente maneira de
envolver os alunos e propor atividades que irão
auxiliar na fixação do conteúdo. Jogos educativos,
quebra-cabeças e até mesmo brinquedos podem
se tornar ferramentas muito úteis no processo
pedagógico.

Além de facilitar o entendimento dos alunos, a


utilização de materiais diferenciados pode ajudar
na integração dos estudantes, promovendo a
interação entre eles, o que se alinha totalmente
com os objetivos do ensino inclusivo.

12 Investir em formação
continuada para professores

Mesmo que algum dia já tenham ouvido falar no


assunto e até mesmo o estudado, a maioria dos
professores não possui um conhecimento
aprofundado sobre educação inclusiva na prática.

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Portanto, é fundamental que a gestão escolar
que deseja tornar sua escola mais inclusiva
invista na formação continuada de professores,
para que estes possam entender melhor o
assunto e ter acesso a práticas de ensino e
ferramentas para conduzir o processo
pedagógico em sala de aula.

Isso pode acontecer através de cursos, palestras,


seminários, rodas de conversa, entre diversas
outras formas de compartilhar conhecimento.

Pode-se ainda pedir a contribuição de pessoas


que trabalham em instituições que lidam com
questões sociais, a fim de que compartilhem seus
conhecimentos e experiências.

A vantagem é que, além de estar promovendo a


formação continuada do corpo docente, é
possível criar laços e desenvolver uma rede de
apoio, como dito anteriormente neste material.

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13 Tomar decisões de
forma transparente

Tomar decisões que afetarão a escola de forma


profunda requer muito diálogo por parte dos
gestores com a comunidade escolar. É
importante que todos possam opinar de forma a
contribuir positivamente com o processo.

Além do mais, isso será fundamental para que


todos entendam a necessidade das decisões
tomadas e como elas impactam a rotina escolar.

Para pais e alunos a transparência tem ainda a


intenção de fazê-los sentir-se parte importante
da comunidade escolar e não meros pagantes.
Ampliando assim o senso de pertencimento e
confiança na gestão escolar.

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14 Utilizar novas ferramentas
tecnológicas

A tecnologia está cada vez mais presente em sala


de aula, se mostrando como uma aliada dos
educadores no processo pedagógico.

São diversas as ferramentas que possibilitam


tornar a aula mais interativa, atraente e rica para
os alunos.

Sendo assim, faz todo o sentido utilizar toda essa


tecnologia também como ferramenta para
potencializar o ensino inclusivo. Muitas são
plataformas gratuitas, o que facilita a
acessibilidade à ferramenta por todos os
estudantes.

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15 Promover a formação de
órgãos de representação
estudantil

Uma das formas mais eficientes de incentivar a


participação dos estudantes na comunidade
escolar é através de representantes de turma ou
grêmios estudantis.

A própria formação dessas organizações já é um


exercício de democracia, pois geralmente os
representantes são escolhidos por eleição.

Com grêmios ou representantes, fica mais fácil


para a gestão escolar administrar as demandas
dos estudantes que se sentem melhor
representados e participantes das dinâmicas que
envolvem a rotina escolar.

16 Incentivar a criação
de coletivos

Geralmente presentes nas instituições de ensino


superior, os coletivos estão começando a ganhar
espaço no ensino básico.

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De modo geral, coletivos são grupos de
estudantes que se reúnem voluntariamente para
discutir, trocar experiências e realizar atividades
em torno de um assunto em comum.

Coletivos que discutem representatividade,


igualdade racial, igualdade de gênero, saúde
mental e realizam campanhas contra o bullying
são alguns exemplos desses grupos. Mais uma
ideia é a criação de coletivos formados pelos pais
dos alunos, a fim de trocar experiências e
fortalecer os laços da relação escola-família.

Essa é uma maneira de oferecer espaço para que


alunos e familiares sintam que tem voz dentro da
instituição de ensino, bem como promover um
ambiente mais saudável e inclusivo para todos.

17 Levar este debate também


para os mais jovens

Acessibilidade, inclusão, direito à educação,


respeito à diversidade. Todos esses temas soam
complexos e quando discutidos em sala de aula,
geralmente são pelos alunos mais velhos, no
ensino médio, por exemplo.

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Contudo, apesar dos nomes por vezes
rebuscados, o princípio dos conceitos são bem
simples e essa é a chave para trabalhá-los com
os alunos mais novos.

É muito importante trabalhar esses assuntos


mesmo com as crianças. Obviamente, o nível
do diálogo será diferente.

Muitas vezes o assunto pode ser apresentado


de maneira lúdica, com vídeos educativos,
desenhos, teatro de bonecos, entre outros.
Independente da forma, é fundamental que
desde cedo os alunos possam compreender
conceitos simples como respeito, solidariedade,
senso de comunidade e empatia.

Estes são muito relevantes, sobretudo durante


essa fase em que as crianças estão observando
e absorvendo tudo à sua volta, construindo
o que serão seus valores para o resto da vida.
Em resumo, inclua também os mais novos nesse
tipo de conversa.

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18 Cuidar com o uso de
expressões erradas

Querendo ou não, nascemos e fomos criados em


uma sociedade que nos moldou através de
pensamentos que segregam por gênero, poder
aquisitivo, cor de pele e que sempre foi
capacitista.

A nova geração de professores está assumindo a


responsabilidade de lutar para a quebra desses
paradigmas e ajudar a formar cidadãos que, no
futuro, se tornarão líderes mais conscientes para
a sociedade como um todo.

É um trabalho lento e desafiador, mas que tem


suas compensações. E para contribuir com esse
trabalho, é importante se atentar inclusive para
falas que, mesmo sem a má intenção, acabam
por impulsionar pensamentos retrógrados.

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Falas como “pare de chorar como uma garota”,
ou “isso não é coisa de mocinha” são exemplos
de frases que hoje são mal vistas, pois atribuem
papéis limitantes de gênero. Como se um menino
não pudesse expressar seus sentimentos e
frustrações, por exemplo.

Para muitos, todos esses exemplos podem


parecer apenas frases e termos inofensivos, mas
a verdade é que eles trazem consigo o peso de
pensamentos que excluem uma boa parcela da
sociedade de ocuparem seus lugares.

Por isso a importância de procurar sempre


aprender mais, dialogar, se atualizar e cuidar com
as expressões utilizadas. É observando a prática
que as crianças de fato aprendem e absorvem
conhecimento, seja nos exemplos grandes ou
sutis.

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19 Evitar atividades que
possam ser excludentes
de alguma forma

Antes de propor alguma atividade, é importante


que o professor leve em consideração o contexto
socioeconômico de seus alunos, bem como suas
limitações. Por exemplo: não é inclusivo propor
uma atividade prática que utilize essencialmente
a visão, sem que haja alguma possibilidade de
usar outro sentido, como audição ou tato, se na
sala há um aluno com deficiência visual.

Outro exemplo é demandar dos alunos materiais


trazidos de casa, isto é, comprados pelos pais, se
na sala existem alunos em situação de fragilidade
econômica. Se a escola não pode arcar com o
material para que esse aluno possa fazer a
atividade junto dos outros, a melhor opção é
considerar outras alternativas, que possam ser
realizados por todos.

Pensando assim, o professor garante que todos


os alunos tenham a mesma oportunidade de
participar da aula e ainda evita possíveis
constrangimentos.

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20 Instigar o senso crítico
e o questionamento
dos alunos

A escola é um ambiente de pluralidade,


convivência e, obviamente de discussão.

“Discussão” aqui não no sentido negativo, mas


sim no sentido de diálogo e debate. Mas para
que isso aconteça, deve fazer parte da proposta
pedagógica a promoção do senso crítico e
questionador dos alunos.

Isso significa que todos precisam ser capazes de


levantar questões, aprenderem a argumentar
baseados em fatos, mantendo sempre o respeito
a pontos de vista diferentes. São características
como essas que se esperam de cidadãos
conscientes e responsáveis.

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21 Promover a aceitação
pessoal e do outro

Muitas vezes, mesmo com todo o apoio e


estrutura, alguns alunos podem se sentir
diferentes dos outros e excluídos. Isso pode
acontecer com alunos portadores de deficiência,
com alunos cuja família não tem muito poder
aquisitivo, e até mesmo com alunos de etnias
diferentes da maioria dos outros estudantes.

Não importa se é por motivos culturais,


econômicos, religiosos, ligados a gênero, cor da
pele ou sexualidade. Todos têm o direito de se
sentirem incluídos na sociedade e a escola
funciona para o aluno como uma amostra do que
ele viverá fora dos portões da instituição.

Portanto, é importante ressaltar para todos os


alunos, inclusive para as crianças, que ser
diferente é uma característica inata do ser
humano. Ser diferente é normal, todos somos se
comparados uns com os outros. E isso não é
motivo para ser excluído.

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Que a exclusão social de minorias deve ser
combatida para que todos tenham acesso a
oportunidades e a uma vida digna. E que saber
conviver com as diferenças, compreendendo-as e
respeitando-as, é parte do que se espera deles
em sociedade.
Por saber que esse processo é fundamental para
que os estudantes se sintam acolhidos,
confiantes e capazes, em setembro de 2020, foi
lançada a Política Nacional de Educação Especial
(PNEE).

Objetivo deste programa é ampliar o


atendimento a mais de 1,3 milhão de estudantes
que possuem deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação.

Esta nova PNEE também é composta pela Política


Nacional de Educação Bilíngue de Surdos que
visa atender aos alunos surdos, surdocegos e
deficientes auditivos, nas escolas bilíngues de
surdos e nas classes bilíngues das escolas
comuns inclusivas, bem como promover a
difusão do ensino das Libras.

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22 Promover o desenvolvimento
de habilidades emocionais

Desenvolver características como respeito ao


próximo, empatia e ser capaz de identificar e
lidar com os próprios sentimentos, são
habilidades emocionais essenciais para garantir
uma convivência harmônica dentro e fora da sala
de aula. Além disso, todas elas fazem parte do
ensino inclusivo na prática.

O professor pode incentivar o desenvolvimento


dessas habilidades através de dinâmicas,
atividades em grupo, rodas de conversa para
trocas de experiências, entre outros.

23 Aproximar a escola
da comunidade

A escola possui um papel social muito importante


na comunidade e na sociedade como um todo,
enquanto instituição. Ser mais atuante no meio
em que se está inserido é uma forma de mostrar
aos alunos que eles também são parte integrante
da comunidade e que esta precisa de todos para
se manter saudável.

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Vendo que a escola está de portas abertas, a
comunidade também se sentirá acolhida. Isso
reforça o conceito de “inclusão”. Significa fazer
com que cada indivíduo se sinta parte importante
atuante no todo.

24 Admitir pessoas
portadoras de deficiência
na equipe da escola

A palavra-chave dessa ação é


“representatividade”. Apesar de haver escolas
especiais e instituições que promovam o ensino
inclusivo, muitas pessoas portadoras de
deficiência encontram dificuldades ao se colocar
no mercado de trabalho.

Absorver essa mão-de-obra é mais uma forma de


tornar sua escola mais inclusiva. Além do mais,
esses profissionais servem de exemplo de
perspectiva para os alunos que porventura
possuam a mesma condição ou alguma parecida.

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25 Trabalhar de forma
verdadeiramente
inclusiva

Essa última ideia na realidade é um lembrete e


um reforço: ser inclusivo não é ficar apontando e
reforçando constantemente a diferença entre os
alunos como algo limitante para alguns.

Ser inclusivo é justamente promover ao máximo


a integração e o convívio saudável entre todos.

Portanto, é necessário cuidar sempre para que a


escola não caia na armadilha de oferecer um
atendimento diferenciado e acabar excluindo ao
invés de incluir. Alguns alunos necessitam sim de
um atenção especial, mas é sempre no sentido
de mantê-los integrados e acompanhando o
resto da turma.

Outra armadilha é incentivar a representação


estudantil, mas não dar ouvidos aos
representantes. Muitas vezes os gestores e a
equipe pedagógica, por falta de hábito ao novo
modelo, acabam por ignorar as falas desses
grupos, ouvindo-as, mas não as levando em
consideração necessariamente.

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O resultado disso são alunos que desacreditam
do sistema de gestão da escola e que se sentem
incapazes, e algumas vezes até mesmo
invisibilizados. Por isso, cuide para que, ao
implementar essas práticas, elas sejam levadas
a sério por toda a comunidade escolar.

Esperamos que este ebook sobre um tema


tão importante como o ensino inclusivo
e participativo, e que tenha sido útil ao trazer
práticas que são essenciais para qualquer gestor
que deseja ter uma escola mais inclusiva.

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sponte@sponte.com.br
Central de Atendimento
46 3309.2370

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